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Estávamos sobrevoando o mundo mágico, indo para Hogwarts. Lúcio,Dolores e Arthur tinham tomado cominho diferentes, e agora só restava Dumbledore,Minerva,Olho Tonto e Snape, com quem eu estava de carona.


O que mais me chocava, era que, para eu ir para Hogwarts, Eu prescisava de escolta. Eles achavam que eu não sabia disso,daquilo...


Mais eu sabia. E sabia até demais.


Eu sabia que, se eu fosse para Hogwarts sozinha, Valdemort poderia muito bem me jogar um “Avada Kadabra“ e me mandar para a cova. Eu também sabia o porquê desse ser que infelizmente era o meu pai, querer me matar.


 Como Valdemort era o ultimo descendente de Salazar Slytherin, eu acabei herdando o dom de falar a língua das cobras. Também tinha o fato da minha mãe ser a única descendente viva das três grandes bruxas, o que fazia o meu sangue ser o mais puro de todos. E se Valdemort, sedento de poder, souber que existe uma pessoa que pode derrotá-lo, ele não vai poupar esforços para me matar. Mesmo que seja sua filha. (Eu ainda não me acostumei com esse negócio de ser filha de um monstro sem nariz.).


Mais o que mais me deixava triste, era de não poder trazer Larry comigo. Grande companheiro. Ia me deixar muitas saudades. Assim como a minha mãe.


Eu ainda estava pessoalmente chateada com a minha mãe, pelo fato dela me esconder a verdade todos esses anos. Eu até entendia o porquê dela me esconder quando eu era pequena. Mais fala sério, eu já tenho 15 anos. Eu deveria estar ciente.


As melhores memórias da minha infância era quando eu e a minha mãe íamos para a cidade passear.Íamos de barco, passando pelo grande rio da Amazônia.O problema era que, quando o motor cansava, nós tínhamos que fazer o barco andar no braço.E , acredite ou não, nós adorávamos fazer isso.


Lembro-me da primeira vez que a minha mãe comprou uma tv. Eu tinha sete anos. Como o sinal não pegava no meio da mata, a minha mãe teve que enfeitiçar a televisão. Até hoje lembro dos meus pulos de alegria quando eu vi que a televisão estava pegando até canal da Suíça.


Também quando mamãe me comprou um Lap Top. Nenhuma de nós duas sabíamos mecher naquele treco. Até que um dia, Larry rastejou por cima do Lap Top aberto, que ligou milagrosamente. Com o tempo eu fui aprendendo como mecher no computador, até que um dia pedi a minha mãe que botasse internet em casa, coisa que ela não sabia o que era. Então, fazer a internet funcionar foi o meu primeiro feitiço.


- Claire – Snape me chamou – Se segure. Vamos aterrissar. - Me segurei nos ombros de Snape. A vassoura agora estava inclinada. Agora eu já podia visualizar o pátio da escola, ou melhor, castelo.


Snape, Dumbledore, Minerva, Olho Tonto estacionaram em fileira no pátio verde do castelo. Os alunos que estavam nos corredores pararam para nos olhar.


Mas o que eu realmente queria era observar o castelo.Tão rústico, tão mágico, tão lindo... Desci da vassoura, todavia observando o castelo. Senti alguém puxando a minha mochila. Virei-me e quase quebrei o meu nariz com o impacto.


-AI! CACETA, O QUE É ISSO? – falei em português. Olhei para cima e vi um armário de pessoa olhando para mim. Ele tinha uma barba grande, olhos pequenos, e provavelmente uns três metros de altura.


Dumbledore,que antes estava conversando com Minerva, tocou no meu ombro.- Claire,esse é Hagrid, o nosso cuidador de criaturas mágicas- O armário sorriu.


-Olá Claire. Bem vinda a Hogwarts. – E me estendeu a mão. E a apertei a mão dele, com medo que ele esmagasse a minha mão.


-Obrigada Hagrid. – Dumbledore retirou a mão do meu ombro. Eu massageei o meu nariz.


-Hagrid, você poderia, por favor, ficar com a mochila de Claire enquanto nos vamos ao jantar? E, por favor, trazer o chapéu seletor?- Dumbledore perguntou. Hagrid acentiu e pegou a mochila das minhas costas. Eu murmurei um “Obrigado” a ele. Ele não respondeu.


-Claire, por favor, nos siga. - Eu concordei e fui atrás de Dumbledore, Snape, Olho Tonto, e Minerva. Mas uma coisa puxou a minha capa. Dumbledore se virou para ver se eu estava o seguindo. Hagrid segurou a minha capa, Incrédulo.


-Como você conseguiu esta capa? – Hagrid perguntou, segurando a minha capa com força. Eu olhei para a minha capa e depois para seus olhos, que estavam arregalados.


-Era da minha mãe. Ela me deu. - Eu sorri para ele. Dumbledore e o resto estavam nos observando.


-Quem era a sua mãe?- Ele perguntou, mais uma vez.Eu já estava ficando impaciente.


