Na casa de Harry



Capítulo 4 – Na casa de Harry


 


 


A secretária do ministro parecia estar desfilando a sua frente. Arrancava suspiros das pessoas pelo corredor, embora a própria Hermione enfrentasse olhares de curiosidade, alguns apontaram abertamente para ela, especulando o que estaria fazendo ali.


Camille parou em frente uma porta e bateu. Não esperou resposta e se virou para Hermione.


– Entre, srta. Granger. O sr. Snape está lhe aguardando.


– Snape já sabe que sou que vou conversar com ele? – perguntou Hermione.


– Snape sempre sabe de tudo, srta. Granger. A senhora já conviveu o bastante com ele para saber disso.


Hermione balançou a cabeça concordando.


– Você tirou as palavras da minha boca.


Colocando a mão sobre a maçaneta, Hermione a girou e entrou na sala sem demonstrar hesitação ou qualquer sinal de receio. Precisava mostrar que estava decidida e convicta, apenas assim conseguiria aprovação do seu antigo professor.


Lá estava ele, as mesmas roupas, emanando a mesma amargura de tempos idos e jamais esquecidos. Não ergueu a cabeça, suspensa sobre o Profeta Diário, não demonstrou qualquer indício da presença de Hermione, porém, a mulher notou que Snape deu um mero sorrisinho debochado. Pelo visto ninguém mesmo havia mudado.


Reconheceu o quadro de Alvo Dumbledore ao canto, como sempre dormindo, entretanto ela sabia que ele prestava atenção em tudo que acontecia. Mesmo em seu repouso eterno, o ex-diretor continuava a ser reconhecido em todos os cantos.


– Ora, ora, - iniciou um Snape em voz de zombaria. – Se não é a intragável sabe-tudo. Não está aguardando que eu puxe a cadeira para você, não é?


Hermione se sentou. Tentou se acalmar e ser educada, não queria entrar no jogo de Severo.


– É muito bom revê-lo, Snape. O senhor está bem?


Snape se virou para ela, a cara demonstrando um profundo desprazer. Hermione esperava nada menos do que uma grosseria em resposta.


– Srta. Granger, nós nunca fomos amigos, - começou Snape com sua frieza de sempre. – Não vamos fingir que gostamos um do outro. Então, para não perdermos o precioso tempo do nosso lindo dia, me diga, o que a senhora deseja? Diga sem rodeios e poupe-me de um discurso longo e decorado de sempre.


O tempo passava e Hermione ainda conseguia revelar surpresa com a frieza de Severo Snape, por alguns minúsculos segundos, desejou que Harry estivesse ali com ela. Este anseio passou com a mesma rapidez que chegou. Precisava mostrar que era capaz, tinha provar que não era apenas livros, sabia sim, ser persuasiva quando precisava.


– Fui convocada para uma missão, o próprio ministro me convocou.


Snape balançou a cabeça e passou a página do jornal.


– Que comovente. Agora, posso fazer um pedido? Conte-me uma novidade. Já sabia dessa missão muito antes da senhorita ser chamada.


Hermione abriu e fechou a boca. Era como Camille havia falado, Snape sempre sabia de tudo. E ela ainda se surpreendia? “Que droga”, pensou com ferocidade.


– Então você já deve ter concluido, com sua esperteza mórbida, que necessito de alguns pergaminhos que relatam algumas lendas...


– Agora sim, você pôs seus caninos a mostra, - interrompeu Snape aparentemente concentrado em seu jornal.


Uma repentina vontade de trucidar vagarosamente o ex-professor bateu sobre a professora de Transfigurações. Ela controlou sua respiração e cruzou a perna.


– Então, Snape, você me dará esses pergaminhos?


– Foi Potter que lhe contou?


Hermione confirmou com a cabeça.


– Você sabe que Harry nunca foi o maior admirador de regras.


– É uma coisa ligada ao sangue, o tempo passa e as pessoas mantém suas mesmas características.


Foi a vez de Hermione lançar um olhar de ironia sobre Snape.


– Concordo plenamente.


– Outras pessoas, nem tanto.


Procurando testar a paciência de Hermione, Severo guardou cuidadosamente o seu jornal, depois, sem nenhuma pressa, se virou para ela e estudou sua fisionomia decidida.


– Eu tenho uma dúvida. Me diga srta. Granger, por que eu deveria pensar em lhe entregar esses pergaminhos? Me dê um motivo que me faça considerar? – indagou Snape.


– O senhor ajudaria a dar fim aos restos dos comensais sobreviventes e acabaria com a chance do retorno do Lord das Trevas.


Snape sentiu vontade de rir.


– Esse é seu melhor argumento?


Uma raiva fora de si perfurou o peito de Hermione.


– Por um acaso o senhor ficaria satisfeito com o retorno de Voldemort?


– Essa é uma pergunta que eu não preciso lhe responder, senhorita. E veja bem, por alguns momentos eu acreditei que você fosse um pouco esperta e não apenas uma decoreba de livros.


Hermione franziu o cenho. Que jogo era aquele que Snape estava fazendo com ela? O que precisava fazer para conseguir o que queria?


– O que o senhor deseja, Snape? O que o senhor quer para me emprestar esses pergaminhos?


– O que eu desejo, Hermione Granger? Não desejo nada, minha cara! Eu não me importo com o futuro como vocês, o resultado pouco me importa. A questão bem mais importante, srta. Granger, é o que você deseja. Você não vai me dizer o que realmente ambiciona? Não venha me dizer que é só para crescimento pessoal ou para salvar o mundo bruxo.


Pela primeira vez naquela conversa, Hermione desviou o olhar e se deu achada por um Dumbledore sorridente e curioso através de seu quadro. Tinha um semblante encorajador. Ele piscou e voltou a dormir.


– Não tenho uma resposta para a sua pergunta, Snape.


Snape quase sorriu com a resposta.


– Não entendi, Granger.


A mulher balançou a cabeça.


– Eu não sei. É muito complicado dizer o que eu quero em uma missão importante, em que o sucesso precisa ser rápido e os meus parceiros são pessoas que eu não converso há quase uma década, você não concorda?


Snape parecia considerar a resposta de Hermione.


– Pela primeira vez, desde que entrou aqui, você falou alguma coisa sábia.


Hermione esperou que ele se posicionasse, no entanto, Severo Snape continuou a encará-la, como se ele é que aguardasse a nascida trouxa completar seu raciocínio.


– Eu sei que esse pergaminho é secreto, Snape, - reconheceu Hermione de mau humor. – Não vou repassar essas informações e publicá-las num livro, eu só vou usá-la para resolver o pedido do ministro. Eu prometo! Eu sei que certas informações devem ser mantidas em sigilo. Se precisar, faço um Voto Perpétuo.


Ajeitando seu sorriso debochado, Snape se endireitou na cadeira.


– É tentador, duvido muito que você teria sucesso ao final, mas educadamente recuso seu Voto. Faça apenas o que Potter não fez, guarde essa informação sigilosa para si, extendendo ao máximo para Potter e Malfoy que já têm algumas idéias. E se puder, esconda alguns dados do desmiolado do Weasley. Diferentemente de Potter, ele traria confusão por não saber o significado de uma magia que não deve ser profanada.


– Como? – indagou Hermione, sem entender.


Snape se levantou e foi na direção do quadro de Dumbledore.


– Some dois mais dois, srta. Granger, apesar de entender muito de decoreba e pouco do óbvio, não é tão difícil enxergar o que está a sua frente.


– Mas...


O antigo professor de Poções se virou para seu velho protetor e não deu atenção as questões de Hermione.


– O senhor sabe o que fazer, diretor.


Alvo abriu um sorrisinho e sumiu na paisagem do quadro, poucos segundos depois, algo que lembrava uma porta apareceu no local em que o ex-diretor de Hogwarts se sentava. Snape puxou o local de passagem e retirou algumas folhas de aspecto frágil.


– Tome cuidado ao examinar esses pergaminhos, Hermione Granger. Aí você encontrá informações que poderiam causar uma guerra e movimentar nações. Me devolva assim que resolver sua questão e não deixe de pensar no que eu disse.


Hermione pegou os pergaminhos com todo cuidado que possuía. Um cheiro de magia oculta emanava daqueles artefatos. Toda sua curiosidade com a afirmação de Severo Snape foi varrida da sua cabeça.


