Thiago Potter -MODIFICADA



Lumus: Feitiço usado para acender uma luz na ponta da varinha.
Função: clarear ambiente.
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-Feliz aniversário filho!- Falaram eufóricos em uníssono o senhor e a senhora Potter enquanto entravam no quarto do filho.

-Pai, mãe, obrigado...- Susurrou  o garoto esfregando os olhos com força enquanto se sentava na cama, sonolento.

-Thiago, nós temos um presente para você- Disse o homem, com um sorriso doce entre os lábios já engilhados. A esposa, que já entrara no quarto, parecia animada e anciosa provavelmente por imaginar a reação do filho ao ver o presente ainda desconhecido por ele.

-O que? presente? mas não precisa...

-Claro que precisa- interrompeu a mãe, aproximando-se e sentando na beira da cama. Ela virou-se para o marido que ainda se encontrava bem rente à porta. Parecia estar segurando algo pelo lado de fora do quarto.

-Devemos... ?- perguntou o homem, olhando hesitante para a mulher, que acenou com a cabeça um "sim" bem convincente. Ele mostrou-se dentro do quarto do garoto e puxou algo para dentro, algo que parecia estar pesado pela expressão que fazia. A criança apenas observava, curiosa. Era um embrulho um tanto grande e comprido, estava amassado mas sem nenhuma frestra para o interior do pacote. O presente misterioso foi posto, com dificuldade, no colo de Thiago. O homem soltou um suspiro alto como uma lufada e sentou ao lado da esposa, orgulhoso pelo que fizera.

-oh, bem, parece que ainda tenho uma força física masculina- brincou ele, sorrindo mais uma vez para o garoto e para a esposa.

-mas é claro que sim, querido.- Disse ela, indignada com o comentário sem sentido. Os dois, pai e filho, riram da situação.

-Então, vai abrir ou não?- perguntou o pai.

-Hum, nem consigo imaginar o que pode ser...

-Abra e descobrirá.

Thiago começou a puxar o papel, hesitante, mas logo ficou irritado porque o mesmo mal se mexia. Começou a rasgar tudo e os pais riram.

-Isso... Isso é.... N-não, mas... Por quê?- Thiago gaguejava fitando com os olhos arregalados o presente que recebera. O melhor presente de toda a sua vida, sem dúvida. O mais desejado.

-Uma Nimbus 0.1? Sim, é- Disse o pai, rindo-se orgulhoso. A mulher acenava e sorria.

-M-mas por que? mas.... como? Isso só pode... eu não posso usar... eu não sou um bruxo... Só vocês, papai, são bruxos em nossa casa... como posso... o que...- gaguejava, incrédulo o garoto sem tirar os olhos da vassoura.

-Ora, veja bem, sua mãe e eu estávamos rachando a cuca tentando descobrir um presente excelente para lhe dar quando completasse 11 anos e coseguimos decidir na semana passada, quando isso chegou pelo correio, ou melhor dizendo, do bico de uma ave...- O homem se entortou um pouco para alcançar o bolso traseiro da calça, em seguida puxou um envelope e entregou ao filho.

-O que é...?- susurrou o menino, já imaginando o que poderia ser. Ele pegou o envelope amassado e o desdobrou. No centro havia um lindo brasão vermelho, o brasão de Hogwarts. Sem nada dizer, ele abriu o envelope e puxou a carta envelhecida. Ele a esticou e leu:

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ESCOLA DE MAGIA E BRUXARIA DE HOGWARTS


(bruxo chefe, cacique supremo, Confederação Internacional dos Bruxos)
PREZADO SR. POTTER.
    Temos o prazer de informar que V.Sa tem uma vaga na escola de magia e bruxaria de Hogwarts.Estamos anexando uma lista dos livros e equipamentos necessários.
    O ano letivo começa no dia primeiro de setembro, estamos aguardando sua coruja até 31 de julho, no mais tardar, atenciosamente.


                                                                                                                                                                                                         Minerva Mcgonagoll  


                                                                                                                                                                                                              Diretora substituta
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Thiago olhava, pasmo o pedaço de papel tão importante  entre suas mãos. Não podia acreditar naquilo. Desde que nascera sabia da existência dos bruxos já que seus pais eram bruxos. Seus avós paternos e maternos também eram bruxos. Toda sua família mais precisamente, menos ele... Até agora.

