O amigo indesejado



No outro dia eles iriam para o Beco Diagonal, as crianças precisavam comprar os materiais já que no dia seguinte voltariam à Hogwarts.


"Lil. Querida acorde!" disse Ginny só com a cabeça dentro do quarto da filha.


"Tá bom." resmungou Lily.


Lily se levantou olhou pela janela e viu que começava a amanhecer. Pegou uma toalha jogada em cima de sua poltrona e foi ao banheiro. Ela precisava tomar um banho para acordar. Ligou o chuveiro, deixou a água esquentar para depois entrar. Ela adorava tomar banhos bem quentes. Ficou debaixo do chuveiro por vinte minutos, até ouvir sua mãe bater na porta de seu quarto para chamá-la de novo.


"Já vou, mamãe!"


Saiu do banho correndo, se secou, e colocou a primeira roupa que viu em seu guarda-roupa. Secou o cabelo de qualquer jeito e desceu para a cozinha. Ao descer as escadas já sentiu o cheiro gostoso de café.


Chegando na cozinha viu seus irmãos já arrumados para ir, seu pai lia o Profeta Diário sentado na ponta da mesa. Sua mãe sentava-se ao lado direito do marido, e tentava ler um artigo do jornal. Lily acomodou-se ao lado da mãe e serviu-se de omelete e torradas.


"Jamie, você vai com a gente?" perguntou Lily.


"Tenho que ir mais cedo hoje, o tio George pediu para que eu abrisse a loja, então vou aproveitar e ir com vocês" respondeu o irmão "e como vocês sempre demoram acho que já vai ter dado meu horário, ai volto com vocês também."


"Poxa, hoje é sabado, nem pro tio George te dar uma folga." disse ela.


"Hoje e amanhã são os dias mais movimentados! Ele já é bem legal de me deixar ficar só meio período, e eu ainda tenho folga na segunda." James disse.


"Mas não é só porque ele é legal, James, ele sabe que você tem que estudar para o curso de auror." disse Harry, entrando no meio da conversa.


"E bota estudar nisso, não é pai? Você tem pegado pesado demais comigo lá no curso." respondeu o garoto.


"Você é meu filho! As pessoas podem dizer que eu facilitei, então eu dificulto!" disse Harry orgulhoso.


"Mete bronca pai!" disse Albus, na primeira vez que abriu a boca.


"Bom dia pra você também Al!" disse James rindo.


"Gente vamos parar de conversa mole. Terminem logo de comer que a gente tem que ir!" disse Ginny sem muita paciência.


Logo eles já estavam todos prontos para ir. James jogou pó de flú na lareira entrou e falou claramente "GEMIALIDADES WEASLEY", e sumiu. Depois entraram Lily e Albus e fizeram o mesmo. Lily sentiu um comixão e logo viu seu irmão a puxando para fora da lareira dos fundos da loja de seu tio. Depois de nem um minuto seus pais já estavam atrás deles.


"Já já seus tios Ron e Hermione chegam." disse Ginny.


"Al, vem cá quero te mostrar uns produtos novos que acabaram de chegar." James falou puxando o irmão pelo braço.


"Eles estão atrasados! Aposto que fui culpa do Ron!" disse Harry para a mulher.


Assim que ele acabou de falar Rose, apareceu na lareira. Cumprimentou os tios e Lily. Logo depois chegou Hugo, que se juntou com os primos, e depois Ron e Hermione.


"Desculpem a demora, mas Ron não queria acordar de jeito nenhum." disse Hermione com a cara amarrada.


Ginny e Harry se olharam e começaram a rir.


"O que foi?" perguntou Ron.


"Nada! Vamos para as compras então?" disse Ginny, ainda rindo.


Foram todos para fora da loja e direto para a loja de artigos para poções. Precisavam renovar os estoques de ingredientes, já que todos os primos iam fazer Poções aquele ano. Depois foram comprar livros de DCAT, eles teriam um professor novo para a matéria aquele ano, então os livros de James, Fred e Roxanne não serviriam. Lily sempre pegava os livros de Albus, que antes eram de James. Lily e Hugo precisavam de novos uniformes, foram comprá-los com Ginny, Hermione e Rose, enquanto os outros foram para a loja de artigos de quadribol. No caminho eles tiveram que parar.


"Al!" disse um menino loiro do segundo andar de uma loja.


Lia-se na porta da loja: "Antique Shop Malfoy"


"Scow!" disse Albus acenando para o menino.


