Porque Comigo?



Por que ele fazia isso com ela? Por quê? Ele simplesmente saía agarrando as outras na frente dela! Ela sentia ciúmes dele, mas era de amigo. Ou não? Foi quando ela o viu. Agarrando uma loira aguada e provavelmente nem sabia o nome da garota. Isso a fez olha-lo com repugnância, desgosto. Odiava o jeito dele. Odiava ele. E ela correu. Por que ele tinha que olhar pra ela como amiga? Justo pra ela? A única que gostava dele de verdade? Ela não pode evitar as lagrimas. E se odiou mais ainda por isso. Quando viu, já estava nos jardins. Sentou-se embaixo de um carvalho, abraçando seus joelhos e encostou sua cabeça neles. Não podiam vê-la chorar, não podiam.


- Lene? – NÃO!!!


Ela olhou pra trás. Era Lily. Graças a Merlin.


- Oi Lily.


- Você ta chorando?? Por Merlin4, o que houve? – Lily perguntou preocupada.


- É que... – Foi quando ela olhou para o lado a alguns metros de distancia estava um James um tanto confuso olhando para elas. Olhou então para a porta do castelo e lá estava ele, com toda a sua glória indo na direção de James. – Depois eu explico! – Ela saiu correndo na direção contraria a porta. Foi então que Lily olhou na direção que ela estava olhando e viu Sirius. A garota foi a passos fortes em direção a ele.


- O QUE VOCÊ FEZ PRA ELA SIRIUS BLACK?


- Pra quem? Fiz o que? – Sirius olhou para a ruiva raivosa a sua frente.


- NÃO SE FAÇA DE DESENTEDIDO SIRIUS BLACK! PARA A MARLENE É ÓBVIO! – Lily apontou na direção em que Lene havia ido correndo.


- A Lene? Mas o que... – Ele não terminou de falar, saiu correndo na direção que Lily havia apontado, a ultima cruzou os braços e marchou em direção a James.


- Eu realmente não entendo esses dois! Se amam, mas não assumem! – Lily falou para James.


- Parece alguém que eu conheço. – James olhou divertido para a ruiva ao seu lado.


- O que você... Ah James! Você tam... – Mas foi calada por um beijo do maroto.


 


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Ok, ele não havia entendido NADA. Por que Lily havia dito que ele havia feito algo para Lene? Por quê? E o que Meu Merlin, ele havia feito? Foi quando ele a viu. Sentada em uma poltrona do Salão Comunal e virada para ele, olhando-o com desgosto.  Odiou vê-la olhando para ele assim, era sua melhor amiga e ele ODIAVA quando ela ficava braba com ele, era horrível.


- Por que você precisa ser tão ridículo? Por que você tem que tratar as garotas como se elas fossem simples objetos? São tantos por quês, que eu aposto que você não consegue responder nem metade deles não é Black?


- Só um minuto Marlene! O que eu te fiz pra você me tratar desse jeito? Que eu me lembre eu nem tinha te visto hoje até agora!


- Pois é. Você não me viu, mas eu te vi. Vi você agarrando uma loira oxigenada que provavelmente você nem sabia o nome! – Marlene olhava o garoto a sua frente com desgosto.


- Em primeiro lugar: eu sabia o nome dela sim, era... era... Ah! Não interessa! Em segundo lugar: desde quando eu te devo explicação de quem eu fico ou deixo de ficar? – Sirius olhava para ela estupefato. Ela não tinha motivo de ficar braba. Ou tinha?


- DESDE QUE EU TE AMO! – Lene chorava.


- O q...? – Sirius só a viu subir correndo para seu dormitório.


 


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Por que ela havia dito a ele que o amava? Como ela era burra! Ele não ia nem dar bola pra ela mesmo! OK! Agora ela havia se decidido. Não iria mais chorar por ele, o que iria fazer? Desprezá-lo e ignorá-lo. Desceu do dormitório com outra cara, e viu direto quem menos queria ver: Sirius Black.


- Olha só quem está aqui... Black! – Ela o olhou com mais desprezo do que da outra vez, virou-se e foi se encaminhando com passos decididos para a porta quando sentiu uma mão segurando seu braço firmemente. Ela se virou, olhou para ele, Sirius olhava no fundo dos olhos dela, seus rostos a milímetros de distância, ela conseguia sentir a respiração dele e ele a dela. – O que você quer Black?


