A mansão da família Granger




Edward abriu o porta-malas do carro e colocou as malas lá dentro, depois pôs as gaiolas de bichento e Edwiges no banco de trás.


- Mas então conte Hermione – continuou logo depois – Como foi o seu semestre letivo?


- Muito bom! – respondeu suspirando pesadamente – O único problema é saber que não vou mais voltar para Hogwarts, adorava aquele lugar.


- Não se preocupe com isso, logo você vai começar a trabalhar e nem vai ter tempo de sentir falta - confortou – Além disso, vai passar mais tempo em casa.


- Tem razão! – concordou rindo levemente – Mas agora me diga: Por que os meus pais não vieram me buscar? Na última carta que eles me mandaram, disseram que não viam a hora de eu chegar em casa.


- E isso é verdade – balançou a cabeça afirmativamente – Mas é que eles ficaram organizando tudo para a chegada de vocês e não tiveram tempo de vir até aqui.


- Entendo! – concordou.


- Então o que acham de irmos logo – Harry sugeriu – Tenho certeza de que o senhor e a senhora Granger vão ficar muito felizes com isso.


- Verdade! – a morena disse – E eu estou cansada, foi uma longa viagem.


Entraram no veiculo e logo estavam saindo do estacionamento da estação King Croos.


Passaram por várias ruas antes de pegarem a estrada que sai da cidade.


- Pensei que você morasse em Londres! – o de olhos verdes falou enquanto olhava pela janela achando tudo isso muito estranho – Para onde estamos indo?


- Para a minha casa! – respondeu como se fosse a coisa mais óbvia do mundo – Ela fica um pouco distante do resto da cidade.


- Certo! – balançou a cabeça afirmativamente.


- Não se preocupe, nós já estamos chegando! – o homem disse sem retirar os olhos da estrada a sua frente.


Foi então que Hermione deitou a cabeça no ombro do amigo, em seguida, segurou a mão dele e permaneceu dessa maneira por alguns minutos.


- Mione! – sussurrou perto do ouvido dela – O que você está fazendo?


- Precisamos agir como um casal apaixonado – explicou com o mesmo tom de voz – Essa é a melhor maneira. Não acha?


- Acho sim! – suspirou levemente enquanto se ajeitava e ficava mais perto da garota.


- Vocês ainda não me contaram como foi que começaram a namorar – Edward disse de repente – Adoraria ouvir essa história.


Os dois morenos se entreolharam sem saber o que fariam naquele momento.


- Deixa que eu resolvo isso – ela disse rapidamente.


Harry balançou a cabeça afirmativamente parecendo bastante curioso para saber o que a amiga iria falar.


- Foi um pouco antes de acabarmos o sexto ano – continuou – Estávamos no meio de uma grande guerra e todos nós corríamos perigo, mas ele não se importou e disse que queria ficar comigo o resto da vida, mesmo que ela acabasse amanhã.


- Mas que história linda! – o homem parecia estar se segurando para não começar a chorar – Vocês merecem ser muito felizes por tudo que tiveram que passar, e eu tenho certeza de que serão.


- Obrigada! – a menina agradeceu.


- Foi uma ótima história! – o moreno disse logo depois – De onde você tirou?


- Acabei de inventar! – explicou rindo levemente – Simplesmente pensei e disse.


- Você deveria ser escritora! – observou.


- Também não precisa exagerar – respondeu – De qualquer maneira, se meus pais perguntarem alguma coisa, contaremos a mesma história.


- Certo! – concordou – Acho que já está na hora de fingirmos esse namoro um pouco melhor, afinal, treinamos tanto.


- Você está falando sério? – o olhou chocada e com o rosto extremamente vermelho – Eu fico com vergonha, Edward é quase o meu segundo pai.


- Vamos ter que fazer isso na frente dos seus pais – lembrou – Assim já vamos nos preparando.


- Está bem! – concordou enquanto ia se aproximando dele lentamente.


Hermione tinha a intenção de dar somente um selinho naquele momento, mas o garoto acabou fazendo com que ela aprofundasse o beijo. Sem saída, apenas curtiu o momento, era como se não houvesse mais mundo em volta deles. Edward, que observava tudo pelo espelho retrovisor, apenas riu levemente, era muito bom ver um casal tão apaixonado quanto aquele.


Mais meia hora se passou até que eles passaram por um grande portão preto. Então, avistaram uma casa de dois andares que aparentava ter cerca de vinte quartos, Harry se espantou.


- Que casa grande! – observou sem deixar de olhar para o local – Você mora ali Mione?


- É claro que não! – riu levemente – Eu moro ali.


Quando viu para onde a amiga estava apontado tomou um susto maior ainda. A casa era o dobro do tamanho da outra.


- Por que você nunca me disse que tinha tanto dinheiro assim? – perguntou ainda de boca aberta.


