Capítulo único



Harry abriu a porta do quarto trazendo a bandeja com um das mãos, o que fez com que a atividade parecesse, um pouco, com malabarismo, mas, mesmo assim, deu tudo certo.


A mulher estava deitada de bruços e com a cara enfiada no travesseiro. O moreno não pode evitar dar um pequeno sorriso colocou a bandeja na ponta da cama e se sentou em frente a esposa, antes de começar a beijar o pescoço e dar leves mordidas.


Percebeu que ela se mexeu levemente e deu um pequeno sorriso, um sinal de que estava acordada. Isso fez com que ela continuasse a atividade.


- Para Harry! - ela, finalmente, disse – Você está me fazendo cócegas. Assim eu não vou conseguir continuar dormindo.


- Essa é a idéia! – explicou – Está na hora de você acordar. Deixa de ser dorminhoca, senhora Potter.


- Não posso evitar, você sabe que eu sou muito dorminhoca – voltou a fechar os olhos – Acho que você passou isso para mim depois de nos casamos.


- Tudo bem! – deu de ombros – Mas, você sabe que, daqui a pouco, os gêmeos vão te acordar, então você não vai ter tempo nem para tomar café.


- Acho que você me convenceu! – ela se levantou e esfregou os olhos – Acho melhor eu ir preparar o café da manhã. O que você quer?


- Não precisa fazer nada! – pegou a bandeja e colocou na frente da morena – Já paparei o café da manhã para nós dois.


Levantou-se e entregou uma rosa vermelha em cima da mesa e entregou para a esposa.


- Feliz dia dos namorados! – disse.


- Você sabe que não precisava fazer nada disso! – lembrou – Eu não ligo para presentes, não quero que você gaste o seu dinheiro comigo.


- Mas eu não gastei dinheiro com esse café da manhã – deu de ombros – Me diga que se vocês está vendo qualquer coisa que já não tivesse na cozinha aqui de casa?


- Talvez você não tenha mesmo gasto dinheiro aqui – concordou – Mas sei que essa não foi a única surpresa que você preparou.


Ela não disse mais nada, apenas pegou uma torrada com geléia e deu uma mordida, antes de tomar um gole do seu café.


- Mas você não deixa de estar certa! – Harry concordou, por fim – Não é só isso que eu tenho para você no dia dos namorados.


Retirou um envelope que estava por debaixo de tudo na bandeja. Lá dentro tinha dois convites, o que deixou a mulher totalmente surpresa.


- Ingressos para o baile de dia dos namorados do ministro da magia – pegou o objeto das mãos do marido e ficou observando – Como foi que você conseguiu isso, dizem que só estavam dando isso para pessoas muito importantes.


- Acho que você esta esquecendo de quem eu sou, minha querida – deu um sorriso maroto – Eu sou Harry James Potter: o menino que sobreviveu, o cara que derrotou o Lorde Voldemort.


- Eu sei muito bem disso, meu amor! – passou a mão pelos cabelos castanhos dele – Mas você ainda não é ninguém dentro do ministério da magia, nem é chefe do departamento de Aurores.


- Por isso que eu tive de fazer muita hora extra para conseguir esses ingressos – admitiu – E também puxei muito o saco do ministro da magia.


- E você não precisa ter feito nada disso, Harry! – garantiu – Continuaria a te amar mesmo não indo a essa baile. Mas, muito obrigada, mesmo.


- Não precisa me agradecer – se levantou – Apenas use o vestido mais bonito que você tiver ou, melhor ainda, compre um novo. Quero que você seja a mais bonita hoje a noite.


- Hoje a noite? – espantou-se- O baile vai ser mesmo hoje de noite?


- É claro que sim, Mione – revirou os olhos – É o baile do dia dos namorados, é óbvio que ele teria que ser hoje a noite.


- Mas quem é que vai tomar conta dos gêmeos? – quis saber – Nunca vou encontrar uma babá bruxa em tão pouco tempo para ficar aqui com eles. Ainda mais no dia de hoje.


- Liga para os seus pais – sugeriu – Tenho certeza de que eles não vão se importar em ficar com os netos hoje de noite.


- Mas vou levar eles para tomar a vacina mágica hoje no St Mungus – explicou – Essas vacinas sempre acabam dando algum tipo de reação, não quero fica longe deles.


- A gente não fica até muito tarde! – sugeriu – Ora Hermione, até agora você estava super empolgada com esse baile, não vai mudar de idéia agora. Tive muito trabalho para conseguir esses convites.


- Vou ver como os dois vão estar na hora em que chegarmos em casa – sugeriu – Então eu decido o que vou fazer.


- Está bem então! – suspirou pesadamente – E o que eu vou fazer com os convites se você achar melhor não ir?


- Podia dar os convites para o Rony! – sugeriu – Tenho certeza de que ele e a Luna vão adorar ir nesse baile.


- Seria mais legal se nós dois fossemos – disse bem baixinho, mas foi o suficiente para ela ouvir – Afinal, esse é o primeiro dia dos namorados em que estamos casados.


Ela ia responder, mas então ouviram um choro de bebê vindo do quarto ao lado. O que fez com que Hermione se levantasse imediatamente.