- Somente que você me explique quando, onde e como isso aconteceu, porque eu não estou entendendo nada! – Disse ele, olhando para ela.


- É difícil não entender nada não é? Eu também sofri por isso e tenho certeza que muito mais vezes do que você, agora, se você quer entender alguma coisa, lembre-se do que passamos juntos e conseguirá notar quando eu comecei a te olhar diferente. - Ela tirou seu braço da mão dele, se virou e saiu da Sala Comunal.


 


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Dias se passaram e Sirius não conseguia definir quando ela havia começado a amar ele, e embora Lupin e James soubessem, não queriam contar a ele. Nesse meio tempo, Lene havia parado de falar com ele, e se falava, era apenas para dar cortes e chama-lo de Black, e ele sofria muito com isso. Lily também não falava com ele, e sabia o que Lene querera dizer com aquilo. Das garotas, a única que falava com ele era Alice, namorada de Frank. Nem mesmo Annie queria falar com ele, e isso que ela sempre fora muito amiga dele. Mas tudo se esclareceu no almoço daquela manhã, talvez não tudo, mas a maioria das coisas.


- Oi Sirius! – Disse Alice olhando para ele, implorando com os olhos que ele quebrasse o silêncio que se instalara naquela mesa, ele olhou para os marotos, nenhum deles falava nada, apenas brincava com a comida, então olhou para as garotas, e notou que elas somente encaravam o prato vazio. Foi quando Sirius se lembrou de outra manhã, onde o motivo do silêncio era James e não ele, e onde quem implorara com os olhos para que quebrassem o silêncio fora Lene, e não Alice.


 


-FLASHBACK ON-


 


James chega ao Salão com um sorriso maroto no rosto, olhando para a cabeleira ruiva a frente de Sirius mas quando chega perto da mesa, seu sorriso desaparece ao notar o silêncio ali naquela mesa, Lene olha para cima e o vê, ela diz:


- Oi James! – Ela implorava com os olhos para que James quebrasse o silêncio dali, e ele entende o recado.


- Olá Lene, Almofadinhas, Annie, Aluado, Alice, Frank e Rabicho! E olá meu Lírio!


- Quantas vezes eu tenho que te falar que pra você não é Lily, Anjo Ruivo, Lírio e etc. Eu NÃO sou sua! Pra você é Evans, Potter! – Disse Lily ficando mais vermelha que seus cabelos, mas Sirius pôde notar que não era de vergonha, e sim de raiva.


- Ora minha ruivinha, diga logo que você A-DO-RA quando eu te chamo pelos meus apelidos carinhosos?


- CALA A BOCA!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! EU TE ODEIO PÓTTER!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! SEU PREPOTENTE, IMBECIL, GALINHA, ORGULHOSO, E TANTAS OUTRAS COISAS RUINS!!! – Lily dissera aquilo e saíra a passos largos do Salão, com James atrás dela, gritando para que voltasse e repetindo os milhares de “Te amos” que lê dizia diariamente. Lene então olhara para ele com uma expressão diferente no rosto, uma expressão que ele nunca vira nela antes, e que ele não entendera.


 


-FLASHBACK OFF-


 


Naquela hora, ele não entendera o que aquela expressão queria dizer, mas agora ele entendia perfeitamente. Teria sido ali que ela começara a amar ele? Ou ela já vinha construindo esse sentimento através dos anos? Ele pisara na bola, e sabia que tudo que ela falava dele era verdade. Ele era orgulhoso, idiota, se achava, e, acima de tudo, era um galinha que poderia a fazer sofrer, e muito.


- Olá Lene, Lily, Annie, Pontas, Aluado, Rabicho, Frank e Alice! Que lindo dia não? – Perguntou ele com um sorriso no rosto.


- Não! Estava um lindo dia, mas aí você chegou para estragar ele. Me chame de MCKINNON e não de Lene, Black! – Ela se virou e fez a mesma coisa que Lily fizera a um ano atrás, saíra com passos largos do Salão, e ele fez a mesma coisa que James fizera naquela mesma ocasião, saíra correndo atrás dela (só sem dizer milhares de “Te amos”) e só a alcançou quando ela chegou à Torre de Astronomia. – O que você quer Black? – Disse ela sem nem ao menos se virar para ele.


