Uma aventura seguinte.



Não havia dor maior do que ver aquilo acontecer, Hogwarts inteiramente destruída, a linda paisagem que sempre fora Hogwarts, aquele lugar aconchegante, aquele lugar seguro, já não transmitia mais estes sentimentos. Ver seus professores duelando com comensais da morte e alunos mortos no chão, era algo doloroso para todos os estudantes. Aquela escola em que a maioria sonhara estar ali, viver ali, estudar ali, nesta noite simplesmente queriam o contrário, queriam suas famílias, queria que aquilo acabasse, não agüentavam mais, pressentiam que a derrota estava próxima, os comensais iriam ganhar, o mundo bruxo estaria a mercê de Voldemort. Onde está O-menino-que-sobreviveu agora? Será que nos deixou novamente? Este era o pensamento de muitos ali presentes, lutando e vendo seus amigos morrerem e pensando que jamais veriam seus familiares. Aquela batalha que acontecia ali iria decidir tudo, inclusive, para alguns, um refletimento “A morte é algo doloroso?”, a todo instante pensavam isto, estavam com medo de simplesmente caírem em um sono onde não poderiam mais voltar a realidade, cair em um sono onde jamais iriam acordar, cair em um sono, onde jamais iriam escutar novamente um “Eu te amo” ou “Bom Dia” de sua mãe.


 


Se para alguns o sentimento de derrota era o que prevalecia no momento, para outros a coragem e a determinação eram os que mais prevaleciam. Harry Potter, aquele que sobreviveu de uma maldição da morte lançada pelo pior bruxo das trevas que já existiu estava em Hogwarts, procurando alguma coisa, talvez sabia como derrotar Voldemort, o mundo bruxo voltaria a ter paz, então teriam de lutar, deveriam confiar em Harry Potter, afinal Harry confiava neles, iriam lutar até a morte, mas ver amigos morrendo e até parentes era algo indescritível e surreal, não sabiam se esta coragem e determinação durariam por muito tempo.


 


 


 


Ao longe, ela viu seu amado lutando, Remo Lupin e Dolohov travavam uma luta violenta, Lupin já mostrava as marcas da batalha, havia um corte profundo em sua cara e suas roupas estavam sujas e rasgadas. Dolohov aparentemente não mostrava estar com nem uma marca da batalha, seu rosto era indescritível, não havia sorriso de deboche nem alegria, apenas uma cara concentrada no que fazia, afinal, naquela batalha ambos sabiam que iria haver somente um sobrevivente.


Lupin se esquivou com um movimento brusco de uma maldição da morte que por um triz não lhe matou, Tonks não resistiu, saiu correndo descontroladamente até Lupin.


 


- Remo! – Lupin levou um susto com o grito de Tonks, não sabia o que pensar nem o que falar, Tonks ali, ela deveria estar com o pequeno Teddy em casa junto a sua mãe e não na batalha. – Eu não consegui Remo, me desculpe, não pude deixar você aqui e eu em casa sozinha, sem notícias suas e aflita, não pude, me perdoe, Teddy está com minha mãe, ele ficará bem. – Remo apenas conseguiu fazer uma coisa, beijou Tonks como se aquele fosse o ultimo beijo de suas vidas, de fato talvez fosse, então queria levar aquele beijo consigo para onde fosse. – Eu te amo e não quero te perder, se morrermos, morreremos juntos, Teddy saberá o porque de nossa morte Remo e irá saber o porque de termos o deixado...


 


-Que casal adorável, que lindo, minha prima do coração com seu marido Lobisomen. Que comovente, deixaram o bebê em casa com a vovó para lutarem aqui e morrerem juntos? Que lindo e que triste para o bebê não é? Mas quem sabe seja até melhor, pensando bem, livrará o coitadinho da humilhação de ter um pai Lobisomen e uma mãe traidora do sangue. – Bellatriz agora estava junto a Dolohov que antes exibia um ar sério e concentrado, agora apenas um sorriso de deboche. Bellatriz estava com um meio sorriso e exibia uma cara de concentração a Tonks, olhava ela nos olhos como se quisesse fuzila-la com aquele olhar.


 


- Olha prima querida, como vai Rodolfo? Espero que bem não? – Tonks pensara que aquelas palavras poderiam de certa maneira ofender Bellatriz, mas se enganou profundamente, ela apenas começou a rir como uma louca, uma risada fria que Tonks se assustou.


 


- Não me venha com asneiras garota, não irei mais perder tempo, já tive 2 chances de te matar e ambas desperdicei, mas esta agora não irei desperdiçar. – Bellatriz com um gesto amplo da varinha começou a mandar feitiços em Tonks que somente defendia, de tal rapidez que Bellatriz mandava os feitiços, Tonks estava assustada, nunca vira sua prima daquele jeito, parecia alucinada, como se mata-la fosse a coisa mais importante da vida de Bellatriz, de fato era, uma ordem de seu Amo era algo que Bellatriz acatava de tal maneira que só a satisfazia quando fizesse tal ordem ser um sucesso. Lupin foi tentar ajudar sua mulher, mas foi impedido por feitiços lançados por Dolohov.


