Auto-controle



O garoto aparatou a alguns metros de seu objetivo.


A rua estava totalmente iluminada e as casas tinham um padrão na construção. Mas ele ignorou tudo isso.


Havia diversas coisas em sua cabeça, vários pensamentos confusos que ele queria discutí-los com a amiga. Coisas haviam acontecido durante aquele dia e ele precisava entendê-las.


Harry, como todos os Natais, tinha ido passá-lo na casa dos Weasley. Gina, sua ex-namorada, estava estranha com ele. Passara todo o dia fora com amigas – não que ele acreditasse que fossem só amigas – e quando ela estava em casa, quase não prestava atenção ao garoto.


Ele estava angustiado com isso. A garota estava muito próxima de Dino Thomas, novamente, e ele temia que ela voltasse a namorar o garoto.


Parou em frente a uma das casas padronizadas, sem ter certeza se era mesmo aquela a casa de sua amiga. Tinha quase certeza. Hermione sempre dissera que seus pais gostavam de coisas neutras e resolveram deixar a parte da frente da casa branca. Como não tinha mais nenhuma casa branca na rua e, a não ser que ele tivesse errado a própria rua, ele estava no endereço desejado.


Estava frio e ventava bastante. O ar indicava que certamente nevaria pela madrugada. O garoto ouviu alguns barulhos dentro da casa, alguém pisando forte em alguma coisa e depois o silêncio.


Ele sabia que a amiga devia estar sozinha. Tocou a campainha e o silêncio permaneceu.


_Hermione. – ele chamou baixo, mas alto o suficiente para que a garota estremecesse do outro lado da porta.


Hermione estava um pouco distante da porta. O que seu amigo fazia ali? Ele achava que a garota ia para o Congresso com os pais. Ela afirmara isso a ele. Então o que ele fazia ali?


_Mione. Eu sei que você está aí. – ele disse um pouco mais alto.


A garota resmungou do outro lado. Olhou para o topo da escada para conferir que o hóspede tinha seguido suas instruções e ido para o quarto.


Caminhou lentamente até a porta e a abriu como se estivesse com medo de alguma coisa.


_Imaginei. – o garoto disse dando um sorriso torto.


_Entra. – ela disse apontando para dentro da casa.


O garoto entrou sem modéstia alguma. Caminhou até onde achou que fosse a sala de estar e entrou.


Aproximou-se do sofá e se jogou nele, sem esperar a oferta da garota.


Hermione observava tudo quieta e um pouco surpresa. Desde quando Harry tinha tanta liberdade dentro de si mesmo, para agir daquela forma? A garota não sabia.


_Você parece preocupado. – ela comentou sentando-se na mesinha de centro, de frente para o garoto.


E ele realmente estava.


_É. – ele olhou a garota tão intensamente que seu rosto esquentou e corou.


A garota abaixou a cabeça tensa.


_Harry… o que você está fazendo aqui? Quero dizer… eu disse que iria com meus pais para o Congresso e agora você me aparece assim, do nada. – ela disse estalando os dedos.


_Talvez você não saiba, - ele começou baixo fazendo a garota se arrepiar com o tom. – mas seus pais mantém contato com a senhora Weasley. – ele disse como uma sugestão olhando a garota, que entendeu rapidamente.


Hermione levou a mão à cabeça involuntariamente. Havia esquecido aquele detalhe. O que acontecera na Toca? Seus pais enviaram uma carta para a senhora Weasley e ela respondera a eles que ela não estava lá? Que Hermione dissera a seus filhos que iria para o Congresso com eles?


Provavelmente o senhor e a senhora Granger estariam extremamente preocupados se as coisas tivessem acontecido como algum dos pensamentos da garota.


_Para sua sorte, - o garoto continuou vendo a tensão se espalhar pela amiga. – apenas eu estava na cozinha no momento que a senhora Weasley abriu a carta de seus pais. É lógico que ela ficou preocupada, afinal, você dissera a eles que iria para a casa dela e nem pisou os pés lá.


_Merlin! – a garota exclamou baixo sem pensar em mais nada a dizer.


O garoto continuou. Queria que a garota se acalmasse.


