De onde parou



4 – De onde parou


 


 


- Oi! Espionando? – Dizia uma voz conhecida.


 


- Não, eu ... eu só estava passando.


 


- Não tente me enganar, assim você insulta minha inteligência.


 


- Tudo bem! Eu só queria vê-lo.


 


- Eu sei! Hermione você precisa falar com ele.


 


- Nós já falamos sobre tudo o que tinha que ser falado.


 


- Oras por favor, sei que tem muito mais a ser dito.


 


- Desculpe,mas será que você poderia ficar mais alguns instantes aqui, antes de entrar lá?


 


- Claro o tempo que você precisar, somos amigos ou não?


 


- Obrigado!


 


...


 


*Flashback*


 


Nada que eu pudesse dizer melhoraria o fato de que Rony estava muito sério. Poderia dar um chute e fazer um belo gol, de como ele estava descontente com a ligação do meu primo. Andamos sem falar muita coisa durante um tempo, não que eu tivesse que explicar nada, mas acabei contando a historia toda pra ele, sobre meu primo e eu, ele escutou com atenção e a expressão dele não melhorou muito. Não sabia que ele era ciumento ao extremo assim, aliás, não sabia muito sobre ele, sem saber mais o que fazer optei de repente por perguntas e respostas breves.


 


- Já é tarde! Será que Gina e Harry vão demorar? – tentei.


 


- Não sei. – ele respondeu.


 


- Está com fome? – perguntou


 


- Acho melhor esperarmos por eles.


 


- Está com sede? – tentou.


 


- Sim.


 


Ele seguiu rapidamente até uma barraquinha mais próxima. E quanto a mim? Bem, fiquei tentando bolar um plano na minha cabecinha genial, de como poderia melhorar as coisas naquele momento, já que meu priminho querido tinha quebrado o momento mais incrível em muito tempo, com um cara simplesmente lindo ... e ... chega! Voltando ao plano. Olhei ele vindo em minha direção com os refrigerantes.


 


Minha mente estava trabalhando furiosamente para quebrar aquele clima silencioso. Pensava em mil coisas e nada ao mesmo tempo, me surgiram idéias loucas e algumas bem idiotas, mas nenhuma que realmente valesse a pena. Suspirei. Ele se aproximando, me entregou o refrigerante e se sentou ao meu lado.


 


Silêncio. Mais silêncio. Já comentei que odeio silêncio?!


 


- Está ficando tarde, né?! – frase idiota, se está escurecendo é lógico que está ficando tarde.


 


- É. – a conclusão só levou a minha confirmação.


 


Vimos Harry e Gina vindo em nossa direção, estavam felizes como a muito não se via. Naquele momento isso era um bom sinal, pelo menos não ficaria tudo no mais absoluto silêncio.


 


- Qual é o motivo de tanta felicidade? – Rony logo indagou.


 


- Amei esse parque! Adoro os trouxas! – disse Gina empolgada.


 


- Então vocês se divertiram? – perguntei rindo, conclusão obvia já que eles estavam que era só sorrisos.


 


- Claro, esse parque é o máximo.


 


- Então podemos ir? – perguntou Rony, porque será que ele estava de repente com tanta pressa, me encolhi, só poderia ser uma coisa: Eu definitivamente estava sendo uma péssima companhia. Não deu tempo de continuar colocando caraminholas na cabeça.


 


- Claro, eu só queria ir ao banheiro bem rapidinho. – Gina respondeu e me puxou com ela, saímos à procura do banheiro.


 


No caminho ela não parava de tagarelar sobre os brinquedos e como havia se divertido. Deixei-a falar a vontade e não parei de pensar no que o Rony estaria conversando com Harry, realmente, agora tinha provas de que estava ficando obsessiva em relação a ele.


 


- Mione? Oi planeta Terra chamando!


 


- Oi ... oi ... er, desculpa estava pensando ...


 


- No meu irmão. Percebi. – Gina foi rápida e direta.


 


- Não ... eu ... eu, não é nada disso. – tentei, mas falhei, minha gagueira me denunciou.


 


- Não precisava mentir pra mim, sou sua amiga. Diga, como foi? Se divertiu?


 


- Bem, sim, até a ligação do meu primo.


