World on Fire



Esperando, esperando por um sinal, chorando ao céu
Para o amor vir ao redor, assim a esperança não irá me decepcionar
Sombras continuam, toda a luz se foi
Sua promessa me chama, então o amor me resgata


Então enquanto as trevas se aproximam
Saiba que o sol irá brilhar novamente
Trazendo salvação à um mundo em chamas


 


World on Fire – Trading Yesterday


 


A Maria Fumaça apitava, mostrando que estava pronta para partir a qualquer momento. Era 10:30 da manhã do primeiro dia de setembro. Não haveria nada de anormal nos abraços de despedidas entre pais e filhos, se não fosse pelos olhares apreensivos e o medo que exalava de cada criança que embarcava no Expresso de Hogwarts na plataforma 9 ¾.


Havia Comensais por toda parte verificando se nenhum pai desesperado tentava, de ultima hora, arrancar seu filho do trem, para impedi-lo de ir para uma escola que não era mais considerada segura, após a morte de seu ultimo diretor: Alvo Dumbledore.


Gina Weasley chegou à plataforma acompanhada de Arthur e Molly Weasley, seus pais. Se antes o dia 1º de setembro era o mais esperado por muitos, nesse momento era o de maior apreensão. A ruiva pode verificar por sua breve caminhada na plataforma vários rostos desconhecidos, porém não só de crianças de 11 anos aguardando para embarcar pela primeira vez no Expresso. Havia novatos de todos os anos.




-São os alunos que estudavam em Durmstrang e em Beauxbatons – respondeu uma voz ao ouvido da ruiva.




-Ah ... – a ruiva se virou assustada – oh, olá Neville.




Sim, aqueles eram os ingleses que tinham por diversos motivos ido estudar nas outras duas escolas da Europa. Uma que se localizava na Bulgária e outra na França.


Em outros tempos, os pais podiam escolher educar seus filhos em casa ou mandá-los para escolas no exterior, mas não agora, quando Voldemort estava no poder.




-Não é estranho todas essas pessoas novas aqui Neville? – perguntou a ruiva – Sempre estávamos tão acostumados com os mesmos rostos e agora vamos ter que lhe dar com outros alunos da nossa idade que foram educados em outras culturas e tiveram uma educação diferente da nossa.




-Você tem razão, só espero que não haja brigas entres os estudantes. Brigas por motivos fúteis são as ultimas coisas que precisamos agora.




-Papai me disse que podemos nos dar bem com eles – disse uma voz sonhadora atrás de Gina e Neville – Vocês sabiam que os búlgaros têm um grande respeito pelos Bufadores de Chifre Enrugado?




-Creio, então que você se dara muito bem com eles então Luna – disse Neville com uma leve risada.




-Olá Luna, como anda o Pasquim?




-Papai esta trabalhando bastante para as próximas edições.




Luna continuou falando sobre a revista mas Gina se afastou para se despedir dos pais que tinha a expressão preocupada.




-Gina – disse Arthur respirando fundo – esse ano não será igual aos outros dos qual você já passou em Hogwarts. Snape agora como diretor fará grandes mudanças na escola. Os Carrow vão lecionar lá também, mas escute Gina, não faça nenhuma besteira, não os confronte! Estou te falando como pai, eu lhe proíbo. O melhor que você tem a fazer é fica quieta. Sei que isso é difícil – Arthur se apressou em dizer ao perceber que a filha abrira a boca para protestar – mas faça isso por nos. Eles não vão se importar em lhe machucar, mas nós não suportaríamos ok? Por favor me escute e faça o que estou te falando.




Gina afirmou com a cabeça e deu um abraço no pai.




-Gina querida – disse Molly já com os olhos cheios de lágrimas – se comporte ok? Seja uma boa menina.




Molly abraçou a filha fortemente.




-Já esta na hora de embaraçar – disse Arthur consultando o relógio – Até o natal querida.




Após as despedias a ruiva se juntou a Luna e Neville que embarcavam no expresso. Devido aos novos alunos, o trem estava mais cheio do que de costume e foi difícil achar uma cabine fechada.