- Acho melhor eu ir até lá! – avisou – Com licença.


Os dois começaram a namorar na festa de casamento de Gui e Fleur, e mesmo sabendo que Voldemort poderia fazer algum mal para a morena por saberem que estavam juntos, não terminaram. No meio da caçada as horcruxes, Hermione descobriu que estava grávida e teve que tomar cuidado em dobro e isso não foi o suficiente quando o trio de ouro foi pego por comensais da morte e levados a mansão Malfoy. Apesar de ter sido torturada do Belatrix Lestranger, os gêmeos nasceram fortes de saudáveis. Hoje James e Lilian estão com cinco meses e seus pais se casaram apenas um mês depois de seu nascimento.


- Oi meus bebês! – pegou os filhos, um em cada braços – Vocês devem estar com fome, não é isso?


- Sentou-se na poltrona que ficava no local para poder amamentá-los. Já estava quase terminando quando Harry apareceu na porta do quarto.


- Eu já estou indo para o ministério! – o moreno avisou – A gente se fala a noite então, quando você decidir o que quer fazer.


- Está bem! – concordou com a cabeça – Tenha um bom dia hoje no ministério. Mande minhas lembranças para o Rony.


No momento em que o marido saiu, Hermione encostou a cabeça e fechou os olhos. Detestava decepcionar Harry, mas não tinha nada que fazer sobre isso. Só restava saber como os gêmeos ficariam depois da vacina e decidir o que iria fazer. Só esperava que isso não afetasse, seriamente, o seu relacionamento.


Enquanto isso, o moreno estava saindo de casa e caminhava até o final a rua aonde acharia um lugar seguro para aparatar. Entendia que a esposa era muito preocupada com os filhos, principalmente com tudo que aconteceu durante a gravidez, mas Hermione vivia para os gêmeos desde que eles nasceram e queria que ela tivesse algum momento de diversão, nem que fosse por algumas horas.


Iria convencê-la a ir aquele baile, só não sabia como que iria fazer isso.


 


***


 


Quando Rony acordou, sua namorada ainda dormia profundamente ao seu lado. Adorava quando Luna ia dormir na sua casa e tinha momentos em queria que ela se mudasse definitivamente para lá, mas, outras vezes, muda de idéia, ainda tem muito medo de um compromisso tão sério.


Deu um beijo nos cabelos loiros da garota, não queria acordá-la agora. Decidiu ir tomar banho, ficou meia hora debaixo do chuveiro apenas sentindo a água caindo no seu corpo.


Foi quando ouviu a porta do banheiro sendo aberta. Era Luna, ela parecia ter acabado de acordar, seu cabelo estava levemente bagunçado.


- Bom dia meu amor! –ela estava com um sorriso maroto nos lábios – Você quer companhia no banho?


- Você sabe que isso nunca é uma boa idéia! – lembrou – Sabe muito bem que eu preciso chegar cedo no ministério.


- Prometo que não vou te atrasar! – levantou as mãos em sinal de rendição – Eu prometo isso.


- Tudo bem! – concordou com a cabeça, nesse caso, vou adorar a sua companhia no banho.


É claro, que a promessa de Luna não adiantou muita coisa. Eles demoraram mais meia hora para sair debaixo do chuveiro e, depois, foram para a cozinha preparar o café da manhã.


- Estava pensando em fazer umas panquecas – a loira comentou – O que você acha disso?


- É uma excelente idéia! – sentou-se em uma das cadeiras vazias, o estômago de Rony já estava roncando – Sabe que eu adoro qualquer coisa que você prepare.


- Não deixa a sua mãe ouvir você falando isso! – deu um pequeno sorriso – Apesar dela estar feliz com o nosso namoro, não acredito que goste de saber que eu estou te alimentando tão bem quanto ela faria.


- Mas não estou dizendo que a sua comida é melhor que a da minha mãe! – se corrigiu – Ela ainda é a melhor cozinheira do mundo. Mas a sua comida basta para me alimentar, já que eu não sei cozinhar.


Foi nesse momento que ele sentiu algo batendo no seu braço. Era um pano de prato, que tinha sido jogado pela sua namorada.


- Seu idiota! – cruzou os braços e se fingiu de brava – Já que gosta tanto assim da comida da sua mãe, vai até lá e pede para ela fazer o seu café da manhã.


- Ora, Luna, você sabe que eu estou brincando – se aproximou da garota, a abraçou pela cintura e deu um beijo da sua bochecha – A sua comida é muito melhor que a da minha mãe. Só não a deixe escutar isso.


- Você é mesmo muito engraçadinho Ronald Weasley! – revirou os olhos antes de se virar para o fogão.


- Eu até posso ser engraçadinho! – concordou – Mas sou o engraçadinho que você ama.


Em menos de dez minutos eles estavam se deliciando com as panquecas com um pouco de geléia de abóbora enviada pela senhora Weasley. Para completar, preparam uma jarra de suco de abóbora.


- E então! – Luna voltou a falar – Quais são os planos para hoje de noite? O que nós vamos fazer?


