Prólogo/Proposta

A história de Lily e James Potter todos já conhecemos bem; almas gêmeas que conseguiram levantar o véu negro da ignorância e que conseguiram achar o perdão e o conhecimento através de muitas brigas e tapas...infelizmente, tanto esforço para nada. Quando eles finalmente estavam feliz, o destino veio e, novamente, os separou da forma mais cruel: com a morte.

O início dessa história aparentemente feliz começa aqui, em um dia feliz em que Lily e James passeavam pelas ruas de Hogsmead.

Era fim de tarde em Hogsmead, porém, já parecia noite. O céu, nublado com nuvens cinzas, dava essa impressão; porém, ninguém que estava ali se preocupava muito com o horário, principalmente quem queria ver o tempo parar.

Lily e James estavam a tanto tempo se beijando que nem perceberam quando começou a nevar. A ruiva, vestida com casacos, cachecóis e luvas, ainda conseguia sentir frio. Abraçou James, enterrando o rosto na curva do seu pescoço. Ele só riu.

- Quem diria... oh Deus, muito obrigado por finalmente atender aos meus pedidos! – falou James, deslumbrado por ter Lily ao seu lado.

- Não foi Deus, James, fui eu quem disse sim – disse Lily, vermelha de vergonha, virando o rosto para encará-lo.

- Ah, ele atendeu sim. Pedi a Deus para que você fosse menos teimosa – disse James, sorrindo. – E que abrisse esse coração pra mim. – ele sorriu, admirando e acariciando o rosto dela.

- Olhe lá o que vai fazer com ele, James Potter – pediu ela, sorrindo de leve; porém o romance foi atrapalhado quando Lily se afastou de James e começou a espirrar. Ele só sorriu e tirou seu gorro preto da cabeça, colocando nela, completando o super agasalho.

- Venha, vamos voltar pra um local quente. Não quero minha namorada resfriada – falou ele, puxando-a para mais perto. Ela só sorriu, sentindo-se envergonhada e, por dentro, intensamente feliz, deixando-se guiar por James. A paixão entre os dois já era evidente, mas, por mais estranho que pareça, ainda era só o início do amor deles.

Não vamos enganar ninguém. O que começa bem deveria terminar bem, mas não foi exatamente isso que aconteceu. Eles foram mortos brutalmente, impedidos de verem o crescimento de seu único filho Harry. Uma única palavra resume isso tudo: injustiça.

Lily estava na sala, sentada em frente a Harry, que, em sua cadeirinha, agitava os bracinhos, animado.

- Vamos, bem, coma – pediu ela, vendo o filho virar a boca novamente, recusando a comida.

- Me dá cá, Lily – falou James, aparecendo atrás do filho. – Tenho os argumentos perfeitos para convencê-lo.

- Jay, ele é um bebê. Provavelmente, só vai ouvir um ruído e ver você abrir e fechar a boca – disse Lily, rindo do marido. Ele insistiu, então, ela cedeu seu lugar a James.

- Muito bem, Harry, vamos ter aquela conversa de homem pra homem – falou James, provocando mais risadas em Lily. – Ta vendo aquela gata ruiva ali? Se você quiser, quando crescer, ter uma igual, vai precisar se alimentar e ficar forte pra jogar Quadribol. Pois é, campeão, elas se amarram num cara numa vassoura – falou, enquanto enfiava a colher na boca dele. Harry parecia realmente entender, pois olhava diretamente para o pai e, em algumas situações, ria gostosamente, fazendo Lily e James rirem também.

Uma sensação boa invadiu o peito da ruiva, que só observava. Era tudo tão... perfeito. Sua família era linda e ela os amava; porém, era um amor diferente do que se reserva a um amigo... aquela era a sua família.

Parecia até piada; deixar todos se enganarem, pensando estar felizes, que viveriam aquilo para sempre. Mas, opa, por que não? Por que não começar outra história? Se tudo que começasse bem terminasse mal, por que não começar de um péssimo começo? E se tudo... fosse diferente para Lily e James?

É, é isso. Vamos começar nossa história daqui; do momento em que Lily pode escolher dizer sim, mas, dessa vez falou não. Último passeio a Hogsmead da vida dos alunos do 7º ano. Última vez que James perguntaria.

- DROGA, JAMES! – exclamou Lílian, furiosa. – Quando você vai entender? QUANDO? EU NÃO QUERO SAIR COM VOCÊ! – falou ela, encarando-o nos olhos. Viu um misto de pavor e decepção neles, mas não se conteve. – EU SINTO NOJO DE VOCÊ! NÃO AGUENTO FICAR DO SEU LADO, JAMES POTTER! EU TE ODEIO! – falou ela, saindo do salão comunal, tentando deixar o arrependimento para depois.

James, arrasado, nem a observou ir embora. Só foi ao seu dormitório e entregou-se à tristeza, chegando, somente, a uma conclusão: esquecer Lily Evans. Para sempre.

Mais brigas... mas, quem sabe, mais tempo... ou um final feliz.


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N/a: essa é só uma espécie de explicação. A história começa mesmo no próximo capítulo. Aguardem e comentem, por favor. Beijos.

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