Capitulo IV - Falta Betar



- Apenas escreva o que quer. - Explicou Draco, envolvendo os braços em volta dela, aproximou-se mais, colando seu corpo ao da morena. Pegou a caneta entregando em sua mão. - E você achará qualquer livro que quiser. - terminou ele, sussurrando em seu ouvido.

Hermione sentiu todo seu corpo reagir com a proximidade do loiro, qualquer menção de algum livro que pudesse vir à mente fugiu no momento em que ele colou seu corpo ao dela. “Merlin, ele realmente sabe o efeito que tinha sobre mim”, pensava ela tentando lembrar-se de algum livro, ou autor ou qualquer outra coisa que não fosse o calor que saia da sua boca em seu rosto.

- E ...u.. Não me lembro. - Confessou com uma mão no rosto ainda atordoada com o contato.

- Não? - Perguntou confuso.

- Bem... “Poderia ser algum que explicasse o formigamento que sentia no corpo, ou o calor que deixava seu rosto ruborizado”. - Tem tantos livros que nem ao menos sei por onde começar.

- Tem alguns mil. - Afirmou ele dando um passo para trás. Hermione sentiu-se incompleta e estranha quando viu ele se afastar.

- Já leu todos?

- Com certeza não.

- Seus favoritos? - Indagou curiosa. Ele apenas deu outro passo para frente deixando apenas alguns centímetros de distancia da morena, apontou a mão da direção oposta lhe mostrando sem tirar os olhos do rosto dela, ela então virou para ver e sorriu ao constatar o que estava escrito no corredor Magia Negra.

- Como não pensei? - Declarou erguendo o rosto para poder fitá-lo melhor sem deixar o rubor sair de sua face vendo os olhos antes cinzas que agora estavam azuis como o céu.

- Fácil de se imaginar? - Perguntou com um sorriso sarcástico.

- Realmente muito fácil. - Ela sentiu o corpo retrair quando o viu avançar um pouco mais, deteu-se apenas quando sentiu suas costas esbarrarem no livro que estava atrás de si.

- Não mais fácil do que saber o que você gosta. - Provocou ele passando os braços em volta dela e aproximando o rosto parando na curva do pescoço da garota como se estivesse tentando ler o que escrevia atrás dela no livro.

Ela automaticamente colocou suas mãos no peito do garoto e colou seu corpo ainda mais ao dele. Por que tinha que ser assim? Por que não conseguia se afastar ou sair correndo de perto da tentação que era ele por completo, às vezes Hermione pensava que tudo era de propósito, que ele brincava com ela e gostava de ver seus pontos fracos. Puxou todo perfume de hortelã que emanava dele. - Pronto. - Disse ele com o rosto ao lado do dela segurando o livro que veio até sua mão - Hogwarts Uma Historia.

- Não acredito que você tem isso aqui. - Falou ela eufórica tomando o livro nas mãos.

- O que trás você aqui?

- Pensei que precisasse de uma mãozinha para procurar algum livro. - Afirmou ela sorridente mostrando suas covinhas.

- E você se inclui nesse cargo?

- Incondicionalmente.

- E caso você não dê conta do seu trabalho? - Provocava ele sem deixar morrer o sorriso sarcástico.

- Ai você pode me mandar embora, mas caso eu encontre primeiro que você, terá que me aturar por um bom tempo me gabando por seu melhor do que você. - Declarou cruzando os braços. - O que estamos procurando basicamente?

- Ali nos meus favoritos, que não sou poucos. - O afirmou andando para o corredor extenso com livros de Magia Negra. - Em algum desses livros tem o que pode me explicar melhor sobre o Colar de Opalas, e nos leva as palavras certas do espelho. - Ele explicava e ela apenas olhava para seu rosto tentando ler ou entender algo que não passou despercebido por Draco, o mesmo parou para olhá-la. - Algum problema?

- Por que você foi embora? - Perguntou rapidamente sem pensar.

- Estou na minha casa, acho que posso ficar aqui ou não posso? - Ele tentava não parecer tão serio, não queria que ela fugisse por suas grosserias, mas ainda não era tão bom em ser tão delicado e sutil com ela.

- Achei que estivesse fugindo de mim. - Questionou ela não acreditando nas palavras que saia da sua boca, mas o que era a pura verdade. - Você nem me disse onde estava indo. - Reclamou ela.

