---O Mapa “Emprestado” do Maro

---O Mapa “Emprestado” do Maro



- Tiago o que voc...? - Tiago colocara a mão na boca da prima antes que ela terminasse.


- Quieta! – sussurrou Tiago e puxou a prima pelo braço para outro canto da loja, porque todos repararam neles quando Rose gritou – Não é nada. Peguei emprestado. Precisava saber se era real!


- É, claro que é real, não está vendo – sussurou Rose, Tiago murmurou “mal-feito, feito” e recolocou o mapa no bolso da blusa – Tá! Pegou emprestado, mas pelo menos pediu ao seu pai?


- Não! – disse sério, mas num segundo depois estava rindo.


- O que?- disse Rose, Tiago continuou a rir – Você está maluco, se sua mãe descobre é bem capaz que ela te proíba de ir a Hogwarts este ano. Ainda mais, depois do que fizeram com o relógio da vovó.


- Não, minha mãe não faria isto. Eu poderia ficar sem presente de natal. É, isso é o tipo de coisa que minha mãe faria. – Pensou Tiago em voz alta.


- Mesmo assim isso é loucura! – continuou Rose, achava aquilo absurdo e continuou desesperada – Tiago, você tem de devolver isso. É bastante simples...


- Eu sei, Ro, eu sei – disse Tiago tentando acalmá-la – mas eu não quero devolver, pelo menos, não agora!


- Você está maluco, seus pais matariam você, se soubessem... - disse Rose


- Que nada... Eu ouvi meu pai dizendo que iria jogar fora algumas dessas coisas e... – Disse Tiago esperançoso


- E o que? Aaaah com certeza o tio Harry iria jogar fora o Mapa do Maroto! – disse Rose, com, novamente, seu infalível tom de impaciência. 


- Não foi o que eu disse... Eu ia dizendo, antes de ser rudemente interrompido, que pediria ao meu pai, no dia em que ele estivesse fazendo essa “limpezinha” – disse Tiago no sussurro mais audível que Rose já ouvira.


- Tá! Mas você acabou de dizer que “pegou emprestado sem pedir” – disse Rose.


- Será que você não entende? – perguntou Tiago, puxando outra vez a prima para longe.


-Parece que não, não é?! – falou Rose enquanto paravam em outra fileira de prateleiras.


Tiago riu.


- Ro, eu vou explicar bem de vagar... Eu peguei o mapa, certo?!- Rose concordou com a cabeça – mas, no dia que meu pai fosse fazer a limpeza eu ia fingir que encontrei o mapa lá na bagunça e pedir. Entendeu?!


- Mais ou menos – Murmurou Rose e Tiago revirou os olhos.


- Tiago, Rose – Chamou-os Gina e quando eles se aproximaram Hermione, com a ajuda de Alvo, estava colocando as vassouras na bolsinha de contas enquanto Lílian e Hugo davam as últimas olhadas na Firebolt exclusiva.  – Vamos indo?! Se não vamos ficar apenas como que sobrou dos materiais.


Os sete saíram da loja e seguiram para a rua lotada do beco diagonal. Tiago ainda tentava explicar o plano para pedir o mapa (que já estava com ele) para seu pai. Mas Rose o ignorava, não fazia sentido algum pedir emprestado uma coisa que você já tinha pego. Depois de irem a Floreiros e Borrões, Madame Malkin e a Farmácia desceram a rua em direção a Gemialidades Weasley, para levar os insepenos de Hugo. Faltavam umas duas lojas para chegarem, quando Tiago, Alvo e Rose ouviram uma voz meio arrastada e bem familiar...


- Não, não é este mãe. Eu quero igual ao do meu pai... – Dizia a voz e Tiago, Alvo e Rose haviam parado e estavam procurando de onde a voz familiar vinha – Não é aqui, quantas vezes tenho que dizer?...


- Escórpio! – disseram os três juntos e em seguida viram um garoto alto, com cabelos loiro-branco, os olhos bem acinzentados e rosto um pouco fino saindo da Artigos de Qualidade para Quadribol, ele era filho de Draco Malfoy, que na adolescência tivera rivalidade com Harry. Escorpio havia saído da loja, viu Tiago, Alvo e Rose, mas não houve cumprimento, baixou a cabeça e colocou as mãos nos bolsos, em seguida sua mãe Astoria, uma mulher de cabelos castanhos e compridos, vestes luxuosas com um casaco de pele e rosto arrogante, juntou-se ao filho que de vez em quando encarava Rose.