- Você, eu não sei! – o ruivo respondeu – Mas eu vou vir para casa dormir cedo, amanhã vou ao jogo de quadribol junto com o Harry e quero estar bem.


- Acredito que o Harry vai sair para comemorar com a Mione hoje de noite – comentou, antes de suspirar pesadamente.


- E o que teria de tão importante para comemorar hoje? – achou a atitude da garota muito estranha – Você por acaso foi promovida no trabalho? Seu pai, finalmente, te deixou ser a editora chefe do Pasquim?


- É claro que não foi isso! – revirou os olhos – Você, realmente, não sabe que dia hoje? Não é possível que esteja, somente, curtindo com a minha cara.


- Hoje é alguma data importante? – colocou a mão no queixo, pensativo – Deixe-me ver. Hoje não é meu aniversário, nem o seu. Também não é natal, páscoa ou qualquer coisa do tipo.


- Esquece Rony! – se levantou da mesa, imediatamente – Não é mesmo nada de importante.


Ela saiu apressada da cozinha. Ouvi passos pesados, sinal de que ela estava subindo as escadas.


- Mulheres! – ele balançou a cabeça afirmativamente antes de dar mais uma garfada na sua panqueca – Acho nunca vou conseguir entendê-las.


 


***


 


Gina entrou pela passagem secreta dos funcionários do St Mungus. Ainda era cedo e o local estava vazio. Passou pela frente da recepção aonde a secretária estava lendo uma folha de pergaminho.


- Bom dia doutora Weasley! – a cumprimentou.


- Bom dia Jane! – deu um sorriso para a mulher – Tem algum paciente marcado para mim agora?


- Nenhum paciente marcado para hoje! – avisou – Mas sempre pode chegar algum paciente na emergência.


- Com certeza! – concordou com a cabeça – Se precisar estarei na minha sala.


A ruiva caminhou até um corredor que tinha várias portas e foi até uma em que tinha uma placa escrito: Dra Ginevra Weasley.


Sentou-se na cadeira e ficou observando tudo que estava sob a sua mesa. Tinha terminado seus estudos há menos de um ano e logo tinha conseguido um emprego no St Mungus, além de estar bem na sua vida profissional, tinha um namorado que a amava muito, na poderia estar melhor.


Ouviu alguém bater de leve na porta, devia ser um paciente. Seu trabalho do dia iria, finalmente, começar.


- Pode entrar! – avisou.


Mas, para a sua surpresa, não era um paciente, era Draco Malfoy. O loiro trazia um pequeno buquê de rosas na mão.


- Feliz dia dos namorados, meu amor! – entregou as flores para ela – Imaginei que você fosse gostar de uma surpresa dessas no trabalho.


- Eu amei! – afirmou – As flores são mesmo lindas. Mas não posso deixar de imaginar que isso significa que não vamos fazer nada hoje de noite.


- Meu pai conseguiu quatro ingressos para o baile do dia dos namorados do ministro da magia – se sentou na frente da namorada e colocou as mãos sob a cabeça – Ele faz questão que eu vá junto.


Lucio Malfoy foi o único comensal que se arrependeu de todas as atrocidades feitas e isso quase lhe custou a vida. Desde a morte de Dumbledore tinha deixado claro que iria passar para o lado de ordem, mas continuou como um espião vendo todos os movimentos de Voldemort. Quando o trio foi levado para a sua casa, começou a lutar contra os ex-aliados, o que foi uma grande contribuição para a derrota do Lord das trevas.


- E com quem o seu pai quer que você vá? – foi tudo que ela perguntou, embora já soubesse qual era a resposta.


- Pansy Parkson! – suspirou pesadamente – Você sabe como a minha família e ela dela sempre se deram bem. Para o meu pai seria maravilhoso que nós dois namorássemos.


- E quando é que você pretende contar para os seus pais que eu sou a sua namorada? – já estava começando a ficar irritada com tudo isso.


- Você sabe que ainda não é o momento! – lembrou – Não posso pegar os dois de surpresa dessa maneira, isso tem que ser feito com muita calma.


A primeira vez que Draco colocou os pés na sede da Ordem, logo após o fim da guerra , a ruiva não gostou muito, com o tempo os dois foram se conhecendo melhor e agora estava juntos há um ano e meio. O único problema é que ele não queria contar para os pais que os dois estavam namorando.


- Sabe o que eu estou começando a pensar, Draco? – olhava bem sério para ele – Que você tem vergonha de mim e não quer que ninguém saiba que você está namorando uma pobretona traidora do sangue.


- É claro que não é isso, meu amor! – segurou a mão dela, mas a garota a afastou na mesma hora – Eu te amo, Gina, como é que você pode duvidar de uma coisa dessas.


- Por que você me dá motivos para isso! – gritou um pouco mais alto do que planejava – Se você realmente não tem vergonha de mim, diga para os seus pais que estamos namorando e que você vai me levar para o baile hoje de noite.


- Eu queria muito fazer isso! – balançou a cabeça negativamente – Mas as coisas não podem ser assim.


- Então me esqueça! – respondeu, por fim – Se você não pode contar para os seus pais que estamos namorando, nós também não vamos mais ficar juntos.


