capítulo V




Paraíso Proibido
Capítulo V


‘ Faço o que eu puder fazer, agora vou descontrolar,
Vou perder a linha. Num paraíso proibido te aplicar



 Vanessa Carlton - A Thousand Milles


vermelha


James acordou com a luz do sol em seu rosto. Viu a ruiva ainda com a cabeça em seu peito e as mãos em torno de sua cintura. Ele a abraça pelos ombros.

- Lil? – ele a chamou, baixinho, e a sacudiu. – Está na hora de acordar.

Ele riu quando ela murmurou alguma coisa incompreensível, mas quando ela ajeitou a cabeça na curva de seu pescoço, ele sentiu todo o corpo arrepiar.

- Ei, Lílian. Vamos, está na hora da nossa caminhada.

- Não é um pouco cedo demais, não?

- O Sol já nasceu, então já está tarde.

- Eu pensei que você não gostasse de acordar cedo, sempre faltava da escola.

- Eu não gosto da ESCOLA, não de acordar cedo. – ele falou e ela riu abrindo os olhos. – Bom dia.

- Bom dia, Jay. – ela sorriu e então se soltou do rapaz. Coçou os olhos, passou a mão nos cabelos e levantou. – Vamos, antes que eu decida deitar de novo.

Ele riu e pôs-se de pé num pulo. Foram para dentro da casa. Trocaram de roupa, James pegou algumas coisas para comer e colocou numa mochila, Lílian pegou a prancha de James e ambos saíram em direção à trilha.

Árvores. Mato. Terra e areia. E mais árvores. Era tudo o que se via durante a caminhada. Mas era tudo muito bonito e tranqüilizante.

James sempre gostou de esportes radicais. Vivia fazendo trilha com os pais e viajando quando possível.

Ele não era nada do que as pessoas diziam. Não era um arruaceiro. Era um garoto normal, com alguns problemas, mas apenas normal.

Lílian não era acostumada à viagens e trilhas. Por isso, tropeçava frequentemente e gritava quando algum inseto aparecia, fazendo James rir.

- Estamos quase chegando. – ele avisou.

- Me lembre da próxima vez de trazer um repelente. – ela disse se coçando e James riu mais ainda.

- Aqui estamos. – ele apontou. A vista do alto era linda demais. Ondas grandes quebravam junto às pedras e algumas na areia. Não havia ninguém na praia àquela hora. Era quase um paraíso particular.

James pegou a mão da ruiva e a ajudou a descer. Pararam para descalçar os tênis e sentir a areia.

- Vamos logo! – chamou Lílian e correu até o mar tirando o short e a blusa pelo caminho e fazendo James rir da animação dela.

- Estou logo atrás de você. – ele tirou a camisa e correu atrás da ruiva.

Mergulharam juntos. A água estava gelada, mas nada continha a animação de dois adolescentes, de férias na praia.

-


Marlene abriu os olhos e estranhou o quarto em que estava. Olhou para o lado e viu Sirius desmaiado.

- Então, o malandro me trouxe para o quarto dele. – ela falou e riu sozinha. – Estou vestida, isso é bom sinal.

- Não por muito tempo. – Sirius sussurrou no ouvido de Lene e ela riu antes que ele subisse em cima dela e a beijasse.

-


Lily saiu do mar um instante, apenas para buscar a prancha e tentar surfar.

- Pronta para surfar de verdade? – ele perguntou.

- Pronta. Mas, Jay, e se eu cair?

- Eu te pego. – ele disse prontamente.

- E se eu engolir água?

- Eu faço respiração boca-a-boca. – sorriu.

- E se eu morrer afogada?

- Eu me afogo junto. – pareceu como uma promessa. E Lily perdeu o fôlego por alguns instantes. – Vamos, vai dá tudo certo.

- Mas e se...

- Eu te salvo, Lílian.

Ela sorriu e deitando de barriga sobre a prancha, remou, quebrando as ondas.

- Aquela parece boa. – James apontou uma onda que se formava.

- Ela é enorme, James.

- Você consegue. Preste atenção, quando eu avisar você entra na onda e quando ela começar a crescer suba na prancha.

- Jaaames! – ela choramingou vendo a onda de aproximou.

- Se você cair, estarei aqui para te pegar. Preste atenção. – ele esperou a onda se aproximar mais e gritou: - Suba!

