Capitulo Unico



- Merda – Afinal porque isso só acontece comigo, hein? Porque só eu tive a idéia estúpida de ficar no barzinho com o pessoal do quartel general dos aurores? Ah sim claro, porque Harry estava lá, porque eu esqueci que hoje eu não tinha folga, e porque tudo tem que acontecer comigo? Da pra ficar pior? Hein?! Hein?! Hein Merlim?! Nossa, esse povo me olhando deve pensar que eu sou uma maníaca. Respira fundo Hermione, St’Mungus aí vou eu.


Seria bem mais pratico eu aparatar, afinal, eu sou uma bruxa... ledo engano.


Por mais que eu seja uma bruxa, o St’Mungus, está com problemas na rede de flu, e não se pode aparatar lá.


Ando mais apressada, porque começou a chuviscar. MAIS É CLARO! E alguma coisa pode ser perfeita para Hermione Granger? Pode? Não, porque eu sou Hermione Granger.


Adeus chapinha, adeus quinze libras.


Começo a andar mais rápido ainda, sinto o lápis manchando meu rosto, e meus cabelos molhados.  Minha blusa branca ficando transparente mostrando meu sutiã “Eu amo Vegas”, droga, meu chefe vai me matar.


Na verdade não, é só eu dizer que vou pra cama com ele que tudo bem. Aquele velho gorducho e tarado.


Sinto alguma coisa quebrando, olho pra baixo, e vejo meu salto agarrado a um buraco no calçamento.


E lá estava eu, solteira, com a chapinha estragada pela chuva, molhada, toda borrada de maquiagem com meu salto estragado.


- DROGA! PÔ, FALA SÉRIO! MERLIM ME ODEIA. QUE FOI HEIN? QUAL O PROBLEMA? FUI EU QUE ARRISQUEI MINHA VIDA PRA MATAR VOLDEMORT E É ISSO QUE EU RECEBO? É ESSA PROTEÇÃO? CADÊ TODO AQUELE AMOR PELOS SEUS FILHOS QUE MERLIM TANTO SENTE? CADÊ? – Eu berrava apontando pro céu, e eu esqueci de incluir algo em minha lista, além de estar solteira, com a chapinha estragada pela chuva, molhada, toda borrada de maquiagem com meu salto estragado, eu estava louca. Estava puta da vida. Estava irritada. E parecia que apenas um câncer e a volta de Cristo me surpreenderia agora.


Ouvi um risinho imbecil ecoando na minha cabeça, um risinho de deboche, que eu aturo a tanto tempo, desde que o Harry passou a levar essa peste para festas e almoços. Desde que essa desgraça ficou mais rico do que era antes. Desde que esse ser, se tornou tão gostoso quanto antes. E desde que aquele garoto se tornou esse homem.


Draco Malfoy estava parado na minha frente, estava numa limusine, provavelmente porque tem ânsia de gastar dinheiro, é claro né, ele é dono da Firebolt, a melhor vassoura do mundo, e eu sou uma simples medi bruxa, que mora numa cobertura no centro da cidade.


- Ah Granger, e eu que pensei que a pessoa mais azarada era o pobretão-Weasley. Mais até ele se deu bem não é? Chudley Cannons? – Ele dizia no mesmo tom arrastado. Como alguém pode ser tão  cínico?


- Qual é Malfoy, veio aqui se esnobar também? Só porque todo mundo se deu bem menos eu? Só porque o Rony ficou rico e é casado com uma modelo famosa? Só porque você ficou mais rico ainda? Só porque o Harry se casou com a Parkinson, e ele é seu sócio e ainda trabalha no quartel general? QUAL É O SEU PROBLEMA? Não está vendo que eu já estou suficientemente acabada? – Eu gritava histérica com ele. Era incrível, que como só por ver aquele cara metido a “rato-albino”, fazia meu humor mudar. Eu tava pelo menos 0,2% melhor antes.


- Bom Granger, Harry me desafiou uma boa ação, e eu decidi que ia ajudar um mendigo, aí eu vi você e disse: Coitado desse mendigo. E quando eu paro o carro, com quem me deparo? Com a minha sorte eu me deparo com a Sabe-Tudo gritando pro vento – Ele parecia raivoso, e usou seu tom sarcástico. Parecia que o dia dele não estava tão bom também.