- Espera, Gina! – agora ele estava totalmente sério – As coisas não precisam ser desse jeito.


- Sei que não precisa ser assim! – balançou a cabeça afirmativamente – Mas você não me deixa outra escolha.


Ele abriu a boca para poder responder, mas nesse momento a porta da sala foi aberta. Era a secretária.


Com licença doutora Weasley! – pareceu um pouco incerta – Mas acabou de chegar um paciente.


- Tudo bem, Jane, pode mandá-lo entrar! – avisou – O Draco já estava mesmo de saída, não é mesmo?


- Claro! – ainda estava em estado de choque quando se levantou – Será que nós dois podemos almoçar juntos hoje?


- Eu não posso! – seu tom de voz era seco – Já combinei de ir almoçar com a Luna hoje.


Enquanto o loiro saía e dentro do hospital bruxo, começou a pensar em uma maneira de fazer Gina perdoá-lo. Não podiam terminar dessa maneira, ainda mais no dia dos namorados.


 


***


 


Rony ainda estava muito confuso com tudo que tinha acontecido naquela manhã, ainda não entendia por que Luna tinha ficado com tanta raiva dele. Mas, esse não era o momento para pensar nisso, precisava se concentrar no seu trabalho.


Olhou para a mesa ao lado e seu melhor amigo parecia bem distraído lendo uma folha de pergaminho na sua frente. Decidiu que não iria interrompê-lo.


Foi nesse momento que a secretária do ministro da magia entrou pela porta principal do quartel general dos aurores.


- Com lincença! – ela disse, fazendo com que o ruivo a olhasse – Senhor Potter, o senhor ministro deseja vê-lo na sala dele no horário do almoço.


Mas ele não disse nada, continuava a olhar fixo para o papel na sua mão.


- Harry! – Rony deu um tapa no ombro do amigo, fazendo com que olhasse, finalmente, para ele, parecia bastante distraído.


- O que aconteceu, cara? – perguntou.


- O ministro deseja vê-lo em sua sala – a mulher repetiu – Na hora do almoço.


- Está bem! – respondeu – Diga ao ministro que eu estarei lá, com toda certeza.


Então, ela saiu, mais uma vez. Rony ficou encarando o moreno de uma maneira bem séria.


- O que será que o ministro está querendo falar com você? – pareceu desconfiado – O ministro não costumava chamar aurores novos para irem a sua sala. Mesmo sendo você.


- Não tenho a mínima idéia do que seja – deu de ombros – No momento, tenho preocupações maiores na minha cabeça.


- Está com tanto trabalho assim para fazer? – deu um sorriso divertido – Acabo de descobrir uma desvantagem de ser você, não me passam tanto trabalho assim.


- Não é nenhuma preocupação de trabalho – passou a mão, de leve, pelos cabelos – É a Mione, um dia ela ainda vai me deixar louco.


- Acho que já entendi! – fez uma careta – Sinceramente, não estou com vontade de saber como é que ela faz para te deixar louco.


- Não é nada disso que você está pensando, Rony – o corrigiu – Eu apenas estava querendo que tivéssemos uma noite especial hoje, somente nós dois. Mas ela está sempre dizendo que não pode deixar de cuidar dos gêmeos.


- Você sabe que a Mione sempre teve uma preocupação muito grande com James e Lilian – lembrou – Ainda mais depois de tudo que aconteceu quando ela está grávida.


- Não tiro a razão dela, também fiquei muito preocupado com os meus filhos, e você sabe disso. Agradeço todos os dias por eles estarem aqui conosco, fortes e saudáveis – explicou – Mas nunca mais saímos de casa para jantar, outra coisa, desde que eles nasceram. E hoje é o dia dos namorados.


- Espera ai? – agora o ruivo estava ainda mais confuso – Hoje não é o dia dos namorados. Não pode ser, eu saberia se fosse.


- Hoje é dia catorze de fevereiro, Rony – lembrou – Até a última vez em que eu conferi, era nesse dia que se comemorava o dia dos namorados.


- O dia dos namorados não é em fevereiro! – explicou – É em outubro, eu tenho certeza disso.


- Isso é o dia das bruxas! – não pode deixar de rir do amigo – Acho que esse trabalho todo está confundindo a sua cabeça.


- Essa não! – se levantou e começou a caminhar em círculos – Foi por isso que a Luna ficou com tanta raiva de mim. Como é que eu pude esquecer do dia dos namorados?


- Acho que agora você vai ter que fazer uma coisa muito boa para compensar a Luna – deu de ombros – Ou ela nunca vai te perdoar.


- Tem razão! – concordou com a cabeça – O ministro da magia sempre organiza um baile de dia dos namorados! Será que eu ainda consigo um ingresso, sou amigo do grande Harry Potter, isso deve servir para alguma coisa.


- Acho que está um pouco tarde para pensar nisso, os convites acabaram há semanas – avisou – Mas, eu tenho dois aqui, e estou desconfiando de que eu e a Mione não vamos mesmo. Você pode ficar com eles.