– Está bem, eu prometo, - concordou a mulher, excitada com a expectativa de resolver aquele enigma.


Estava a caminho da saída quando se voltou para Snape.


– Uma dúvida, Snape. Kingsley nos contou sobre a invasão do seu Departamento. Vocês já descobriram quem era? Levaram alguma coisa?


A face de Snape se tornou raivosa.


– Não pegamos, embora eu tenha algumas hipóteses improváveis de quem poderia ser. Nada estava fora do lugar, o que me faz pensar no que buscavam. Espero que a senhorita com toda inteligência artificial me dê as provas precisas, aí sim terei certeza. É melhor não falhar.


Snape foi caminhando em direção a Hermione e a ultrapassou, abrindo a porta para a professora de Transformações sair. Fez uma reverência cômica para ela.


– Agora, por favor, queira sair. Seu tempo esgotou e eu já não aguento mais suas perguntas idiotas. E assim que desvendar esse pergaminho, lembre-se de devolver.


Indignada, Hermione foi de encontro a passagem, estava com os dois pés fora da sala de Snape, quando se voltou para ele.


– Todas as pessoas tem uma segunda chance para perdoar e ser perdoado, basta ser humilde. O tempo passa e você continua amargo e inimigo do mundo.


Um frio passou pelou pela barriga de Hermione quando Snape crispou os lábios.


– Fico feliz que saiba disso, Hermione Granger. E desejo que a senhorita ponha em prática esse conhecimento e não apenas fique recitando para pessoas que mal conhece. Boa sorte.


E com aquela frase feliz, Severo bateu a porta na cara da ex-namorada de Harry Potter.


O que será que ele quis dizer?


 


 


Mal havia saído do Departamento de Mistérios e Hermione escutou alguém a sua espera. Era Lupin. Se fosse anos atrás, ela tinha certeza que Harry e Rony estariam ali também, lhe aguardando. Não escondeu a mágoa em seu rosto.


– Ele não lhe entregou, não foi? – perguntou Lupin se adiantando.


Hermione buscou se endireitar.


– Não, muito pelo contrário. Ele me entregou. Lógico que me humilhou algumas vezes antes de se decidir.


– Ah, sim. Por um momento vi seu rosto entristecido, imaginei que não Snape tivesse negado.


Muito interessada no teto, Hermione procurou mudar de assunto.


– E o senhor estava me esperando só para saber o que aconteceu?


– Na realidade, não. Harry e Rony decidiram onde e quando começar os trabalhos.


Um mau pressentimento percorreu todo seu corpo.


– E?


– Na casa de Harry, hoje a noite.


Ela tinha escutado direito?


– Eu lamento muito, Hermione, - falou Lupin. – É melhor você arrumar suas malas, creio que Harry tenha intenção em viajar amanhã pela manhã.


 


 


Ainda não tinha certeza que seguia para a casa de Harry. Procurando manter sua mente limpa, aparatou na rua indicada por Lupin. Só uma coisa explicava a reunião ali, Rony e Harry estavam tramando contra ela. E tinha certeza absoluta que a idéia partiu do ruivo.


Ela caminhava com tranquilidade pela rua deserta. Era um bairro residencial, diferente do resto da capital, aquele bairro aspirava paz, não havia barulho. Olhou o número a sua frente, estava quase chegando na casa de Harry. Seu coração bateu mais forte, ansiosa.


Quando chegou ao número indicado, Hermione sentiu seu queixo cair. Estava em frente de um lote enorme, cercado de um jardim simples, porém belo. Com certeza erguido por magia. A casa era de dois andares, por fora, era exatamente como a casa dos sonhos de Hermione. Será que... Não, era impossível. Tinha que ser impossível, tinha que ser uma mera coincidência. Caminhou através da entrada encarando cada detalhe, estava trêmula e admirada. Era como se uma faca tivesse atravessado seu peito várias vezes.


Quando chegou na porta, sua respiração estava intensa. Se apenas a entrada tinha feito aquele estrago, não queria imaginar o que lhe esperava lá dentro.


Já erguia a mão para bater na porta, quando esta abriu antes do contato.


– Hermione Granger, minha senhora!


Hermione olhou para baixo. Deu de cara com o velho Dobby.


– Dobby, a quanto tempo, - disse Hermione com carinho. – Como sabia que eu estava chegando?


O elfo doméstico abraçou as pernas de Hermione, a felicidade era enorme em seu peito. Hermione sentiu vontade de rir, o elfo carregava meias coloridas nos pés, um suéter verde berrante e um chapéu amarelo na cabeça, ao menos Harry sabia como cuidar de um elfo.


– Mestre Harry falou que Hermione estava por perto e mandou Hermione abrir a porta! Dobby nunca imaginou que chegaria o dia em que Rony Weasley e Hermione Granger viriam visitar Harry Potter.


A sobrancelha de Hermione se ergueu, velhas memórias vieram a sua mente. Será que Harry ainda sabia?


– Não é uma visita, Dobby.


Uma lágrima escorreu do olho direito do elfo.


– Dobby sabe, ainda assim, Dobby fica feliz. Dobby pode sentir uma brisa no ar, trazendo consigo novos tempos.


– Dobby, não fique confundindo Hermione com suas profecias malucas, deixe que ela entre, - disse a voz de Harry


Hermione olhou para sua frente. Lá estava Harry, um copo de whisky de fogo na mão. O olhar sereno e controlado.


– Venha, Rony já chegou. Luna está na cozinha tentando explodir alguma coisa. Vou mostrar o quarto onde você pode deixar suas coisas.


– E quanto a Malfoy? – indagou Hermione entrando pela abertura.


– Não sei se aparecerá. Disse que está passando um pouco mal, sintomas de roniquice aguda, pediu para nos cuidarmos porque é contagioso.


Hermione riu.


– Venha Dobby, fique de olho em Luna, acho que ela está procurando um modo de plantar espiritos de narguilés por toda a casa, ela me disse que dá sorte.


Durante mais uma vez, Hermione sorriu. Era como uma reunião de velhos amigos e seria bom rever, Luna.


Como estava enganada.


Não que o encontro com Luna tinha sido ruim, muito pelo contrário, porém durante duas circunstâncias, a editora do Pasquim lhe dera seguidas indiretas, deixando Hermione completamente encabulada. Se por um lado Rony não estava sendo um completo idiota e Harry chegou até a puxar papo, embora de maneira seca, ela sentiu que havia levado vários socos na boca do estômago.


O motivo? A casa de Harry.


Parecia ter sido desenhada para ela, parecia ter sido construída para ela viver, decorada pelos olhos dela, tudo exatamente em seu devido local, estava completamente perfeito. E a biblioteca então? Era seu sonho de criança, que havia se tornado um pesadelo. Tentou disfarçar o que se passava em sua mente, se interessando por inúmeros livros raros que pertencia a Harry.


Como sempre, havia sim, uma explicação.


 


 


Hermione foi em busca do namorado. Estava começando a se preocupar. Não podia ter sido raptado, era forte e esperto demais para cair em qualquer emboscada armada por Voldemort e seus comparsas. Procurou por mais algum tempo, o sol ameaçava raiar, a aurora matinal já se fazia presente. Ia chamar aquele inútil do Rony para ajudá-la, embora se o fizesse, de nada iria adiantar. O amigo ia dizer que Harry sabia se cuidar melhor que ambos e voltaria a adormecer.


Sua respiração já estava ficando ruidosa de preocupação quando finalmente o encontrou.


Estava lá, sentado debaixo de uma árvore, olhando para o horizonte. Hermione sabia que o namorado aguardava o nascer do sol. Como havia sido burra ao se preocupar tanto com o sumiço de Harry.


Harry virou para ela, sorrindo.


– Sabia que você estava chegando, senti sua presença há alguns minutos.


– Ainda não entendo como você faz isso.


– A magia deixa vestígios, - respondeu Harry feliz.


Hermione se sentou no colo dele, retribuindo o sorriso e lhe dando um beijo de leve nos lábios.


– Estava preocupada com você.


– Você sempre se preocupa demais, - disse Harry abraçando a garota.