-Aqui – apontou Neville para uma cabine que por milagre estava fazia.




Os três jovens entraram e ninguém disse mais nada. Um silencio constrangedor se apoderou da cabine.




-Sabe – Neville quebrou o silencio – o que vocês acham que o Harry, a Mione e o Rony estão fazendo? Porque, sabe, eu fiquei me perguntando o porquê deles não voltarem para a escola.




-Nev – começou Gina – No momento em que o Harry pusesse os pés na estação, iriam vir todos os comensais que estivessem em um raio de 50 quilômetros e serviriam a cabeça dele em uma bandeja pro Lorde das Trevas. Os tempos mudaram meu amigo.




-Papai fala muito nele no Pasquim sabiam? – perguntou Luna com sua voz distraída – Acho que é a única revista que não oferece prêmios pela captura dele.




-Você tem razão Luna – Neville falou com uma voz fraca – O indesejável numero um. É um fardo muito grande para alguém segurar, o Harry tem muita força.




Ao ouvir as palavras de Neville, as lagrimas vieram com toda a velocidade. A ruiva nunca se sentiu pior, nem mesmo quando foi possuída pela lembrança de Tom Riddle. Pelo menos no passado, tinha a possibilidade de fazer alguma coisa: implorar ajudar a Dumbledore, contar toda a verdade a Harry, mas não tinha feito nada. Não tinha tido coragem de fazer nada. Mas agora por mais coragem que tivesse, o que iria fazer? Não sabia onde o trio se encontrava e o que estavam fazendo. Os boatos que estavam simplesmente fugindo ficavam cada vez mais fortes, pelo fato de “O garoto que sobreviveu” não ter aparecido quando a casa dos que o abrigavam foi invadida, como disse o Profeta. Não que valesse alguma coisa o que aquele jornal totalmente manipulado dizia, mas muitos ainda acreditavam nele.




Estava com as mãos atadas.


A menção que o pensamento tomava conta da mente de Gina, seu esforço para conter as lagrimas foi inútil. Sentiu o caminho que a lagrima tinha feito no seu rosto e saiu da cabine. Não queria que seus amigos a vissem assim.




-Vou ao banheiro – disse apressada tentando manter a voz o mais firme possível.




Ao sair da cabine as lágrimas venceram o seu ultimo esforço e começaram a cair insistentemente. A maioria dos alunos já estavam nas cabines, não foi difícil chegar ao banheiro da locomotiva.




Gina se apoiou em uma pequena pia que havia ali e deixou as lagrimas que muitas vezes fizeram compania a ruiva durante a noite rolarem pelo seu rosto. Não estava sendo nada fácil aquela situação. A duvida de como Harry, Rony e Hermione estariam não saia da cabeça da garota. A possibilidade de serem capturados era o maior medo da garota. Não iria suportar os três ... Não! Gina se proibira de pensar nisso. “Eles não vão ser capturados, eles vão se sair bem.”




A ruiva sempre fora forte. Buscava sempre ver o lado bom das coisas, nunca deixava seus amigos desanimarem mesmo que parecesse que o jogo já estava perdido. Sempre sorrindo, sempre animando os outros. Essa lembrança parecia fazer parte de um passado distante, pois nos últimos tempos a única coisa que a ruiva fazia era chorar e se entregar ao desespero. Parecia que a força que sempre teve, tivesse ido embora junto com o amor de sua vida.




Levantou a cabeça, prendeu os longos cabelos cor de fogo em um alto rabo de cavalo e lavou o rosto, querendo que as lagrimas nunca tivessem rolado e o motivo por elas caírem nunca tivesse existido.




-Tenho que ser forte, forte. – repetiu inúmeras vezes enquanto encarava sua reflexo no espelho.




Seus pensamentos foram desviados pelo barulho da porta batendo. Alguém entrara no banheiro. Gina logo desviou o rosto para a recém chegada não ver as lágrimas. Pelo canto do olho, a ruiva notou que nunca tinha visto a garota na escola e não seria nenhuma novata pois nem de longe aparentava ter 11 anos.