 


- Seu primo, mas o que isso tem haver ... – ela franziu a testa confusa. Mas concluiu rápido. – Já sei. Rony ficou com ciúmes?


 


- Não sei bem, mas acho que as coisas meio que não fluíram depois da ligação.


 


- Bem, o que eu posso dizer. Ele é assim mesmo, deixa pra lá, isso vai melhorar assim que ele conhecer seu primo.


 


- Assim espero. – era estranho como eu de repente precisava da aprovação de alguém que eu mal conhecia. Tá certo, conhecia “há séculos”, mas não me lembrava. Me assustei!


 


Era difícil imaginar o que ele poderia estar pensando, mas me conformei e acho que no fundo Gina tinha razão, era questão de uma apresentação, claro depois Rony iria ficar mais tranqüilo. A questão é: Por que eu estava tão preocupada?


 


Enfim achamos o banheiro, entramos e depois de sairmos fomos a procura deles. Então, concluímos juntos que a melhor coisa a se fazer era ir embora. Seguimos caminho até minha casa. Gina a “traidora”, alegou que estava cansada e pediu a Harry para ir com ela pra Toca e eu fiquei com Rony, não sozinha, mas quase. Os aurores estavam no carro de trás e nós no táxi da frente, já era tarde.


 


O trajeto até minha casa foi o mais silencioso possível. Rony não abriu a boca, e eu o imitei. Chegamos! Desci e ele me acompanhou até a porta. Mais silêncio. Nossa como isso me incomodava, mas achei melhor não tentar nada, além do que sairia um completo fiasco, já que eu estava muito nervosa.


 


- Então é isso! Chegamos! – que coisa mais obvia pra se dizer Hermione. Suspirei baixinho.


 


- Sim! Chegamos! – conclusão obvia também.


 


- Me diverti muito hoje. – que coisa clichê, isso está mais pra filme.


 


- Que bom que se divertiu. – ele disse sério, mas gentil.


 


- Então vou entrar. – o que eu realmente esperava, nem eu sei coloquei a mão na maçaneta da porta. Recuei me virei e foi super espontâneo e eu precisava fazer isso. Dei um beijo estalado na bochecha dele. – Boa noite. – fechei com chave de ouro, não, mas quase que de ouro, estava mais pra bronze.


 


Acho que ele ficou congelado. Talvez não estivesse esperando essa reação impetuosa da minha parte, observei pela janela, ele parecia meio tonto ao voltar para o carro.


 


- Espionando quem? – uma voz atrás de mim.


 


- Ninguém mãe.


 


- Sei ... vou fingir que acredito. Eu vi tudo. – ela deu um sorrisinho.


 


- Ah mãe! Poxa!


 


- O que foi querida?


 


- Espionar sua filha, não é legal, e se a gente tivesse ... – quase saiu.


 


- Tivesse o que?


 


- Você sabe!


 


- Não, não sei ... – ela queria me fazer falar.


 


- Se tivesse sido um beijo mais, digamos, mais, mais caloroso. – essa definitivamente foi péssima. Também minha mãe queria o quê? fica me interrogando a altas horas da noite, nem tão altas assim, mas mesmo assim, pô ela me colocou “contra a parede”, estava acuada foi a melhor explicação que eu consegui dar.


 


Ela caiu no sofá e começou a rir. No fundo eu já esperava essa reação dela, mas não queria parecer mais ridícula do que já estava me sentindo.


 


Minha mãe é um amor de pessoa, mas quando ela tira o dia pra zuar alguém, sai debaixo, mas também eu até a entendia,com o estresse do dia a dia, ela precisava descontrair, mas poxa vida, logo comigo!? E logo hoje?!


 


- Pára mãe, não tem graça.


 


- Caloroso ... – voltou a rir, já estava chorando te tanto rir.


 


- Pára, não estou achando a menor graça, ouviu. – inútil ela riu mais ainda da minha expressão.


 


Eu já tinha desistido, comecei a andar a fim de chegar rápido no meu quarto. Aí ouvi: – Calma, querida, querida, vem aqui.


 


Parei, pensei mil vezes, andei até ela.


 


- Eu sei o que você quis dizer, desculpe, mas você tem que admitir que foi hilária sua explicação.


