capítulo 1




Capítulo Um




- Emme... Você entregou os convites da senhora Foster?... Pegou os cupcakes?... Lembrou de passar na casa da Lily pra me trazer a cinta? – eu balançava a cabeça a cada pergunta que a Dorcas fazia. - Emme, ta me escutando?


 Faltavam poucas horas pro casamento dela, e pode-se dizer que ela tinha enlouquecido (na falta de um adjetivo melhor, ou pior). Estávamos no salão desde a hora do café-da-manhã, e Dorcas tinha decidido fazer um casamento no final da tarde num jardim muito fofo perto de Upsire.


- Eu não acredito nisso, como assim elas estão murchando? – eu dei graças, porque ela agora gritava com alguém ao celular.


- Você vai ser a dama de honra, querida? – perguntou a manicure.


- Vou sim. - respondi envergonhada. Não era minha primeira vez fazendo isso se é que me entende.


- Bom, talvez dessa vez possa ser que você pegue o buquê. – ela piscou. Sorri sem graça.


 Ta aí. Eu também nunca tinha pego o buquê, nunca mesmo. Jamais. Não só no sentido de pegar um monte de rosas, sim de namorar alguém mesmo. Meus namoros em geral não duram muito, o mais longo talvez tenha durado três meses.


 Não que eu seja chata, ou coisa do tipo. Eu espero realmente que não. Mais pelo fato de eu não ter sorte com o amor mesmo. Teve o Tom, era muito gato. Do tipo que faz comercial de cuecas da Calvin Klein. E ele fez realmente, o pequeno problema foi que lá ele conheceu o Jason. E agora os dois moram em uma linda casa em New Hampshire, com a filha adotiva deles.


- Não! Quantas vezes eu vou repetir? A escultura de gelo fica ao lado das hortênsias. – Dorcas ainda gritava ao telefone, enquanto eu terminava de vestir o vestido.


 Dorcas é uma pessoa engraçada, ela consegue extremamente adorável quando quer. Mas quando fica irritada tem uma veia na testa dela que pulsa de forma assustadora.


- Não me olhe assim, - disse ela rindo. – você sabe que se eu não for firme tudo vai dar errado.


- Nada vai dar errado, Dorcas. – eu disse. – Tudo vai ser perfeito, não se preocupe.


Realmente foi, tirando o fato do James, o padrinho ter esquecido as alianças. A festa em si que era o meu tormento. Em geral tinha que me concentrar em fugir dos velhos safados que me tiravam pra dançar - e faziam questão de apertar minha bunda.


Eu estava totalmente aérea quando um tio da Dorcas – que aquela altura já estava bêbado – veio em minha direção. 


- Emmeline, - ele disse com a voz embargada – você está uma tchutchucona.


Tentei forçar um sorriso, mas acho que nada além de uma expressão de horror se formou no meu rosto.


- Sabe, quando vocês eram mais novas, eu jurava que você logo arranjaria um namorado e se casaria. Mas parece que você vai ficar pra titia. – ele riu. – Ou melhor, pro titio.


Por favor, façam isso parar. 


- Emmeline? – oh, Céus. Quem será agora?


Virei lentamente para trás, e tive que inclinar a cabeça para cima. Eu rosto muito familiar se encontrava a centímetros do meu.


- Querida, eu trouxe o champagne. – ele disse estendendo uma das taças em sua mão.


- Oh, claro. – eu disse tentando parecer natural. Eu sempre fui uma péssima atriz. – Obrigada.


- Vem, Emme. – ele disse pondo as taças em uma mesa qualquer. – Vamos dançar.


Tudo bem, eu estou dançando com um completo estranho. Mas se levarmos em conta que ele está no casamento da Dorcas ele dever ser algum conhecido. Talvez seja daí que eu o conheço. Mas por outro lado, eu tinha uma sensação que o conhecia de outro lugar.


- Hum, obrigada. – eu disse. Ele realmente tinha levado a sério a idéia de dançar.


- De nada. – ele me encarou e riu. – Acho que o vestido ficou melhor em você. – ele disse, e apontou com a cabeça para a Dorcas.


Oh, não. Não podia ser, ele era o cara do táxi. Aquele que tinha visto meu total fiasco ontem.


- Mas, esse – ele disse me avaliando outra vez. Isso estava virando um habito. – também ficou muito bom.


- Obrigada, - disse sentindo umas bochechas ruborizarem. – desculpe, mas, eu te conheço?


