Capítulo II: "Vida em Godric's




Para Alvo Potter a vida na aldeia de Godric's Hallow era um tanto monótona e entediante, ele era uma criança silenciosa,não se sobressaía nas brincadeiras com seus poucos amigos,mas nas brincadeiras com seus primos e irmãos ele achava o caminho para a felicidade;Godric's Hallow nunca mudara,era uma pequena aldeia bruxa,embora alguns trouxas vivessem nos arredores;suas ruas eram estreitas,seus moradores tranqüilos e nada de muito importante acontecia por ali; certas vezes, os quase extintos Comensais da Morte estiveram ali, a procura de seu pai,o eterno menino que sobreviveu;algumas personalidades já moraram ali, algumas como Batilda Bagshot,Alvo Dumbledore,Lilian e Thiago Potter,os Perverell,e diziam que até Godric Grifinória já tinha morado naquele canto aconchegante do mundo mágico,mas,no momento as atrações eram os Potter,família do filho de Thiago e Lilian,cujos nomes também pertenciam ao filho do menino que sobreviveu,agora chefe da seção de Aurores do ministério da Magia,sob as ordens do atual ministro, Arthur Weasley,chamado pelos arruaceiros de 'o amante dos trouxas'.

Godric's Hallow tinha apenas uma praça central,cujo redor ficavam inúmeras lojas, um bar, e uma sinuosa igrejinha com vitrais que brilhavam como jóias;no centro da praça se encontrava algo como um memorial de guerra, aos trouxas,um obelisco coberto de nomes,mas aos bruxos, uma estátua de três pessoas: um homem alto e de óculos,cabelos embaraçados e feições firmes;uma linda mulher de rosto frágil e cabelos longos e belos,e um garoto de rosto delicado como porcelana, aninhado nos braços da mulher.Aquele monumento era uma homenagem aos avós de Alvo e ao seu pai,o menino agarrado aos braços da mãe.Logo atrás da pequena igrejinha se encontrava um cemitério paroquial,com um pequeno portão de entrada.No adro da igreja ficavam fileiras e mais fileiras de túmulos, que brilhavam em raios luminosos e coloridos,provenientes das luzes dos vitrais,e, lá estava o túmulo dos Potter,Lilian e Thiago,fadados ao eterno sono da morte.
A casa de Alvo era grande e bela, com janelas em retângulo e floreiras nas quais sua mãe cultivava violetas e margaridas, possuía dois pavimentos, uma grande lareira e quartos para todos os filhos. No hall de entrada ficavam alguns vasos, contendo várias roseiras brancas, que eram diariamente destruídas por seu irmão,Thiago,que cismava em jogar quadribol dentro de casa,resultando em bolas acertando constantemente os vasos.No andar térreo ficavam a cozinha,a sala de visitas,banheiros e a sala de ceia;no andar de cima ficavam os quartos e outro banheiro, esse exclusivo para Harry e Gina.O quarto de Alvo era no segundo andar,e possuía uma estante repletas de livros de magia,os quais alguns ele ganhara e outros ele afanara de Thiago em momentos de raiva.Sobre sua escrivaninha de madeira de carvalho, ficavam alguns pedaços de pergaminho e artefatos como, cristais de magia,saquinhos de pó de flú,antigos sicles,nuques e galeões que já estavam fora de circulação,vidros de nanquim e porta retratos antigos; tudo isso ele tinha achado sob a casa, no porão,e tinham todos pertencido à seus avós paternos;a casa dos Potter tinha sido construída sobre os destroços da casa dos pais de Harry,que moraram por anos a fio em Godric's Hallow,por isso, as "expedições de Alvo ao porão", em brincadeiras de caça ao tesouro com auxílio de pelúcios acabavam no encontro de moedas e lixos velhos,como dizia Thiago.Mas, uma coisa se repetia em todos os quartos dos filhos de Harry,um pôster gigante do Chudley Cannons,presentes de seus tios Rony e Jorge, amantes incontroláveis de Quadribol.

Da janela de seus quarto, Alvo observava as bagunças de seu irmão mais velho, usando artigos da loja Gemialidades Weasley, compras obrigatórias em qualquer visita ao beco diagonal. O pequeno filho de Harry era mesmo um menino sortudo, filho de pais que o amavam,primo de crianças felizes e um tanto quanto bagunceiras além da conta, sobrinho de tios engraçados e malucos e neto da uma adorável avó e um avô fissurado por trouxas e Ministro da Magia.

- Alvo!vamos!!- gritava Gina naquela manhã ensolarada, os pássaros cantavam e brincavam nos olmos e nós das árvores do jardim, e a felicidade escorria naquele lar como mel escorrendo das colméias. A felicidade daquela família era inominável,e seus rostos eram testemunha dessa alegria que contagiava os calorosos corações dos Potter.Naquele dia, aquela família iria sair unida,pois era chegada a hora de embarcar as crianças para a Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts.Seu roteiro era visitar o túmulo de Lilian e Thiago,falecidos avós paternos de Alvo,como de costume para Harry, e a família iria ao cemitério junto com ele,para dar apoio emocional,pois todos sabiam que por mais que os anos cicatrizassem todas as dores,o vazio no coração de Harry pelo perca dos pais nunca iria embora;depois de lá,iriam n'A Toca,dar adeus à seus avós,e dali iriam para ã plataforma nove e meia da estação de Kings Cross,para o primeiro embarque de Alvo.