Com um pensamento súbito, Hermione mordeu o lábio, como todas as vezes que fazia quando estava curiosa.


– Você sabia que eu estava chegando de verdade ou está fazendo isso para me deixar curiosa?


– Um pouco dos dois, - respondeu Harry sorrindo.


A garota fez uma cara de impaciência.


– Você não vai me contar?


– Eu posso sentir seu caminhar de leve quando você vem ao meu encontro, mesmo quando você está longe, eu consigo sentir seu cheiro pelo ar, como eu disse, a magia deixa vestígios. E você deixa uma marca mágica no ar como nenhuma pessoa que eu conheço. Eu vou sempre saber quando você anda por perto.


Hermione entrelaçou seus braços no pescoço do garoto.


– Você é um mentiroso fofo.


Harry riu.


– E você é uma namorada que nunca acredita nas palavras...


Hermione calou a boca de Harry dando-lhe um longo e prolongado beijo.


Ficaram durante vários minutos ali, curtindo um dos passatempos favoritos de Harry, o nascer do sol. Quando voltou a si, Harry observou que Hermione estava perdida em pensamentos.


– Posso saber no que você está pensando? – perguntou Harry passando a mão pelos cabelos da garota.


Hermione parecia tímida.


– Você ia rir de mim.


– E por que acha isso?


– É um pensamento bobo, - afirmou Hermione.


– Se fosse algo bobo, você não estaria tão distraída.


A garota voltou seu olhar para o horizonte.


– Promete que não vai rir?


– Sempre.


Em pouco tempo, Hermione situou sobre o que refletia. Contou como seria a casa de seus sonhos. Inquirida por um Harry curioso, contou cada detalhe. O tamanho da casa, o que deveria ter, o que não podia faltar e o que era dispensável.


No fim, quebrando sua promessa, Harry acabou rindo.


– Você me prometeu que não ia rir.


– Não estou rindo de você, Mione. Estou rindo de felicidade. Jamais esquecerei o que me disse, é uma promessa. Construirei essa casa dos seus sonhos um dia, tijolo por tijolo. Eu juro.


A nascida trouxa deslizou sua mão pelas costas de Harry.


– Se um dia sairmos dessa guerra.


– Sairemos. Você vai ver. E teremos essa casa, é minha promessa para você.


 


 


Dentro daquela biblioteca senhorial que havia montado em sua casa, Harry observou uma Hermione ainda tensa, com vários livros de Runas abertos e os pergaminhos de Snape a sua frente, a testa franzida denunciava que fazia um certo progresso. Rony, por outro lado, lia de modo desinteressado um livro de História da Magia, seus olhos fixos demais, mostraram a Harry que a cabeça de seu antigo amigo estava em outro lugar.


Sentindo uma vontade de conversar com Luna, acabou se levantando. Precisava se entreter um pouco.


– Aonde vai? – perguntou Hermione.


– Será que eu não posso andar livre pela minha própria casa, Hermione? – retrucou Harry secamente.


A garota lhe lançou um olhar de censura e voltou sua atenção para as runas.


– Já desistiu? – indagou Rony.


– Não mesmo, - respondeu Harry. – Vou apenas ver o que Luna anda aprontando. Você sabe, ela e Dobby sobre o mesmo teto é um risco enrome.


Rony balançou a cabeça concordando.


– Compreendo seu ponto. Olhe pelo lado positivo, sua casa ainda não está infestada de Narguilés ou algo parecido.


Rindo, Harry deixou a sala. Hermione se voltou para Rony.


– Não entendo porque você está sendo tão puxa-saco de Harry.


Rony franziu a testa.


– Ele sempre foi meu melhor amigo, Hermione. Sua memória está tão ruim assim?


– Harry foi seu melhor amigo, Rony. Assim como foi meu melhor amigo também. Você esqueceu o que ele fez comigo e com você?


Com um semblante que simulava nojo, Rony colocou o livro de História da Magia sobre a mesa.


– Nunca imaginei que chegaria o dia que você precisasse de conselhos, Hermione. Reconheço que Harry deu as costas a nós. Mas, se não estou enganado, também dei as costas a ele e a você. Ele nunca me pediu desculpas e nem eu a ele.


Houve uma pausa incômoda em que apenas o ruído de carros passando na rua cortavam o silêncio.


– Eu apenas entendi que era hora de abaixar a minha guarda, assim como Harry vem fazendo em relação a mim. Acho que sequer preciso de um pedido de desculpas. Diferente de você ou de Harry, eu nunca consegui guardar mágoa por muito tempo. No momento, me preocupo com outras coisas essenciais e dentre elas não está o rancor.


– Eu sei bem, como um modo de trazer seu pai de volta a vida, por exemplo.


Rony voltou a atenção para seu livro, sem responder a provocação de Hermione.


 


 


– Já estava me perguntando quando você ia dar as caras, - disse Luna ao ver Harry entrando na cozinha.


– Eu tenho que focar na missão do Ministério.


– Gostaria de ajudar.


– Você já ajuda e muito apenas com a sua presença, Luna, - disse Harry, consolando a esposa de Rony. – Fico feliz que tenha nos agraciado com a sua presença.


Harry pegou um copo e encheu de whisky de fogo.


– Mestre Harry, chega. O senhor já bebeu o bastante por hoje, - comentou Dobby.


– Eu concordo, - falou Luna em sintonia com o elfo.


Com um gesto das mãos, Harry fez o copo e a garrafa sumirem.


– Já não basta meu grande amigo, Dobby, tomar conta de mim. Agora tenho uma outra enjoada observando meus costumes.


– Fique feliz por isso, - comentou Luna sorridente.


Dobby, porém, nunca se acostumava com aquele tratamento. As lágrimas escorreram pelos olhos grandes do elfo e com um estalo, sumiu dali.


– O modo como você trata Dobby é realmente encantador.


– Eu o trato como ele merece e mesmo assim estarei em uma dívida eterna, que nunca será paga. Foi o único que não desistiu de mim, eu acho.


Luna não ia deixar aquela oportunidade passar.


– Ninguém desistiu de você, Harry, a não ser por você mesmo. Está muito claro que você pensa em ser resgatado, mas quando alguém oferece a mão, você procura se afogar ainda mais.


Harry ergueu uma sobrancelha.


– O que você quer dizer com isso, Luna?


– Que eu sempre soube das suas intenções.


– Continuo sem entender.


O chefe dos aurores precisou esperar a loira engolir o último pedaço de pudim. Em seguida, Luna limpou as mãos e só depois voltou sua atenção para Harry.


– Posso te contar uma história?


– Óbvio que sim, - respondeu Harry. Sabia que algum enigma estava vindo por aí.


– Há alguns anos, logo após a morte de Sirius, eu lhe contei sobre a morte da minha mãe. Lembra-se disso?


– Claro.


Luna voltou seu olhar para a janela que refletia o luar.


– Não foi muito convincente, de qualquer forma eu refrescarei sua mente. Há muito tempo atrás, quando ainda era uma criança, eu vi minha mãe ser vítima de um feitiço poderoso, que se voltou contra ela. Eu fiquei extremamente chateada, não tinha mais vontade de viver, perdi e muito a vontade de sorrir e de continuar em frente.


“Por muito tempo, meu pai segurava as pontas, fazia de tudo para me fazer sorrir, fazia o que estava ao seu alcance para me ver bem e nem sequer por um instante, desistiu de mim, todo seu esforço era destinado a ‘me trazer de volta ao mundo’. E em todas as situações eu lhe perguntava se ele não iria desistir de mim e a resposta era sempre a mesma: nunca.”


Luna Weasley fez uma pausa sorridente, voltando aqueles olhos azuis intensos para Harry.


– Apesar de ser apenas uma criança, eu procurava me afastar de todos, o único que eu demonstrava meu eu verdadeiro era meu pai. Estava cansada da hipocrisia de pessoas que mal me conheciam ou que nunca gostaram da minha mãe, que chegavam perto de mim e desejavam seus sentimentos. Então, eu criei uma máscara, Harry. Acho que você já sabe, não é? Você é muito mais esperto do que lhe dão valor.


Harry não confirmou e nem negou, contudo.