Novamente Lupin e Dolohov travavam uma luta que somente um iria sobreviver, ambos novamente concentrados em cada feitiço ou gesto de seu adversário, do outro lado, era uma luta feroz, uma batalha que poderia acabar em instantes, Bellatriz lançava seus feitiços mais fortes que aprenderam com seu Lorde e Tonks só tinha tempo de defende-los ou fugir das maldições que lhe eram lançadas, era como se Tonks estivesse dançando, Bellatriz como se estivesse lutando pela vida, com unhas e dentes.


 


- Você vai MORRER sua traidora do sangue nojenta! – A raiva que Bellatriz falava era de tal que a cada palavra que falava, as veias em sua garganta se mostravam cada vez mais pulsantes. – Morra! – Por essa Tonks não esperava, duas maldições da morte foram lançadas uma atrás da outra, apenas viu um clarão verde em seus olhos, na hora da morte, dizem que o que ouvimos e vemos é uma passagem de tudo que nos aconteceu nesta vida, no caso de Tonks não foi diferente, sua carta de Hogwarts, sua primeira aula, sua formatura, sua entrada no corpo de aurores, sua entrada na Ordem da Fênix, se apaixonando por Lupin, o nascimento de Teddy e uma voz dolorosamente dizendo “NÃO!”, Lupin se agachou ao lado de Tonks chorando como nunca havia chorado – Não, não pode ser, TONKS! – aquilo pareceu ser uma eternidade, ver seu amor ali, no chão morta, com os olhos abertos com um olhar distante era algo doloroso demais, gritava para todos que quisessem ouvir, seu desespero era muito grande, dizia a todo momento para Tonks acordar e parar de brincadeira, não poderia acreditar. Lupin não acreditava, mas era real, Tonks havia morrido, era como se o mundo tivesse parado, naquele instante pensava o porque de não ter ido no lugar de Tonks, pensou como iria ser a vida de Teddy sem sua mãe, como não disse “Eu te amo” o suficiente para ela, como... não sabia o que pensar nem o que fazer, seu mundo acabara.


 


- Avada Kedavra. – Foi isso que Lupin escutou antes de cair ao lado de Tonks de mãos dadas, Dolohov havia aproveitado do momento de distração de Lupin e lhe lançou uma maldição da morte. Tonks e Lupin caídos no chão, para muitos era algo inexplicável, Bellatriz e Dolohov simplesmente sumiram dali, todos os olhares se voltaram a Tonks e a Lupin, no chão, mortos. Tonks e Lupin não morreram em vão como crêem alguns, o amor de ambos não era somente reservado a eles, mas a pequena criança que eles fizeram, morreram por Teddy, o fruto do amor dos dois, um amor que não há igual, um amor de um pai e uma mãe por um filho.


 


Feitiços eram lançados de todos os lugares, luzes verdes, vermelhas, amarelas, todas trançando no meio das várias pessoas lutando. Novamente uma voz fria e aguda falou, não se sabia de onde vinha a voz, parecia vir das paredes e do chão.


“Vocês lutaram”, Disse a voz, “Valorosamente. Lord Voldemort sabe valorizar a bravura.


“Vocês sofreram pesadas baixas. Se continuarem a resistir a mim, todos morrerão, um a um. Não quero que isto aconteça. Cada gota de sangue mágico derramado é uma perda e um desperdício.


“Lord Voldemort é misericordioso. Ordeno que as minhas forças se retirem imediatamente.


“Vocês tem uma hora. Dêem um destino digno aos seus mortos. Cuidem dos seus feridos.


“Eu me dirijo agora diretamente a você, Harry Potter. Você permitiu que os seus amigos morressem por você em lugar de me enfrentar pessoalmente. Esperarei uma hora na Floresta Proibida. Se ao fim desse prazo, você não tiver vindo ao meu encontro, não tiver se entregado, então a batalha recomeçará. Desta vez eu participarei da luta, Harry Potter, e o encontrarei, e castigarei até o último homem, mulher e criança que tentou esconde-lo de mim. Uma hora.”


 


Todos exibiam um rosto de pânico, já não se viam nem uma luz de qualquer cor que fosse, o castelo mergulhara em trevas, tudo estava escuro. Um a um, os comensais da morte iam se retirando, uns exibiam grandes sorrisos e riam com um ar debochado. O silêncio predominava naquele momento, os sobreviventes da batalha, entravam novamente no castelo, amigos e parentes se abraçavam e consolavam um ao outro enquanto viam seus amigos, familiares no chão, mortos. A família Weasley que sempre exibia um sorriso no rosto, que nunca se deixavam abater, estavam simplesmente irreconhecíveis, as lágrimas correndo dos Weasley era algo indescritível, o sofrimento daquela família e de várias outras naquele salão, onde acontecia os melhores banquetes, onde já aconteceu várias coisas, hoje simplesmente era um dia de trevas para muitos no salão.


 


“Para uma mente bem estruturada, a morte é apenas uma aventura seguinte”


 


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N/A: NOOOOOOOOSSA Fic emocionante viu pessoal, odiei fazer esse capítulo :s


Pessoal comentem poxa L a fic é tão ruim assim pra ninguém comentar? Uhaushaus


Me ajudem com comentários, dêem dicas, críticas.

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Comentários (1)

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