P.O.V Ashley - Expresso para H

P.O.V Ashley - Expresso para H



Após a grande batalha de Hogwarts, meu pai Neville Longbottom, decidiu abandonar a casa da sua avó paterna, Augusta. Pelo o que ele me falou, a velha era muito exigente e perfeccionista e parecia não perceber os sentimentos de meu pai. Então, como ele já estava cansado de suas exigências e pronto para construir uma vida fora daquela casa, resolveu sair de uma vez de lá.




 Nesta mesma época minha mãe, Luna Lovegood, voltava de sua longa viajem pelo mundo a procura de animais e criaturas exóticas tentando confirmar as excentricidades que meu avô publicava em O Pasquim, mas foi forçada a aceitar que Bufadores de Chifre Enrugado não existem. Meus pais se reencontraram e apaixonaram-se, depois de algum tempo eles se casaram e tiveram Lola e Eu.




 Sou Ashley Alice Longbottom, uma bruxa puro-sangue, mas não me orgulho nem me envergonho da minha herança de sangue puramente mágico e com certeza não tenho preconceito contra trouxas ou nascidos trouxas. Estou muito ansiosa, pois vou começar meu quinto ano na Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts amanhã, e hoje embarcarei no Expresso para Hogwarts que ainda está localizado na plataforma 9 ¾.




Minha irmã Laura Tonks Longbottom é umas das minhas melhores amigas e a única pessoa nesta casa que posso confiar meus segredos. Minha habilidade em magia, segundo minha mãe, é muito poderosa, mas eu discordo.


 


 - Ash, você já arrumou seu malão? - Perguntou Luna, minha mãe. Tirando-me de meus devaneios.


 


 - Sim, mãe, já está tudo pronto. – Falei, sorrido para ela – Só falta a burra da Laura terminar de colocar os quilos de plantas dentro do malão.


 


 - O.k. Então, vou ajudá-la. – Minha mãe já estava no meio do caminho quando lembrei de perguntar a ela sobre algo muito importante.


 


 - Mãe. – A chamei e rapidamente ela olhou para mim.


 


 - Sim?


 


 - Olha mãe, eu tenho uma duvida.


 


 - Pode falar.


 


 - Os N.O.M’s. Eu estou preocupada, e se eles forem muito difíceis, e se eu reprovar? Defesa Contra as Artes das Trevas é fácil, mas e o resto? Eu vou morrer!


 


- Calma Ash. Eles não são tão difíceis e você é inteligente, sei que conseguirá. Com certeza os seus N.O.M’s serão distribuídos em duas semanas sucessivas. E vocês farão os exames de teoria pela manhã e os de prática á tarde. O exame pratico de Astronomia será a noite como todos os anos. Basta você se dedicar aos estudos, filha. Se você reprovar não faz diferença para nós, continuaremos a te amar. – Dei um sorriso amarelo, estudar não me agradava nem um pouco.


 


 Escutei uma batida na porta e uma voz abafada, era meu pai.


 


- Vamos, o Expresso partira daqui à uma hora e vocês precisam encontrar compartimentos vazios. – Abri a porta do quarto e fui em direção à porta de casa, arrastando o malão por todo o caminho e consequentemente arranhando todo o chão. Achei o Lorcan, o meu gato, perto da porta me esperando para ir junto a Hogwarts. Este ano meu pai não ia junto, ele resolveu que não iria mais ser nosso professor de Herbologia, pois ele queria passar mais tempo com minha mãe, eu finjo que acredito, pois sei que eles ficam aprontando lá no quarto o dia todo.


 


 No caminho pra a estação eu e Lola fomos brigando o tempo todo.


 


 - Ashley, tira essa bola de pelos de perto da Joana, esse gato está comendo as folhas dela.


 


 - Fala sério Laura! Que nome ridículo para uma planta.


 


 - Ridícula é você, garota.


 


 - Você não se enxerga, já está até verde de tanto que olha para essas coisas.


 


 - Isso não são coisas, são plantas.


 


 - Plantas? Isso parece mais o cadáver da coruja do padrinho Rony.


 


 - Cala essa...


 


 - Será que dá para as duas pararem de discutir. Nesses cinco anos não há uma viajem em que vocês não discutam, então, por favor, fiquem quietas. – Gritou meu pai. UUU! Papai virou machão.


 


 Paramos na frente do negócio de trem e descemos do carro ‘’trouxa’’ que papai havia comprado há pouco tempo. Lola e ele conversavam sobre algo que eu não entendia, mais era algo sobre Tiago Potter, o namoradinho chato e muito insuportável da minha irmã. Tínhamos acabado de entrar na estação de trem, que novamente esqueço o nome.


 


 - Que saco, todo ano é a mesma coisa, cheio de trouxas. – Falou meu pai.


 


 - OH Sério! Será porque nós estamos em uma estação de trouxas – Como sempre Laura havia discutido com nosso pai. Motivo? Tiago Sirus Potter e o porquê dele não poder dormir lá em casa. Era a mesma confusão todo maldito e lento dia que passava.


 


 - Não liga pai, ela está de TPM. – Falei. Sabe-se lá se ele vai entender o que é.


 


 - TPM? É uma doença grave?