- De jeito nenhum! – negou – Tenho certeza de que a Mione vai pensar melhor e vai querer ir a esse baile. Vocês dois vão se divertir muito.


- Espero mesmo que isso aconteça! – ficou olhando para o chão – Mas, o que você pretende fazer para a Luna, então?


- Eu vou dar um jeito nisso! – garantiu – Assim eu espero.


Rony voltou a se sentar na sua mesa, tinha até o final do dia para pensar em um plano perfeito para se redimir com a namorada por ser um completo idiota de manhã.


 


***


 


Gina terminou de atender o seu paciente e decidiu ir até a lanchonete tomar uma xícara de café. O dia estava bem tranqüilo e quase não tinha trabalho para fazer. Estava caminhando de volta para a sua sala, quando ouviu um choro de bebê vindo da sala de vacinas.


- Fica calma minha filha! – ouviu uma voz familiar – Vai ser só uma picadinha, não vai doer.


Foi caminhando até o local de onde vinha o barulho. Encontrou Hermione segurando os seus dois filhos, que estavam sentados na maca.


- Mione! – deu um enorme sorriso ao ver a amiga – De todas as pessoas que eu esperava encontrar hoje, você era a última delas.


- Trouxe os gêmeos aqui para tomar vacina – explicou – Eu pensei em ir te procurar, mas você podia estar ocupada.


A amizade delas ficou abalada quando Harry e Hermione começaram a namorar, já que ele era o ex-namorado da ruiva. Depois de tudo que aconteceu durante a guerra contra Voldemort, as duas tiraram as suas diferenças e voltaram a ser amigas. Tanto que Draco e Gina são os padrinhos de Lilian.


- Bobagem, eu estou aqui sem nada para fazer, vai ser ótimo ter um companhia para conversar – deu um pequeno sorriso – Por que não vamos até a minha sala.


Então, elas foram para a sala da ruiva. Os gêmeos ficaram dentro do carrinho, pararam de chorar assim que saíram de perto do medi-bruxo.


- Já faz muito tempo que nós duas não temos uma boa conversa! – comentou – Você e o Harry precisam ir para a Toca no almoço de domingo.


- Sair com esses dois dá muito trabalho, temos que levar muitas coisas! – revirou os olhos – Dá até um desanimo de sair de casa.


- Mas você precisa sair de casa Mione, ver um pouco do mundo – comentou – Daqui a pouco, eles estão grande e você vai ver que não aproveitou nada da sua vida.


- Isso está me parecendo um pouco dramático, Gina – revirou os olhos – Mas, o Harry, disse a mesma coisa.


- Está vendo! – completou – Até o seu marido sabe que você precisa viver mais do que para os seus filhos. Sei de tudo pelo que você passou, mas está tudo bem agora.


- O Harry arrumou convites para irmos ao baile dos namorados do ministro da magia – explicou – E eu disse que não sabia se ia. Acho que fui uma completa idiota.


- Nem ma fale sobre esse baile – a ruiva revirou os olhos – Acho que ele acabou com o meu namoro.


- O que foi que aconteceu? – perguntou, parecendo preocupada – Pensei que você e o Draco estivessem bem.


- Acontece que ele ainda não contou para os pais dele que estamos juntos! – suspirou pesadamente – E ainda aceita ir para esse baile junto com a Parkison.


- Isso tudo é bobagem Gina! – colocou as mãos sob o ombro da amiga – Você sabe muito bem que o Draco te ama.


- Pois não parece! – colocou a mão sob a testa – Mas, não quero falar sobre isso. Hoje não é um dia para eu me estressar.


Foi nesse momento que uma coruja entrou na sala e parou em cima da mesa bem na frente da ruiva.


- É da Luna! – avisou – Nós duas combinamos de ir almoçar juntas hoje. Por que você não vai com a gente, Mione? Vai ser a tarde das garotas.


- Tenho uma idéia melhor! – sugeriu – Por que vocês não vão lá para casa? Sair para um restaurante com esse dois é quase impossível.


- É uma boa idéia! Ainda não conheço a casa de vocês! – pegou uma folha de pergaminho e começou a escrever nela – Vou mandar um recado para a Luna contando a nossa mudança de planos.


Dobrou o papel e amarrou na perna da coruja. A ave logo saiu voando pela janela.


 


***


 


Draco estacionou o carro e saiu de dentro dele trazendo um buquê de rosas, dessa vez brancas. Assim que entrou na sala da mansão Malfoy, encontrou os seus pais. Revirou os olhos, não estava com muita vontade de ter a conversa que iria acontecer nesse momento.


- Finalmente você chegou, meu filho! – Narcisa Malfoy se aproximou dele – Ficamos pensando aonde você poderia estar.


- Tive que resolver alguns problemas – explicou – Peço desculpas se isso preocupou vocês.


- Alugamos um Smoking para você! – foi a vez do homem falar – Você tem que experimentá-lo, se não couber, vamos ter que fazer os ajustes mágicos.


- Mandei o elfo deixar em cima da sua cama! – ela completou – Vai até lá experimentar, meu querido.


- Claro! – foi caminhando em direção as escadas, ficou feliz por conseguir se livrar dos dois tão rápido.