- Você nunca me perguntou! – explicou simplesmente enquanto saltava do carro – Além disso, nunca quis que vocês achassem que eu era metida a besta só por causa do meu dinheiro.


- Acho que eu te entendo! – concordou balançando a cabeça.


- Vocês podem entrar! – o homem falou quando os viu parado – Eu levo as suas bagagens.


- Certo! – Hermione concordou – Vamos Harry!


Subiram pela grande escadaria antes de entrar pela porta principal, os levou a uma grande sala.


- Onde estão os seus pais? – o de olhos verdes perguntou observando o local vazio.


Ela nem precisou responder, logo viram o casal descendo as escadas.


- Hermione minha filha – a mulher disse sorrindo feliz ao vê-los – Que saudades de você.


- Olá mamãe! Olá papai! – os abraçou – É muito bom vê-los.


- Ainda bem que esse era o seu último ano! – o senhor Granger observou – Ou não te deixaria voltar em setembro.


- Pai! – a morena o reprimiu.


- Você sabe que ele está só brincando – a mãe riu levemente – Mas então, não vai nós apresentar ao seu namorado.


- É mesmo! – parecia ter se lembrado naquele momento – Esse é Harry Potter.


- É muito bom conhecê-los senhor e senhora Granger! – cumprimentou os “sogros”.


Sentaram-se no sofá e ficaram conversando durante vários minutos. Até que uma mulher baixinha e de cabelos brancos saiu de onde parecia ser a cozinha.


- Senhora Granger! – ela disse se aproximando – O lanche que a senhora mandou preparar já está pronto.


- Está bem! – balançou a cabeça afirmativamente enquanto se levantava – Espero que estejam com fome. Pedi para fazerem um lanche simples.


- É claro que estamos com fome! – a garota respondeu – O carrinho de comida passou muito cedo na nossa cabine e não compramos muitas coisas.


Foram até a sala de jantar onde tinha uma mesa toda arrumada e cheia de comida.


- Um pequeno lanche? – o garoto comentou com a amiga.


- Acho que a minha mãe exagerou um pouco! – riu levemente.


Fizeram a refeição rapidamente e depois continuaram conversando.


- Eu estou com um pouco de sono! – Hermione disse levantando o braço para se esticar – Acho que já vou para o meu quarto.


- Eu também vou! – o de olhos verdes se levantou junto com ela – Foi um dia muito cansativo.


- As coisas de vocês já estão lá em cima! – a senhora Granger falou logo depois.


- Hermione mostre ao Harry onde ele vai dormir! – o homem virou-se para a filha que balançou a cabeça afirmativamente (o garoto percebeu que ela estava ligeiramente vermelha).


Foram em direção a escada que os levava ao hall dos quartos, o local parecia que não tinha fim.


- Os seus pais são muito simpáticos – ele comentou sem parar de andar – Lembro-me de que os vi uma vez lá na Floreios e borrões, mas não tivemos oportunidade de conversar.


- Agora vocês terão bastante tempo para conversarem e se conhecerem! –lembrou – Afinal, você vai passar o verão inteiro aqui em casa.


- É mesmo! – concordou – Mas pelo menos, pelo que já conversamos, seus pais parecem terem me aprovado como seu namorado.


- Ainda bem! – riu levemente – Ou teríamos que fugir juntos.


A morena parou em frente a uma porta de madeira que era exatamente igual a todas as outras.


- Bem! – começou parecendo um pouco receosa – Esse daqui é o meu quarto.


- Certo! – balançou a cabeça afirmativamente – E onde é que eu vou dormir?


- Sabe o que é Harry! – ficou encarando os próprios pés – Você vai dormir aqui comigo.


- Mas por quê? – espantou-se – Seus pais não deveriam confiar na gente dessa maneira, afinal nós somos “namorados”.


- Eles dizem que é melhor não reprimir esse tipo de coisa – explicou deixando um sorriso tímido no rosto – Pelo menos estamos seguros aqui em casa e não na rua.


- Nisso eu tenho que concordar com os seus pais! – balançou a cabeça afirmativamente.


- Quer dizer que você não se importa? – espantou-se nesse momento com a reação do amigo.


- É claro que não tem problema – respondeu – Afinal, somos amigos.


Entraram no quarto. Os dois puderam ver a grande cama de casal.


- Eu me esqueci de te contar esse pequeno detalhe! – Hermione parecia cada vez mais constrangida – Mas não se preocupe, eu posso conjurar um colchão, eu fico com ele e você com a cama.


- De maneira nenhuma! – disse rapidamente – Não posso deixar que você fique desconfortável.


- Você é a visita – continuou argumentando – Tem que ficar confortável.


- Então eu tenho uma idéia melhor – sugeriu – Por que nós dois não dormimos nessa cama. Ela é grande suficiente.


- Eu não queria incomodar – falou – Afinal de contas, você está nessa situação por minha causa.