– Eu criei um modo para lidar com a situação. Durante muito tempo, eu sorria para as pessoas de modo que elas não me dessem atenção. Agia para manter todo mundo afastado de mim. É exatamente o mesmo jeito com que você encara sua vida hoje. Eu era igual a você é atualmente. Foi por isso que eu sempre soube. Eu sempre tive certeza que internamente, você nunca deixou de ser Harry Potter. Eu sei que você tomou uma decisão para proteger a todos nós.


Harry se lembrou de como a dona daqueles olhos azuis era uma surpresa contínua. Era inútil negar. E ele que imaginava que apenas Snape sabia do seu segredo.


– E por que você voltou a sorrir?


Uma lágrima escorreu pelos olhos de Luna.


– O primeiro motivo foi o meu pai, ele estava ficando doente em me ver daquele modo e eu realmente queria vê-lo feliz. O segundo motivo foi tão essencial quanto, foram vocês. Gina que sempre me protegia dentro da sala, depois você, Neville, Hermione e por último Rony. Vocês me curaram e me trouxeram de volta.


Ambos ficaram em silêncio durante algum tempo, porém Harry o quebrou primeiro.


– Por favor, não comente nada com Rony e Hermione. Não gostaria que isso fosse propagado por aí.


De relance, Harry percebeu que Luna ria.


– Eu não falei nada até hoje, Harry. Por que contaria agora? Não se preocupe, é um segredo seu, um direito que eu não posso tirar.


Luna fitou o amigo, o olhar sonhador parecia estar conservado com o tempo.


– Você escolheu um caminho difícil, tentando poupar a todos da sua dor, mas...


A atual editora chefe d’O Pasquim fez uma pausa momentânea.


– Continue Luna, – solicitou Harry.


– Apesar de ter sido nobre, você levou Hermione e Rony para esse caminho também, até nisso eles foram leais. Você está voltando, Rony também está, ele nunca foi de carregar rancor das pessoas, é no máximo um cabeça dura que amolece quando percebe que seus amigos mais queridos podem voltar a se entender, Rony não precisa pedir desculpas ou desculpar alguém, com o tempo ele esquece. Com certeza, posso te dizer que nesse momento ele está empolgado por estar perto de você e de Hermione.


O olhar de Luna se tornou mais intenso que o de costume, Harry sentiu um solavanco em seu estômago.


– Só não esqueça que Hermione continua perdida, Harry, e por mais que pareça cômico, há situações em que se você não guiá-la, ela jamais encontrará o caminho de volta. Acho que você sabe melhor do que eu: ela criou uma ligação tão forte com você ao longo dos anos que nenhum de vocês conseguiu romper. Você é o porto seguro dela, sem você, Hermione fica perdida para enxergar situações óbvias. Sem você, Hermione fica incompleta.


– E quem disse que eu quero algo assim?


Luna foi até Edwiges e acariciou a cabeça da coruja, dando seu sorriso mais sincero. Percebeu que Harry tinha levantado, a conversa estava se encerrando.


– A razão e o coração. Dois grandes paradoxos, dois lados que batalham ferrenhamente. No entanto, nem mesmo a mais forte e emblemática razão consegue vencer um coração recheado de sentimentos. Você nunca deixou de ser Harry Potter. Você nunca perdeu o poder que o distinguia de Voldemort.


Harry permaneceu de costas, nem cogitou olhar para ela.


– A capacidade de amar, - continuou a loira. – Céus, já parou para pensar como sua mãe foi sábia?


– Há muita mágoa entre nós, Luna, - disse Harry, embora pensativo pelas palavras de Luna.


Um barulho vindo da porta, anunciou que um novo visitante e Harry tinha certeza que era Malfoy. A paz de Rony havia acabado.


Não deu outra. Com sua mala pronta para partir no dia seguinte, Draco adentrou a casa de Harry.


– Draco, - cumprimentou Luna com simplicidade.


– Luna, como vai? – perguntou Malfoy, usando toda cordialidade que dispensava a Rony.


– Veio atormentar o meu marido?


Draco deu uma risadinha silenciosa.


– Não posso deixá-lo divertir sozinho, você sabe.


Harry decidiu intervir.


– Vamos, Draco. Vou lhe mostrar o seu quarto, depois vamos nos reunir a Rony e Hermione.


– Você não vem, Luna? Seria legal ter com quem conversar.


Luna balançou a cabeça negando, embora estivesse feliz com a declaração de Draco.


– Dessa vez estou fora, Malfoy. Lamento.


 


 


Quando Harry, reabriu a porta, Hermione nem mesmo levantou a cabeça. Entretanto, Harry reparou que os olhos da garota não se moviam. Rony, contudo, ofereceu um sorriso ao amigo, antes de se deparar com Malfoy.


– Se não é a doninha quicante mais famosa de Hogwarts, - falou Rony antes de voltar para a leitura daquele livro entediante, sentia que estava de volta as aulas do Prof. Binns.


As sobrancelhas de Malfoy se tornaram uma linha fina. Harry deu uma risadinha silenciosa, Rony finalmente havia entrado no jogo.


– Estava com tanta saudade assim? – questionou Malfoy.


– Você não imagina o quanto, - respondeu Rony distraído.


Harry puxou Malfoy para dentro.


– Vamos, Malfoy. Temos muito o que fazer.


– Conseguiram resolver alguma coisa? – perguntou Draco.


Hermione riu desdenhosa.


– Consegui algumas palavras soltas. Teríamos até conseguido mais, não fosse a boa vontade de Harry em não ajudar e se Rony estivesse mais preocupado em ter atenção no que lê.


– Agora você sabe o que eu passo durante todos os dias, Granger. Eu toco aquele departamento nas costas durante todos esses anos.


Pela primeira vez durante todos os momentos, os quatro riram. Não deixou de ser estranho.


– Salvo me engano, você também fazia aula de Runas Antigas, Draco, estou certa? - observou Hermione.


– Eu tentava. Não era como você ou a professora Vector, ainda assim aprendi alguma coisa ou outra.


– Então venha me ajudar, quem sabe você se mostra útil, diferente do Harry e acaba descobrindo alguma coisa realmente relevante.


Malfoy lançou sob a mulher seu melhor olhar de ironia.


– Gostaria que meu chefe fosse assim, - comentou, se sentando ao lado da garota.


Harry lançou um olhar curioso a Rony, que retribuiu. Se Malfoy ia se aliar a Hermione para importunar os dois, nada mais certo que correspondessem. Rony parecia um pouco confuso, Harry, porém deu um sorriso malvado interno. Sabia que Malfoy não estava tratando Hermione bem por qualquer motivo, tinha certeza que Gina estava tentando ajudar sua amiga de alguma forma e para isso estava usando o marido.


Ainda pensativo, Harry se assentou em sua confortável poltrona, buscou algumas revistas que tinha comprado em uma banca trouxa mais cedo. Selecionou uma cujo título era, “Guia de turismo da Inglaterra”, e outra entitulada, “Os maiores mistérios e lendas da Grã-Bretanha”. Ainda lia o índice da revista, quando percebeu os três pares de olhos fixos nele, refletindo espanto como no caso de Rony e zombeteiro como Malfoy e por fim o olhar de falta de paciência de Hermione.


– O que foi? – questionou Harry.


– Se você achar melhor, trago uma revista de fofocas para você se entreter mais, - comentou Malfoy.


– Você tem certeza que quer participar dessa missão? Você não precisa de entrar se quiser apenas atrapalhar e zombar da gente, - disse Hermione passando seu sermão.


Harry forçou uma risada.


– O que vocês tem contra uma revista trouxa? Acham inútil?


– Sei que você pode ser um bruxo genial, meu amigo, - começou Rony, - mas não há nada que se preste numa coisa dessas. É inútil.


– É o que vocês acham? – perguntou Harry, era óbvio que estava se divertindo.


Houve um murmúrio de concordância.


– Pois bem, eu aposto com vocês, que em uma hora de pesquisas nessas duas revistas trouxas, eu consigo coletar mais informações importante que qualquer um de vocês.


Os olhos de Draco Malfoy brilharam.


– Isso é uma aposta, patrão? Agora sim, temos um jogo!


– Considere como uma, Malfoy. Se por um acaso eu perder, me demito do meu cargo do Ministério.


– Como? Nem mesmo Ludo Bagman apostaria nisso! – exclamou Rony boquiaberto.