- Então, faça uma boa ação e me leve pra casa. – Eu pedia quase suplicante.


- Sim, porque não quero perder meu relógio de ouro pro Harry. – Ele abriu a porta e eu entrei. Olhei e vi vários cortes pelo corpo dele, vi uma gravata de cetim que provavelmente deveria ter custado as compras do mês da minha casa, e ela estava toda cheia de barro.


- O que houve com você?


- Como eu disse, eu e Harry fizemos uma aposta, e bom, eu costumo assistir televelisão, e...


- Televisão – O corrigi, e ele não pareceu gostar do meu ato


- Tanto faz. E bom, vi um desenho em que o cara salvava um gato, porque ele estava na arvore. Peguei meu gato Andy e joguei ele na arvore, e quando fui salva-lo ele me arranhou todo. Eu tentando fugir acabei caindo do galho em cima de uma caixa de areia de crianças. – Agora percebi que ele estava profundamente irritado, e estava imundo.


Eu comecei a rir imaginando a cena que ele enfrentara, e pude imaginar o rosto de Malfoy se contorcendo de raiva, e resmungando muitos palavrões.


- Gostaria de poder ver isso. – Eu pude jurar ver um sorriso de lado se formando no rosto de Draco, e uma covinha aparecendo.


- Você está mudada. Cadê a Granger, estudiosa, eu só vejo uma Granger azarada e de ressaca.


- E onde está o Malfoy cínico e arrogante? Eu estou ficando assustada, com essa sua simpatia.


- Me prefere mal humorado?


- NÃO! - Me apressei a contornar o que eu disse. Não quero ser chutada do carro logo agora


- Eu te prefiro sóbria. – Ele confessou, com um sorriso culpado.


Chegamos em meu prédio e ele pareceu meio abobado olhando um lugar tão grande.


- Mora em qual andar?


- No ultimo. Cobertura presidencial.


- Talvez eu apareça aí um dia.


- É talvez... obrigada Malfoy, pela carona.


- Foi pelo meu relógio. E é Draco pra você.


Eu ri e assenti.


 


E isso já faz duas semanas, ele não me ligou, ele não apareceu, e eu não consigo mais o tirar da minha cabeça.


Estou em minha casa, vendo “O diário de Bridget Jones”, eu sinceramente acho que vou acabar igual essa mulher um dia.


A campainha tocou, deve ser o porteiro com alguma correspondência. Abro a porta e me deparo com ele me olhando, e com um buquê de rosas vermelhas e brancas na mão, e o mesmo sorriso de lado.


- Não vai me convidar para entrar? – Ele perguntou fechando a cara


- Claro, entre.


Ele entrou e começou a olhar tudo, deu uma risada fria ao ver o filme que eu estava vendo.


- Você não passou aqui. – Eu disse como se eu não me importasse.


- Não, porque nesse tempo, eu fiquei pensando. Aquele dia para mim estava sendo horrível, ou eu pensava isso, estava puto da cara, e depois você me apareceu no mesmo estado deplorável que eu, e depois eu vi como você tinha mudado, da mulher que se tornou, e pensamentos para te chamar para jantar estavam dominando minha mente, então eu me dei conta no momento, realmente esse dia é o pior e o mais azarado, estou até pensando em levar a Granger pra sair. Que azar encontrar ela na rua. Aposta estúpida, azar estúpido. Mas depois de ver você saindo do carro, e de pensar tanto em você, de praticamente implorar para o Harry uma foto sua, é que eu percebi que o azar foi a minha sorte. – Ele terminou, e parecia constrangido por ter feito essa declaração. Eu sinceramente queria pular no pescoço dele e lhe lascar um beijo de cinema.


- Como é que é, vai me fazer esperar por uma resposta a noite toda? – Ele perguntou com seu típico mal humor.


Eu ri, ele me fazia rir com esse mal humor diário e comum. Corri em sua direção e pulei em seu pescoço enlaçando minhas pernas em sua cintura. Ele sorriu e me beijou. E eu nem te conto o que aconteceu depois... definitivamente, o azar foi nossa sorte.


 


FIM.


 


N/A: Fiz essa fic pra minha juls ninda, que é viciada em Draco e Hermione. Juls, sei que não ficou grandes coisas, mais eu fiz com todo o amor pra ti amiga. Te amo muito s2

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