O leão, o pavão e o lobo



Os meses se foram, mas o trabalho continuava. Os comensais pareciam se multiplicar e agora tinham um bom nº de gigantes e lobisomens ao seu lado. Os dementadores a cada dia se mostravam mais rebeldes e as barrigas de Alice e Lílian cresceram, as impedindo de fazer outra coisa a não ser cuidar da sede da Ordem e rezar p/ que seus maridos voltassem p/ a casa a salvo todas as vezes que iam a uma missão.


 


-Estou fazendo isso por ela e pelo bebê, Fábio. – Franco Longbottom parava no meio da estrada olhando diretamente p/ o homem a sua esquerda – Não quero que o meu filho cresça tendo que se defender desde pequeno.


 


-Não sei se morrer adiantaria muito nesse caso Franco, - Remo Lupin agora entrava na conversa, a direita de Longbottom – você está aceitando muitas missões ultimamente.


 


-Estamos perdendo muitos dos nossos, -Fábio Prewett falava c/ tristeza – só não gostaria que fosse alguém c/ um filho ainda por criar Franco.


 


-Não morrerei. – e ainda sob os olhares preocupados dos dois companheiros – Isso é uma promessa. Vamos, se ainda me lembro temos algo p/ fazer nesse povoado.


 


-Proteção a membro da Ordem, Dumbledore parece achar que Voldemort pode ter um interesse específico em Dorcas Meadowes, seria um choque p/ comunidade bruxa se ela morresse. – Lupin finalizou o discurso c/ um suspiro.


 


-É, cargo importante no ministério, tem discursado c/ ímpeto de como é importante passar um “pente fino” p/ expulsar seguidores das trevas que tem alguma relação c/ o poder. – Longbottom finalizou quando estavam chegando a uma bifurcação que daria na vista p/ o povoado.


 


-Poderemos ver se qualquer coisa de errado acontecer daq... – a frase de Remo Lupin não foi completada.


 


A vista do povoado era pavorosa. As casas bem enfileiradas e quase idênticas estavam pegando fogo enquanto pessoas tentavam fugir de figuras encapuzadas que flutuavam alguns centímetros do chão outras eram erguidas magicamente pelos tornozelos na praça central.


 


Os três em cima da colina aparataram rapidamente p/ o povoado e quase que instantaneamente se viram envolvidos por uma onda de desesperança e agonia que emanava dos dementadores que cruzavam as ruas displicentes.


 


-Expecto Patronum – o grito em uníssono dos três fez sair animais prateados de suas varinhas. O leão conjurado por Franco atacou a figura mais próxima que encurralava um casal de trouxas enquanto o lobo de Lupin e o pavão de Prewett planaram pelas vielas cheias de fumaça.


 


-Ajudem os trouxas, eu vou atrás de Dorcas – Longbottom se virou e correu a toda velocidade pela rua destruída que ele sabia que daria na casa da bruxa.


 


A casa não estava em chamas ao contrário das demais. A porta da frente estava em pedaços e a voz fria e marcante de um homem falava:


 


-Chegou a sua hora minha cara, você será um exemplo do que acontece c/ quem vai contra os propósitos de Lord Voldemort.


 


Um jato de luz verde iluminou o interior da casa enquanto o auror petrificado ouvia os últimos gritos daquela mulher. Franco não esboçou reação até perceber o que estava p/ acontecer. Ele nunca duelara contra Voldemort antes, fora sempre contra os seus lacaios, e agora estava a poucos passos de estar frente a frente c/ aquele que causou dor a tantas famílias, o nome por trás de toda aquela guerra.


 


-Sabe, ninguém consegue se esconder de mim. – a voz que parecia o sibilar de uma cobra perfurou como uma faca os tímpanos de Franco – Eu tenho meios p/ descobrir mentiras, ler olhares, eu posso até entrar na sua cabeça e dar uma olhada em seus segredos mais profundos Sr. Longbottom.


 


O rosto do homem agora na soleira da porta era magro, seus olhos negros pareciam detectar qualquer movimento, sua boca em um fino sorriso. Mas o que antes poderia ser um homem bonito agora era só malícia e desdenho.


 


-Você acabou de encontrar sua ruína, Voldemort! – Franco Lonbottom enfim encontrara palavras que após uma breve reflexão pareciam um pouco mal escolhidas. Mas isso não o impediu de manter a varinha apontada p/ o rosto do seu inimigo.


 


C/ uma risada debochada, Voldemort usou um movimento rápido de sua varinha p/ desarmar seu adversário e o derrubou no chão, de joelhos aos seus pés.


 


-É isso que Alvo Dumbledore apresenta p/ minha guerra? Você é fraco, medíocre demais p/ me enfrentar bruxo. – Voldemort não sorria mais. – Mas tem potencial Longbottom, você tem coragem, tem fibra, eu posso lhe ensinar a ser um grande bruxo.


 


-NUNCA ME ALIAREI A VOCÊ! – Franco gritara, mais por desespero do que coragem.


 


-Sua família inteira estará protegida se tomar a decisão correta. – Voldemort enfim achara um ponto. O nó na garganta do auror o impediu de novamente negar a proposta. Seus pensamentos voaram p/ milhares de km até encontrar a mulher grávida de seu herdeiro. Como ele amava aqueles dois seres.


 


-Lhe darei tempo bruxo, você certamente saberá onde me encontrar. Escolha o lado certo, - c/ um olhar malicioso. – ou sofrerá as conseqüências como todos que ficam em meu caminho.


 


Ele sumiu, deixando o auror de joelhos s/ poder acreditar que ainda estava vivo.



obs: Ainda s/ previsão p/ o próximo capítulo; Abraços.

Compartilhe!

anúncio

Comentários (0)

Não há comentários. Seja o primeiro!
Você precisa estar logado para comentar. Faça Login.