Malfoy assobiou baixinho. Hermione encarou Harry, pasma. Como ele podia brincar numa situação daquelas?


– Então, aceitam meu desafio? Ou vão simplesmente me encarar como se eu fosse um fantasma?


– Estou dentro, Potter, - respondeu Rony.


Hermione se voltou para os pergaminhos promissores a sua frente, estava incerta, por mais que Harry demonstrasse confiança.


– Serei promovido amanhã, por mais que eu mereça, não esperava por isso, - comentou Malfoy animado.


– Não vai exigir nada em troca, Harry? – indagou uma Hermione irônicamente.


– Não preciso, - respondeu confiante, - só de ver todos vocês quebrarem a cara no fim, será um preço ótimo a se pagar.


 


 


Exatos sessenta minutos depois, eles pararam toda a pesquisa.


– E então? Descobriram alguma coisa? – perguntou Harry furtivamente.


Rony balançou a cabeça negativamente.


– No “História da Magia” não há nada relevante. Afirma que bruxos buscam há séculos uma forma de trazer seus entes queridos de volta a vida e jamais encontraram sequer um rumor de magia que tornasse possível ressuscitar os mortos.


Hermione fez um muxoxo de impaciência.


– Com todo acervo disponível aqui, você me busca informações no livro de Batilda Bagshot? É obvio que aí não tem nada, Ronald! Eu já li esse livro centenas de vezes e já sabia disso decoradamente, era só você ter me perguntado que eu te informaria.


Por um momento, Rony pensou em arremessar o livro contra sua ex-amiga.


– Sabe, Weasley, eu nunca entendi como Gina pode ser tão inteligente, quando você é desleixado. Não sei de onde ela tirou tanta inteligência, no entanto, posso afirmar que de você não foi, - afirmou Malfoy.


Pensando bem, Rony sabia em quem devia arremessar aquele livro inútil.


– Pelo visto, vocês deve ter descoberto muita coisa, ainda mais por estarem criticando o esforço de Rony dessa forma? – retorquiu Harry, como se consolasse o amigo.


O rosto de Malfoy se contraiu em um sorriso malvado, o de Hermione se encheu de confiança.


– Você tem razão, - disse, por fim, Hermione, - encontramos alguns dados relevantes.


– Muito relevantes, - confirmou Malfoy.


Hermione reuniu os pergaminhos em sua mão, parecia estar muito orgulhosa de si mesma. Rony parecia irritado, e Harry por sua vez tinha carregava um semblante de quem gostaria cair na risada e não podia.


– A boa notícia é que conseguimos encontrar, através dessas runas, dados que contam existência de rituais para ressucitar os mortos. Aparentemente, para controlar sua nação, alguns feiticeiros e bruxos traziam seus guerreiros de volta a vida para novos combates sangrentos, durante muito tempo essa prática foi comum e os tiranos mantinham o poder, - explicou Malfoy.


– Lembrem-se, estamos falando de tempos remotos. Tempos tão distantes que nem Hogwarts devia existir e talvez nem mesmo a Inglaterra. Enfim, segundo encontramos, um grupo rebelde descobriu segredos importantes e esse templo foi parcialmente destruído, junto, levou boa parte dos governantes e o local em que as pessoas eram ressucitadas foi esquecido, - contou Hermione.


Harry olhou para sua resvista promissora e sorriu. Rony, entretanto, ainda não estava satisfeito.


– Acaba por aí? Nada de localizações ou qualquer detalhe geográfico? Se esse templo ainda estiver com alguma coisa de pé, não diz nada, há centenas de monumentos degradados espalhados por toda Grã-Bretanha, - comentou o Weasley.


– Fico feliz que você saiba pensar, Roniquinho, - falou Malfoy irônicamente.


Hermione riu. Depois ao ver a expressão de Rony ficou séria.


– Essa é a má notícia, Rony. Primeiro, retrata apenas uma lenda, nem sabemos se é verídica ou se possui algum fundamento. A outra? Muitos símbolos estão apagados pelo tempo ou simplesmente não conhecemos, são runas sem significados. Contudo, há uma referência minúscula que a localização seria ao sul, - atestou Hermione.


– E vocês já devem ter concluído que é apenas uma especulação, não sabemos se é um rumor ou apenas palavras jogadas no papel, - disse Draco.


Rony fez uma cara cética e fez um quadrado com os dedos.


– O que nos reduz em uns milhares de kilômetros quadrados, - disse Rony enfático.


Hermione se voltou para Harry.


– Você está quieto demais, não vai dizer nada?


– Bem, eu me sinto confortável em ser um ouvinte educado. Estou apenas esperando você e Draco concluirem, - respondeu Harry com simplicidade.


A professora de Hogwarts ficou desconfiada, Harry estava cheio de si. Alguma coisa havia encontrado, ela tinha certeza.


– Nós já concluímos, Harry. Não quer perguntar nada? – questionou Hermione.


Harry encarou aquela íris castanha.


– Nenhuma pergunta. Tenho certeza que todas essas informações que vocês disseram são verdadeiras, afinal, como havia dito mais cedo, já sabia de boa parte desse conteúdo há muito tempo, exceto pela localização ao sul. E aliás, com o que encontrei aqui, acho que se completam.


– Você encontrou informações em revistas trouxas? Sobre lendas bruxas? – perguntou Rony descrente.


– Talvez, - disse Harry misteriosamente.


Os olhares de Rony e Hermione se encontraram. “Lá vem ele”, pensaram simultâneamente.


– Você vai pedir aviso prévio no Ministério agora, ou prefere concluir sua insanidade? – perguntou Malfoy.


Harry riu, foi acompanhado por Rony e Hermione.


– Aguarde o que eu tenho a dizer e tire suas próprias conclusões. Posso?


Havia um cheiro de mistério no ar.


– Prossiga, - autorizou Rony.


Animado, Harry abriu sua revista trouxa.


“Localizado na planície de Salisbury, próximo a Amesbury, no condado de Wiltshire, no sul da Inglaterra, se encontra o monumento megalítico da Idade de Bronze chamado Stonehenge. Especula-se que a data da construção de Stonehenge tenha ocorrido há aproximadamente seis mil anos, embora não haja qualquer tipo de comprovação cintífica que prove a data exata.


Das várias lendas que especulam sobre a criação e função do monumento que envolve alieníginas, gigantes, deuses e até bruxos, nenhuma, talvez, seja tão sensacionalista quanto a versão de um homem idoso, dentre os vários contadores de história que trabalham às cercanias do monumento, chamado Alex Parsons, 74 anos, e quase sessenta dedicados em ser guia de Stonehenge. Segundo Alex, a construção existe para que os mortos possam voltar a vida, através de rituais de magia negra. Versão contada sob tom de mistério para quem quer escutar. Segundo Parsons, durante certas etapas do ano, podem ser visto almas que desejam voltar a caminhar na Terra.


‘Eu mesmo já vi com esses meus olhos, tentativas de rituais de algumas pessoas para trazerem de volta seres malignos. Uma dessas pessoas estranhas tentou me atingir com um raio que saiu de um pedaço de pau há alguns anos atrás.’


E Parsons vai além.


‘Já me deparei com alguns fantasmas próximo ao local. Pode acreditar.’


Nenhuma evidência foi confirmada por historiadores e cientistas. O velho Alex é apenas mais um dentre os excêntricos guias de Stonehenge, e se você é turista e está em busca de boas histórias, arquitetura incrível e lendas inacreditáveis, não deve deixar de visitar a cidade.


Se você, turista, deseja escutar a história de Alex Parsons, encontre próximo ao monumento ou caso contrário o procure na Taverna do Fim do Mundo, ele nunca arreda o pé dos dois locais.


Este repórter, contudo, aconselha que cheguem cedo, caso contrário encontrará o notável guia, armagurado e desolado, vítima da melhor cerveja da encantadora cidade.”


Harry fechou a revista e encarou os três bruxos a sua frente.


– E então? O que acham?


– É o tipo de matéria que Luna adoraria publicar n’O Pasquim, - avaliou Rony.