Lily subiu na onda e depois ficou de pé na prancha. Havia treinado isso, e na hora não parecia tão difícil. Não num mar calmo. Mas aqui não. Era apavorante.

Lílian estava indo muito bem, James notou, mas depois a garota gritou e se desequilibrou da prancha caindo na água quando a onda se quebrou.

- Lílian. – James gritou e mergulhou até a menina.

Lílian voltou à superfície. Tossindo e cuspindo a água salgada que estava em sua boca.

- Você tá bem? – James perguntou quando chegou até ela.

- Estou. – ela tossiu mais, e fazia caretas. – Essa água tem um gosto horrível.

A prancha já estava na areia. E James se arrependeu, Lílian podia ter se machucado.

- Desculpe, a onda era grande, eu nunca devia ter dito para você pegá-la. Foi estupidez.

- Não, James, tudo bem. Eu me assustei, vi uma coisa escura passando pela água embaixo de mim e achei que fosse um tubarão.

- Acho que um tubarão encalharia aqui, Lily. – ele disse rindo. E então por relance olhou para baixo e viu que a ruiva tinha perdido a parte de cima do biquíni. – Er, Lily...

- Sim? – ele apenas apontou para baixo com o dedo, ela seguiu com o olhar e...- AH! Deus, que vergonha!

- Vou mergulhar para ver se encontro. – James mergulhou e submergiu um pouco longe. – Vou ver se ele está na areia. – saiu da água e vasculhou pela areia e onde o mar era raso. Nada.

Lílian tinha as bochechas mais vermelhas que seus cabelos e os braços cruzados sobre o peito. Viu James voltar até ela.

- Não encontrei nada. Eu poderia te emprestar minha camiseta, mas ela é branca. E eu também poderia pegar a sua blusa, mas ela também é branca.

- Ótimo. E agora, como eu saio daqui? Por que essas pessoas tinham que chegar justo agora? – ela disse apontando para um grupo de garotos que desciam pela trilha.

- Você não tem outra blusa? – ele perguntou e a ruiva acenou negativamente com a cabeça. – Então, eu acho que temos um problema.

- Isso é vergonhoso demais. – ela choramingou.

- Eu tive uma idéia. Eu posso levar você até as nossas coisas, você se seca e coloca sua blusa branca mesmo e podemos ir para casa.

- Porque você não traz a toalha aqui?

- Ela vai molhar, e só temos uma toalha.

- Tudo bem, qual é o plano?

- Er... – ele corou e explicou o plano. (?) [n/a: essa frase ficou engraçada, hauahsua]

E então as pessoas que estavam na praia aquele horário puderam ver uma ruiva com as pernas enlaçadas na cintura de um moreno, os braços em torno no pescoço dele e a cabeça escondida na curva do pescoço dele. E puderam ver um moreno com as mãos nas coxas dessa mesma ruiva.

- Sabe, isso seria extremamente excitante, se não fosse erótico ao ponto de ser vergonhoso. – ela falou, fazendo-o rir.

- Pense pelo lado positivo, você sairá no jornal como a nova Cicarelli de Ubatuba. – ambos riram.

- Era tudo o que eu precisava. Sair no jornal, nua, agarrada com um garoto.

Eles chegaram até suas coisas que estava perto da entrada da trilha. James pegou a toalha na areia e cobriu as costas da ruiva. Ela se soltou dele e virou de costas para o grupinho que já assoviava e dava gritinhos do tipo ‘Uhuul’.

James segurou a toalha para que a menina pudesse, escondida, colocar sua blusa. Ela pegou a mochila e James foi buscar a prancha. Entraram na trilha para voltar para casa.

Pela trilha, Lílian recebia olhares reprovadores das mulheres e ambiciosos dos homens.

- Tá legal a blusa é branca, mas não dá pra ver muita coisa dá? – perguntou virando de frente para James. Ele apenas abriu e fechou a boca. – Tá transparente, né? – Lily perguntou sem mesmo olhar.

- Aham. – ele respondeu e ela apertou os olhos com raiva.

- Lindo, Evans. Devem estar pensando que você é uma tarada. – ela abriu os olhos e viu que James olhava para sua blusa, ou a quase falta dela. – James!

- Desculpa. – ele falou sem graça. Ah, qual é, ele é homem!

- Vamos sair logo daqui, antes que a imprensa chegue. – ela brincou, fazendo-o rir e saber que estava perdoado.

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n/a: 'boora pro cap. 6 ! (:

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