Único



N/A: Personagens da Rowling. Nada meu, a não ser o enredo. One-shot inspirada na música The First One, do Boys Like Girls. Pedaços da tradução da música em negrito. Boa leitura e comentem nessa bagaça senão eu fico triste, T-T Não gosto de leitores fantasmas e por mim eles seriam exorcizados o/


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Eu era tão idiota. Aquilo nunca iria dar certo. Ela estava lutando no lado bom, no lado em que eu queria estar. Mas tinha os meus pais, e Voldemort poderia matá-los se eu fosse lutar contra ele. Porém, ela foi compreensiva o suficiente para continuar ao meu lado. Até a batalha.


 


Mesmo sabendo que você tinha ido, e para bem longe, eu sinto você ao meu redor. Eu penso sobre isso todo dia. Você foi, de algum jeito.


 


Mas agora eu estava nessa cela, rodeado por dementadores e pelos meus pais, que estavam definhando a cada dia. Minha mãe tinha a mesma expressão indiferente de quando a luta terminou. Sua família estava bem, ela não tinha mais com o que se preocupar. Meu pai, não. Eu não sabia definir exatamente o seu estado. Ás vezes ele tinha raiva, às vezes estava arrependido. Meu pai era algo confuso pra mim, mas no momento ele estava dormindo, assim como a minha mãe.


 


Eu não consigo dormir, é difícil de respirar e eu ainda sinto você perto de mim. Agora eu consigo ver.


 


E eu estava triste. Quebrado. Porque Gina era a primeira pessoa por quem eu realmente me apaixonei e me importei. E agora ela estava com Potter e iria casar com ele. O que é totalmente ridículo porque ele não dera a mínima pra ela. Fugiu para algum lugar por muito tempo e a deixou desprotegida, sozinha. Nunca se importou realmente com a garota.


 


Mas eu estava lá desde o quarto ano dela. Ela me dizendo que não entendia de verdade porque eu odiava sua família. Ela dizia que não podia ser só porque eles eram pobres. E eu disse que não, que era por causa do meu pai. Influência dele. E, então, nós nos tornamos amigos. Escondidos de todos. Se meu pai soubesse, ele me mataria. Se os irmãos dela soubessem, eles me matariam.


 


“É estranho, não é?” Gina perguntou, escorada numa árvore, de pé.


 


“O quê?” Eu perguntei, na sua frente.


 


“Nós dois, juntos. Uma Weasley e um Malfoy.” Ela riu e eu a acompanhei. Era realmente irônico.


 


“É. Gina...” Eu disse, ao mesmo tempo em que ouvimos alguém gritar seu nome. Ela rolou os olhos.


 


“É o Rony, tenho certeza. Isso já tá ficando cansativo.” Ela suspirou. “Bom, a gente se fala. Tchau, Draco” Ela disse, despedindo-se de mim com um beijo na bochecha.


 


O primeiro é o pior, quando se diz respeito a um coração partido. O seu primeiro amor, é, você é tão jovem e você se sente como uma estrela caindo. Há um fogo na cidade que está queimando a noite. Você está respirando, mas mal está vivo.


 


E então veio o primeiro beijo, no ano seguinte. Quando eu estava sofrendo tornando-me um Comensal. Gina sabia que tudo era por causa da minha família, que era tudo porque Voldemort estava ameaçando matá-los. E ela não me julgava. Ela fazia de tudo para que nós não falássemos disso.


 


Rodando como um filme na minha cabeça, eu já vi mil vezes.


 


 


“Eu não quero nada disso, Gina. Não quero ser um Comensal, não quero matar” Eu disse, enquanto nós dois estávamos escondidos no banheiro dos monitores. Nós nos escondíamos ali de vez em quando.


 


“Então por que está se transformando num Comensal?” Ela perguntou.


 


“Meus pais são Comensais. Se eu negar serviço a Você-Sabe-Quem, ele poderá matá-los. Ele poderá me matar” Eu respondi. Gina e eu nos encaramos, em silêncio, quebrado apenas pelos meus soluços.


 


“Eu queria te salvar” Ela sussurrou.


 


“Ninguém pode me salvar” Eu resmunguei, virando o rosto.


 


“Talvez. Mas você poderia fugir. Eu fugiria com você, Draco” Ela falou, ajoelhando-se e virando meu rosto de volta para ela.


 


Eu a encarei, temendo saber que as suas palavras eram apenas para fazer me sentir bem. Mas eram sinceras. Gina sustentava o olhar, corajosa. Mas eu não poderia fugir com ela. Sorri.


 


“Obrigada, mas acho que não será preciso” Eu sussurrei.


 


“Não. Mas podemos descontrair, não é?” Ela sorriu.


 


Eu assenti, ainda a encarando. O sorriso foi sumindo das nossas faces. Ela se aproximou... Eu fechei os olhos... Ela encostou seus lábios nos meus...


 


Eu aprendi a levar a sério em vez de cair, eu estou seguro ficando na lateral.


 


Nós namoramos escondido até o Potter fugir, depois da morte de Dumbledore. Ela ficou desestabilizada porque seu irmão fora junto, mas eu estava lá para apoiá-la. Até certo ponto.


 


Dias perdidos, fotos desvanecidas. De alguma forma, você continua a milhas de distância. É seguro dizer...


 


“Você não está triste pelo seu irmão, você está triste porque o Potter foi embora!” Eu gritei, quando nós dois estávamos discutindo na Sala Precisa.


 


Naquele momento, a sala continha apenas uma lareira, duas poltronas em frente da mesma e uma estante de livros encostada em uma das paredes. A lareira era a única coisa que iluminava a sala.


 


“Não é verdade!” Ela gritou de volta. “Você está paranóico porque todas as pessoas te deixaram e você acha que eu irei te deixar também!”


 


“E não é verdade? Quando o Potter chegar, você finalmente poderá sair de perto do Comensal da Morte e ficar em segurança!” E esse era o meu maior medo. Que a única pessoa naquele colégio que não se importava com quem eu era ou com quem eu andava ficasse com medo de mim.


 


Gina ficou em silêncio, encarando-me. Senti minha boca secar; era verdade?


 


“É isso, não é?” Perguntei, num fio de voz. Ela abaixou a cabeça.


 


“Estão torturando a Luna... Não demorará muito para torturarem o Neville... E você nunca falou nada...” Sua voz falhou. Eu a observava de olhos arregalados.


 


“Vo-você... Não” Arfei, negando com a cabeça.


 


Aquilo não podia ser verdade. Abaixei a cabeça, sentindo meus olhos marejarem. Mas eu não poderia mais chorar na presença de Gina. Ela voltaria para Potter e iria rir de mm, com certeza.


 


Trinquei os dentes.


 


“Você não é a garota corajosa que eu pensei que fosse, Weasley” Ela se encolheu ao som do seu sobrenome. “Que pena.”


 


Saí daquela sala à passos largos, sem dar chance de Gina falar. Por fora, eu parecia o mesmo garoto frio de sempre, tinha certeza disso. Por fora, eu estava quebrado. Totalmente.


 


O primeiro é o pior, quando se diz respeito a um coração partido. O seu primeiro amor, é, você é tão jovem e você se sente como uma estrela caindo. Há um fogo na cidade que está queimando a noite. Você está respirando, mas mal está vivo.


 


E Gina Weasley fora minha primeira namorada.  Apesar de sofrer, eu tinha que seguir em frente. Assim como eu sabia que ela estava fazendo.


 


Será difícil, mas é normal. Porque o primeiro é o pior, quando se diz respeito a um coração partido.


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