 


 


Hermione observava o quarto em tom tristonho. Ainda não estava acreditando que tinha aceitado dormir na casa de Harry. Por mais que fosse por uma causa nobre, ela se sentia machucada por estar ali, só foi convencida porque Rony, Luna e Draco aceitaram ficar sem objeção (Draco ainda contatou Gina para que fosse ficar com ele, o que foi prontamente recusado pela ruiva, “Meu irmão tomará conta de você, não é, Rony?”). Todo detalhe da casa de Harry era um retrato do que ela desejava para si. Era o retrato da casa de seus sonhos.


Franziu o cenho ao se lembrar de Luna. No breve momento em que ficaram a sós, a esposa de Rony havia perguntado a ela se durante aquela reunião, Hermione não tinha percebido o tanto que Harry sentia sua falta. Uma questão ridícula de se levantar, Harry estava sendo frio, distante e irritante.


Revirou em sua confortável cama durante horas, o sono simplesmente não vinha. Dali a algumas horas estariam indo para o sul. Para chamar o sono, abriu um livro de cabeceira, tornou a ler a revista trouxa que Harry havia lhe emprestado e por último, procurou descobrir o significado de alguns daqueles símbolos dos pergaminhos que não tinha resolvido, foi tudo em vão. Numa última tentativa de dormir, procurou uma posição mais confortável para que cpnseguisse adormecer. Foi em vão. Olhou o relógio, já se passavam das três horas da manhã. Os roncos distantes indicavam que Rony estava a sono alto. Instantes depois imaginou ter escutado um ruído fora do lugar. Foi então que o ruído tornou a repetir e logo depois aconteceu de novo. Se levantou alarmada, colocou o seu robe e pegou sua varinha. Precisava verificar o que estava acontecendo.


Abriu a porta do seu quarto e verificou que o burburinho, quase oculto pelos roncos de Rony, vinha do andar inferior da casa. Hermione desceu as escadas, procurando não fazer barulho. Estava preocupada em atrair atenção e acordar alguém.


Era estranho, parecia ouvir vozes conversando muito baixo. Sua varinha estava pronta, seria algum espião? Era inimaginável naqueles tempos de paz.


– Foi minha decisão, padrinho. Nunca terei a resposta se foi a melhor. O importante para mim é saber que todos estão em segurança, - disse a voz de Harry.


No alto de seu quadro, Sirius considerou a resposta do afilhado.


– Você foi nobre e nunca foi... Como vai, Hermione? – perguntou Sirius ao se deparar com a chegada da mulher.


Harry se ergueu do sofá e virou-se para ela. Quanto Hermione tinha ouvido?


Hermione abria e fechava a boca, sem saber o que responder. Estavam na sala, provavelmente conversando sobre algo importante. Do que Harry estava falando sobre segurança? Que decisão teria tomado?


Percebeu que Sirius Black, em seu confortável quadro, ainda aguardava uma resposta dela.


– Estou b-bem. E você, como vai?


Sirius ofereceu um sorriso a garota. Algo que não foi compartilhado por Harry.


– Nunca estive melhor, - respondeu Sirius. – Apenas conversando com Harry sobre a missão de vocês. É melhor eu ir, certo Harry?


Harry concordou.


– Creio que sim, Sirius.


– Muito bem, - disse Sirius. – Vou dar uma volta pelos meus outros quadros, nos vemos depois. E... pense um pouco sobre o que eu falei. Foi bom te rever, Hermione.


– Eu sempre penso, - respondeu Harry secamente.


Dando um último aceno para Hermione, Sirius sumiu pela imagem. Harry fuzilou a sua antiga amiga com os olhos.


– Posso ajudá-la em alguma coisa?


Hermione não se intimidou com o olhar de Harry.


– Não, estou apenas sem sono. Escutei um barulho e vim...


– ...checar, - completou Harry. – Sim, eu entendo.


Ignorando a garota, Harry voltou a se sentar no sofá e pegou um pergaminho, deixando sua atenção para o pedaço de papel. Com a mão livre, pegou um copo e o levou a boca.


– Não fique tímida. Sente-se. Aceita um pouco de chá?


Hermione se sentou, mas não respondeu a pergunta de Harry.


– Você também perdeu o sono? – indagou Hermione tentando manter a cordialidade.


Apesar da pouca iluminação da sala, Hermione observou que Harry guardou o pergaminho nas vestes, antes de se dirigir a ela.


– Já faz muito tempo em que eu não durmo corretamente, Hermione.


A mulher ficou ainda mais intrigada.


– Por quê?


Harry balançou a cabeça.


– Existem coisas que não tem explicação, - respondeu.


– Para tudo há uma explicação,  - divergiu Hermione.


– Eu não concordo.


Harry tomou mais um gole de chá e se negou a encarar Hermione. Ficaram em silêncio durante algum tempo. Finalmente, Hermione encontrou energias para perguntar aquilo que ansiava. Sabia que não teria resposta, porém não custava tentar.


– Sobre o que conversavam?


A sobrancelha de Harry se ergueu.


– Você já ouviu falar em assunto particular? No geral, as pessoas possuem e não saem compartilhando com qualquer um que aparece a sua frente.


O olhar de Hermione se encheu de censura.


– Vim aqui apenas porque escutei um barulho. Não vim para buscar algo que não é da minha conta. Não sou enxerida, Harry Potter.


Harry riu. Como Hermione se irritava facilmente.


– Você poderia estar interessado em trazê-los de volta, - analisou Hermione.


– Como?


– Sirius e seus pais.


Harry reencontrou o seu copo que repousava sobre o móvel ao lado do sofá. Com apenas um gole, bebeu metade do conteúdo.


– Meus pais? Sirius? – perguntou Harry surpreso. – Hermione, gostaria dizer que você está com a razão. Infelizmente, você não está. Acho que assim como eu, você sabe que a morte é algo que acontece a todos, é algo natural. Seja justo ou não, é conveniente que as pessoas vivam e morram apenas uma vez.  Pelo menos até onde sabemos.


Ele voltou sua atenção para a moldura vazia de seu padrinho. Hermione estava atônica. Era um absurdo o tanto que Harry tinha crescido.


– E para você, pode soar ridículo, - começou Harry. – A verdade é que eu converso com meu pai as vezes, aqui e ali. Quanto a minha mãe? Há muito não trocamos uma palavra, desde um certo dia, em que ela me classificou como nobre e tolo demais. A última coisa que me disse foi que nunca iria me perdoar.


O olhar de Harry ficou vazio. Ele se levantou e foi em direção a saída. Não explicou nada a garota.


– Assim como eu, - comentou Hermione.


Harry se virou para a garota. Sentiu algo como uma facada em seu coração, porém não demonstrou qualquer sentimento. Se lembrou que naquele jogo dois podiam jogar. Ele tinha que se impor.


– A diferença é que eu não preciso do seu perdão. Tenha uma boa noite, Hermione.


Sem esperar resposta da garota, foi em direção a escada. Hermione não fez qualquer menção em chamá-lo.


Sim, ele era um tolo e o maior dos idiotas por machucar a pessoa que mais amava na vida. E como Snape havia lhe avisado anos atrás, a cada dia que passava, sentia que um pedaço de si estava morrendo. Detestava quando seu ex-professor tinha razão.


Subiu rapidamente as escadas, passou pelo corredor e encontrou a porta de seu quarto, ela se abriu magicamente ao toque da mão de Harry.


Com um grande pesar explodindo em seu peito, Harry sentou sobre sua cama. Procurou a moldura do quadro de seus pais a sua frente. Sem qualquer surpresa, notou que ainda estava vazia. Procurando algo que lhe desse energias, olhou para o lado, onde encontrou o que buscava.


Haviam dois quadros no quarto de Harry. O primeiro, estava quase sempre vazio, era dos seus pais que há muito não davam as caras. O segundo, era um quadro trouxa e que não se movia. Era enorme, tirada em Hogwarts, em que estavam Harry e Hermione sentados sobre uma neve espessa, um ao lado do outro, de mãos dadas e sorrindo.


Harry precisava urgentemente de uma trégua, ou não aguentaria o decorrer daquela missão.



Voltou seu olhar para a borda do quadro em que estava acompanhado de Hermione. Leu aquela frase que ele mesmo escreveu ali e já havia decorado: Para sempre seu.