Sempre achara que seria o único com genes não-mágicos em sua família e não se importava muito com isso, mas sempre sonhara em ir para o colégio em que os pais haviam estudado. Lá não tinha as matérias chatas que ele tanto detestava, os esportes eram com jogadores sobre vassouras voadoras, as aulas tinham criaturas fantásticas... Tudo o que contavam à ele antes de dormir eram aventuras fantásticas que viveram ali, em Hogwarts. E agora, ele também recebeu a carta.

Já havia  se conformado que talvez não fosse um bruxo, com provas justas já que nunca manifestara nenhum feitiço não intencional ou azaração.


Os pais sempre estavam de olho nele, procurando alguma pista de bruxaria, poderia ser qualquer travessura inexplicável. Nada. Nunca havia sequer feito um jarro flutuar, como podia? "Só podem ter errado o endereço do bruxinho sortudo" Foi o primeiro pensamento que ocorreu na cabeça de Thiago.
O quarto estava em silêncio. O garoto afastou o presente e a carta, e se arrastou até os braços da mãe sem pensar duas vezes. Seus olhos estavam marejados de lágrimas teimosas.



-Obrigado...- Susurrou ele, entre os braços da mãe que também chorava. O pai afagou as costas de Thiago por trás da esposa. 

-Só pedimos uma coisa- susurrou a mulher, entre os cabelos bagunçados do filho- por favor, nos escreva sempre que puder.

-Eu vou, mãe... Toda semana.

Eles se afastaram um pouco e se olharam, os três rostos cobertos de lágrimas. Thiago tinha muita sorte, ele mal sabia o quanto. Seus pais, já idosos, o mimavam sempre. Tudo o que o garoto pensasse em querer logo ganhava. Eram uma família rica, de boas posses, pode-se dizer. O pai de Thiago era forte, ficava um pouco mais gorducho sempre que vestia suas roupas hippies habituais. Tinha olhos tingidos de verde, iguais aos do filho. Os cabelos, brancos como neve caiam cansados abaixo das orelhas em uma linha fina e arrumada. Tinha uma voz grave e urgente, que geralmente assustava alguém que estivesse passando pela rua no momento que ele gritasse à esposa pedindo que trouxesse um copo grande de conhaque. Já estava aposentado, mas não havia deixado de trabalhar. "Enquanto os ossos das minhas pernas tortas estiverem bons, vou trabalhar" dizia teimosamente toda vez que a mulher reclamava preocupada. Ele trabalhava no ministério da magia, no departamento de Comissão de Registro dos Nascidos Trouxas. E não era a toa que o prezavam tanto, era um funcionário dedicado.
Pelas conversas que haviam entre os pais e que Thiago ouvia as vezes, a única coisa que não suportavam nele era que sempre estava tentando convencer a todos que pessoas não-mágicas e bruxos deviam conviver juntas. Já tentara diversas vezes modificar algumas leis que considerava preconceituosas do ponto de vista não-bruxo. 
A mãe de Thiago era com certeza o motivo principal que fazia o esposo lutar tanto pelos direitos dos não-bruxos. Ela tinha duas irmãs que não tinham poderes e que já sofreram com tal preconceito ao visitá-la... diversas vezes, na verdade. Isso a machucava muito. Ver as irmãs serem vítimas de olhares preconceituosos, os mesmos olhares que a pertubaram por anos, depois do aborto sofrido que o destino a reservou. Thiago não era o primeiro filho do casal Potter. O primeiro falecera ainda no útero de sua mãe, sem motivos, sem explicações... Um descuido, uma causa, uma consequência triste e indesejável... Após perder seu primeiro filho, o casal, principalmente a mãe de Thiago, fora visto com maus olhos por todos os bruxos. Vítima do repugnante sentimento chamado preconceito, odiava ver suas próprias irmãs sendo vítimas também. Ainda mais por um motivo tão sen sentido, serem não-mágicas.

Apesar da idade, fazia muitas coisas ao mesmo tempo em poucas horas. A casa deles, modesta mas consideravelmente grande não se encontrava suja nem um dia. Ela era muito limpa e perfeccionista. O Sr Potter contratara alguns empregados, mas não adiantava. Logo ela limparia novamente, mesmo que fosse desnecessário.

Os cabelos, também já quase totalmente brancos, permaneciam presos em um coque muito bem preso e arrumado na cabeça. Seus olhos eram castanhos, no mesmo tom da cabeleira antes de tornar-se pálida, e tinham um quê travesso mas amavel. Suas vestes eram parecidas com as do marido, e geralmente ficavam escondidos sob um chale azul piscina feito à mão. Ambos, pai e mãe, eram pessoas excepcionalmente boas.

