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N/A: Uma coisa que esqueci de dizer. Leiam o J.S. em inglês, fica mais bonito do que no português.


 


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“Tudo começa no meu aniversário de 9 anos.”


 


Finalmente havia convencido minha mãe a levar-me pra passear fora da Área (de proteção). Era meu presente de aniversário.


Minha mãe (Ginerva, mas todo mundo a chama de Gina) me levou numa área que ela julgou segura e que os comensais não iriam criar confusão.


O passeio estava legal apesar do clima sombrio que pairava por todo lugar.


Todos encapuzados, inclusive nós.


Minha mãe toda hora me lembrando para eu me conter e não sair de perto dela. Mas foi só a marca aparecer nos céus que foi instalada a confusão.


Fui separado dela e não sabia pra onde correr, já que tinha gente correndo pra todo lado.


Acabei fazendo minha própria rota, minha mãe me avisou pra fugir e me esconder e nunca tentar enfrentá-los, só em caso extremo.


Entrei num beco e procurei uma lata de lixo mesmo, pra entrar e esperar a confusão parar, mas dei de cara com....  Aposto que tão pensando que é um comensal que me achou nesse beco, mas estão errados, foi bem pior que isso.... Voldemord.


Ok, ai eu tive 3 motivos pra ter congelado, ele poder me matar e eu nem saberia o que me atingiu. 1º Voldemort impõe medo, 2º era a primeira vez que o via e 3º era o rosto de meu pai (mais magro e olhos vermelhos, mas ainda dava pra ver o rosto que via em fotos). Mas apesar de tudo isso (juro que foi reflexo), puxei minha varinha.


Claro, ele riu – é mais fria do que dizem – senti um arrepio de medo.


-O que pretende fazer com essa varinha, me enfrentar?


Ele falou em puro deboche.


Eu só continuei o encarando, na verdade a cicatriz. Não conseguia desprender os olhos dela.


E foi que num piscar de olhos (se é que pisquei) eu estava num lugar escuro com uma iluminação as minhas costas e a minha frente sentado, o chão encostado ao que deveria ser a parede, um homem.


Era ali que, mesmo novo, eu iria ter um ataque cardíaco.


Meu pai. Acabado quase como um vagabundo.


Bem nem preciso dizer que nós dois nos olhamos com espanto.


-Como chegou aqui? Não importa, saia o mais rápido antes que ele perceba – ele falou com urgência e ficou de pé.


Ok agora sim podiam me matar e eu nem veria o que me atingiu.


­-Vo....você... ta..... vivo...?


Acho que falei isso tão abobalhado que poderia até ter babado.


-Não importa. Você tem que sair daqui.


Quando ele andou até mim é que pude notar o que parecia ser uma corrente, o prendendo no tornozelo.


-Não sei como.


Ele me olhou num certo desespero passando a mão pelos cabelos (provavelmente pensando em alguma solução).


Mas ai ouvi novamente a voz de Voldemord.


­-Gostou da cicatriz? Posso te dar uma igual.


Olhei pra traz e vi o que parecia uma tela de cinema, mas menor, e pude me ver olhando fixamente para algo acima da tela.


E num piscar estava novamente encarando a cicatriz. Tentei voltar pra lá, olhando a cicatriz fixamente novamente.


-Já que não vai dizer nada...


Voldemord falou erguendo a varinha. Agora eu olhei nos olhos dele (tão frios quanto dizem).


-Avad.... Avad...


Ok, aquilo foi esquisito, por que não soltava de uma vez a maldição? Esqueceu o resto? (eu ainda não acredito que consegui fazer essa piadinha na hora, por sorte guardei-a para mim).


-Pensando bem – ele se aproximou, eu ainda dei um passo pra trás – você queria uma cicatriz não? – apontou a varinha pra minha testa.


Ouvi o grito de minha mãe, ao mesmo tempo que a dor do corte na testa me deixou levemente tonto e iria me deixar mais com o sangue que iria perder.


-J.S.!


-Ginerva, a quanto tempo. Veio ver a morte dessa criança? Que pelo viso você conhece.


Podia estar distraído tentado tampar o corte com a mão, mas ainda prestava atenção ao que acontecia ao meu redor, e aquelas palavra me fizeram sentir um pequeno medo, mas ai me perguntei ‘se ele vai me matar... por que não fez aquela hora?’


-Nem pense em fazer isso, se não eu juro que vou conseguir usar um Avakadavar em você.


-Minha cara, você já fraquejou em lançar um simples feitiço em mim. Acha que iria conseguir uma maldição? Ou será que você resolveu traí-lo com outro?


Podia não estar vendo, mas tinha certeza que ele deu um daqueles seus sorrisos.


-Afinal ele ‘está’ morto. Não teria motivo pra se manter tão fiel não é?


-Cale a boca, Tom. Ele é mais um das centenas de órfãos, que estão assim por sua culpa.


