A toca



Harry acordou bastante cedo naquele dia, se arrumou e começou a juntar suas coisas. Achava que deveria ganhar um prêmio por ter guardado todo seu material, vestes e livros, que estavam espalhados por todo o quarto, sem fazer nenhum barulho, isso significa, sem acordar seus tios.

A uma semana, Harry recebeu uma coruja de Rony, seu melhor amigo, avisando que, no dia 15 de julho iriam buscá-lo na casa de seus tios, para sua surpresa. Este seria o primeiro verão que não passava 1 mês inteiro trancafiado na casa dos Dursley.

Tinha avisado aos tios, mas eles não se deram ao trabalho de se importar com a visita, preferiam ficar ausentes enquanto aquela “laia” estive-se em suas casas, portanto que não destruíssem sua casa.


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Desceu as escadas e se sentou para esperar alguém da Ordem da Fênix chegar. Se passaram 10 minutos e Harry começava a ficar preocupado – Será aconteceu alguma coisa? - Estava com medo, com medo de nunca mais ver Rony ou Hermione, medo de não ver mais a família Weasley, medo de não voltar para Hogwarts... Todos seus amigos corriam riscos, sérios riscos de vida, pois com a volta de Voldemort, ninguém que estivesse com algum traço ligado a ele, Dumbledore ou a Ordem, poderiam ser mortos a qualquer momento.

Segurança aliás, era algo que não existia mais em torno desses tempos ruins
Harry escutou alguma coisa vindo da cozinha

-Arrre!

-Quem esta ai? – perguntou, segurando a varinha na mão, mas na mesma hora se arrependeu de ter falado alguma coisa e se fosse um dos comensais da morte?

-Tudo bem Harry!

Ele reconheceu aquela voz, era do seu ex-professor de Defesa Contra as Artes das Trevas, Remo Lupin. Havia apenas 15 dias que não via Remo, mas desta vez ele estava diferente... Usava vestes pretas, mas desta vez não as surradas de sempre, seu cabelo estava um pouco maior do que o normal e tinha uma aparência de quem estava com sono.

Ao lado dele, estava Tonks, desta vez com o cabelo ruivo até o ombro com pequenas mechas pretas. Atrás deles, ele reconheceu Emelina Vance, Olho-Tonto Moody e Quim Shacklebolt. Apenas uma parte da tropa que veio buscá-lo ano passado, quando ele foi atacado por 2 dementadores.

-E ai Harry? Como vai? - perguntou Quim.

-Bem melhor, por terem chegado!

-Bom, Harry – começou Lupin – Acho que você se lembra do esquema, não?

-Vamos de vassouras, novamente?

-Não.

-Está bem.

-Hum, como foi suas férias? – perguntou Tonks receosa.

-Normais.

-Quem bom!

Ele estava mentindo, e tinha certeza de que Tonks havia reparado isso, mas agradeceu por ela não fazer mais nenhuma pergunta.

A lembrança de Sirius ainda doía em Harry, sonhava com ele todas as noites, mas agora conseguia pelo menos ficar em paz por alguns minutos, sem pensar que o culpado pela morte do padrinho foi ele.

Na verdade, quando não estava pensando em Sirius, estava pensando em Voldemort e no mal que ele já fez para Harry. Se preocupava demais com seus amigos agora, estranhou muito quando recebeu a carta de Hogwarts avisando a data do dia do regresso para a escola e a lista de materiais que teria que comprar, porque não tinha mais noção do tempo e nem se preocupava com coisas que no momento pareciam bobas.

Na verdade, ele até se surpreendeu em não sentir saudades nenhuma de Cho. A única garota em que de vez em quando tinha em sua mente era Hermione.

-E então, vamos como para a Toca? – perguntou ansioso.

-De noitibus andante! - respondeu Tonks animada.

-Onde estão seus tios? Eu queria explicar melhor porque você está indo embora! – perguntou Remo.

-Nem se incomode – disse com sinceridade – Eles nem se deram o trabalho de ficar esperando vocês, sabe, com medo de mais alguma catástrofe – respondeu um tanto que dramaticamente.

-Vamos!

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Menos de 15 minutos depois, Harry já estava na Toca, um pouco mareado pela viagem, mais feliz por estar com amigos por perto.

Antes mesmo que ele coloca-se os pés na cozinha, Harry foi puxado por uma par de braços maternos que o apertavam, metade de saudade, metade de preocupação... Era a Sra. Weasley.

-Ai, Harry querido, como está? Está bem? Tem se alimentado direito? Já tomou café? Ah, é claro que não, olha só você, como está magrinho, vem cá, venha se sentar com Jorge e Gina.

Harry reparou que tinha algo de estranho na Toca, mas antes mesmo de olha-la ou falar com seus amigos, a Sra. Weasley havia enchido um prato de salsichas e torradas, e lhe deu um copo do tamanho de uma jarra, este transbordava de suco de abóbora.

-Pronto, se quiser mais é só pegar, esta bem? Não se acanhe.

-Obrigada Sra. Weasley.

Harry a seguiu com os olhos, enquanto ela andava para a sala de estar e reparou. A casa realmente estava diferente, estava mais bonita.

As paredes que antes tinham desenhos que Rony e seus irmãos tinham desenhado agora estava com um mural com fotos da família e recados. O piso agora era de madeira talhada, e os cômodos lembravam um estilo sertanejo.

Ele virou para falar com Gina e reparou que ela havia crescido, estava com cara de mulher e seu cabelo chegava na cintura, parecia a irmã mais nova da Tonks. Gina percebeu que ele estava olhando e comentou.

-Ta meio grande, né? - disse ela mexendo no cabelo.

-Ta bom, achei muito bonito!

-Olha lá, Harry, não vai dar em cima da minha irmã, heim!

Rony tinha entrado na cozinha, estava um tanto que diferente também, mas ele não sabia dizer o que era.

-Bom,acho que está na hora da gente buscar a Hermione.

De repente o pensamento que Harry tinha na cabeça sumiu completamente.

-Ela não está aqui?

-Não, ela vai encontrar com a gente no Beco.

-Não é perigoso – começando a ficar preocupado – Quer dizer, não é melhor andarmos todos juntos.

-Tudo bem, mamãe falou que ela não ia sozinha.

-Então ta.

-Bom, mãe, pai, a gente está indo!

-Olha, não vão deixar a Gina sozinha, heim!

-Está bem, bom até daqui a pouco – falou Rony.

-Tchau – dizendo isso entrou na lareira – Beco Diagonal – e sumiu.


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