A manhã passou muito rápidamente com a conversa animada entre pais e filho sobre como era Hogwarts. Detalhes jamais contados pelo pai foram revelados naquele dia, na hora do almoço. A mãe de Thiago olhava feliz pela felicidade do filho em conhecer um mundo novo. Um mundo que ela conhecera e que anciava por vê-lo lá no seu lugar.

-Tem certeza que é uma boa idéia?- perguntou ela, segurando o braço do esposo, que andava ao lado do filho até o jardim para ensiná-lo sua priemira aula de vôo.

-Mas é claro que sim! melhor ele aprender aqui e tombar várias vezes do que fazer isso no colégio, onde talvez não dêem tanta assistência quanto nós- o homem puxou a vassoura velha que a anos não saía do armário da cozinha. Claro que podia comprar uma nova vassoura para si, mas aquela guardava memórias antigas e boas o suficiente para não fazê-lo. A Sra Potter jamais fora a maior fã de vassouras voadoras, mesmo nos tempos de escola logo não participaria daquela primeira aula do filho. Muito menos aprovava.
O Sr Potter aproximou-se do filho que já estava à postos, segurando sua Nimbus junto ao peito.

-Vamos?- falou o garoto, eufórico. A mãe o olhava, preocupada.

-Claro, Filho mas, olha, pelo que eu soube esse novo modelo de vassouras é muito rápido... Então, se você puder moderar no...

-Oh, tudo bem pai, mas vamos?

-Certo, certo... Você deve impulsionar o corpo para frente com os pés para subir. Depois, para descer, puxe o cabo para trás. Para atingir velocidade, é só inclinar suas costas sobre a vassoura- O homem montou sua vassoura velha e logo foi copiado pelo filho- pronto?

-Como nunca estive.

Os dois começaram a flutuar, levantaram vôo e Thiago não podia descrever o quanto aquela sensação era boa. O menino começou a seguir o pai, que ainda voava bem próximo ao chão e que começava a subir alguns metros gradativamente. O garoto estava indo muito bem para quem nunca havia voado e o pai parecia orgulhoso.

-Ah, agora vamos para o level dois- gritou o pai para Thiago, que acatou a ordem logo que foi dita. Os dois subiram mais e o vôo tornou-se mais agitado. 

O estômago de Thiago revirava e o coração estava agitado entre as costelas com aquilo. Começou a tomar impulso e a inclinar o corpo sobre a vassoura, atingindo mais velocidade que o pai. Começou a voar mais alto e mais rápido. A sensação era incrível. O pai havia saído de vista, tinha ficado para trás. A Nimbus era bem mais rápida, sem dúvida.

Ele se arrependia de nunca tê-lo feito antes, claro que sua mãe nunca deixaria ele praticar vôo com a vassoura velha do pai. Mas se tivesse praticado antes, não lembraria como era a sensação de voar pela primeira vez. Além disso, até pouco tempo, não imaginava ser um bruxo. O vento açoitava seu rosto e arrepiava mais ainda seus cabelos, seus óculos estavam embaçados. 

-Uh-huuu!- Gritou Thiago, excitado.

-Thiago, já chega! Percebemos que você aprendeu bem, agora desca.- Gritou o pai do garoto de algum lugar. O garoto ouviu e começou a descer, um pouco chateado. 

-Você foi muito bem!- Exclamou a mãe, abraçando o filho assim que encostou os pés no gramado do jardim.- Mas agora chega. Isso é demais para o meu coração.

-Certo, mãe.

-Você foi excelente, por Merlin!- Disse o pai do garoto, aproximando-se- desisti na metade do caminho. Já não sou tão bom quanto antes- tocou os cabelos brancos, sendo um tanto convencido.

-Amanhã compraremos seu material escolar.- anunciou a mulher, entrando em casa após o marido gesticular e abrir a porta.

-Mas já?

-Claro, querido. Precisamos nos prontificar e evitar deixar tudo para ultima hora. E se acabarmos esquecendo alguma coisa? não, de jeito nenhum! Meu filho vai chegar impecável naquele colégio.

-Nosso filho, querida. E acho que é, você tem razão. Vamos levá-lo ao Beco Diagonal amanhça de manhã.

