rescued.



 


If you could see
Se você pudesse ver
That I'm the one
que eu sou a única
Who understands you
que te entende
Been here all along
Que te teve aqui por todo esse tempo
So why can't you see me 
Então por que não pode me ver que 
You belong with 
você pertence a mim
You belong with me.
você pertence a mim


Walking the streets
Andando pelas ruas
With you and your worn out jeans
com o seu jeans desgastado
I can't help thinking this is how it ought to be
eu não posso ajudar, pensando que é assim que deve ser
Laughing on a park bench thinking to myself
Rindo em um banco do parque, pensando em mim mesmo
Hey, isn't this easy?
Ei, isso não é fácil?




Mas, no que isso adiantaria, afinal? No fim de tudo ele não ficaria comigo mesmo, eu só seria vista como a doida que enfiou uma varinha no olho de Harry Potter. Uau, Voldemort deve ter se revirado na cova só de pensar nisso. Ia ser o evento do ano.. Teria sangue, cérebros saindo, pessoas chorando.. FOCO HERMIONE!


 


Ai ai, como era difícil, ás vezes, ter uma cabeça pensante demais. Eu não conseguia conviver pacificamente com meus próprios pensamentos. Era agonizante.


Eu não conseguia evitar aquela conhecida sensação de total abandono, sensação que trazia aquela vozinha irritante para minha cabeça, dizendo que todos haviam se esquecido de mim porque já haviam precisado de meus “serviços”, eu não era mais útil. ‘Hermione, se toca garota! Ele só queria seu excepcional cérebro para derrotar o sem nariz (leia-se: Lord Voldemort), não quer mais nada com você, sua retardada!’


Do Ron eu já esperava algo do tipo. Logo depois que conseguimos derrotar Voldemort, e não tente me fazer explicar como essa façanha aconteceu, tenho dificuldades até hoje para pensar no assunto; foi um acontecimento realmente traumatizante. Enfim, logo após, o ruivo descobriu uma repentina e avassaladora paixão por Luna Lovegood, e os dois namoram desde então. Uma cena bastante cômica, devo ressaltar, o dia em que ele a pediu em namoro, e todo vez que os vejo juntos.. Bem, eu não consigo realmente olhar, você não conseguiria olhar por dois segundos. Eles chegam a ser meio nojentos.. Ok, o Ron é como uma garota pra mim. Não no sentido literal, claro, porque senão ele não estaria namorando a Luna, e sim o Simas. ENFIM, ele é como uma garota pra mim, pelo simples fato de não contar como um garoto “disponível” para mim. Não dá pra imaginar uma cena envolvendo minha pessoa e a pessoa do Ron (?), em um dos beijos nojentos dele e da Luna. Os dois são estranhos, se merecem, poxa! Mas, tenho que admitir, aqueles dois têm me dado fugazes momentos de descontração, nos últimos meses.


A Luna parece ter um sexto sentido pra essas coisas, sentimentos e tristezas, e às vezes ela convence o Ron a ficar mais comigo. É bem interessante, na falta de uma palavra melhor, da parte dela fazer isso por mim, mas não gosto de me sentir como uma tocha humana, iluminando aqueles dois por onde eles passam.


Quem não gostaria de ter seu próprio namorado, ao invés de seguir a namorada de seu melhor amigo? Fala sério, eu não tenho cara de tocha!


Tentei me encolher mais sob as raízes de meu carvalho, como se com este simples ato eu pudesse desaparecer da face da Terra, ou simplesmente acabar com a angustia que ocupava meu peito. Era a conhecida onda de angustia, penetrando em meu sistema nervoso, disparando meu coração, e abalando a minha alma. Senti algo gelado tocando em minha cabeça, mas só pude afundar mais e mais em meus pensamentos, sem me preocupar com o tempo ou com as pessoas.


No que minha vida se transformara? Onde estava a Hermione enérgica e esperta? Como eu poderia ter me transformado em uma fugaz sombra do que já havia sido um dia. Isso não era justo. Não comigo.


Minha cabeça começava a ficar gradativamente gelada. Já começava a sentir meu cabelo úmido, o que não era bom sinal, porque o meu cabelo nunca fora assim tão bom.. Ao contrario do cabelo nojento daquela chinesa, enjoativamente liso e perfeito. Como se ela acordasse todo dia ‘Oi, sou uma diva e meu cabelo é sempre liso’. Argh, que nojo daquela vadia nojenta.


As lágrimas traiçoeiras voltavam impiedosas para meus olhos, e eu realmente estava surpresa por meus dutos lagrimais ainda saberem o que eram lágrimas.


O ar começava a ficar mais frio, e foi inevitável meus dentes não começarem a bater.. Eu amava o frio, não apenas o friozinho bom do inverno, de se enrolar em um grosso cobertor de lã e tomar uma grande caneca de chocolate. Não, eu gostava do frio intenso e cortante; de passar horas a fio debaixo dos flocos de neve. Ok, eu nunca tinha sido a pessoa mais normal do mundo.


Meus pensamentos começaram a ficar embaralhados, desordenados, e comecei a achar que meus devaneios haviam se transformado em sonho. Eu não sentia muito bem minhas mãos, muito menos meus pés, então meu subconsciente deduziu que eu realmente estava sonhando. Um alivio, eu diria. Nos sonhos tudo pode acontecer. TUDO! Você pode flutuar na mais alta nuvem, ou comer todos os chocolates do mundo sem engordar uma grama sequer.. Ou apenas, sonhar que seu melhor amigo, o que passou por situações extremas e aterradoras contigo, estivesse com você. Que gostasse de você.. Que te amasse; não apenas como melhores amigos, e sim como você gostava dele.


Quando eu estava justamente imaginando, idealizando esta imagem em minha cabeça, senti um forte solavanco em minhas’ costas, que me fez perder totalmente o fôlego. Pelo menos, em meu sonho.


Abri os olhos num rompante, e tudo o que vi foi o branco. O branco da neve, minha tão amada neve. Já o frio, meu fiel companheiro, não me ajudava muito, pois espasmos percorriam meu corpo de forma excruciante, e eu sentia que todo o meu ser estava sendo atingido por minúsculas e poderosas agulhas.


Minha vista, aos poucos, foi recuperando-se e eu consegui visualizar uma pessoa na minha frente. O solavanco, na verdade, eram mãos tentando me fazer acordar; as agulhas era alguém tentando me fazer respirar.


-Herms.. ‘Tá me ouvindo? Fala alguma coisa! Ron foi chamar Madame Pomfrey. Herms?


AQUELA VOZ! Não poderia ser. O que ele estava fazendo ali, em meu momento de angustia? Como os deuses me amavam.


-H-Harry?- eu balbuciei, incapaz de fazer uma frase sem gaguejar. Afinal, o que ‘tava acontecendo ali mesmo?


-Herms! Você é doida? O que você ‘tá fazendo aqui fora, no meio de uma tempestade de neve dessas! É loucura, suicídio. ‘Tá querendo se matar?

n/a:

segundo on, e desculpem-me a demora. se alguem ainda ler isso (?) por favor, comenta? ;p
obrigada.

25 de abril de 2010

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