_Hermione? – ele chamou e a garota o encarou rapidamente. – Eu disse a senhora Weasley que você estava com alguns problemas pessoais. Que estava precisando de um tempo a sós pra poder pensar sobre o que estava acontecendo com você. – a garota ficou boquiaberta com a desculpa que seu amigo inventara. – Eu sabia que você estava bem pela carta que te enviei mais cedo. Achei que a resposta tinha retornado rápido demais para alguém que estava em um Congresso. Você teria que arrumar um lugar seguro para pegar a carta da coruja, lê-la, responder e mandar novamente. Não é algo fácil de fazer com várias pessoas ao redor. Não reparei nisso na hora, mas depois do almoço, quando a senhora Weasley recebeu a carta eu disse que você estava bem. Que sabia onde estava.


Hermione começou a ficar preocupada que Harry estivesse sabendo de alguma coisa.


_Harry, obrigada. Eu estaria em uma encrenca se não tivesse feito isso.


Ele balançou a cabeça como se não fosse nada. Mas para a garota era tudo! Seus pais a matariam se descobrissem aquela mentira. Imagine descobrir que havia um garoto em casa com a pequena garotinha deles sozinha.


_Lógico, a senhora Weasley me mandou aqui para ver se estava tudo bem. Eu vim imediatamente, claro. – ele disse com um sorriso.


Hermione relaxou um pouco. Ele não parecia saber de nada.


_Espera! E Rony? – a garota pediu exaltada.


O que Rony não estaria pensando dela?


_Está tudo bem. Eu pedi a senhora Weasley que não dissesse nada. Falei que nem eu sabia o que estava acontecendo com você, mas que você me dissera que queria ficar sozinha uns tempos.


_Ela respondeu a carta?


_Ainda não. Disse que só vai fazer isso quando eu voltar e confirmar que você está bem.


A garota sorriu tímida. Aquilo era típico da senhora Weasley.


Eles ficaram em um silêncio perturbador. Hermione se sentou no sofá ao lado do garoto, que ficou de lado para olhá-la.


_Quer alguma coisa para beber? Comer? Eu não sou muito ruim na cozinha. – ela disse apontando divertida porta a fora.


_Prefiro não tentar. – ele brincou. – Estou bem, relaxe. – ele disse fazendo a garota se sentar novamente.


Silêncio por mais alguns minutos.


_Mione? – ele chamou, voltando a encarar a garota. – Eu sei que não devia falar dessas coisas com você, afinal você é uma garota… - a garota começou a ficar desconfiada com o rumo da conversa.


_Harry, pode falar. Acho que aguento. – ela disse sem ter certeza.


_É apenas que quero entender por que você não está lá conosco. – ela confirmou e ele continuou. – Alguns dias atrás… - o rosto do garoto ficou vermelho e Hermione considerou aquilo um agouro. – Rony comentou comigo que estava pensando em talvez avançar um pouco com você, sabe… quero dizer…


Agora os dois estavam vermelhos como um tomate maduro.


_Certo, já entendi. – a garota o interrompeu nervosa.


_Certo. – ele disse ainda com o rosto em chamas. – É por isso que você não… não foi para A Toca? Ele…


_Mais ou menos. – ela o interrompeu novamente.


A garota tinha quase certeza de que Blásio estava ouvindo a conversa, então teria de contar a mesma coisa para os dois.


_Mais ou menos? – o garotou pediu confuso.


_Acho que esse tipo de coisa é melhor falar rápido, não é? – ela disse com uma risada nervosa, devolvida pelo garoto. – É só que eu acho que talvez não esteja preparada pra nada a mais que Rony possa querer fazer comigo, certo? Então eu achei que talvez fosse melhor eu ficar um pouco longe nesse feriado. Ele esfria um pouco e eu me preparo um pouco.


O garoto a olhava enquanto ela vagava o olhar por toda a sala enquanto falava.


Não era o tipo de assunto que ela tratava diariamente ou semanalmente com seu querido amigo. Com Blásio, o único anterior a Harry para quem ela dissera aquelas coisas, não tinha sido tão difícil colocar aquelas palavras para fora.


Talvez tivesse alguma coisa a ver com o fato de Blásio não ser tão tímido como Harry. O primeiro a deixava mais a vontade para falar, por causa do jeito mais despojado que tinha.


_Certo, bem, que bom. – ele disse baixo.


_Quê? – a garota pediu confusa.


_Ah, Hermione. – ele disse de vez. – Você é como minha irmã, daí me vem o Rony dizer que ta querendo… enfim, não é algo fácil de absorver, sabe?


A garota riu achando a situação divertida.


_Ok. – ela riu mais um pouco. – E Gina?


_O que tem? – o garoto pediu levando os pensamentos ao que a garota poderia estar fazendo naquele momento n’A Toca.