- Sabe, meu filho, que bom que você decidiu comprar flores para a Pansy – a senhor Malfoy voltou a falar, fazendo com que o filho virasse para ela novamente – Seria mesmo muito bom se vocês dois se acertassem.


- Na verdade! – esse era o momento certo de contar tudo, Gina estava certa, não poderia ser um covarde pelo resto da vida – Essas flores não são para a Pansy.


- Você não precisa ter comprado rosas para a sua mãe, Draco querido – ela parecia emocionada – Mas, mesmo assim, obrigada.


- Também não são para você, mamãe! – continuou – São para a minha namorada.


- E desde quando você tem namorada, Draco? – Lucio Malfoy se intrometeu na conversa – Nunca vi você com nenhuma garota.


- Na verdade, já estamos juntos há algum tempo, é mais que hora de assumir tudo – explicou – Fui um verdadeiro canalha com ela e preciso me redimir de alguma maneira.


Os dois ficaram em total silencio apenas encarando o mais jovem, que permanecia parado no primeiro degrau da escada.


- Pansy é uma boa amiga e não quero magoá-la, mas não posso levá-la a esse baile – completou – Queria saber se posso levar a minha namorada. E se eu não puder, prefiro nem aparecer.


- É claro que você pode levá-la, Draco! – foi a mulher quem respondeu – E será que podemos saber quem a felizarda?


- Vocês vão saber hoje de noite! – deu um fraco sorriso – Agora, com licença, ainda tenho uns problemas para resolver.


 


***


 


- Eu vim ver o ministro da magia! – o moreno disse assim que parou em frente a mesa da secretária – Ele disse que queria me ver.


- Oh sim, senhor Potter! – pareceu lembrar naquele momento – O senhor ministro disse que assim que chagasse poderia entrar.


Ele caminhou em direção a porta dupla que levava ao gabinete do ministro da magia. O homem estava sentado em sua mesa e levantou a cabeça assim que o viu entrando.


- Olá Harry! – caminhou em direção ao moreno – É muito bom vê-lo novamente, por favor, sente-se.


O jovem sentou na cadeira em frente a que o ministro se sentou. Os dois ficaram se encarnado por alguns minutos.


- O que o senhor queria falar comigo? – perguntou por fim, passou a manhã toda querendo saber o porque desse pedido do ministro.


- Bom Harry, eu ficaria honrado se você me acompanhasse hoje no almoço – explicou – Já pedi para a minha secretária para encomendar dois pratos no restaurante.


- Eu costumo almoçar com o meu amigo, Rony! – respondeu – Mas hoje ele disse que tinha alguns assuntos para resolver. Então não ter por que eu não almoçar com o senhor.


- Perfeito! – pareceu satisfeito – E como é que está a sua adorável esposa? E os seus filhos?


- A Hermione está ótima! – deu um pequeno sorriso – E os gêmeos também, acho que eles estão cada dia maiores e também dando ainda mais trabalho.


- Sei muito bem como é isso! – concordou com a cabeça – Mas vocês vão ter um momento de descanso dessa vida de cuidar de bebê hoje a noite no baile, não é mesmo?


- Na realidade, senhor ministro! – pareceu um pouco incerto nesse momento – Não tenho certeza se iremos vir nesse baile.


- Mas como não? – agora estava bem confuso – Você parecia bem empolgado com o baile ontem. O que te fez mudar de idéia.


- Na verdade é a Hermione – explicou – Ela não está querendo ficar longe dos gêmeos, nem que seja por pouco tempo.


- Essa vai ser a primeiro vez que vocês saem eles desde que nasceram, não é mesmo? Entendo muito bem isso, passei pela mesma coisa com a minha esposa – comentou, com a mão no queixo – Se você quiser, tem o número de uma babá de confiança que sempre fica com os meus filhos, ela não cobra muito caro.


- Obrigado ministro! – agradeceu – Mas, os pais de Hermione vão ficar com eles, caso a gente venha.


- Está certo! – completou – Espero mesmo que você consiga convencê-la, você não vir a essa baile vai ser uma grande perda.


- Sobre o baile, quero saber se o senhor pode me arranjar mais dois convites? – pediu – Sei que já estão esgotados, mas senhor sendo o ministro.


- É claro que posso arranjar mais dois convites! – mexeu na gaveta a sua frente – Aqui estão.


- Obrigado! – agradeceu, tinha certeza de que Rony iria ficar muito satisfeito e Luna iria perdoá-lo com muito mais facilidade.


 


***


 


Rony entrou correndo no prédio aonde ficava a sede do Pasquim. Esperava que a namorada ainda não tivesse saído para almoçar, queria muito falar com ela o mais rápido possível.


Mas, a única pessoa que encontrou no local era Xenófilo Lovergood, pai da garota. O ruivo se aproximou do sogro.


- Aonde está a Luna? – perguntou logo direto.


- Oi para você também, Rony! – tinha um sorriso irônico nos lábios – Como é que você está? Quer se sentar para tomar um café? Quem sabe um chá?


- Desculpe-me, senhor Lovergood! – disse – Mas que eu preciso muito falar com a Luna, talvez até seja uma questão de vida ou morte.