“A escola é muito grande. Não tem como conhecer todos os alunos.” Pensou.




A garota estava lavando a mão quando deixou cair um lenço do bolso. Gina se abaixou para pegar e devolver.




-Obrigado. – disse a garota com um sotaque francês, porém falava perfeitamente, sem nenhum erro. Tinha vindo de Beauxbatons.




-De nada – Gina tratou de se virar logo que viu que a desconhecida lhe olhava nos olhos.




-Ta tudo bem ?




-Sim, sim. Foi só alguma coisa que esta irritando meu olho.




A garota deu uma pequena risada.




-Desculpa falar, mas eu conheço desculpa melhores. – A desconhecida deu um sorriso largo, no qual Gina sentiu confiança.




Agora a ruiva encarava a garota de frente, sem tentar esconder as lagrimas, já que seu esforço tinha sido em vão. A menina tinha praticamente a mesma altura de Gina, tinha cabelos chocolate e olhos verdes que sorriam junto com os lábios da garota.




-Quer conversar?  Você não ta nada bem colega, quem sabe uma conversa melhore o seu estado.– a desconhecida falou




-Me desculpe mas, eu nem te conheço e ...




-Oh! Me desculpe os maus modos. Prazer Elizabeth Frémond. Mas pode me chamar de Eliza. Estudava em Beauxbatons mas – ao falar da escola, Gina pode perceber que o sorriso diminuira e os olhos perderam o foco como se estivesse vendo muito longe, em algum lugar da França – tive que vim pra cá né? Acho que não preciso explicar o por que. - garota de recuperara e voltava o seu contagiante sorriso.




-Prazer Eliza, pode me chamar de Gina. – No momento não havia nenhuma necessidade de falar o sobrenome. Com certeza muitos jornais já haviam publicado o envolvimento do “Indesejável Numero Um” com a família Weasley. Não precisava de mais ninguém fazendo perguntas sobre Harry.




-Bem Gina, me desculpe pela minha intromissão mas é que da pra perceber de longe que não esta tudo bem com você.




-É – disse dando adeus aos esforços de parecer forte – Essa não é a melhor situação para muitos bruxos, imagino eu.




-Concordo – disse Eliza. A ruiva teve a impressão de ver o sorriso da garota estremecer um pouco, mas logo estava como antes. – Mas ficar mal não adianta nada não é?




-Claro – era obvio que a guerra afetava Eliza de algum jeito, como afetava a todos os bruxos, mas algo nela não deixava transparecer medo ou fraqueza, muito pelo contrario, Eliza exalava confiança e bom-humor, algo que lembrava as características de Gina em um passado distante.




-Nossa, mas esse trem é um loucura não – Eliza falou arrancando Gina dos deus pensamentos – foi muito difícil achar uma cabine. Tive que ficar em uma que, Deus que me perdoe, as minhas “companheiras’ estão me matando. Elas são tão chatas.




Eliza fez um gesto teatral mostrando como as companheiras de viajem estavam lhe desagradando. Gina sentiu uma grande simpatia pela garota que acabara de conhecer.




-Se você quiser, na minha cabine só esta eu e mais dois amigos, pode se sentar com a gente. Garanto que não somos tão chatos quanto as garotas que se refere.




O sorriso de Eliza aumentou mais ainda e com um grande alivio a garota disse:




-Claro, claro. Só preciso passar la para pegar as minhas coisas.




A cabine de Eliza era perto do banheiro e não demorou quase nada para chegarem ate lá. Quando a garota pegou suas coisas e se despediu das garotas, Gina percebeu que as meninas que Eliza tinha classificado como “tão chatas” era nada menos que Cho Chang e as suas amigas. Gina deu um breve sorriso, ao ver que as duas concordavam em alguma coisa.




-Então, vamos? – Eliza não parecia nada triste em deixar para trás a cabine das garotas da Corvinal.




No caminho para a cabine onde estavam Neville e Luna, Gina resolveu contar a Eliza sobre as corvinas.