"Já vou descer! Espera aí."


"É muito bom ver onde o Malfoy foi parar, não é Harry?" disse Ron, maliciosamente.


"É! Mas ele passou por mais coisas que eu desejaria que ele passasse."


Malfoy após a guerra tinha perdido sua casa e mais alguns bens. Muitas coisas foram confiscadas pelos agentes do ministério como se fossem artefatos negros, mas na verdade, depois da guerra, surgiram muitos agentes corruptos, que se aproveitaram da situação, para enriquecer as custas das posses dos antigos Comensais. A solução para Malfoy foi abrir uma loja de antiguidades que havia sobrado da herança dele. No começo foi difícil, mas depois de quatro anos ele se casou com Astoria Greengrass, que tinha uma boa posição dentro do Departamento de Regulação da Rede de Flú, e que ganhava muito bem.


"Mas o que eu não consigo acreditar é que nossos filhos se tornaram melhores amigos." continuou Harry.


O menino alto e loiro chegou na rua e foi abraçar o amigo.


"Sentiu saudades Al? Acho que não, você não me mandou nenhuma carta..." disse Scorpius fingindo estar chateado.


"Como se você fosse mandar! A não ser que quisesse alguma coisa!" disse Albus rindo.


O menino se virou para os outros e cumprimentou.


"Olá Sr Potter e Sr Weasley. Como vão a caça as bruxas?" disse Scorpius.


"Olá Sr Malfoy. Como vai seu pai?" disse Harry, tentando ser educado, mas não escondendo o incomodo que sentia de seu filho ser amigo de um Malfoy.


"Vai bem. Ele está lá dentro, se o Sr quiser falar com ele." disse Scorpius debochadamente.


"Não, não. Albus estaremos lá na loja de quadribol, encontre a gente lá." respondeu Harry, puxando Ron e saindo depressa de lá.


"Scorpius! Já disse pra você parar de deixar meu pai constrangido!" disse Albus rindo.


"Eu não consigo deixar de brincar com um grifinoriano salvador do mundo!"


Lily estava passando pela rua com a mãe, a tia e os primos.


"Hey, Lily!" chamou Scropius.


"Olá, Malfoy." respondeu Lily, indo na direção deles. "Quer falar comigo, Malfoy?"


Lily sempre acentuava o sobrenome do garoto para mostrar que eles não tinham intimidade.


"Só queria dizer que, mesmo com o cabelo armado e com essa roupa sem combinar, você continua linda!"


"Ah, vai pastar Malfoy." disse a menina se afastando, com o rosto da cor dos cabelos.


"Vê se para de xavecar minha irmã, pelo menos na minha frente!" disse Albus.


Eu não acredito que vim assim pracá! Nem pra alguém me avisar! Eu estou horrorosa -pensou Lily, ela tinha se arrumado correndo e esqueceu de se olhar no espelho. Ela sempre odiou Scorpius, ele sempre foi irritante, mas de um ano pracá ele tinha ficado pior. Vivia no pé dela dizendo a ela que ela é linda, e que ela tem um amor recolhido por ele. Lily tem que aturar o garoto porque ele nunca desgruda de seu irmão. Ela nunca entendeu como alguém tão doce como Albus foi se tronar amigo de um Malfoy, não acreditava mais ainda que ele tinha sido escolhido para a Sonserina.


"Que cara é essa Lily?" perguntou tia Hermione quando ela encontrou os outros.


"Aquele Malfoy miniatura que já estragou meu dia." disse ela com a cara fechada.


"Todo dia eu peço a Merlin que seu irmão brigue com ele." disse Ron.


"Ele consegue ser arrogante que nem o pai." disse Harry.


"O mais estranho é que Albus é igualzinho a você! Você e Draco poderiam ter se dado bem!" disse Ginny rindo.


"Nunca!" respondeu Harry contrariado.


Eles se reuniram novamente na loja de George para irem embora.


"Ron, Ginny, acabei de falar com a mamãe, ela nos convidou para ir jantar lá n'a Toca." George disse aos irmãos. "Pelo jeito vai todo mundo."


"Hum, reunião de família, muito bom." disse Hugo ironicamente.


"Pode avisar ela que nós vamos, e vocês Ron?” Ginny perguntou.


"Claro que vamos, não resisto a comida da mamãe" disse Ron com cara de fome, levando um tapa no braço de Hermione.


 


 

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