Pensando em mim?, pensou primeiro, Provavelmente não. Talvez em algum outro cara.


_Vocês não…? – Hermione fez gestos como se dissesse algo.


_Namorando? – ele pediu.


_É.


_Sei lá, ela anda estranha. – o garoto disse de cabeça baixa.


A garota entendeu.


Em algumas das conversas que tivera com Gina, a ruiva lhe dissera que não iria mais correr atrás de seu amigo. Ela o amava, mas Harry tinha que fazer algo para o relacionamento deles funcionarem. E desde lá, a ruiva não dera sequer uma sugestão ao garoto de que talvez quisesse voltar ao relacionamento.


Hermione sofria pelo amigo. Harry é muito tímido para se aproximar e a garota sempre teve a impressão que Gina era o homem na relação dos dois. Sem a atitude dela, os dois poderiam passar a vida inteira naquela situação. E o amigo provavelmente sofria calado.


_Como?


_Não sei bem. – o garoto mexeu os ombros. – É como se eu não fosse muito importante pra ela.


_Harry, já pensou em se aproximar? Afinal, Gina é a garota de sua vida. A sua garota.


O rosto do garoto voltou a corar.


_É ela quem você quer. – a garota completou.


_Ah, talvez ela não seja a minha garota. Eu posso estar interessado em outra pessoa. – o garoto olhou a amiga diante do silêncio. Hermione lhe dava um olhar duvidoso e entediante. – Certo, quem eu to querendo enganar? É lógico que ela é a garota da minha vida! – exclamou e Hermione sorriu.


_Agora você só tem que chegar nela.


O garoto se retraiu com aquelas palavras.


_Seja homem, Harry. Ela já disse que não vai mais correr atrás de você. Faça o serviço pesado uma vez. – o garoto continuava encolhido no sofá. – Qual é, você derrotou Voldemort. Não é tão difícil assim chegar na garota que você ama e pedi-la em namoro.


_Você que pensa. – ele sussurrou e a garota sorriu.


O barulho de algo caindo no chão no andar superior assustou a garota. Ela travou no sofá enquanto Harry a olhava surpreso.


_Tem alguém em casa? – ele sussurrou.


Ela mexeu a cabeça negativamente, mas completou, ao ver o amigo levantar e tirar a varinha do bolso.


_Se acalma, é apenas Bichento. Sem minha mãe aqui, ele está tocando o terror aqui em casa. Já quebrou duas louças. – a garota inventou rapidamente.


Se surpreendeu com a rapidez com que a mentira surgiu.


_Ah, certo. – Harry disse aliviado. – Tenho que ir.


Hermione concordou e quando chegaram à porta, lembrou de perguntar algo.


_Que desculpa você deu a eles? – a garota pediu se referindo a Rony e Gina.


_Disse que iria visitar meus tios. – o garoto disse como se aquilo fosse o maior absurdo do mundo.


E realmente era.


Após o fim da Guerra, Harry sequer tivera notícias deles.


_Uuh, pegou pesado. – a garota riu enquanto via o garoto desaparatar.


Respirou aliviada e subiu as escadas. O que o garoto havia quebrado na parte superior da casa?


Chegou ao quarto em que ele dormia e abriu a porta de vez. O quarto estava vazio. Olhou para o lado e a porta do banheiro estava fechada.


Pensou que o garoto estava lá.


Suspirou e foi na direção de seu quarto e entrou.


Qual não foi a sua surpresa ao ver Blásio esparramado em sua cama.


_O que está fazendo aqui? – a garota pediu gritando e correndo em direção a sua cama. – Sai daí. – ela disse enquanto tentava tirar o garoto de lá.


O garoto se divertia com a situação. Ele sentou na cama observando a garota puxá-lo pelo braço.


_Você não vai conseguir. – ele disse superior.


A garota lhe lançou um olhar assassino. Tirou uma das mãos do braço do garoto e ia pegar a varinha no bolso de sua blusa, mas ele foi mais rápido.


Levantou-se de vez da cama e segurou o braço da garota atrás de seu corpo. Hermione arfou com a aproximação. Blásio percebeu.


Os batimentos dela aceleraram quando seus corpos se tocaram. O garoto viu a expressão assustada da garota. Desceu os olhos para sua boca que estava entreaberta. Por que Hermione tinha que estar sempre daquela forma tentadora?


Os dois ficaram naquela posição alguns segundos.