-Sabe Eliza, as garotas lá trás, que estavam na sua cabine, bem, posso dizer que compartilho da sua opinião.




-Serio? Conhece elas?




-Infelizmente sim, são umas garotas da Corvinal. Uma vez por causa de uma delas, nos feramos bonito. – Gina se referia a quando Marieta tinha entregado a AD. – Ela não só ferou o pessoal da casa dela, como também a gente da Grifinoria e alguns da Lufa-Lufa também. Ridícula. – Gina não conseguiu segurar o desprezo que sentia pela garota. – Mas enfim, no fim tudo se resolveu, mas você não deve estar entendo nada do que estou falando sobre as casas em Hogwarts não?




-Ah estou sim! Minha mãe estudou em Hogwarts, sei como são as casas lá.




-Mas você sabe como vão fazer para fazer a divisão dos alunos novos?




-Sim, sim, dizia em uma carta que chegou em casa no verão. A seleção dos alunos transferidos será feita junto com os alunos do primeiro ano.




-Bem, então espero que caia na Grifinoria. É a minha casa.




Ao terminar de falar Gina se deu conta que já estavam na porta da cabine, entrou e pode entender o olhar confuso de Neville quando entrou com Eliza na cabine (Luna estava lendo uma reportagem do Pasquim, que nem percebeu a chegada das duas garotas).




-Essa é Elizabeth Frémond – disse Gina em voz alta apresentado a garota – conheci ela no banheiro. Ofereci a nossa cabine já que a companhia dela não era das melhores.




-Olá Elizabeth – disse Neville meio sem jeito com a desconhecida.




-Por favor me chame de Eliza. Elizabeth é muito formal.




Logo as duas se acomodaram na cabine e Gina lembrou algo que tinha despertado a curiosidade da garota.




-Ei Eliza, você disse que sua mãe freqüentou Hogwarts, então porque você estudava na França?




- Oh sim –disse Eliza – e assim, minha mãe é inglesa e meu pai francês, ele estava morando aqui na Inglaterra pois estava se aperfeiçoando, ele é mestre em preparo de poções. Foi quando os dois se conheceram e se apaixonaram. Meu pai mudou de vez para Londres a partir daí. Mas quando eu tinha 8 anos, ele recebeu uma proposta de trabalho muito boa na França, então nos mudamos para la, por isso freqüentei Beauxbatons. Sempre escutei minha mãe dizer maravilhas de Hogwarts, e me contava como era no seu tempo. Tinha vontade de estudar la, mas não desse modo, obrigada.




Gina pode perceber que toda vez que Eliza se referia a antiga escola, o brilho no seu olhar diminuía, mas logo voltava a sorrir e conversar alegremente com a ruiva como se conhecessem há anos.




E assim se segui por toda a viagem.






*            *            *




Faltava menos de vinte minutos para o trem chegar à estação de Hogwarts. Todos os alunos já estavam com suas vestes e Gina Weasley já não tinha a mesma impressão sobre Elizabeth Frémond.




Quando Gina conheceu Eliza no banheiro do trem, pensou se tratar de uma das meninas “tipo” de Beauxbatons: certinhas, educadinhas, as típicas boas moças. Mas depois de horas num vagão de trem com a senhorita Frémond, onde ela contou suas historias, Gina percebeu que Eliza era completamente diferente.




Eliza era uma retardada de mão cheia! A garota tinha pego mais detenções do que Gina se lembrava de ter jogado quadribol na vida. O certo desprezo que ela tinha pelo regulamento da escola era um dos tópicos da lista de semelhança entre as duas garotas. A garota de cabelos longos cor de chocolate era uma daquelas pessoas que sempre estava sorrindo e alegrando a todos que estivessem a sua volta. Era simpática e inteligente. Do tipo que muitos garotos queriam ter para si. E seus olhos teimavam em acompanhar qualquer 1,80m de ombros largos que passasse na sua frente. Eliza dissera que os seus amigos mais intimo costumava a chamar de louca, pelo seu jeito de ser, sempre falando a verdade e fazendo o que tivesse vontade.