-Vamos querido? – disse Astoria, com voz suave que nem parecia pertencer aquele rosto arrogante. Antes de seguir, cumprimentou os três com a cabeça Tiago, Alvo fizeram o mesmo Rose deu um sorrisinho torto e continuou a andar junto com os primos.


Apesar de tudo que seu pai havia contado sobre o que Draco Malfoy fazia com o tio, Rose não tinha inimizade alguma com Escorpio Malfoy, pelo contrário, sentou-se com ele num compartimento do expresso de Hogwarts no segundo ano. Ele lhe pareceu bem tímido, e se não fosse pelo solavanco que o trem deu e Rose não ter derrubado a maioria dos seus “Feijõezinhos de todos os sabores” em Escorpio, Talvez (acreditava Rose), ele não tivesse aberto a boca a viagem inteira.


Eles estavam à porta da Gemialidades Weasley, havia uma placa grande com textura e cor de pergaminho amassado, nas vitrines. A placa da vitrine esquerda estava vazia a da direita estava escrito “VC – Vídeo Cartas: Agora você vê”. Rose não entendeu, olhou para os outros ao seu lado. Todos faziam a mesma cara de “ué?”, exceto Hugo... Pareceu a todos extremamente estranho que alguém pudesse ter entendido aquilo, afinal, não fazia sentido algum, mas por incrível que pareça, Hugo realmente havia entendido.


-Ele terminou! – disse Hugo, tão terrivelmente feliz e maravilhado. Dizendo isso seguiu para dentro da loja.


-Terminou o que? Hugo espera! Espera aí... -falou Rose num tom que era abismado curioso e também impaciente (como na maioria das vezes), seguindo o irmão. Quando todos entraram na loja, Hugo já estava ao lado do tio Jorge e do primo Fred, que ganhou tal nome como uma homenagem a Fred Weasley, irmão gêmeo de seu pai. Fred tinha quinze anos, era filho mais novo de Jorge e Angelina e tirando a altura (era mais baixo) ele era a cópia de seu pai quando jovem. Na mão de Jorge estava novamente a placa com textura de pergaminho amarrotado. Então de trás de uma das fileiras dos produtos Weasley surgiu uma garota extremamente bela. Ela tinha os cabelos ruivos uniformemente encaracolados, olhos negros como ébano e pele muito branca com apenas umas sardinhas nas maçãs do rosto, ela usava um laço-fita vermelho nos cabelos e sorriu ao ver quem havia entrado na loja.


-Rô?- disse a garota. Com o sorriso largo.


-Roxy! –Respondeu Rose sorrindo como a garota que, correu para cumprimentar todos. Abraçou primeiro Rose – Ah! É tão bom te ver. Não esperava encontrar você aqui!


- É ótimo ver todos vocês também- Disse a garota após cumprimentar todos. Roxanne tinha dezesseis anos e era filha mais velha de Jorge e Angelina. Roxy (como era chamada) era artilheira no time de quadribol da Grifinória, monitora e segunda garota mais bonita de toda Hogwarts- E... Nem eu esperava... Encontrar vocês, não eu, quer dizer...aah! Vocês me entenderam.


Todos riram. Esse era o, aparentemente, único defeito de Roxy, muito atrapalhada em tudo, exceto no quadribol, onde na verdade isso lhe ajudava muito.  E, na verdade, era o que a diferenciava das outras meninas.


-Então vocês não vão entrar?- perguntou Roxy.


-Mas, já estamos aqui dentro – respondeu Tiago.


- Ah, é – enquanto todos riam, Roxy suspirou e fechou os olhos.


- Bom, Gina e eu vamos falar com os tios de vocês. Só não se percam por aí ok?! – disse Hermione – onde eles estão querida?- perguntou Hermione á Roxy.


-Mamãe está no balcão e papai na fileira ao lado – Disse Roxy e ao referir-se ao pai, apontou por cima do ombro a fileira da direita.


- Obrigada – agradeceu Hermione.


-Quanto a vocês – disse Gina olhando para os filhos, severa, continuava brava com o “acidente” com o relógio- É melhor pensarem bem antes de fazer alguma coisa. Porque vocês não ficariam apenas sem o presente de natal. Principalmente vocês dois, Alvo e Tiago. Vocês não gostariam de ficar em casa por um semestre inteiro. Vocês me entenderam?!- Tiago, Alvo e Lílian concordaram com a cabeça, estavam com os olhos arregalados e suando frio de medo- Ótimo- E dizendo isso, seguiu Hermione.


 

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