- Acho que você não se lembra. De ontem. – ele pareceu estar se recordando de algo e riu. – Remus Lupin. – então ele fez uma reverencia e beijou minha mão.


- Emmeline Vance. – eu sabia que ele sabia meu nome, mas achei mais adequado me reapresentar.


- Estamos um pouco atrasados, não acha? – ele perguntou sorrindo. – Geralmente as apresentações vêem antes da dança.


- Teoricamente, nós nos conhecemos ontem. – sorri.


- Você se lembra. – ele disse.


- Não é algo que se possa esquecer, não acha? – disse desviando eu olhos dele.


- O motorista não falou em outra coisa. – ele riu novamente.


A musica cessou, e aos poucos fomos parando de dançar. Ficamos nos encarando por um bom tempo, então disse que iria dar uma volta pelo salão. Procurei a Dorcas pelo salão, mas ela estava ocupada. Lily e Marlene, acompanhadas de James e Sirius, conversavam animadamente. Decidi não atrapalhar, fui até a mesa onde esta minha bolsa e olhei as horas, duas da manhã.


Eu não estava realmente com sono. Mas decidi ir pra casa. Fui até Dorcas e Edgar, e lhes desejei parabéns (e boa sorte na lua de mel) e sai do salão. Eu tinha esperança de que um táxi passasse há essa hora, mas após alguns minutos de espera já estava preocupada.


- Você não deveria estar sozinha aqui fora há essa hora. – alguém disse atrás de mim.


Reprimi um sorriso, e virei para trás esperando dar de cara com o sorriso branco do Remus. Mas ao invés disso dei de cara com o tio tarado da Dorcas.


- Onde está aquele seu namorado? – ele perguntou com um sorriso safado no rosto.


- Ele, hã... – fui ficando sem ar, eu disse, péssima atriz.


- Ele não te deixou sozinha aqui, deixou?


Droga. Eu não tinha escapatória. Eu era uma covarde. Eu estava com medo do quê? Bom, o tio da Dorcas não estava me assediando de qualquer forma. Só porque ele estava bêbado, isso não quer dizer que ele iria tentar alguma coisa...


- Quer que eu te leve a algum lugar? – ele perguntou se aproximando.


- Olha, eu não acho que isso seja uma boa idéia. – falei rezando mentalmente por uma salvação. – Hã, meu namorado não...


- A quem você está tentando enganar Vance? – ele praticamente cuspiu na minha cara. – Todos nós sabemos que você é uma encalhada.


Autch. Eu não tinha nem forças pra responder. Senti meu rosto arder, e meus olhos se encherem de lagrimas. Eu iria chorar, não podia chorar.


- Emme?  O que você faz aqui fora querida? – Remus perguntou saindo sabe-se lá de onde. – Não disse pra espera lá dentro enquanto eu ia buscar o carro? – ele segurou minha cintura com um dos braços.


- Eu... – eu não tinha palavras, minha voz estava presa na minha garganta.


- Ah, qual é Vance? Você acha que esse teatrinho convence alguém? – ele disse segurando meu braço com uma das mãos.


- Me solte. – eu disse entre os dentes.


- Senhor, eu não quero ser rude, especialmente porque hoje é o casamento da sua sobrinha. Nós não queremos uma cena aqui, queremos? – Remus perguntou fazendo-o soltar meu braço.


Ele ficou lá nos encarando. Comecei a tremer. Eu era realmente uma covarde. Remus então tirou o palitó e colocou sobre meus ombros. Me conduziu até o carro. Porém antes de abrir a porta ele me encostou no carro e pressionou seu corpo contra o meu, dando um pequeno sorriso antes de me beijar.






n/b: GOD...choquei, Remus gato, gostosooooo, eu quero, M. dá ele pra mim????? Hey vocês comentem hein...ou vão se ver comigo /faz cara de mal/


 


Talita Helen.




n/a: Ai está o capítulo um. O tio da Dorcas é um retardado, mas relevem.  Eu tinha que parar nessa parte, já que a fic só vai se passar nos dias dos casamentos. Remus é um gentleman, aiai. Casa comigo?  Tipo, ele salvou a Emme do tio tarado da Dorcas. Duas vezes. Eu estou especialmente em paciência pra escrever n/a’s principalmente porque hoje tive prova de física (não que vocês se importem.) De qualquer forma, espero que gostem.


Michelle Freire.




06/04/2010

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