- Somos amigos! – a encarava de braços cruzados – Eu não vou tentar te atacar durante a noite.


- Está bem! – riu levemente.


Trocaram de roupa e logo estavam dormindo profundamente.


Na manhã seguinte, Harry acordou com os primeiros raios de sol batendo na janela e indo diretamente para o seu olho. Percebeu que estava deitado de maneira transversal e que não havia ninguém ao seu lado, foi então que ouviu o barulho do chuveiro.


Resolveu levantar e começar a trocar de roupa. Já estava terminando de calçar o sapato quando a porta do banheiro se abriu e a garota saiu de lá de dentro já arrumada.


- Bom dia Harry! – se aproximou dele – Eu ia te acordar depois que saísse do banho, você me parecia tão cansado.


- Eu estava mesmo – concordou – Mas acho que já descansei bastante.


- Que bom! – sorriu – Vamos descer para tomar café?


- Claro! – concordou.


Quando chegaram a sala de jantar, os pais de Hermione já estavam no local e aparentavam já estavam terminando a refeição.


- Bom dia! – cumprimentaram o jovem “casal” ao mesmo tempo.


- Bom dia! – responderam da mesma maneira.


- Espero que passem um bom dia – a mulher falou enquanto se levantava da mesa juntamente com o marido – Já estamos indo para o trabalho.


- Certo! – a morena concordou começando a se servir.


- E o que pretendem fazer hoje o dia inteiro? – o senhor Granger perguntou.


- Desarrumar as nossas malas – ela explicou – E depois, talvez a gente vá nadar um pouco na piscina ou ver alguns filmes.


- Que maravilha! – a mãe sorriu para eles – Voltamos para o almoço. Juízo!


Esperaram o casal sair pela porta da frente. E voltaram as atenções para o que estavam fazendo anteriormente.


- Vamos terminar logo com isso! – ela disse rapidamente – Quanto antes terminarmos de arrumar as malas, poderemos usar o nosso tempo para nos divertimos.


- Concordo! – riu levemente.


Retiraram todas as roupas de dentro da mala e começaram a guardar dentro do armário, preferiam fazer isso da maneira trouxa para não levantarem suspeitas dentro de casa. Bichento e Edwiges observavam tudo em um outro canto do quarto.


- Sabe Mione! – Harry começou de repente – Sempre foi assim?


- Sempre o que? – não estava entendendo nada.


- Sempre ficou sozinha em casa? – explicou de uma maneira mais simples – Com os seus pais trabalhando o dia inteiro.


- Eles sempre costumavam trabalhar muito quando eu era pequena – respondeu – Mas eu não ficava sozinha, várias pessoas trabalham aqui casa e me fazem companhia.


- Mas não é a mesma coisa – observou – Quero dizer, isso não é a mesma coisa que a companhia dos seus pais.


- É verdade! – concordou – Mas eu nunca tive problemas com isso, minha infância foi perfeitamente normal.


- Sabe Mione! – suspirou enquanto se ajeitava melhor na cama – Quando eu era pequeno tentava conseguir a atenção dos meus tios de qualquer maneira, mas eles sempre fingiam que eu não existia e faziam tudo que o Duda queria. Sentia falta da figura dos meus pais na minha vida.


- Acho que sei como você se sente – balançou a cabeça afirmativamente – Meus pais me devam atenção e compravam tudo que eu queria, mas isso não compra amor e carinho.


O garoto foi totalmente pego de surpresa quando a amiga pulou em seus braços e o beijou profundamente. Então ouviu barulho da porta de abrindo.


- Desculpem interromper – Edward falou sorrindo enquanto os viu se afastar – Eu queria saber se você vai precisar que eu os leve a algum lugar hoje. Se não, seus pais disseram que eu posso tirar o dia de folga.


- Pode ir Edward! – respondeu- Vamos ficar por aqui hoje mesmo.


- Como queira senhorita Granger! – fez uma pequena reverência que lembrava um pouco um elfo doméstico – Até amanhã.


Depois que ele foi embora. Hermione se afastou do de olhos verdes e voltou a arrumar suas coisas sem ao menos encará-lo.


- Mione! – foi ele quem resolveu quebrar o silêncio constrangedor que havia se instalado naquele quarto – Pode me explicar por que fez aquilo?


- Eu sinto muito Harry! – foi tudo que ela disse – Foi a primeira coisa que eu pensei em fazer quando ouvi passos da alguém vindo para cá. Esse deveria existir um motivo para um casal estar trancado em um quarto.


- Acho que você tem razão quanto a isso – concordou com a cabeça.


Terminaram os seus afazeres em silêncio. Harry estava se sentindo um pouco desconfortável, por um momento pensou que garota estivesse mesmo apaixonada por ele, mas todas as suas esperanças haviam se acabado naquele momento e nem tinha idéia do porquê estava se sentindo daquela maneira.

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