Naquela noite, a família Potter teve uma festa. Thiago ganhou um bolo de chocolate com ameixas, provou suco de abóbora pela primeira vez e ainda recebeu outros dois presentes, um par de luvas de crochê e um cachecol ambos verde-fosco. 

No dia seguinte, Thiago visitou, pela primeira vez, o Beco Diagonal. O pai da família presentava tudo com grande orgulho, entrava nas lojas e mostrava a lista de materiais escolares sem deixar de exibir algo para o filho.

-Conhece isso? É uma mandrágora. Eu queria ter uma em casa, mas sua mãe não gosta delas.

-Claro que não. São plantas estranhas- rebateu ela, puxando Thiago para longe das plantas.

Todas as coisas foram compradas, o malão, as vestes, o chapéu, os livros... Thiago se encantava com tudo o que ganhara, coisas de uma escola nova, um mundo novo.

-Pai, aqui diz que posso levar um animal de estimação- Disse o garoto, olhando a lista de materiais que veio junto da carta de boas vindas à Hogwarts.

-O que? deixe-me ver- disse o pai surpreso, tomando o papel das mãos do filho. Parecia surpreso. Coçou o queixo duas vezes, indignado- Ora, antigamente não permitiam levar nada que andasse além de nós mesmos. Que injusto.

-Acho que seria melhor se não pudesse levar bicho algum- a mãe do garoto olhou o papel por trás do ombro do marido.- "Uma coruja, um gato ou um sapo"... o que? sapo nunca!

-Posso escolher uma coruja?

-Coruja?

-Não, pensando melhor...- Thiago usou da deixa para poder escolher o animal que sempre quis ter- Acho que prefiro um gato.

-Bem, um gato não é tão mal assim...

-É... Mas onde o encontraremos?- perguntou o garoto, olhando nos arredores. Sem dúvida se perderia alí facilmente se não estivesse com os pais bruxos.

-Na loja de animais. Fica logo alí.

Os três seguiram por um beco estreito e abarrotado de coisas estranhas e chegaram até uma lojinha pequena, cheia de gaiolas que pendiam pelas paredes. Havia várias corujas de todas as cores e tamanhos. 

-Com licença- O pai de Thiago entrou na loja e logo foi atendido por um homem baixinho com uma barba que arrastava no chão. Thiago e sua mãe entraram em seguida. 

-Oquedesejam? Umacorujadocampo? temosdeváriascores- Disse o homem rapidamente. Ele falava várias palavras de maneira tão rápida que se tornavam uma só. Sua voz esganiçada não ajudava muito a separá-las.

-Não, não. Queremos um gato.

O velho arregalou os olhos e fez uma careta. 

-Umgato? preferemumaboladepêlosàumacoruja? hum,gostorealmentenãosediscute- resmungou o vendedor, dirigindo-se até a parte de trás do balcão. Puxou algo para fora. Uma gaiola branca, bem incomum e diferente das outras. Dentro, havia três filhotes de gatos, um branco, um marron listrado e um preto com branco. Eram bonitinhos, mas não chamaram a atenção de Thiago. Apontou a gaiola para o garoto- Então? qualdelesvocêquer?- disse rispidamente.

-Você só tem esses?- perguntou ele mimadamente, sem se importar com a cara feia do vendedor. Ele olhou ao redor e não viu nenhum outro gato por alí. Só muitas corujas e sapos.

-Achoquesó... ah- o homem se afastou. Parecia ter lembrado de algo. Ele foi até as corujas, remexeu as gaiolas. Puxou uma gaiola grande, com apenas uma coruja marrom. Thiago o fitou criticamente. Já havia dito que não queria uma coruja, será que o homenzinho ainda ía insistir? -Aquiestá...

Ele pôs a gaiola no chão, diante do garoto e de seus pais. De repente, algo saiu de trás da coruja. Um gato cinza com rajadas pretas. Já era adulto. Thiago ficou fascinado por ele assim que o viu. Os olhos do gato eram verdes, assim como os seus e o gato o fitava como se fosse humano.

-O que esse gato está fazendo na mesma gaiola de uma coruja?- perguntou o pai de Thiago, indignado com a cena ridícula.

-Eleamaessacoruja. Nãoaceitavaficaremoutragaiola. Longedelaémuitoarisco, achoqueessevocênãovaiquerer...

-Eu quero.

-Oque?

-Gostei dele.