- Não sabia que lhe devia satisfações. - Afirmou rindo, mas vendo que ela ainda continuava parada com seu olhar esperançoso e meigo lhe obrigando a falar algo respirou fundo e disse. - Vai ser melhor assim, estaremos facilitando para os dois lados, vocês poderão continuar como se nunca estivesse lá, uma mão lava a outra e as duas batem palmas.

- Vai me mandar embora? - Perguntou.

- Você iria se lhe mandasse?

- De maneira alguma. - Afirmou firmemente sorrindo.

- Então nem tentarei. Esta pronta para começar?

- Pronta!

Tentando facilitar a procura, Draco desceu usando magia vários livros colocando-os em volto dos dois que estavam sentados em um extenso sofá ao lado da mesa, separaram a procura por ordem alfabética e disponibilizou para ela os livros que seriam mais fáceis de encontrar já que não estava acostumada a ver livros de Magia Negra, o que não ajudou muito, já que ela a cada capítulo ou historia que via parava e ficava lendo atônita as magias e feitiços imperdoáveis usados por comensais.

Draco ria interiormente ao ver a cara de espanto que ela fazia e as exclamações de horror que emitia quando descobria uma nova noticia. Mal sabia ela que isso não era nem de longe o mais horrível, ela sempre tão doce, pura e inocente não imaginava o que acontecia de verdade no meio da Arte das Trevas e preferia que ela não presenciasse nenhuma.

Meio deitando com uma perna estendida e outra apoiando o livro ele viu que para o primeiro dia teria que ter um pouco de paciência até ela se acostumar com tudo, sem tirar os olhos do livro respondia as perguntas freqüentes de “Porque fazem isso?”, “Como isso acontece?”, “Onde você aprendeu?”, ou então quando ela esticava o pescoço tentando ver o que ele lia ou se havia achado algo, era tão típico dela toda essa curiosidade e bisbilhotice como Draco dizia.

- Muitos não sabem da historia verdadeira de Tom Marvolo Riddle. Por incrível que pareça seu pai era um trouxa e sua mãe Mérope enfeitiçou-o com Poção do Amor por longos anos, pois ele era apaixonado por outra, mas por ela o amar muito resolveu acreditar que ele sentia o mesmo por ela depois de tantos anos sendo enfeitiçado, então resolveu não dar mais poções, foi quando ele descobriu e a abandonou. Ainda com 11 anos ele entrou em Hogwarts sendo escolhido pela casa Sonserina, foi então que ele descobriu-se o ultimo descendente vivo de Salazar Slytherin por parte de sua mãe.

- O que aconteceu com os pais dele? - Hermione estava estática ouvindo a historia e não conseguia segurar as duvidas que surjiam.

- Ele resolveu voltar a Little Hangleton, a vila onde sua mãe morou antes de morrer esperando poder conhecer seu pai. Ele sempre acreditou que toda descendência mágica que existia nele vinha porta parte do pai, mas quando seu tio Morfino Gaunt lhe informou da natureza não-magica de seu pai e que sua mãe sim era bruxa, ele foi tomado por uma fúria e rancor, assassinou seu pai e seus avôs trouxas e modifica a memória de Morfino para que ele pensasse ter cometido os assassinatos. Foi assim seu primeiro sinal de maldade do qual ele conseguiu como muitos outros esconder do mundo bruxo.

- Mas ele era tão novo, como pode isso?

- Ele ficou sumido por anos praticando a aprendendo magia negra, foi então que ele criou o nome Voldemort e começou a usá-lo exclusivamente desprezando o nome que havia herdado do seu pai. Quando reapareceu ele não era mais o mesmo, havia ficado completamente diferente, seus olhos que antes eram verdes haviam ficado frios e seu rosto com traços ofídicos, dizem que isso foi efeito da criação das Horcruxes.

- Não acredito que ele é mestiço! Eu não entendo... - Hermione havia se levantado e andava de um lado para o outro furiosa. Confusa e cheia de duvidas e pensamentos na cabeça. - Ele espalha a superioridade dos sangues-puros sobre os sangues-ruins, mas ele mesmo é um. Aquele idiota, comensal estúpido. EU O ODEIO. - Gritava ela furiosa saindo entre os corredores do escritório pisando duro e sendo seguida pelo olhar de Draco. - Eu vou esfregar meu sangue na cara dele e mostrar que ele é como eu.