Blásio mordeu os lábios tenso. Aquilo estava sendo demais pra ele. Ficar sobre o mesmo teto que a garota sem poder fazer nada.


No dia anterior mesmo, entrara no quarto da garota de vez e a vira só de blusa e calcinha. Hermione faltara lhe matar. Mas a lembrança de seu rosto envergonhado ainda estava em sua cabeça.


Hermione observou o movimento do garoto. Ela tentava se controlar, mas não era algo fácil naquela situação.


A garota observou o garoto aproximar o rosto do seu. Estavam tão próximos…


Ela fechou os olhos sentindo a respiração dele bater contra sua pele.


_Você não me ajuda fazendo isso. – ele disse baixo e com raiva no ouvido da garota.


Hermione abriu os olhos de vez e o garoto soltara sua mão. Se afastara alguns centímetros e a encarava de longe.


_Se você não quer que eu te jogue em cima dessa cama, para de ficar demonstrando o quanto quer que eu faça isso. – ele disse nervoso.


Espera! Desde quando garotas tinham aquele poder sobre ele? Por que ele se afastara de Hermione?


Ah sim, ele sabia que a garota lhe lançaria um feitiço depois e o xingaria ao máximo e provavelmente o colocaria para fora da casa. E pra onde ele iria? A mansão de seu amigo Draco, era empesteada de feitiços e ele não tinha coruja nenhuma pra mandar-lhe uma carta pedindo abrigo para os últimos dias do feriado.


Então ele teria que se controlar, porque sabia que a garota não conseguiria. Aquilo estava claro para ele.


Perguntou a si mesmo desde quando conseguia se controlar tão bem.


_Quê? Eu não quero que você me jogue em lugar nenhum. – ela tentou se defender.


Não que suas palavras fossem confiantes. O garoto a deixava um pouco perturbada e ela sempre se sentia tentada ao seu lado.


Deu um passo para trás como uma forma de defesa. Quanto maior a distância, melhor.


Até aquela quarta noite, ela e o garoto estavam bem. Nenhuma tentação. Estavam se divertindo. Saiam durante o dia – quando o dia era bom para isso – e durante a noite ela o levava a algumas festas, que para surpresa dos dois, ele gostara.


E agora aquilo. Ela estava ali, na frente do garoto, realmente com vontade que ele a jogasse em cima de sua cama. Não que quisesse fazer nada de mais com ele, mas queria fazer alguma coisa.


_É melhor ficar quieta. – ele disse olhando a garota de cima a baixo.


Hermione corou com aquilo.


A garota estava usando uma blusa preta de manga comprida, colada ao corpo e uma saia com uma meia calça arrastão por baixo. O garoto usava uma blusa preta que estava um pouco colada, delineando seu corpo e uma calça jeans azul marinho. Era o tipo de corpo que Hermione gostava. Não era o tipo musculoso, mas tinha alguma coisa em que tocar e era o que ela estava louca pra fazer.


_Para de me olhar desse jeito. – ela disse ansiosa dando mais um passo pra trás.


Como assim? Aquele quarto era seu! Então ele quem deveria sair, não ela.


Blásio levou os olhos para o rosto da garota.


_Ta difícil, sabe? – ele comentou suspirando. Andou em direção a porta passando pela garota.


_Zabini? – ela chamou.


O garoto ainda estava próximo e se virou.


_É melhor você… hum, vestir outra roupa pra gente sair. – ela disse nervosa.


Ele se olhou no espelho da garota. O que havia de errado? Ela quem comprara aquelas roupas para ele!


_Quê? Por quê? – ele pediu sem entender e olhou novamente a garota em sua frente. – Você vai trocar?


_Não. – ela disse rápido.


Por que trocaria? Ela só queria que ele tirasse aquela roupa porque a deixava nervosa.


O garoto também queria que ela fizesse o mesmo.


_Então estamos quites. – ele comentou sem conseguir tirar os olhos da perna da garota.


Tudo bem que estava coberta pela meia, mas ele estava se lembrando de quando a tocara por cima das vestes em Hogwarts. Como seria tocá-la agora?


_Mas… - ela começou, mas desistiu. Ela teria que se controlar.


_Sabe… - ele começou indo na direção da garota, que havia se sentado na cama.


Hermione não gostou daquilo. Ele parou em sua frente e a garota levantou a cabeça pra encará-lo.


_O quê? – ela pediu sem ter certeza de que queria saber o que o garoto queria.