- Ela saiu para almoçar! – respondeu – Parecia um pouco chateada com alguma coisa. Espero que você não tenha feito nada para magoar a minha menininha, ou serei obrigado a fazer alguma coisa.


- É exatamente isso que eu estou tentando concertar – falou – Por isso eu preciso saber aonde ela foi almoçar. Ela está com a minha irmã, não é mesmo?


- Sim, mas elas não foram para um restaurante! – avisou – Ouvi dizer que iriam para a casa da Hermione.


- Para casa do Harry e da Mione! – pôs a mão no queixo – Eu tenho que ir, até mais senhor Xenófilo.


 


***


 


- Os gêmeos estão dormindo! – a morena avisou enquanto descia as escadas – Pelo jeito não vão ter nenhuma efeito colateral com as vacinas, isso é mesmo muito bom.


- Então acho que já podemos começar a preparar o almoço – Gina comentou – Vamos ver se a água para o macarrão já está fervendo.


As três foram para a cozinha e começaram a preparar o almoço. É claro que o tópico principal foram seus namorados.


- Esses homens são mesmo todos iguais! – a ruiva não pode deixar de revirar os olhos – Ainda não acredito que o meu irmão se esqueceu que hoje é o dia dos namorados.


- Pois pode acreditar! – Luna estava rindo – Embora eu ainda queira acreditar que ele só estava curtindo com a minha cara e vai preparar uma supresa para mim hoje de noite.


- Não conte com isso, cunhadinha querida – a outra avisou – Meu irmão não é assim tão criativo, ele esqueceu mesmo.


- O único que não deu mancada foi o Harry! – virou-se para a morena, que estava pensativa brincando com o macarrão no seu prato – A Mione é que tem sorte.


- Nem tanta sorte assim! – ela também olhou para a amiga- Afinal ela quem decidiu dar uma mancada.


- Isso é verdade! – a loira concordou – Não acredito como é que você disse para ele que não iria para o baile.


- Querem saber de uma coisa! – Hermione se levantou, totalmente decidida – Vou ligar daqui a pouco para os meus pais pedindo para ficarem com James e Lilian hoje de noite, eu vou para esse baile.


- É assim que se fala Mione! – as duas disseram ao mesmo tempo.


- Foi nesse momento que a campainha tocou. As três se olharam confusas. Quem poderia ser?


- Será que é o Harry? – Luna sugeriu – Talvez ele tenha decidido vir almoçar com você, afinal, é o dia dos namorados.


- Sempre que ele vem almoçar em casa avisa – respondeu caminhando em direção a porta – Vou ver quem é.


E não era mesmo o Harry, era Rony. Estava cansado, parecia que tinha vindo correndo desde o ministério.


- Eu preciso falar com a Luna! – sua voz estava falando, quase a frase não saiu completamente.


- Ela está aqui! – deu espaço para que o amigo entrasse na cozinha de casa.


- O que você quer, Ronald? – ela se levantou e encarou o ruivo com os braços cruzados.


- Quero te pedir perdão! – se ajoelhou na frente da garota – Fui um completo idiota por ter esquecido do dia dos namorados, mas agora eu estou aqui, para me redmir.


- Você foi mesmo um completo idiota por esquecido que dia é hoje – concordou – Mas não tenho o direito de ficar com raiva de você somente por causa disso.


- De qualquer maneira, eu quero me redimir por isso – avisou – Vamos fazer uma coisa muito especial hoje de noite, somente nós dois. Te pego em casa as sete.


- Claro Rony! – ficou bem feliz por causa disso – É por isso que eu te amo, está sempre me surpreendendo.


- Os dois se beijaram. As outras duas só ficam olhando aquela cena sem conseguir dizer nada.


- Vamos Luna! – deu o braço para a namorada – Eu te levo no trabalho.


- Vamos lá! – e os dois saíram pela porta.


- Parece que as coisas estão voltando a ficar boas para todos hoje – Gina apoiou o queixo com a mão- Menos para mim.


- Não se preocupe, Gina! – Hermione tentou confortar a amiga – Tenho certeza de que você e o Draco logo vão se acertar.


 


***


 


O ruivo voltou para o seu trabalho no ministério muito bem humorado. Todo tinham percebido isso.


- O que aconteceu nessa hora de almoço Rony? – Harry deu um sorriso maroto para o amigo – Parece que foi uma coisa boa, está muito bem.


- É que eu, finalmente, me acertei com a Luna – explicou – Ela me perdoou por eu ser um idiota que esqueceu do dia dos namorados.


- E vocês já tem algum programa para fazer hoje de noite? – quis saber – Combinaram de fazer alguma coisa?


- Na verdade não! – respondeu – Estava pensando em levá-la para jantar, mas não sei aonde. Só espero que algum ainda tenha reserva para hoje.


- Não precisa mais se preocupar com isso, meu amigo! – pegou o envelope branco em cima da sua mesa – Você vai ao baile dos namorados.


- Eu já disse que não precisa me dar os seus convites! – lembrou – Tenho certeza de que a Mione vai acabar querendo ir.


