Prongs, Moony e o Ranhoso.

Prongs, Moony e o Ranhoso.



    13 / O1 / 1974


Relato por : James Charles Potter



           Todos davam risada no Salão Comunal. Eu, Sirius, Pete e outros três garotos, os irmãos Prewett e  Frank Longbotton. Sirius contava como havia acabado de intimidar Snape.
    — Mas que horas foi isso Six?
   
Já deve ter uma hora. Foi pouco antes de eu encontrar a Marlene.
             Sirius e Marlene McKinnon estavam tendo uma espécie de.. caso. Escondidos é claro. Pete quase chorava de rir, e Remus, como sabíamos, estava na Casa dos Gritos. Pete, ainda não conseguira se trasnformar e eu e Sirius ainda encontravamos dificuldade em nos manter constantemente; sempre acabavamos retornando a forma humana.
     —  E quando ele percebeu que estava mentindo? — Perguntou Fabian, rindo com uma expressão debochada.
    
— Ah, quando ele percebeu já estava com as vestes cheias de pó de pinho-de-dragão!
             Instantaneamente todos gargalhamos.
    
— Ei, e isso não foi tudo!
    
—  Tá falando sério Six?! — Frank, que tinha lágrimas nos olhos, olhava impressionado para Sirius.
    
— Sério Frank! Ele ainda veio me perguntar o que é que o Remmy fazia quando saía a noite!
              Os Prewett e Frank, tal como nós, sabiam da condição de Remus. Afinal, estavamos todos juntos quando Dumbledore nos pegou seguindo Madame Pomfrey e Remmy nos jardins, e nos fizera jurar que não contaríamos a ninguém. Mas, embora fossem de confiança, ainda assim não sabiam dos nossos esforços conjuntos  em nos trasnformarmos em animagos.
    
— E o que respondeu?
    
— Eu disse pra ele apertar o nó e pegar o túnel da passagem do Salgueiro hoje, por volta da meia-noite.
             Nos olhos de Sirius, e mesmo em sua face, era possível encontrar a sombra da raiva que sentia por Snape. A atmosfera de repente se tornou tensa.
    
— Droga Sirius! Ele pode morrer!
             Ele deu de ombros, mostrando que não se importava.
    
— Que bom, não?
              Eu me levantei correndo
    
— Aonde vai?
    
— Salvar o Snape. E você vai chamar o Dumbledore.
               Ele pareceu confuso, mas eu não me importei. Disparei pelo buraco do retrato, correndo pelos corredores escuros. Consultei o relógio, e meu coração acelerou : Meia-noite e um minuto. Parei derrapando em frente a uma janela e cocei a nuca impacientemente ao ver a sombra de Snape atravessar os jardins.
    
— Merda!
              Mais uma vez, comecei a correr. Pulava os degraus da escada e não demorei a chegar ao Saguão de Entrada, aonde arranquei a varinha e tentei abrir a porta. Não consegui.
    
Alohomora!
              Nada de novo. Dei alguns passos para trás e mirei contra a parede ao lado da porta.
    
Bombarda!
              Ignorando todo o barulho, a fumaça e os gritos de um Filch insçandecido as minhas costas, continuei correndo, e logo que encontrei o Salgueiro, disparei contra ele, só parando para atirar um pedaço de pau contra o nó,  me jogando bruscamente pelo buraco.
    
Lumus!
              Comecei a correr o mais rápido que podia mais uma vez, na maior velocidade que a passagem permitia. Corri por alguns minutos, até que de longe avistei a silhueta do garoto magro e de nariz adunco, recortada contra a pouca luz azulada que vinha da Casa.
    
— Snape! Sai daí!
              Corri em sua direção, ele óbviamente não ligava para o que quer que fosse que eu estivesse fazendo, passei por ele olhando para os lados dentro da casa e o empurrei de volta para a passagem.
    
— Corre e não olha pra trás!
               Ele obedeceu confuso, ao mesmo tempo que os uivos e o barulho de coisas sendo quebradas e rasgadas se tornavam cada vez mais altas. Mas Snape parou.
    
— CORRE RANHOSO!
               Meu grito aparentemente o assustou, e ele começou a correr, até que uma curva o fizesse desaparecer de minha vista, embora eu ainda pudesse ouvir o eco de seus passos distantes.
                Opa. eu não deveria estar ouvindo os ...
     
— RRRRR....
                 ... "Gritos"? Eu olhei para trás lentamente. Entendi então, o que fez com que Snape parasse antes que eu gritasse. Se aproximando cauteloso, como um lobo se esgueirando para atacar uma presa, o grande lobisomem me encarava.
    
— Merda, merda, merda...
                 Eu não tinha escolha. Ao mesmo tempo em que o lobisomem saltou contra mim, concentrei todas as minhas forças, em segundos sentindo os braços e pernas se afinando, a galhada crescendo. Com toda força que eu pude, repeli o animal, que cambaleou para trás, antes que eu pegasse impulso, e investisse contra o enorme vulto, meus chifres mirando seu peito, o empurrando contra a parede violentamente, e fazendo com que a parede podre desabasse, com o lobisomem desacordado sobre ela.  " Desculpa Remus." Foi a primeira coisa que veio a minha mente. Não tinha tempo para comemorar o fato de finalmente ter conseguido a transofrmação estável e inteira. Em pouco tempo o animal acordaria, faminto e raivoso, e eu não queria estar ali. Me transformei de volta então, recolhi minhas coisas que haviam caído contra o chão e saí correndo na direção da saída.
                Como se me esperassem, ao lado de fora da passagem, Sirius e Snape se encaravam , acompanhados de Dumbledore e Mcgonagall, os últimos dois com olhares preucupados, fitando o buraco da passagem. Em minha cabeça, mil engrenagens trabalhavam, os neurônios fervendo, tentando encontrar uma menitra plausível, em que explicaria como escapara de um lobisomem sem qualquer ferimento grave. Eu estava ferrado.
      
— Oi. — Disse sorrindo descaradamente ao mesmo tempo que Dumbledore e Mcgonagall se amontoavam para me ajudar a sair do buraco.



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