_Posso te dar um beijo? – ele perguntou se achando o maior idiota.


Pedir um beijo? O que ele estava fazendo? Não, o que ela estava fazendo com ele?


A garota arregalou os olhos.


_Q… quê? – gaguejou um pouco.


_Já fizemos isso antes. Ninguém vai saber. Eu quero e você quer. Só um beijo.


A garota entreabriu a boca surpresa. Blásio Zabini estava pedindo permissão a ela?


_Eu vou saber. – a garota disse como uma desculpa.


O garoto permaneceu quieto um tempo e ela também.


Blásio se abaixou um pouco e colocou o rosto entre o cabelo e o pescoço da garota. Ela tinha cheiro de flores. Aspirou um pouco para que o cheiro ficasse guardado em sua mente.


O corpo de Hermione se arrepiou com aquilo. Sentiu o garoto passar o rosto no seu para se afastar. Aquilo era demais!


Virou o rosto do garoto em sua direção e o beijou. Blásio retribuiu surpreso e com vontade. Empurrou a garota na cama e continuou a beijá-la com seu corpo sobre o dela. Ele tremeu com o contato intenso.


Uma de suas pernas estava entre as dela e ele levou a mão direita a perna da garota.


Gemeu baixo quando alcançou o que queria. Apesar do frio, a pele da garota era quente, parecia pegar fogo.


_Bla… - a garota gemeu baixo quando o garoto beijou seu colo. Conseguiu reprimir o nome do garoto, mas ele percebeu o que a garota ia dizer.


Sorriu e voltou a beijá-la.


_Diga. – ele disse beijando o rosto da garota.


Hermione gemeu quando as mãos do garoto foram para a parte interna de sua perna. O que ela estava fazendo ao deixá-lo fazer aquilo?


_O quê? – ela pediu baixo colocando as mãos por baixo da blusa do garoto e se admirando pela ação.


_Meu nome. – ele disse beijando-a e depois a encarando.


Ela o olhou confusa.


_Zabini? – ele balançou a cabeça negativamente. A garota corou. Ele ouvira seu sussurro.


_Vamos, Hermione. – ele disse com um sorriso beijando novamente a garota.


_Para. – ela disse afastando-o.


Blásio parou imediatamente. Por que a garota sempre tinha que fazer aquilo?


_O que foi?


_Eu disse pra você não se aproximar de mim. – ela resmungou o empurrando e se levantando. Consertou a saia que subira um pouco.


Ele soltou um muxoxo de desdém.


_Tenho que lembrar que foi você quem me beijou.


O rosto da garota ficou ainda mais vermelho e Blásio riu.


_Você que veio e… e ficou fazendo aquilo. – ela disse passando a mão no pescoço.


_Você gostou tanto que quis mais.


_Não! – ela exclamou nervosa. – Da pra parar de fazer essas coisas? Eu já disse…


_Certo, eu já sei o que você disse e o que vai dizer. – o garoto a interrompeu se levantando. – Eu pedi um beijo, você me deu. Juro que não tento mais nada com você a partir de agora. – o garoto estava próximo à porta agora.


O corpo da garota tremeu. Não gostara da certeza na voz dele.


_Se você quiser isso, claro. – ele completou vendo os olhos da garota incertos.


Ela desviou e balançou a cabeça afirmando. Ele balançou os ombros.


_Acho que a noite furou, não é? Não tem clima pra gente sair mais. – a garota disse baixo.


_É… - foi a única resposta do garoto que se afastou da porta indo em direção ao quarto que estava dormindo.


Hermione suspirou e se sentou na cama desolada.


Ela gostava quando o garoto a fazia ficar daquela forma. Sem controle. Mas ele deixara claro que não iria tentar mais nada.


O que ela tinha a fazer agora era ficar feliz. Afinal, ela não corria mais o risco de trair Rony com Blásio.


O garoto cumpria suas promessas. E mesmo que não tentar mais nada com a garota fosse uma opção difícil, ele a cumpriria.

Compartilhe!

anúncio

Comentários (1)

  • Artemis Granger

    gostei desse capítulo! que tenso... Hermione mentindo para os amigos, sem conseguir resistir a Blaise (um negão desse tb, ne?) rsrsrsrsrsrsr Só uma sugestão tente usar outras palavras além de garota/garoto... morena, negro, rapaz, use os nomes deles.... Parabéns pelo capítulo!

    2012-05-20
Você precisa estar logado para comentar. Faça Login.