-Elizabeth Leeves. - Hagrid arregalou os olhos mais uma vez. – E você sabe o que esta capa faz?- Neguei com a mina cabeça. – Está vendo este bordado de ouro aqui na ponta? - Olhei a ponta da capa - Ela te protege de qualquer feitiço que haja contra você. Incrível não é? Ela é única. Cuide bem dela. – Eu sorri e Dumbledore me chamou. Dei tchau para Hagrid.


 Segui Dumbledore, Snape, Minerva e Olho tonto que estavam na frente. Dumbledore às vezes olhava para trás, me vigiando. Enquanto passávamos pelos corredores do castelo, podia ver que tudo era feito do mais nobre mármore. Até as escadas. Tudo muito lindo.


 Eu ouvi uma grande falação no fim do corredor, Onde ficava a sala de refeições.


Quando Dumbledore, Snape, Minerva e Olho Tonto entraram na sala, todos se calaram. Mas, quando eu entrei, a falação começou de novo.


“Quem é ela?”


“Nossa, ela é linda”.


“Aluna nova? Não pode ser.”


“Meu deus, que sexy.” – Essa daí me deu raiva.


Antes de Dumbledore chegar ao seu lugar, eu corri para falar com ele.


- Onde eu vou sentar?- Dumbledore pensou por um momento, subindo as escadas, indo para onde ele se sentava.


- Por enquanto, fique encostada naquela pilastra. – Ótimo. Perfeito. Maravilha. A pilastra que ele estava apontando era nada mais nada menos do que a pilastra que ficava de frente para todo o refeitório. Suspirei e fui me encostar-se à pilastra. Observei o refeitório inteiro


Ah, legal. Me sinto um Alien pornográfico. Toda a população masculina do refeitório Literalmente estava me secando. Principalmente as minhas pernas, que estavam cobertas por uma meia calca preta. E o salto não ajudava muito.


Mas o que mais me deixava curiosa, era o teto do refeitório. Velas flutuantes, e... O céu? Ah! Eu já tinha lido sobre isso era um feitiço que eles botavam no teto para parecer que estamos comendo ao ar livre, o que não funcionava.


Minerva bateu sua colher em seu copo, e todos fizeram silêncio. Dumbledore saiu de seu lugar e se pôs a frente.


-Hoje, estamos recebendo uma visita muita especial para mim.- Ele olhou para mim e botou sua palma para cima, flexionando seus quatro dedos, me chamando, para ficar ao seu lado. O que eu fiz.


- Pessoal essa é Claire Leeves, a nossa primeira aluna intercambista. – Dei um sorriso. Dumbledore era um velho muito sábio. Ao invés dele chegar pro refeitório, e falar: ”AÍ PESSOAL, ESSA É A CRIA DO VALDEMORT! E ELA PODE FALAR COM AS COBRA! ENTAO É MEIÓ QUE OCÊS RESPEITEM ELA, SENÃO EU TACO FOGO EM GERAL VALEU? BJOKAS.” Ele chega e fala essa merda de intercambista pra eles. A minha vontade era de perguntar para ele “E o meu ego? Onde fica?” mais me controlei. – Bem, ela está chegando de um lugar que não tem passagem para o nosso mundo, então fiquei muito feliz em ir buscá-la pessoalmente.- Hagrid subiu as escadas e entregou o chapéu seletor na mãos de Dumbledore;que murmurou um “obrigado”.


Dumbledore se virou para mim e depois para o refeitório. - Silêncio, por favor. – Virou para mim, olhando nos meus olhos pedindo permissão. E botou o chapéu seletor na minha cabeça.


Humm.. interessante. Difícil.Muito difícil. – Dumbledore e todo o refeitório ouviam com máxima atenção. – Eu a botaria em Corvinal,por causa de sua beleza e sagacidade.Botaria em Grifinória,pela enorme coragem.Botaria em Lufa-Lufa, pela grande generosidade e justiça.Botaria em sonserina,por ter o sangue mais puro dos milênios,e pelo seu dom de falar com as cobras – Ele não deveria ter falado isso.Se alguém soubesse que eu era filha de Valdemort, ninguém jamais iria chegar perto de mim.O refeitório fez um Oh! Eu bati a mão na minha testa.-Mais,como sempre falam,a beleza não define quem você é.Realmente menina, você está sendo um grande enigma para mim.- O chapéu parou para pensar. Dumbledore e eu nos entreolhamos. Suspirei. – Sonserina!- O chapéu gritou. Eu dei um sorriso sincero. A mesa de Sonserina estava gritando de alegria. Olhei para Dumbledore,que estava suspirando – Posso ir para a mesa?- Perguntei. Ele fez que sim com a cabeça.


Desci as escadas do palco de mármore onde ficava as mesas dos professores, com dificuldade, por causa do meu salto. Todo o refeitório continuava me fitando.


Mas uma coisa me chamou a atenção. Entre dois gordos, um garoto loiro e atlético estava olhando para mim. Eu sorri para ele. Ele abaixou a cabeça. Mas, como eu sou inteligente, eu fui me sentar bem na frente dele, entre duas garotas.

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