O homem não parecia ter gostado da escolha do garoto desde que havia entrado na loja e agora parecia mais irritado ainda por ter que lidar com aquele gato. O homem abriu a portinhola e enfiou o braço para puxar o gato para fora. Embora o esforço tenha sido grande, o braço voltou sozinho e cheio de arranhões e mordidas.

-Filho... Acho que uma coruja é melhor...- Sugeriu a mãe.

Mas Thiago estava decidido a tê-lo para si. Ele se abaixou ao nível dos olhos felinos daquela onça, que o fitava estranhamente. Esticou a mão. O animal olhou, curioso, mas não se moveu.

-Thiago, filho...

-Espera, mãe. Eu quero ele.- disse o menino, sem desfocar o gato.- Vem cá, rapaz.

-Ela. Éumafêmea- disse o vendedor, nervoso. Estava esfregando os braços entre si, tentando fazer parar a dor dos arranhões.

-Acho que você não é compreendida. Por isso não quer sair daí- A gata ainda o fitava, sem se mover. Ele continuou- Vem cá. Eu vou cuidar de você... Prometo... Deve se sentir muito sozinha em uma loja dessas onde só tem corujas e sapos verruguentos- O vendedor enrijeçeu e estava ficando vermelho de raiva. Parecia ter um apreço grande por aqueles animais e acabava desmerecendo os gatos.

A gata o olhava. Nada aconteceu. Thiago puxou um doce do bolso e estendeu para ela. De repente ela começou a se mover. Saiu da gaiola. Olhava para Thiago, parecia assustada mas alerta. Não o deixaria ultrapassar os limites. Cheirou o caramelo que estava na mão do garoto e começou a comer quando percebeu estar à salvo. Todos pareciam surpresos, até mesmo o vendedor. Até Thiago. Ele estendeu a mão, exitante e encostou em suas costas. Ela não se moveu, não o arranhou. Ele a tinha ganho.

-Você vai se chamar... Alikya.

Depois de saírem da loja de animais, só faltava um lugar que ainda não tinham passado

-Agora, Thiago, compraremos sua varinha. Um equipamento essencial, se quer saber. Vamos alí, na Olivaras.

Thiago olhou para a placa onde havia escrito "'Olivanders: artesão de varinhas de qualidade desde 382 a.C. Entraram na loja, que era velha e cheia de mofo. Do chão ao teto havia milhares de caixas empoeiradas, obviamente com suas respectivas varinhas esperando por um bruxo para escolher.

Olá...- Sussurrou Thiago, entrando hesitante antes dos pais.- Olá?

Um baque alto e agora havia uma escada do esquerdo da pilha de varinhas. Um homem velho, cabelos cinzentos não se sabe se por causa da idade ou da poeira que eencrostrara alí. Ele desceu da escada e aproximou-se lentamente do balcão. A essa altura, os pais de Thiago já entraram na loja.

-Ora, bom dia rapazinho. Thiago Potter, presumo.- disse o homem, dirigindo o olhar penetrante ao garoto, que arregalou os seus e olhou para os pais em seguida.

-Sim, Sr. Olivaras.- Disse o pai de Thiago, já acostumado provavelmente ao possível fato do homem conhecer seu filho sem nunca tê-lo visto antes.- Ele sempre sabe quem está atendendo- Continuou o pai, explicando- E a varinha também.

-Ora, vamos ver... -0 velho foi até a pilha empoeirada e puxou algumas caixas. Aproximou-se do menino.- Vinte e dois centímetros, flexível, feita de freixo e núcleo de corda do coração de dragão.- Disse, entregando uma varinha ao garoto, que a segurou parado feito um idiota.

-E agora?

-Ora, experimente!

O garoto apenas esticou a varinha e o jarro se estilhaçou em mil pedaços

-Acho que essa não.- o homem puxou outra- Trinta e dois centímetros, feita de pinheiro e núcleo de pêlo de rabo de unicórnio.

Thiago a pegou e girou duas vezes. o balcão já era, partiu-se em dois levando todos os papéis a se espalharem pelo chão

-Não, não mesmo!- Disse Thiago, antes mesmo de Olivaras. Pôs a varinha nas mãos do vendedor, assustado.

-Hum... Já sei- Olivaras empacotou as outras e devolveu à pilha. Foi até outra pilha mofada e puxou uma caixa do meio. Aproximou-se e entregou-na ao garoto dizendo

- Vinte e oito centímetros, flexível, feita de Mogno. Boa para transformações.