 


 - Não. É Tensão do Pai Machão. * – Falei rindo, escondendo o que realmente era.


 


 - Anda garotas, se apressem. Andem antes que a passagem se feche. –Disse minha mãe, na verdade ela berrou.


 


 - Calma, me deixa retocar o batom. – Falou Lola. Ah Merlim, de novo não. Será que ela não pode passar algum tempo sem se olhar no espelho?


 


Puxei-a pelo braço com toda minha força, a fazendo borrar o seu batom. Ah! Ela ficou fofa, parecia o padrinho Rony vestido de Fizbo - O Palhaço.


 


 Passamos todos pela minúscula passagem, que já devia estar ali uns mil anos. Ainda dava pra sentir o cheiro de vomito da Laura do ano anterior.


 


 - Até que fim chegamos. Eu não acredito que o cheiro do vomito ainda tá ali. – Falei fazendo cara de nojo.


 


 - Mais não estava. Sua irmã vomitou de novo este ano. – Disse minha mãe tapando seu nariz com os dedos.


 


 - Essa garota tem sérios problemas com a passagem.


 


 Estava a maior fumaça naquela budega. Depois de quase me matar procurando a tia Gina e a tia Hermione, eu as achei.


 


 - Oi, garotas. - Gina


 


 - Dia. – Hermione


 


 - Oi tias – Falei as abraçando – Cadê o Alvo?


 


 - Deve estar procurando um compartimento vazio.


 


 - Ah! Vou atrás dele. – Sai correndo, procurando ele, quando me deparo com a cena mais nojenta que eu já vi.


 


Lola e Tiago no maior amasso, como sou educada resolvi atrapalhar. Cheguei bem perto dos dois e falei.


 


 - Será que é difícil você ficar com a sua língua dentro da sua boca, Tiaguinho. – Como não sou burra sai correndo, antes que eles me alcançassem, para evitar danos no meu cabelo divo. Mas de repente esbarro em alguém.


 


 - Que droga, olha pra onde anda - Falei no meu tom mais grosso.


 


 - Desculpa. – Falou o cego. Que estranho, eu conheço essa voz de trasgo velho.


 


 - ALVO! – Berrei. - Você tá tão gostoso. – Pensei. Quer dizer falei. Eu falei! AAA! Fudeu.


 


 - Quê?


 


  - Ah nada, esse doce esta gostoso. Então, achou um compartimento?


 


 - Não...


 


 - Cara, você é tão burro.


 


 - Burro e lindo. – Falou. Com certeza, muito lindo.


 


 - É melhor voltarmos, ainda não vi o Tio e o Padrinho.


 


 - Tudo bem.


 


 Estávamos caminhando e falando de coisas banais como sempre, quando de repente aparecem dois capetas na nossa frente, Tiago e Laura. Rapidamente coloquei as mãos no cabelo, para protegê-los.


 


 - Alvo, socorro, eles vão me matar. AAAAAAAAA! Socorro. Meus cabelos não. – Momento dramático.


 


 - O que você fez dessa vez? - Perguntou. Que curioso.


 


 -Nada de mais. - Ainda com as mãos no cabelo, dei um sorriso pra ele, e do nada Alvo começou a rir. - ALVO SEVERO POTTER, é serio eles vão arrancar os fios do meu cabelo um por um para minha morte ser mais dolorosa e lenta. – Trancando o riso, ele me abraçou, para evitar minha trágica morte. - Acho que devo ser dramática mais vezes – Falei olhando para o seu braço na minha cintura. - E também acho que devo pensar baixo. - Ele riu, que fofo.


 


 - Ownt, que clima fofo. Mais nós estamos aqui, então deixa isso pra depois. - Berrou Tiago. Dei um sorriso amarelo para ele e perguntei.


 


 - Então, o que as duas aberrações querem?


 


 - O pai e a mãe estão nos chamando para a despedida. – Lola falou.


 


 - Ok.


 


 Fomos andando até chegarmos lá, admito adorei o fato do Alvo ainda não ter tirado a mão da minha cintura. Quando chegamos todos os olhares, principalmente do meu pai, pousaram na mão dele ali.


 


 - Antes que tirem conclusões precipitadas, ele acabou de me salvar de uma trágica morte. - Falei olhando para a vaca da Lola e a mula do Tiago.


 


 - Essa morte envolve seu cabelo? -  Perguntou uma voz conhecida.


 


 - ROSA! Amiga querida que eu amo tanto. – Falei, dando-lhe um abraço, fazendo assim a mão do Alvo cair da minha cintura. Rosa deu um grande sorriso. - Sim, envolve meu cabelo divo que seduz. - Sussurrei na sua orelha.


 


 - E eu, você não ama? -  Perguntou uma voz familiar. Era Hugo.


 


 - Não. – Respondi virando-me – Claro que eu amo – Lhe dei um abraço.


 


 - E o padrinho lindo aqui não ganha abraço? - Perguntou meu padrinho Rony.


 


 - Talvez... Que pergunta, claro, né?  – Dei um forte abraço em todos, pois já estava na hora de ir.


 


 - O Expresso já vai partir. – Avisou Alvo.


 


 - Ah! Pelas cuecas de bolinhas de Merlim, temos que ir. – Falei.


 


 - Tchau pessoas – Disse Lola.


 

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