Pós-aula
Quando dormiu, Hermione sonhou com Ron. Sonho com o mesmo encontrão na  porta. Só que numa versão um pouco mais agradável. Ele dizia "Desculpe!"  e sorria e não "Não olha por onde anda?". E ainda por cima a convidava  para almoçar. Estavam tão felizes na mesa, parecia que se conheciam a  séculos. No momento em que Ron ia aproximar o rosto de Hermione para o  seu, ela acordou.
– O que deu em mim? – colocou a mão na testa – Estou ficando louca?!
Tentou  dormir. Na verdade, tentou voltar para o mesmo sonho, só que no lugar  da cantina do colégio, ela via um depósito. E no lugar de Ronald, ela  via Vítor. E Gina. Eles zombavam enquanto ela chorava em pânico e corria  pela escola; todos a apontavam e riam.
Quando despertou, de um pulo, viu que realmente estava chorando.
– Não, Hermione, pelo seu próprio bem, não se apaixone pelo novato! – disse sua consciência.
–  Cale-se! Nem todos são iguais! Hermione, me ouça – seu coração começava  a argumentar – Você é jovem, bonita e inteligente. E se ele gostar de  você também?
– Ô, ô! Não me venha com "também". Eu não gosto dele, não o conheço – retrucou a parte racional.
– Aham, sei. Por que sonhou com ele então?
–  Já chega! Não cometerei o erro de me apaixonar novamente. Estou muito  feliz sozinha – agora foi a vez da Hermione em carne e osso dar a sua  sentença.
A apenas duas quadras dali, Ron também não dormia.
– Cara, por  que eu não paro de pensar naquela garota? Ela é bonita e tal... Parece  ser bem nerd. Mas é bonita. E atraente. O que estou dizendo?! –  monologava – Tô parecendo aquelas pessoas de filme, quando se apaix...  Hahahahaha, não, isso não existe, bobagem. Se o amor fosse tão bom e  real quanto dizem, meus pais morariam sob o mesmo teto.
Amarrou a cara, virou-se, fechou os olhos e esvaziou a mente.
 
                    
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