-Não é culpa minha se na hora vocês chegam pra ‘salvar’ as vidas. E já que esse é o caso vou terminar o serviço.


O que aconteceu na hora não tive muita certeza, pois o sangue estava caindo nos meus olhos, mas sei que minha mãe lançou um feitiço e naquele beco trocaram alguns feitiços. Fiquei agachado tentando sair da linha de fogo, mas fui acertado, e por uma maldição (Cruciatus).


Gritei. Nem sei quanto tempo fiquei gritando até finalmente parar.


A essa altura estava muito atordoado.  Até ouvia minha mãe gritando com Voldemord, mas não conseguia entender direito o que ela dizia.


Só queria ficar ali deitado, queria dormir.


Senti ainda uma fisgada no umbigo antes de realmente apagar.




Quando acordei mal abri os olhos e já sentia alguém me abraçando e dizendo algo que não compreendi.


Quando minha vista entrou em foco só vi um mar de cabelos ruivos e, pelo cheiro, só podia ser uma pessoa.


-Mãe? – falei meio sonso.


Ela finalmente se afastou.


-Como esta se sentido?


-Bem... eu acho....


-Vou pegar algo pra você comer.


Ela saiu e logo meus avos apareceram, junto com meus tios Ron e Hermi.


Senti uma certa dor na cabeça e, ao levar a mão, notei que havia ataduras e me lembrei do que ocorreu. E no mesmo momento minha mãe entrou no quarto com uma bandeja.


-Mãe! – fui tentar me levantar, mas minha tia Mi não deixou.


­-Fique deitado. Não deve fazer esforço.


Minha mãe botou a bandeja no meu colo.


-Faça o que sua tia diz e agora coma.


Não tive outra opção, comi. Assim que terminei tentei falar de novo.


-Mãe eu... -  mas ela me cortou.


-Amanhã a gente fala. Agora descanse – tirou a bandeja no meu colo.


-Mas... – tentei novamente me levantar, mas tia Mi novamente me obrigou a ficar onde estava.


-Você precisa dormir.


-E sobre o papai!


Todos pararam. Minha tia chegou a ficar ereta.


Minha mãe entregou a bandeja pra ela e sentou a beira de minha cama. Quando ela tocou meu rosto senti sua mão tremula.


-Não pense nisso agora... descanse.


-Mas.. – ela botou uns dedos na minha boca.


-Filho... Foi muito... turbulento hoje, melhor você dormir – afagou meus cabelos.


-Mas...


Ela só me obrigou a deitar.


Por que quando se tem uma coisa realmente importante pra dizer nunca querem escutar você?


Resolvi falar de uma vez. Me sentando novamente.


-Eu vi o papai!


Acho que escolhi as palavras erradas. Pois minha mãe pareceu ficar mais perturbada.


-Jemes... eu nunca quis que você o visse... não daquele jeito, não com Tom...


-Mas não era o Voldi (as vezes chamo o Voldemord assim xp) era o papai mesmo.


-James...


-Eu vi ele, ele ‘ta vivo!


O silencio foi tão mortal que pareciam até ter parado de respirar.


-Acho que o choque foi muito grande... ainda mais com a perda de sangue e uma maldição – comentou tio Ron.


-Não foi por causa disso!! Eu estava olhando a cicatriz e quando vi estava... estava... sei lá onde, mas papai estava lá! Bem acabado, mas era ele. Era ele!


Acho que meu desespero por não acreditarem em mim e minha felicidade ao lembrar que o vi se misturaram. Acabei chorando.


Minha mãe me abraçou. Ninguém pareceu querer dizer algo, mas eu ainda vi os olhares que foram trocados.


Depois de ter me acalmado e conseguido dar mais detalhes do que aconteceu desde o momento que topei com Voldemord, pareceram me levar mais a serio.


-Mas por que ele travou em lançar um Avada? – questionou tio Ron.


-Talvez Harry de alguma forma conseguiu o impedir – supôs tia Mi.


-É por isso que ele nunca conseguiu me lançar um Avada – minha mãe falou se levantado ­­– já ocorreu mais de uma vez. É por isso que às vezes ele não consegue lançar. Harry está o impedindo.


-Então podemos prende-lo sem problemas, já que ele não consegue matar – supor tio Ron.


-Também não é assim – falou meu avô – Ele tem comensais pra fazer isso além das maldições.


-Por hora – começou minha avó – é melhor deixar J.S. dormir. Amanhã retomamos esse assunto.


Foi feito o que minha avó disse.


Minha mãe acabou dormindo comigo aquela noite me abraçando como se eu fosse fugir, mas não chegou a ser um incomodo, o que incomodou foi aquela pequena pontada de dor na testa e o formigamento incessante.


 


 N/A: Depois de milenios postei xp
Comentem se querem que essa fic continue, poucos coments acontece isso demora anos pra postar =/

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