 



Opa!! Aposto que muitos não aguentaram ler esse capítulo até o fim! Putz, 27 páginas de word... de longe o maior e mais difícil capítulo que eu já escrevi!! Quase dez dias escrevendo pra ver o que saía... deu nisso aí! Era para ser perfeito, as idéias foram fluindo e no final eu não gostei!!! Afff... me perdoem por erros de português ao longo do texto, eu realmente não revisei com a devida atenção.


Era para ter uma cena de explicação do ódio dos três, no fim eu fiquei cansado e decidi postar o capítulo! Já tinha ficado cansado de tanto escrever, imagina vocês que estão lendo!!


Mil desculpas se desapontei alguém! A seguir a resposta aos comentários:


Enigmatic Perfection: adoro seus comentários!! Muito obrigado!! O mais interessante é que ao escrever o capítulo anterior, eu não pensei em um Harry quebrador de regras e sim um cara que protege seus amigos sempre. Mas uma coisa puxa a outra e o mais interessante é que você me lembrou de uma das características principais do Harry que é se lixar para leis, regras e afins. Sobre o Malfoy, eu sempre tive vontade de vê-lo mais participativo. No próximo capítulo você terá uma boa surpresa!! =] Tá faltando aquela cena H2, certo? Bem... novidades surgirão! Hehehe... continue comentando, ok?


Nina Granger Potter: Muito obrigado pela participação. Acho que o Malfoy vem sendo o mais popular até agora, né? Esse jeito irreverente, meio mala de ser... bom, a Gina tem a participação nisso. Ela deixou o Draco bem mais a vontade... Aliás, novidade a respeito dos dois surgirão no próximo capítulo.


Isis Brito: Sempre participativa!! Só tenho a agradecer!! Nossa figurinha, acho que você terá que aguardar mais um pouquinho quanto explicações H2. Pra falar verdade, eu não defini a cena na minha cabeça... me dá uma idéia aí, vai? Você tem tantas!!!


O Draco foi uma boa surpresa, né? Nunca imaginei que ele teria esse sucesso todo na fic. Sempre tive vontade de escrever sobre ele um pouco mais solto... E não é que ta dando certo? Muito obrigado pelos comentários de sempre Isis!! Estou aguardando att da sua fic? Ok? Beijos!


Matthew Malfoy: Muito obrigado, meu velho! O Rony e o Harry são amigos naturais que se perdoam automaticamente... apesar de serem cabeças super duras, eles sabem seguir a vida. E o Harry apesar de todo seu juramento, coisa e tal, sente falta dos amigos, por mais que não deseje demonstrar.


Eu queria deixar a Gina mais participativa nessa fic, assim como a Luna também. O foda é que a minha idéia é acabar com essa fic logo... colocando mais personagens participativos, deixará a fic mais longa e não é o que eu desejo! Continue comentando, forte abraço!


Maria Cândida: fico feliz com seus elogios! Olha, muita gente não curte o Snape, mas na minha opinião, ele, a Luna e a Belatriz são os personagens mais interessantes do universo HP... não sei se é algo que me cativou ou porque os atores no filme foram sensacionais, o negócio é que eu gosto demais desses 3!


Eu sou fã H2 declarado também. Só escrevo sobre ambos. Não tenho prefrência sobre demais casais. E pra mim o mais difícil é escrever sobre Luna e Rony... não sei o motivo.


Sobre a relação pai/mãe, é algo que eu desejo muito colocar por aqui... acho que aparecerá algo no futuro. A briga do Harry com a mãe por exemplo. Bom, não posso dizer mais nada... hehehe... você verá!


Beijos, não deixe de comentar!! =)


Helena Almeida: fala figurinha!! Minha curiosidade era idêntica a sua. Acho que o Harry ficaria sem saber o que dizer. O Draco serve para alguma coisa né? No fim, foi ele que não deixou o Harry virar um sujeito sombrio e amargo como o Snape. Talvez nem o próprio Harry perceba isso... embora, no final!! Ahh, você vai ver!! O final está pronto na minha cabeça.... será bem interessante!!


Sobre o prólogo... tá na hora daquela bagaça ser atualizada né... novas idéias surgiram, outras desapareceram... espero fazer isso até o fim da semana! Beijo figurinha, a senhorita me diverte com seus comentários!! Portanto, me deixa feliz e continue comentando, tá?? =)


PS: vi seu comentário na Batalha Perdida. Eu não atualizei semana passada porque me prendi nesse capítulo. Tentarei postar dois capítulos essa semana, com mortes, uma super traição ruiva e muito mais!!! =) 
Figurinha, não sei se você vai passar aqui, como havia dito, mas se você passar, tem como você me mandar seu email? Beijão! 


Ingrid: Nossa, você tem noção o quanto é bom, quando surge alguém que nunca comentou e deixa vários comentários? Você deixou um autor muito feliz!! Foi a partir dos seus comentários que eu tive vontade de att essa fic!! Seja bem-vinda!!


Como eu disse acima, o Malfoy vem sendo o mais popular da história até então. É algo que eu realmente não esperava que acontecesse. A Luna é sensacional!! Tem um sexto sentido e uma inteligência que poucas pessoas entendem e age de modo que somente os espertos podem entender. Típico de uma corvinal!!


Hermione ama o Harry sim, aliás, é uma via de mão dupla. Acho que você já percebeu!!  O tempo pode ter passado, mas esses três continuam com as mesmas características. Muito obrigado pelos elogios!! Não deixe de comentar e sugerir!! Beijo!


Bethany Jane Potter: o que uma pessoa que escreve não faz para ganhar comentários!! Hehehe... eu adoro deixar as pessoas curiosas! Vem mais por aí!! Beijão, continue comentando!!


Lillian P.: Poxa, seja bem-vinda. Primeiro comentário seu, estou certo? Espero que tenha gostado desse capítulo, embora eu não tenha deixado ao modo como gostaria... no fim já estava com tanto saco de escrever que terminei de qualquer jeito!! Beijo, continue comentando!!


Alylyzinha: Nossa, a quanto tempo você não comenta por aqui! Muito obrigado por ter dado as caras. Você fez um autor H2 super feliz! Beijos!


Potter Salter: Aos poucos o Harry vai voltando. Só que... como diria a Luna, as vezes ele não quer ser resgatado, fica se fazendo de nobre e estraga tudo!! Na realidade, você verá (ou não, to com preguiça de escrever essa cena e me falta idéias também!!), que não foi apenas o Harry. Tudo bem que tudo partiu dele, mas no fim foi um suruba de insultos e cada um virou as costas para o outro.


O Harry sabe que está machucando a menina Granger e lá no fundo é a defesa que ele tem para deixa-la afastada. Beijo figurinha, muito obrigado por esse apoio contínuo!


Catherine Black: Você me deixou impressionado. Sabe por quê? Olha, eu tenho a grande mania de clicar sobre cada nick das pessoas que comentam aqui... E PUTZ! Clicando aqui e clicando ali, me deparei com seu perfil no fanfiction.net. Figura, você escreve bem demais.


É muito legal, pois ao longo do tempo, eu vejo que pessoas que comentam bem, no geral se revelam bons escritores. Você não pensa em escrever nenhuma história H2 ou mesmo outro shipper não?? Fiquei de cara... e isso não ocorre com muita frequência.  Se já tiver escrito algo, me fala, farei questão de ler!


Sobre seu comentário, Harry e Rony apesar de serem teimosos, sabem se perdoar sem dizer nada. O Harry tenta se fazer de forte e esquece do tanto que seus amigos fazem falta. Já a Hermione... bom, não pode ser tão fácil!! Maaaaaaaaaas, no próximo capítulo... bom, você verá!! Aguarde!! =) Beijos, continue comentando!!


 


Gente, uma ótima semana para vocês, peço encarecidamente que continuem comentando como estão fazendo! Assim vocês me dão forças para seguir escrevendo!! Muito obrigado a todos!! Dicas, críticas e elogios são sempre bem vindos!!


PS: sei que o fim do capítulo não ficou perfeito e a história de Stonehenge pode desagradar aos mais fanáticos por história! Reconheço essa limitação, o grande problema é que eu não tive melhores idéias do que essas... e o título do capítulo? Nem comento! Putz! Me perdoem!! 

