O começo de tudo
1. O começo de tudo
Narrado por Katherine Davis
Tudo começou no meu primeiro ano em Hogwarts, mais especificamente quando entrei no Expresso Hogwarts. Tinha 11 anos e estava sozinha em um vagão, minha irmã ainda não tinha idade para ir a Hogwarts, por isso eu não conhecia ninguém.
Ficava imaginando em que casa eu iria, mas não me importava muito, minha mãe, Eliza Van Davis era da sonserina assim como todos de seu sobrenome, meu pai, Ian Sawyer Davis era grifinório, mas sua família era uma mistura de todas as casas de Hogwarts.
Resumindo eu estava navegando pelos meus pensamentos, me perguntando se eu iria arranjar amigos, quando a porta do vagão abriu, lá estava Draco Malfoy, mas eu ainda não sabia disso.
-Você não me parece estranha
Fiquei quieta, mas curiosa, eu também não o achava estranho, mas eu era muito tímida para me expressar a um estranho.
-Ah... Katherine Davis, não é?
Acenei afirmativamente com a cabeça, e foi aí que comecei a me lembrar.
Cabelos loiros quase brancos, olhos azuis cinzentos, rosto angelical, filho dos Malfoys, minha mãe havia falado deles, mas eles acabaram se desentendo.
-Minha mãe me falou sobre vocês – Já criança, ele sabia perfeitamente falar com superioridade – Caíram na miséria não é verdade? Não me surpreendo, olha só com quem sua mãe se casou.
Tudo bem que eu era tímida, mas odiava que falassem da minha família, principalmente sobre as dificuldades que estávamos passando, não deixei ele falar daquele jeito.
-E o que esperava que ela fizesse? Ficasse nas trevas que nem o seu pai para ser revistado até os dias de hoje?
-Não fale assim do meu pai – Eu pude sentir a raiva em seus olhos, tentei transmitir o mesmo.
-Engula suas palavras antes
Ele me olhou dos pés até a cabeça, sorriu debochado e saiu batendo a porta do vagão.
Aquela não foi a última vez que vi ele em meu primeiro ano.
Quando eu fui selecionada para a Grifinória e ele para a Sonserina, sentei na mesa da minha casa, e uma garota ao meu lado falou a outra.
-Do que aquele tanto ri? Parece que ele está olhando para cá.
Mesmo não fazendo parte da conversa, escutei e fiquei curiosa, olhei na direção que a garota olhava.
Lá estava Malfoy, sussurrando para um garoto grande, que mais tarde eu iria saber que era Goyle, que junto com Crabbe eram os capengas de Malfoy, bem, mas voltando ao assunto, os dois riam de algo que o loiro dizia, senti uma grande raiva quando vi os olhares dos dois pararem sobre mim, parecia que eles... Estavam debochando de mim.
-Está fazendo sombra – Eu resmunguei mais tarde naquele dia, quando eu lia um livro embaixo de uma árvore no pátio de Hogwarts, e um sonserino parou de propósito na minha frente.
-Estou te atrapalhando? Então não irei me mover
Garoto irritante eu pensava.
Olhei para ele com raiva enquanto ele tinha um sorriso debochado no rosto, levantei marcando a página em que parei e fui me distanciando dele, até ouvir ele gritar:
-Isso, foge, assim como sua mãe fez para casar com seu pai.
Parei o passo e senti minhas mãos fecharem, virei para ele e murmurei tentando me manter calma.
-Meus avós nunca iriam proibir minha mãe de se casar, então não fale do que não sabe.
-Certo – Ele disse sorrindo mais ainda ao ver que havia me irritado, ele se aproximou com longo passos – Então eles são que nem sua mãe, envergonham a...
Mas ele não terminou, por que a próxima coisa que eu fiz foi o empurrar, não dei tapa, até por que estava com muita raiva para pensar em algo tão delicado.
Ele recuou alguns passos para trás quase perdendo o equilíbrio.
-MALFOY NÃO DISPERDISSE MEU TEMPO
Bem, essa não foi a única briga que tive com ele ao longo do ano.
Não foi um ano muito agradável, a não ser por Beatriz, que havia se tornado minha amiga, ela era diferente de mim, popular e extrovertida, mas sempre nos divertíamos juntas.
Mas foi quando eu voltei de Hogwarts que realmente minha vida mudou.
Meu pai, minha mãe e minha irmã me esperavam quando eu sai do trem, após abraços e beijos recuperando o tempo que fora perdido, eles disseram que tinham que falar algo comigo.
E então eu recebi a notícia, minha mãe, Eliza, estava trabalhando no ministério, mas não era qualquer cargo, me explicaram que era um dos mais altos, fiquei feliz por ela, até ela mencionar o nome de Lucius Malfoy.
Lucius e minha mãe haviam conversado e se entendido novamente, ele queria recuperar o contato que sempre tinham, por isso com seus contatos conseguiu um cargo no ministério ao seu lado para minha mãe.
Mas o que mais me irritou foi ele ser um Malfoy e imaginar que ele havia criado Draco, como alguém conseguia criar uma pessoa daquelas?
Mas foi no próximo dia que a pior notícia veio. Minha família iria jantar na mansão dos Malfoys, lembro que fiquei tão infeliz com aquela notícia que fiquei o dia todo sem falar com meus pais.
Mas foi impossível não falar com Isabel, minha irmã, ela ficava pulando e gritando para mim que iria conhecer Draco. Eca.
Eu havia me vestido com um vestido preto até o joelho, expressando meu luto, mas acho que meus pais não notaram muito. Minha mãe fez eu colocar uma tiara prateada combinando com minha sapatilha, também fez eu usar um anel e uma pulseira, ela queria passar maquiagem, mas eu corri quando ela apontou a varinha para fazer o feitiço.
Naquele momento eu queria sumir e nunca mais ouvir o nome Malfoy, mas mal sabia eu que aquele nome nunca iria sumir da minha vida.
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