 


Continuei séria. Não tinha a menor graça pra mim.


 


- Tudo bem. Acho que parece ser tudo uma novidade pra você. Você e o Rony já se beijaram calorosamente tantas vezes ... ela fez que ia rir. - ... desculpe, não resisti. Mas é novo pra você agora, e pra ele lidar com isso é novo também, mas filha deixa acontecer, o que tiver de ser será, acho que vocês dois estão muito nervosos, então, meu conselho é: seja natural, aja naturalmente e tudo vai fluir no seu devido tempo.


 


- Tá bom mãe ... é que às vezes não sei o que fazer ou o que dizer. Não lembrar das coisas dos detalhes, me deixa nervosa e ... – minha cabeça estava uma confusão só, as palavras surgiam e eu tentei me explicar como podia.


 


- Calma, tudo vai se resolver, só precisa de um tempo e ir com calma. É tudo novo agora, mas com o tempo você vai lembrar das coisas e vai ficar tudo bem.


 


- Espero. – inspirei lentamente. Meu corpo pedia descanso e minha mente que trabalhava em ritmo acelerado teimava comigo.


 


Entrei no quarto, vi minha cama e cai nela. Agora não queria pensar em mais nada. Queria me esvaziar de qualquer pensamento, e apenas adormecer.


 


*Fim do Flashback*


 


...


 


 


- Eu preciso ir agora.


 


- Tudo bem, foi bom falar com você. – inspirei. – Er ... posso te pedir um pequeno favorzinho?


 


- Claro! Pode falar!


 


- Não conte a ninguém que eu estou aqui, porque você sabe que tudo já está um tanto complicado ... e ... bem não quero complicar ainda mais.


 


- Ok! Mas, você sabe que no fundo, os dois precisam resolver isso. – ele suspirou. – É um assunto mal resolvido. E você sabe que quando alguém tem um assunto mal resolvido, sente um enorme desconforto, uma dor até conseguir resolvê-lo. Sei que você quer ignorar o que aconteceu, mas não está obtendo sucesso, e a prova do que estou falando é isso: Você aqui admirando o amor da sua vida sem poder falar com ele.


 


- Não há mais nada a ser dito. – era horrível não poder falar com ele, abraçá-lo, dava um aperto no coração, mas tudo que me restou foi: ficar admirando-o.


 


- Todos temos uma escolha. Você pode escolher: Passar o resto da vida feliz ao lado da pessoa que ama ou ficar olhando a pessoa que você ama ser feliz com um outro alguém. Faça a sua escolha, ainda dá tempo.


 


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N/A: Olá leitores!!


 


Depois do ultimo capitulo percebi que faltava alguma coisinha, um pequeno detalhe. Então Vamos fazer as apresentações: Viviane minha beta, leitores. Leitores, Viviane. Bom, agora sim!! Ela vai ficar com a gente até o final da fic, pelo menos eu acho, se ela quiser é claro. =D Mas, no fundo eu espero que sim! Ih, acho que me enrolei, rsrsrsrs. Mas é isso! Vamos ao capítulo. Ai achei tão fofinho! Rony é lindo! Claro que o ciúmes dele não ajuda em nada, mas é lindo ver ele esperar a memória dela voltar, não sei se ele vai resistir aos encantos da Mione, rsrsrsrs. Ou melhor se ela vai resistir ao encantos dele. Hum ... sei não. Ela fica nervosa a simples menção do nome do ruivo. Tadinha, ela precisa de um tempinho, talvez antes do que pensamos as lembranças voltem. Vamos torcer!!! Galera vou ficando por aqui! Espero que vcs curtam mais um capítulo. Viviane é com vc agora!!!


 


Fui ... até o próximo


 


 


N/B: Hello peoples!


Nossa q capítulo mais fofo!


Mas o Rony tinha q ficar com ciúmes?


Adorei o beijo q a Mione deu no Rony,tudo bem q foi na bochecha,mas é assim q tudo começa!


Espero q o Rony realmente deixe o ciúmes de lado ao conhecer o primo da Hermione...


Então é isso pessoal,vamos torcer mto pelos dois,e comentar bastante pra Bells ficar contente!


E se depender de mim Bells,essa fic vai ser betada por mim até o final!


Bjos


 

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