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Comentários (12)

  • Isis Brito

    QUE CAPÍTULO FANTÁSTICO, MEU MERLIN!! *-----------*Tito, vou te mandar uma na real... (aquela bem galerosa!! kkkkk) Sua fic tá incrível!! Seu capítulo pode ter sido grande, mas eu duvido que vá aparecer um só leitor para reclamar!! Sua história prende a atenção do leitor, que fica cada vez mais curioso com o que aconteceu entre o trio, o porquê de ainda ter tanta amargura entre eles, o que vai acontecer nessa missão... TUDO o que você escreve faz a gente sorrir, torcer, sentir o coração apertado (por causa das brigas), imaginar o que está acontecendo... É perfeito!! Se fosse um capítulo com 27 páginas (de word) de enrolação e mais enrolação, acredite em mim, eu teria dito!! ;DAgora que eu mandei minha opinião, vou comentar sobre o capítulo!! \o/(E acho que não é pouca coisa!!)Vamos começar pelo começo (adoro essa piadinha sem-graça!!): Snape!! Amargurado em suas vestes negras até hoje... A conversa que ele teve com Hermione não foi uma grande surpresa. Pelo menos não para mim... Eu não esperava que, depois do flashback que apareceu com o Harry, ele estivesse mudado. Irônico e ácido o tempo todo, a única coisa que me surpreendeu foi ele ter emprestado os pergaminhos para Hermione! Acho que ele meio que estava desafiando-a, não? É bem a cara dele, rsrs.E a Hermione tava mesmo achando que o Harry e o Rony estivessem esperando-a do lado de fora? o.O Posso tomar isso como esperanças?? *-* Alguma coisa finalmente está mudando dentro de Hermione Granger? *-*Segundo: a casa de Harry!! Merlin, que perfeito!! O Harry a construiu do jeitinho que Hermione queria, sem faltar um detalhe!! *----* Você colocou as emoções de Hermione a respeito da casa de maneira divina!! Eu quase pude sentir o que ela sentia: uma dor no peito, um espécie de arrependimento por tudo que poderia ser e não aconteceu... E se tudo tivesse sido diferente? Se Harry não tivesse feito essa escolha (que por sinal causou uma briga eterna [?] com a mãe)? Se o moreno escolhesse ficar ao lado dos amigos, em vez de abandoná-los? Todos estariam bem (?) agora, num clássico "felizes para sempre"? Deve ser horrível pensar assim, e eu fiquei tão tocada quanto Hermione... Aquela casa era para ser dela também!! Mas por uma peça do destino/autor, eles acabaram separados...E sabe qual é a melhor parte de sentir tudo isso com Hermione? Tentar imaginar, assim como ela (eu acho), como Harry consegue viver naquela casa!! Hermione nunca botara os pés ali, mas é como se a presença dele sempre estivesse presente em cada objeto, em cada livro daquela biblioteca senhorial... Tê-la ali deve ter sido difícil demais para Harry... Mais do que ela (e todos nós, curiosíssimos leitores!!) pode imaginar...Terceiro... Harry tá muito maduro!! Chego a me surpreender a cada novo capítulo, Tito! Você fez Harry Potter crescer ainda mais!! Ele nunca pôde ser criança, mas seu crescimento interior aumentou de forma considerável desde que era apenas o menino-que-sobeviveu-mais-uma-vez. É Fantástico!! *--* E o jeito como você demonstrou isso com o flashback entre ele e Hermione, em como ele podia sentir a presença dela (mesmo depois de anos), e a conversa que teve com Luna... Ela é outra que anda me surpreendendo!! Quer dizer que ela sabe de tudo e não contou para ninguém?! Fiquei de queixo caído... o.OPor último, mas não menos importante, a última conversa entre Harry e Hermione. E Sirius.Gente, o que foi aquilo tudo?? o.O Tudo bem, consegui entender que Sirius, apesar de ainda magoado, não deixou de apoiar o padrinho. Tiago faz isso com pouca (quase nada) frequencia, enquanto que Lily afirmou veementemente que nunca perdoaria o filho... (Lá vem a curiosidade de novo!!) MEU DEUS, o que aconteceu?? Tenho uma noção que o Harry abandonou os amigos em algum momento crucial da guerra, e entendi também que foi "para o bem dos amigos"... MAS POR QUÊ???!!! Por que ele tomou uma decisão assim?? O que tava acontecendo?? Quero dizer, não foi só o abandono, não é? Foi muito mais... Palavras... Elas doem mais do que uma atitude... E Harry, Rony e Hermione, em seu último encontro, há quase uma década, trocaram palavras amargas entre si!! Prometeram que nunca mais trocariam uma palavra, meu Deus do Céu!! 8/ Será que o Harry não ouviu o Snape?? É pior do que morrer!! É morrer um pouquinho a cada dia... Viver sem amigos, sem o amor de sua vida... E se a Lily ficou com tanta raiva assim do filho, por que não botou a boca no trombone? Por que não falou (sabe-Deus-como) para Rony e Hermione que era apenas uma maneira, nobre e tola, de salvar suas vidas?Ai, ai... Não sei mais o que pensar... rsrs...E a culpa é sua!! A fic é tão perfeita que eu fico perdida em meio a tantas emoções!! *-*Ah é! E ainda tem o Draco!! *-----------* Paixão da minha vida, se não fosses casado com Gina Weasley Malfoy, já serias meu pela eternidade!! *----------* Brincadeira, rsrsr...Draco é a alma comediante dessa fic!! As constantes brigas entre ele e Rony são maravilhosas, e eu fico voltando no texto apenas para lê-las mais um vez!! São engraçadas demais, kkkk..E de nada, Tito. Você sabe (eu espero) que adoro demais essa fic aqui!! Se, por um acaso do destino, eu ficar sem comentar um capítulo enquanto você estiver postando outro, faça um favor para mim: chame a polícia!! Porque provavelmente terão me matado!! rsrs (viciada em histórias é fogo, hein? ;D)E por Merlin, e todos os outros bruxos superiores, não acabe com nosso coração!! Não pare de escrever!! Tudo bem, você pode trabalhar, comer e dormir, mas o resto eu não deixo!! O resto do tempo é para fic, entendeu?!Brincadeirinha... de novo... ^^"Mas é sério, não demora tanto, tá? Please... *--------*(E prometo pensar em alguma ideia tão maluca quanto a do Stonehenge para Harry e Hermione!! *-*) 

    2012-08-29
  • Ingrid D.

    Ah, Tito, como autora eu bem sei como é bom receber novos leitores e comentários. Fiz questão de comentar cada capítulo, assim não seria superficial no comentário do capítulo mais recente. Que bom que fiz um autor feliz! Sobre Snape neste capítulo... VOCÊ ARRASOU! Um personagem capaz de desconsertar Hermione facilmente e tão fidedigno ao Snape de Rowling. Devo dizer que ri quando ele tentou colocar Hermione para fora da sala depois que ela já estava se retirando. Rs A casa dos sonhos de Hermione, construída por Harry Potter. Irônico. Malfoy, mesmo quando não aparece, deixa seu recado e quebra a tensão. Ele tá fantástico, Tito. Difícil não achar que ele é a alma da fic às vezes. Pelo menos o humor da fic tem dono... Isso é incontestável! Rony demonstrando maturidade... hmmm, ou será que tem algo de verdade na provocação de Hermione? De qualquer forma, gostei da forma como ele agiu para com ela e reagiu - ou deixou de - ao comentário dela.   Eis que a resposta para minha dúvida surge na conversa entre Luna e Harry... Rony realmente me surpreendeu em termos de maturidade. É o que carrega mais forte o espírito do antigo trio. Diga-se de passagem, a conversa ficou tão intensa... Eu adorei. Um dos pontos altos do capítulo, talvez O ponto alto! Muito, muito bem escrita.Depois desse final, tudo o que me resta é mesmo esperar! Harry dando passa foras em Hermione chega a ser doloroso, mas não sei porque... eu acho que ela merece. Acho que ela se tornou tão amarga quanto ele, só que ele pelo menos tenta uma convivência agradável e ela... bem, ela a todo o momento tem palavras ácidas para derramar. Vamos ver até onde isso vai! RsBeijos, e até breve - ou assim espero. 

    2012-08-28
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