Capítulo Único



Mais umas vez... às minhas inspirações! Her, Jôsy e Ártemis.


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Olhando para o céu. Apenas uma imponente bola brilhante. Era a lua. Era Luna!
Luna Lovegood. Branca como a lua. Refletia a luz prateada em seus olhos.
Mergulhada em seus pensamentos. Parecia estática. Apenas acompanhava o movimento cintilante.
Mas, o que buscam aqueles olhos grandes que miram o astro da noite?

O que é bonito
É o que persegue o infinito

Em pensamento ela reflete:
- Me chamam de maluca.
- Mas quem é que sabe o que é ser normal?
- Até já falei pro Harry “Você é tão normal quanto eu”, apesar dele não achar isso!

Mas eu não sou
Eu não sou, não...

- Me chamam de largada.
- Brincos de rabanete, colar de rolhas de cerveja amanteigada, chapéu em forma de cabeça de leão, meus vestidos prateados com estrelas...
- Que há demais nisso?
- Eu sou feliz assim!

Eu gosto é do inacabado
O imperfeito, o estragado que dançou
O que dançou...

- Por que será que vejo tudo de outra maneira?
- As pessoas que me olham diferente, apenas têm um ponto de vista diferente!
- Não tenho a pretensão de agradar.
- Nem devo.
- Sou o que sou.
- Sem medo.

Eu quero mais erosão
Menos granito

- Não caibo em mim.
- Não acabo em mim.
- Minha visão periférica não tem fim.
- Sou mais que o meu próprio ser consegue suportar.
- Eis minha razão em extravasar.

Namorar o zero e o não
Escrever tudo o que desprezo
E desprezar tudo o que acredito

- Ok, eu sei que me criticam.
- Mas, por quê me preocupar?
- Eu nao sou ligada a nenhum desses valores banais.
- Vivo em paz!
- Sossegada.

Eu não quero a gravação, não
Eu quero o grito

- Amo meus amigos.
- Todos ao meu redor.
- Um “amor bom”.
- Estou em harmonia com a natureza.
- Até com os zonzóbulos.
- Sei que nem tudo são flores.
- E a vida não é uma piada que sempre acaba com sorrisos.
- Mas não me deixarei levar.
- Não vou entrar nessa.

Que a gente vai, a gente vai
E fica a obra

- Tenho tanto a resolver...
- Tantas criaturas a descobrir.
- Não tenho tempo pra julgamentos.
- Nem pra me meter na vida dos outros.
- Não posso me culpar se outros deixam de lado a inteligência e se afogam no rio da inconsciência.
- Incoerência.

Mas eu persigo o que falta
Não o que sobra

- Quero seguir meu rumo.
- Sem pressa de chegar.
- Saber que não preciso de mais.
- Apenas aceitar o destino.
- Tentar melhorá-lo, quando for possível.
- Cumprir minha missão.
- Vida simples e vivida em paz.

Eu quero tudo
Que dá e passa

- Nesse nosso universo, sinto-me excepcionalmente normal.
- Beco diagonal, plataforma nove e meio, sala precisa, espelho de ojesed...
- Aranhas gigantes, hipogrifos, testrálios, elfos, trasgos...
- Rabicho, Snape, Trelawney, Hagrid... Malfoys!!!
- Num mundo desse, eu sou a esquisita???

Quero tudo que se despe
Se despede e despedaça

- Vivo pra ser feliz.
- Desde que nasci.
- Cada momento.
- Sentimento...
- Gesto...
- Palavra...
- Olhar...
- Sei me respeitar.
- Não posso negar o que sou!
- E esse meu desabafo é verdadeiro.
- Lua, pode acreditar em mim?

O que é bonito...


 


 


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N/A: esta songfic possui duas músicas incidentais: O que é bonito – Lenine (trecho em itálico) e Sossegado – Vibrações Rasta (eventualmente mesclada às falas da Luna).

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