A primeira noite do resto de n



A primeira noite do resto de nossas vidas

Andaram calados até o elevador, permaneceram calados durante o trajeto.


“O que raios está acontecendo comigo?” – perguntou-se Gina, estranhando estar tão nervosa e tímida com um homem.


“ O que raios está acontecendo comigo? – Perguntou-se Harry por estar tão louco e desesperado por tocar aquela mulher.


Quando saíram do elevador e este fechou as portas Harry a tomou nos braços e a beijou de novo.


Ele estava em chamas por ela. Não queria ser indelicado, não queria forçar nada, mas não conseguia se controlar, não depois de ter provado o beijo dela. Se com aquele beijo ele viu estrelas, provar do corpo dela deveria ser como comer Ambrosia, ele viraria um deus.


Ela ofegava em seus braços e respondia a seus toques.


Arrastaram-se pelo corredor, sem conseguir largar um do outro. Gina tremia


Harry abriu a porta do quarto dela com dificuldades. Fechou-a com mais dificuldade ainda.


As mãos do morenos pareciam ter vida própria e buscavam conhecer aquele corpo que lhe enlouquecia.


- Gina... – ele gemeu.


Ao ouvir a voz dele uma luz acendeu no cérebro dela, dizendo-lhe que aquilo era errado e que ele era um estranho.


Com muita dificuldade ela afastou-se dele.


- Harry não...


Ele a olhou curioso.


- Gina...


- Harry, nós mal nos conhecemos.


- Eu sei, me desculpe... mas eu não consegui. Você me atrai demais.


Ele avançou contra ela de novo e a beijou. Gina perdeu-se no beijo.


- Harry por favor.


- Gina, não me afaste. Somos adultos, eu te quero, você me quer também por favor...


- Oh céus... – ela balbuciou perdida nas caricias dele.


Ele a prensou contra a parede. Pressionou suas pernas entre as dela e ela pôde sentir o quanto ele falava serio ao dizer que a queria,


 - Você pode achar que estou mentindo Gina, mas nunca senti isso por outra mulher. Não desse jeito, não nesta intensidade. Deus sabe que falo a verdade. Eu quero você Gina, quero muito fazer amor com você.


Ela não podia responder.


Sabia que estava perdida, não iria e nem queria resisti-lo.


Quando sentiu as mãos de Harry desatarem sua blusa, perdeu o ultimo resquício de sanidade, mandou as convenções as favas e deixou-se amar.


 


Gina acordou no dia seguinte com a luz do sol entrando pelas frestas da janela.


Espreguiçou-se lentamente com um sorriso no rosto. Até que suas mãos correram para o lado da cama e ela sentiu que estava vazio.


Seu sorriso desvaneceu-se ao constatar que Harry não estava ali. Por um momento sentiu-se usada.


“Você não foi usada Ginevra. Ele não lhe prometeu nada. Você ficou com ele por que quis” – gritou-lhe a consciência.


Ainda assim, sabendo que eles não tinham nenhum elo, nada foi prometido, ela não evitou sentir um brusco vazio e um aperto agudo no peito.


“Ele poderia ao menos ter se despedido de mim” – ela pensou tentando justificar a tristeza que lhe apossou.


Mas seus devaneios se encerraram quando ela ouviu o sonoro barulho da velha tranca do quarto se abrindo.


O sorriso da ruiva voltou a brilhar em seus lábios quando ela viu Harry surgir na porta carregando-lhe uma linda bandeja de café da manha. Trazendo com ele aquele sorriso sedutor que lhe entorpecera na noite passada, junto com o brilho inebriante daqueles olhos verde-esmeralda que lhe fizeram sucumbir.


- Olá estranho! – ela disse.


- Olá estranha – ele respondeu.


Ele depositou a bandeja com cuidado na cama e sentou-se ao lado da ruiva. Embrenhou uma de suas mãos nos cabelos longos dela, trazendo seu rosto para um beijo insinuante de bom dia.


Gina perdeu-se no beijo.


Quando eles se separaram a ruiva buscou o ar suspirando forte e não conseguiu evitar olha-lo totalmente apaixonada.


- Me desculpe por não ser tão linda – ele disse apontando a bandeja – Foi o melhor que consegui.


- Está ótimo – ela disse rindo – Perfeito.


Ele começou a dar-lhe comida na boca. De vez em quando puxava antes que ela mordesse iniciando uma brincadeira e em determinado momento ao puxar, levou a boca de encontro à dela beijando-a de novo.


Gina estava deliciando-se com aquele contato. Chegou realmente a acreditar que ele a tinha abandonado ali, como a maioria dos homens fazem ao dormir com uma mulher desconhecida. Mas Harry não o fez. Ele tinha voltado, tinha lhe trazido café. Estava ali com ela, tratando-a como se fosse sua esposa, e eles estivessem em plena lua de mel.


Este pensamento encheu o peito de Gina e ela não soube explicar a si própria o que sentia, só sabia que era maravilhoso ter Harry ali e como ela desejaria que isso se repetisse.


Mas no exato momento em que sorriu disso, repreendeu-se. Não podia de maneira nenhuma estar se iludindo daquele jeito. Harry era lindo, sedutor, apaixonante. Sim ela nunca poderia negar. Mas era um desconhecido. Ela não podia simplesmente abrir suas defesas e se deixar iludir como uma jovem de 15 anos.

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