Se havia pessoas que pensam duas vezes antes de fazer, Eliza era daquelas que fazia duas vezes antes de pensar.




O trem parou e todos começaram a descer. Gina e Eliza saíram conversando como se fossem amigas de infância. Uma grande amizade estaria nascendo ali. Não demorou muito para Gina ouvir a conhecida voz:




-Alunos do primeiro ano por aqui ! Alunos de Durmstrang e Beauxbatons por aqui também por favor. Ei vocês andem depressa, vamos – Hagrid estava como em todos os outros anos auxiliando os novatos em Hogwarts.




-Bem Eliza, você tem que ir agora com o Hagrid – Gina apontou para o meio-gigante.




-Ah, a gente vai pra onde? – perguntou Eliza desconfiada




-Suponho que agora vocês vão ser organizados para a seleção, e vê se vai para a Grifinoria hien? – disse Gina que ia se dirigindo para as carruagens.






*            *            *




-Você esta com uma cara melhor Gina – disse Neville quando já estavam nas carruagens a caminho do castelo.




-Eu estava tão mal assim Nev? – perguntou Gina.




A garota tinha noção de que estava mal, mas tentava esconder o maximo possível de seus amigos e o comentário de Neville mostrava que seus esforços tinham sido inúteis. Apesar de ter feito a pergunta ao amigo, foi Luna quem respondeu.




-Você estava com um olhar bem distante Gina, como se tivesse sido atacada por vários zonzobulos.




-Mas acho que no caso de Gina, não eram os zonzobulos que estavam desviando os pensamentos dela Luna – disse o garoto lançando um olhar a ruiva – acho, quem sabe, pudesse ser um garoto com uma cicatriz na testa, não Gina?




-Quem sabe – disse Gina lançando um sorriso para Neville.




A conversa com Eliza melhorara o humor de Gina, talvez porque pudesse esquecer por alguns instantes a sua intensa preocupação ou por que não tinha que ficar aturando os olhares piedosos que muitos de seus amigos lhe lançavam. Eliza sabia como deixar alguém alegre e graças a Merlin fizera com que Gina sorrisse, o que há muitas semanas não vinha acontecendo.




-Vamos – disse Neville ao notar que já haviam chego ao castelo.




Não era nada igual, comparada aos anos anteriores em que Gina estivera na escola. Havia comensais nos portões da escola, aos montes. Agora que Snape era o diretor, era obvio que chamaria seus amiguinhos para compartilhar da festa, pensou Gina.




Todos os alunos foram revistados. Um a um. Vários objetos foram jogados fora por serem considerados de caráter duvidoso.




-Caráter duvidoso – disse Gina em voz baixa avaliando a pilha de objetos que seriam destruídos – Um colar, uma caixa de comida para gatos e um Snape Explosivo. Realmente muito perigosos.




Gina tinha que admitir que quem trouxera o Spane Explosivo para a escola tivera muita coragem, mas pode perceber também que nem os comensais que faziam as revistas, achavam que muitos dos objetos eram duvidosos. Apenas se apressavam em mostrar serviço a Snape. Nojento.




-O que é isso? – perguntava um dos comensais a Gina lhe apontando para uma caixa que estava no seu malão.




-Objetos para manutenção de vassoura – disse seca.




-Não será mais preciso – respondeu o comensal ríspido – os jogos de quadribol foram cancelados pelo diretor.




O comensal fizera menção em jogar a caixa na pilha de objetos, quando uma voz surgiu atrás dele.




-Mas o fato de ser inútil, não o torna duvidoso, não é Amico? – disse firmemente Minerva McGonagall.




-Não Minerva – a resposta viera tão fria de Amico, como se esperasse que as palavras os ferissem. – Mas acho melhor não ficar de bobeira garota – disse apontando para Gina que arrumara seu malão quase que imediatamente e se dirigia ao salão principal.




A entrar no salão, a garota se surpreendeu que ainda houvessem as bandeira da Grifinoria, Corvinal e Lufa-Lufa. Mas era evidente que a bandeira da Sonserina se sobressaia não só pelo tamanho, mas também pelo lugar de destaque.