O garoto a pegou cautelosamente mas nada se quebrou. Ao invés disso, uma luz gloriosa emanou da varinha e um silvo misterioso. Os pais de Thiago apenas observavam, curiosos. Olivaras parecia satisfeito.

-Boa varinha, Sr Potter. Mas, temo que seja uma varinha para travessos. Use-a com cautela e sabedoria.

-Certo- foi a única coisa que a criança conseguiu responder. Ainda olhava para a varinha, pasmo.

Depois do Beco Diagonal, os Potter voltaram para casa e tiveram um fim de dia bastante animado. Thiago abriu e espalhou os livros pela sala e soltou a gata Alikya, que foi permitida de ficar solta apenas por algumas horas. 

O mês passou rapidamente e a despedida na plataforma 9 1/2 foi difícil para os pais de Thiago.

-Você prometeu, lembra? escreva o máximo que conseguir.- Disse entre lágrimas, a mãe do garoto enquanto o abraçava.

-Sim, mãe.

-Não durma sem as meias. Faz frio em Hogwarts- Disse o pai, ao filho. Também parecia muito emocionado, tentava esconder as lágrimas.

-Sim, pai.

Depois de mais um abraço sem fim nos pais, Thiago embarcou no trem expresso de Hogwarts. Olhou pela janela. Os cabelos pálidos como neve de ambos os pais reluziam com a luz do sol, que iluminava o início da aventura do garoto. Ele acenou para os pais até o trem alcançar velocidade e sair da estação.

Sua família era toda composta por bruxos cuja maioria havia estudado em Hogwarts. Thiago mal sabia que também receberia a sua carta de admissão. Ela estava lá, agora, em suas mãos no expresso Hogwarts. Sobre o telhado velho da casa 24, uma coruja travessa remexia a cabeça da esquerda para a direita, e com um pio alto saudou o entardecer.


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Bom, finalmente trouxe o primeiro capítulo da história! Ufa# Finalmente, posso mostrar o que sempre quis: a história dos marotos que tanto sonhei em escrever. E isso é só o começo :) Acho que deu para perceber que a história se inicia bem do comecinho do começo não é? rsrs  Respondendo à algumas dúvidas, aviso previamente que os casais serão fiéis ao livro. Vou contar a história original. Espero que gostem, de coração :)

Curiosidades:
*A vassoura Nimbus 0.1 que Thiago ganha é a primeira modelo da linha nimbus. Depois, seu próprio filho terá uma de última geração também.

*Os pais de Thiago fazem uma alusão bem próxima aos pais deRony, melhor amigo do filho de Thiago anos mais tarde. Pensei que o jeito hippie e unido dos pais dele ajudassem a influenciar Harry a se sentir confortável com o clima aconchegante da família de Ronald. 

*A maneira de falar de Thiago também é bastante parecida com a de Harry, se prestarmos atenção. Seus trejeitos também serão passados geneticamente para o filho Harry.

*Alikya, o nome da gata de Thiago, significa "protetora", eu penso como "olhos protetores". Ela será de extrema importância no enredo e o nome cai como uma luva.

* Thiago tem duas tias não-mágicas, as irmãs de sua mãe. Foi um enredo que acrescentei, não tem nos livros algo falando sobre isso, mas achei que daria a pressão do preconceito que eu queria colocar... A explicação abaixo explica isso também :)

*Cheguei a colocar a mãe de Harry como trouxa para dar uma intonação diferente, mas não estava lá muito satisteita porque saía do contexto "igual aos livros" e com o empurrãozinho de duas amigas, decidi modificar isso. Ficou quase imperceptível e até acho que melhor... hahaha



Agradecimentos especiais à minha primeira leitora Leene_Black, também à Julia Black Lovegood e Jackson W. que já leram e comentaram. Espero que muitas outras pessoas comentem, critiquem, sugestionem, opinem.... Não custa nada e ajuda no melhoramento da fic ^^
 
Por favor, comentem!  :)
#Desaparata 


 

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Comentários (3)

  • Lais Black Malfoy

    quero mais!!!! ta perfeita! faz tempo que to procurando uma fic que fale do começo ao fim da historia dos marotos, sem pirar no meio e colocar umas coisas que nao tem nada a ver com a historia. espero que poste logo. *-* amei

    2011-12-27
  • Julia Black Lovegood

    Posta maais????????

    2011-10-17
  • Mi Granger

    Ufa... espero que gostem :)

    2011-08-22
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