- Eu vim lhe dizer que eu já sei mais ou menos quando você começou a me olhar diferente. – Falou ele, rezando para que ela se virasse para ele, mas a única coisa que ela fez foi abaixar a cabeça, já que antes olhava para o infinito de uma das janelas e agora olhava para o jardim lá embaixo no castelo.


- Eu sofri muito, sabe? Afinal, eu, Lily, Annie e Alice éramos as únicas que você olhava somente como amigas. Quando eu te via beijando uma garota, ou quando você falava comigo sobre uma garota que você havia ficado, eu sentia um aperto no coração, mas eu sofria principalmente quando eu via uma garota chorando por sua causa. Porque eu sabia que se eu ficasse com você, namorasse com você ou qualquer outra coisa assim, eu seria a ficaria daquele jeito, e eu não queria que a nossa amizade terminasse, então eu tentava agir normalmente com você e tentava convencer a mim mesma que eu não te amava. E pelo que você viu, não funcionou, não é? A resposta que eu te dei sobre a sua pergunta, não era bem uma resposta, era mais uma pergunta pra mim mesma, porque nem eu sei a resposta. – Ela se virou e ainda de cabeça baixa foi indo em direção a porta, mas, mais uma vez, ele a segurou pelo braço com suas mãos fortes e a virou.


Seus rostos a milímetros de distância mais uma vez, suas respirações descompassadas, ele olhando nos olhos dela e ela nos olhos dele, mas, dessa vez, ela não falou e nem perguntou nada a ele, que por sua vez, desviou o olhar para a boca dela, uma coisa que ela sempre desejou que ele fizesse mas que agora estava tão nervosa que nem havia notado, e quando notou, já era tarde demais, ele chegou mais perto dela e a beijou. Um beijo calmo, apaixonado onde seus corpos e bocas se encaixavam perfeitamente. Ela entreabriu os lábios, dando passagem a ele. Ele segurou a cintura dela e ela enlaçou os braços em seu pescoço, aproximando-os.


Tudo o que ela havia sonhado tantas vezes acontecera mais uma vez, mas não era sonho, o que fez um sorriso escapar de seus lábios, fazendo Sirius abrir os olhos sorrindo e se distanciar um pouco e perguntar:


- O que houve? – Disse ele com um sorriso maroto.


- Nada, só um sonho. – Respondeu ela, o beijando novamente e sentindo um turbilhão de sentimentos dentro dela que ela não podia definir, ela sentia o batimento do coração dele, mais acelerado do que nunca havia sentido, e então ela entendeu que ele sentia o mesmo que ela, mas antes de terminar seu raciocínio, Sirius se distanciou um pouco, mas tão pouco que seus narizes ainda se encostavam e disse:


- Eu te amo.


- Eu também te amo. – Disse ela, no que ele a puxou para outro beijo muito menos calmo do que da outra vez. Ele a apertou ainda mais, como se tivesse medo de que ela fugisse, e ela o acalmou. – Eu nunca, nunca vou te deixar se você jurar não me deixar também.


- Eu esqueci de te contar uma coisa. – Disse ele.


- O que? – Perguntou ela curiosa olhando para ele com um olhar que o enlouqueceu assim como em tantas outras vezes.


- Antes, eu não fazia a mínima idéia do que era isso, eu jurei pra mim mesmo que não era amor. Você me enlouquece com um simples olhar e agora eu notei como eu estava errado. – Ela sorriu e ele a puxou para mais um beijo sem notar que seis pessoas surgiam pela porta sorrindo e que todas cochicharam ao mesmo tempo:


- Eu sempre soube!


E ainda sem notar, ele se abaixou, pegou a mão dela, a beijou e disse:


- Quer namorar comigo Marlen McKinnon? – Ela sorriu e ele se levantou, o beijou e disse:


- É claro que sim!


- AAAAAAAAAAAAAHHHHHHHHHHHH!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! – Eles se viraram e finalmente viram os seis ali, as três garotas com lágrimas nos olhos e sorrindo, assim como Marlene e os três garotos sorrindo assim como Sirius. Os seis vieram cumprimenta-los e Sirius beijou Lene dizendo:


- Eu prometo que nunca vou te abandonar.


Afinal, por que com eles?
 
 

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