Logo avistou Neville conversando com Simas e foi se juntar aos dois.




-Então quer dizer que o Dino também não voltou para a escola? – perguntou Neville cabisbaixo ao amigo.




-Não – Simas estava visivelmente abalado com a ausência do melhor amigo – o pai dele fugiu quando ele ainda era pequeno então não tem como provar nada naquela palhaçada de registro sanguíneo. Agora ele esta, sabe-se Merlin, aonde, fugindo para tentar salvar a vida!




-São muitos os foragidos, não? – disse Gina pela primeira vez na conversa.




-Muitos – respondeu Simas – e o Harry, alguém sabe o que aconteceu com ele? Ouvi falar que ele nem foi no casamento do seu irmão Gina.




-Verdade – concordou. Claro que Harry estivera no casamento, só que estava sob a poção polissuco e Gina achou mais prudente não contar aquilo ali. Havia ouvidos demais a sua volta. – É claro que ele não poderia voltar para a escola, seria como amarrar a corda no próprio pescoço.




-A Mione também ta com eles, né? – “Eles.” Era claro que Simas sabia muito bem que Rony também estava com Harry, ninguém da Grifinoria cairia na historia da sarapintose.




Gina fez um breve aceno com a cabeça, confirmando.




-Sinceramente, essa historia que saiu no Profeta, que o Harry ta só fugindo, sabe, eu não acredito nem um pouco. Esse não é o Harry, ele não fugiria. Eles devem estar fazendo alguma coisa, procurando alguma coisa.




-Concordo Simmas – disse Neville que iria dizer mais alguma coisa mais foi interrompido por vários cochichos nervosos no salão.




Gina levantou a cabeça e olhou para a mesa dos professores. Severo Snape acabara de chegar e se colocara no lugar onde antes foi de Alvo Dumbledore.




Como novo diretor, todos esperavam que o ser que mais parecia um morcego, tomasse a palavra e falasse sobre as mudanças na escola, porém foi a professora McGonagall quem começou a falar.




-Boa noite alunos. Esse ano os jovens ingleses que estudavam em escolas do exterior, como vocês sabem foram transferidos para Hogwarts.




“Transferidos? Porque não falava logo que foram obrigados?” pensou Gina.




-E como acontece com todos os alunos do primeiro ano, ele passaram pela seleção, para saber em qual casa ficaram. – a professora tomou ar, parecendo que estava fazendo uma coisa que realmente odiava – Devo também informar que esse ano em Hogwarts os irmãos Aleto e Amico Carrow lecionaram aqui.




Os irmãos comensais levantaram de seus lugares na mesa dos professores. Tirando alguns aplausos que vieram da mesa da Sonserina, o silencio permaneceu no salão.




Antes que qualquer um dos comensais pudesse expressar sua indignação, amaldiçoando qualquer um que estivesse ali (o que parecia pela feição dos dois que era a coisa que eles mais desejavam fazer com os aluno), a professora McGonagall chamou os alunos do primeiro ano.




A cerimônia ocorreu com uma tensão presente no ar. A expressão de apreensão e medo estava estampada nos rostos de todos os novatos. Quando todos já estavam selecionados, a professora chamou os alunos de Durmstrang e Beauxbatons.




Eram mais alunos do que Gina poderia imaginar. Moças e rapazes também apreensivos com o futuro incerto na nova escola. A chamada começou.




- Ariette Berkeley.




Uma garota de cabelos negros, se dirigiu ao banco. Gina imaginava que a garota devia ter uns 14 anos.




-Corvinal!




A mesa da Corvinal explodiu em vivas, como se quisessem desafiar os comensais presentes ali.




E assim a cerimônia prossegui. Vários nomes foram chamados, dos quais muitos a ruiva nunca tinha ouvido falar.




Lynke..., Gristle..., Mildew..., Falkirk..., Halliday ... até que um sobrenome despertou Gina de seus devaneios.