- Mas esses não são os meus convites! – explicou – Pedi ao ministro mais dois convites e ele me arranjou. Agora você pode ir com a Luna.


- Obrigado, cara! – deu um abraço apertado no amigo – Tenho certeza de que a Luna vai ficar muito feliz com isso.


- Não é nada! – garantiu – Só espero que a gente se encontre lá.


 


***


 


Gina estava sentada em frente ao televisão da sua casa e com um enorme sorvete de chocolate no colo. Brigar com o namorado em pleno dia dos namorados era uma coisa muito deprimente.


Então, a campainha tocou.


- Quem será que o chato que veio aqui a essa hora! – se levantou muito contrariada – Logo na melhor parte do filme.


Teve uma grande surpresa quando viu o seu namorado (ou ex-namorado, nesse momento não tinha certeza). Ele lhe entregou um buquê de rosas brancas.


- Eu queria te pedir desculpas! – ele ficou encarando o chão enquanto falava – Acho que eu estava com medo da reação dos meus pais ao saberem que você era a minha namorada. Talvez isso seja uma forma de ter vergonha mesmo.


- Isso é verdade! – concordou com a cabeça – Seu pai passou para o nosso lado n guerra, tenho certeza de que não vai ver mal você estar com uma Weasley.


- É por isso que eu vou te apresentar para eles, formalmente, como minha namorada – avisou – Hoje no baile.


- No baile? – ficou bastante surpresa com isso – Mas eu não tenho nada para vestir, sabe que eu não tenho nenhum vestido assim.


- Por isso eu trouxe esse! – entregou a sacola branca em suas mãos para a namorada – Espero que você goste, achei que combinava com você.


- Eu já amei! – deu um beijo na bochecha dele – Pois foi você quem me deu e isso já torna tudo especial.


Cerca de meia hora depois, ela apareceu usando o seu novo vestido laranja de alcinha e com o cabelo preso para o alto. O casal saiu para o baile.


***


 


Já estava começando a escurecer quando Harry aparatou em uma rua deserta e foi caminhando até a sua casa. Achou muito estranho que estivesse tudo em silêncio, normalmente os gêmeos estavam brincando na sala ou Hermione estava dando comida para eles na cozinha.


- Mione! – avisou – Eu já cheguei.


- Estou aqui em cima! – ouviu a voz da esposa – No nosso quarto.


Foi caminhando em direção ao andar de cima da casa e chegou a porta do quarto. Encontrou a morena sentada em frente ao espelho arrumando de se maquiar, ela já estava com um vestido de festa.


- Acho melhor você começar a se arrumar – avisou – Sei que você não quer chegar tarde ao baile.


- Mas Mione! – estava cada vez mais confuso – Você disse que não queria ir por causa dos gêmeos.


- Disse que não sabia se eu iria ou não! – corrigiu – E eu já me decidi, quero comemorar essa data ao lado do meu marido.


- Mas aonde estão as crianças? – perguntou, por fim.


- Com os meus pais! – respondeu como se fosse a coisa mais obvia do mundo – Você tinha razão, eles ficaram muito felizes em cuidar dos netos hoje de noite.


Eles ficaram em silêncio por mais alguns minutos.


- Sabe Harry! – voltou a encará-lo bem séria – Eu queria te pedir desculpas por ter sido uma completa idiota hoje de manhã. Precisamos ter uma vida longe dos nossos filhos e não adianta eu ser super protetora em relação aos dois.


- Você só estava sendo mãe! – lembrou – Eu ainda me lembro o quanto nós dois ficamos agoniados para saber o que tinha acontecido com os bebês quando você foi torturada.


- Não vamos pensar sobre isso agora! – pediu – Eu só quero aproveitar essa noite da melhor forma possível.


- Claro, meu amor! – deu um selinho nela – Não vou demorar muito para me arrumar, espere aqui.


 


***


 


Então, os Três casais curtiram muito o baile, cada um a sua maneira. Luna ficou totalmente deslumbrada com tudo que tinha no local, ela e Rony dançaram a noite toda. Harry e Hermione conversaram um pouco com o ministro da magia e depois foram dançar também, no fim da noite, foram para o lado de fora olhar a lua. Draco apresentou Gina para os seus pais, que aceitaram muito bem.


Por mais que o dia deles tenham começado bem confusos. O final foi totalmente perfeito, digno de contos de fadas.


 


Fim

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Comentários (3)

  • Mariana Thamiris

    Fic super lindaaaa!!!! Romanticamente perfeita S2 Queria ler mais e mais sem parar XD amo HHr Ameiii essa fic, adorooooo esses três casais *-* e os momentos de cada um foram muito fofos!!!    

    2011-09-26
  • hellen granger

    muito bommm....adoro hh!!bem q esse poderia ser o epilodo da historia neh..eles formam um casal tao fofo...agora so posso acompanha-los por fanfics mesmo...

    2011-08-18
  • hellen granger

    muito bommm....adoro hh!!bem q esse poderia ser o epilodo da historia neh..eles formam um casal tao fofo...agora so posso acompanha-los por fanfics mesmo...

    2011-08-18
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