Ao chamado da mãe, Alvo desceu as escadas correndo e entrou na cozinha cirurgicamente limpa e bem cuidada. Lilian estava comendo muito,parecia um leão faminto.
- Bom dia querido, sente-se, hoje, como sempre o café será... alguém adivinha...ovos com bacon,torradas e suco,bem, comam, temos que ir logo.- a voz de Gina era calma e gentil,como esperado de uma mãe atenciosa e carinhosa com os filhos.-Bem,vamos comer com música, né?

Ao aceno da varinha, o rádio sob o balcão ligou, uma musica conhecida soou:
"Ah, vem mexer o meu caldeirão,
E se mexer como deve ser,
Faço procê um amor quente e forte,
Para sua noite aquecer..."

A voz da cantora Celestina ecoou pela casa toda, seus gritos agudos quase furavam os tímpanos de todos, e Lilian quase chegou a chorar, pois aquela música era rotineira n'A Toca, aonde iam com freqüência.
"ah, oque foi feito do meu pobre coração?
o que houve com meu caldeirão..."

-Que é isso?-Harry adentrou abruptamente a cozinha, já vestia seu costumeiro casaco jeans e seus óculos estavam como sempre quebrados no aro, colados com fita adesiva.
Querido,você não sabe usar magia?-a voz de Gina foi seguida por um risinho acalorado, o tempo passava, mas o costume de Harry de remendar os óculos ao invés de usar magia para consertá-los nunca terminava-óculos reparo!

Ao apontar a varinha para os óculos do marido, Gina, concertou-os, o brilho dourado do feitiço constratou com os olhos verde esmeralda de Harry, a aparte mais marcante daquele rosto bem cuidado, que não aparentava ter 36 anos.
- E Thiago?-perguntou Harry.
-Lá fora, correndo no terreno para variar-disse Gina - Sabe Harry,não sei o que esse garoto tem,é mais agitado que um diabrete, por que será que ele é assim?
- Puxou pelo papai, pelo que disse tio Jorge - Engolindo rápido seu bacon,
Lilian falou, com os olhos lacrimejando por engolir tão rápido.
- com certeza - falou a mãe.
-Jorge, sempre me chamando de bagunceiro em frente às crianças, ele nunca muda...

Logo depois do café, foram todos, inclusive Thiago, sendo praticamente arrastado por Gina, para o cemitério atrás da Igreja. Harry seguia em frente com Gina,e as crianças ficavam atrás,ocupados em ouvir as idéias malucas de Thiago:
-Lá no cemitério, vamos brincar de pique - esconde, atrás das lápides tem muito lugar para se esconder...
-Você disse que lá tem um sinistro... -disse com medo Lilian.
-Ah, sim Lily, lá existe um sinistro,enorme e todo peludo,eu mesmo o ví-disse Thiago,contando sua costumeira mentira.
-Não Lily,lá não tem nenhum sinistro,você vai acreditar logo no Thiago?Um bicho-papão mente menos que ele, e olhe que ele se transforma. -Falou Alvo.
-Chato, tem sim um sinistro lá, mas como eu sou um bruxo espetacular, ele não vai atacar, porque sabe que vocês estão comigo, é sim...

A família chegou ao cemitério, pequeno e parecendo uma lagoa de pedrinhas brancas.
Passaram por aqui e ali, naquele labirinto de túmulos e malsoleis, mas finalmente chegaram ao túmulo destinado.
Um velho túmulo de mármore,conservado do tempo como as geleiras que não se derretem,sob eles,dava de se ler em grafia dourada:
"Thiago Potter Nascido em 27 de Março de 1960, falecido em 31 de Outubro de 1981
Lilian Potter, nascida em 30 de Janeiro de 1960, falecida em 31 de Outubro de 1981.
Ora, o último inimigo que há de ser aniquilado é a morte."

Os olhos de Harry ficaram marejados de lágrimas, pois ele sabia que por mais que tivesse usado a pedra da ressurreição para trazer seus pais de volta a vida, eles eram invisíveis a quaisquer pessoas, senão ele. "Não chore querido,estamos com você..."a voz de sua mãe ressonou na sua cabeça,e no horizonte ele pode ver seus pais,Sirius e Lupin,nem vivos e nem mortos, etéreos como patronos."eu sei",pensou Harry e acenou a varinha em direção aos túmulos.
-Orchideous!
Em um estalar vários buques de flores surgiram sobre o túmulo, contendo rosas, gira-sóis, violetas, entre outras.

Depois daquele túmulo, Harry, Gina e as crianças foram até o túmulo dos Dumbledore, passaram no caminho pelo túmulo dos Perverell, que Harry evitou, assim como todos os outros. Pararam então em frente ao túmulo de Kendra e Ariana Dumbledore,um túmulo de granito,manchado de líquen, e escuro como carvão.Harry fez o mesmo que havia feito,conjurou as flores e foram todos para o portão do cemitério.Ao saírem,Thiago indagou:
-E as bagagens?
-Accio Bagagens!!-disse Gina, apontando a varinha para sua casa, distante do cemitério.
Em segundos, várias malas estavam ali em frente a eles, contento as bagagens de Alvo e Thiago.
-Portus!!!-disse Harry, apontando para uma pedra que acabara de pegar no chão - todos coloquem a mão na pedra no três, vamos direto para A Toca, segurem firme e não se esqueçam das malas, está bem, um, dois, TRÊS!
Ao comando de Harry todos colocaram a mão na pedra e tudo em volta girou; Alvo sentiu uma sensação como se um gancho o puxasse pela parte de trás do umbigo, e girou num turbilhão de luz e cores. Quando pararam de girar,bateram todos com os pés firmes no chão,estavam em frente à porta do fundos d'A Toca,e O Sr. e a Sra.Weasley estavam parados no portal da porta aberta,recebendo-os com olhares carinhosos.

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