-Elizabeth Frémond!




Eliza foi a única que sentou no banco sorrindo.




“Decididamente ela é louca” pensou Gina.




-Com certeza, Grifinória!




A mesa vermelha e dourada explodiu mais uma vez. Era nítida a expressão de alivio no rosto de Eliza que conseguiu se espremer entre Gina e Neville.




-Parabéns ! – Neville dava palmadinhas nas costas de Eliza




-Obrigada. Nossa que alívio – Eliza sorria mais ainda. Falou mais baixo para apenas Gina e Neville escutarem – Se eu fosse para a Sonserina, meus pais me deserdavam!




Em meio aos risos, Neville falou em baixo tom.




-Vocês repararam que são poucos os alunos estrangeiros que estão indo para a Sonserina?




-Vai ver que sendo criados em outros países, eles tenham mais caráter – disse Gina olhando fixamente para a mesa da Sonserina, encarando Malfoy.




-Me diz como esse babaca teve coragem de vim pra cá – cochichou Gina para Neville.




-Ele acha que esta protegido por ser puro sangue. Ridículo.




Gina e Eliza conversavam animadamente quando um nome chamou atenção das duas.




-Mathew Melyncourt!




Mathew caminhou ate o banco. Era alto e tinha os cabelos castanhos que faziam contrastes com os olhos também castanhos porem mais claros que os fios desalinhados. Não era troncudo e nem de aparência divina, mas seu corpo revelava uma solida energia, enquanto seus ombros largos e seus músculos rígidos despertavam murmúrios das garotas que estavam a sua volta.




-Meu Deus! Da onde surgiu isso ? – perguntou Eliza com os olhos brilhando – Se eu soubesse que aqui em Hogwarts tinha isso – e apontou para o rapaz – eu tinha vindo pra cá faz tempo!




-Eliza tem como você ser menos descarada?– Gina não conseguiu conter o riso.




-Ah Gina, você ta falando isso porque não foi você que estudou em uma escola só de meninas (n/a: considerem como apareceu no filme, Durmstrang: somente rapazes e Beauxbatons, apenas moças). Viva a escola mista! Por Merlin que ele venha para a Grifinoria! Grifinoria!




O chapéu demorou um pouco na cabeça de Mathew, mas logo exclamou:




-Grifinoria!




-Isso! – Eliza não se conteve.




-Eliza! Censurou Gina.




Mais alunos foram chamados e a cerimônia terminou. Como era de costume, o diretor fazia o seu habitual discurso e começava o jantar, porém o jantar apareceu e Snape nem se mexeu na sua cadeira.




-Vai ver que ele se acha importante demais para falar para alguns jovens que nem maiores de idade são ainda – disse Neville no meio do jantar




-Também acho Neville, esse morcego velho se acha demais ... Eliza! – gritou Gina.




-Que foi Gi, eu só tava olhando pra ele ué?




-Só olhando? Você tava devorando o rapaz com os olhos! Para de olha pra ele antes que ele perceba e você fica numa situação constrangedora.




-Ta bom, ta bom – disse Eliza com uma criança de 5 anos proibida de comer mais doces – eu paro, por hoje!




 


*            *            *


 


 


 


n/a: Olá gente, espero que gostem do primeiro capitulo e por favor, comentem! A opinião de vocês sempre será bem vinda. Elogios, criticas e conselhos!


 


Agradecimentos especiais:


 


Mary Weasley: Obrigada! A Gina também é uma das minhas personagens favoritas.


 


Ginny M. W. Potter: Que bom que você gostou, fico muito feliz. Obrigada pelo comentário.


 


Vanessa Vianna: Flor!!! Obrigada demais. Foi você quem mais me incentivou a escrever a fic. Obrigada não só pelo incentivo mas pela força que você sempre me da em tudo na minha vida! Amo você Vanizinha! E pode fica tranqüila que você ainda vai ter o irmão gêmeo do Mathew pra você!


 


Carol Peeters: Muito obrigada pelo comentário! Que ótimo que você gostou, espero que também goste desse.


 

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