Ele esperou calmamente até que ela se recuperasse do impacto das informações que estava recebendo, e isso nem ao menos era o começo, continuou folheando o livro encostado na sua perna até que pudesse voltar a historia, encontrou citações e pequenos trechos que mencionavam a Lenda do Colar de Opalas, mas sabia que seu pai tinha esse livro, já o viu lendo sobre isso e lhe contando a historia, mas onde Diabos haviam enfiado esse livro?

Viu que ela prostrou-se a sua frente olhando para o seu braço, havia se esquecido de tapar a Marca Negra, mas estando em sua casa sem ninguém para reparar, podendo ser como era e não precisar se esconder esqueceu-se se como seus olhos que sempre brilhavam vivos e castanhos ficavam tristes e cheios de compaixão quando via seu braço.

- É assim Granger, quando ele quer, sempre deixa sua marca de um jeito ou outro, ninguém pertence diretamente ou indiretamente a ele se não está ligado a alguma marca.

- Você ainda não me explicou o porquê do Colar!

- Acreditaria se eu dissesse que Voldemort já foi capaz de amar alguém?

- Seria meio difícil de se imaginar. - Declarou ela finalmente sentando na sua frente.

- Como tudo que inclui ele, nada é normal. Um pouco antes de ele sair de Hogwarts, ele conheceu uma garota chamada Berta Jorkins, pouco se sabia sobre ela, mas todos a conheciam por ser uma grande bruxa, inteligente e sempre eficaz em qualquer feitiço que fosse incumbido a ela. Ninguém sabia sobre seus pais, ou sobre qualquer coisa de sua família, mas o que chamou a atenção de Voldemort foi ver que ela era diferente de todos os outros, tinha tanta facilidade em qualquer matéria, executava feitiços e poções sem ajuda e despertava nele sentimentos que nunca pensou em ter. Tentou de todas as formas descobrir mais dela, tentou até conversa com ela e até chamá-la para um passeio em Hogsmead, mas nada. Era como se ele não existisse, ela não cedia fácil como todas as outras garotas que viviam atrás dele.

- Típico de Sonserinos. - Disse ela sem perceber que estava falando com um. Ele ignorando tal comentário continuou.

- Mas um dia ela cedeu. - Afirmou ele rindo ao ver a cara dela. - Ela resolveu sair com ele, e daí por diante conversavam e andavam juntos, até que um dia ele deu um colar para ela.

- O Colar de Opalas. - Constatou fascinada com a historia.

- Isso. E disse para si mesmo que se um dia ele tivesse tido algo de bom, havia colocado tudo no colar, e que daria ela para que guardasse algo que um dia ouve de certo na sua vida. Entretanto ele resolveu que não importava quem era ela, já que ele também não queria que soubesse sobre quem foi ele e quem era ele. Certo dia depois de passar um bom tempo praticando Arte das Trevas ele resolveu que iria acertar algumas contas com Ludo Bagman.

- Por quê? - Indagou Hemione aproximando cada vez mais de Draco sem perceber que seu corpo já estava a centímetros do dele novamente.

- Acho que agora virei contador de historias só pode ser. - O desdenhou vendo os olhos de curiosidade dela.

- Não, continua! - Implorou ela agachada ao seu lado.

- Cansei. - Escorou a cabeça e fechou os olhos.

- Ah não Draco. Chato, continua logo.

- Olha lá como fala comigo Granger. Não estou a fim de contar historias de amor. - Riu Draco.

- Bem, tratando-se de Voldemort, seria mais uma historia de terror, até imagino como a garota deve ter terminado sua historia.

- Que bom que você tem uma imaginação boa, imagine agora o resto da historia.

- Idiota. - Esbravejou ela pegando uma almofada e tacando na cara dele.

- Ou, isso dói! - Resmungou ele levantando com a mão no rosto.

- Ótimo! - Disse ela rindo alto e virando para tacar outra almofada nele que desviou, quando ela tentou pegar outra sentiu duas mãos fortes segurarem sua cintura e a prenderem rapidamente deitada contra o sofá.

O que poderia ser mais excitante e desejável do que tê-la deitada ali na frente dele. Se todas às vezes fugiu sabendo que não conseguiria resistir a sua presença, como fugiria sentindo seu corpo sobre o dela, quando a respiração dela era quente e descompassada e fazia com que seus seios firmes subissem e descessem o deixando louco, e se todas as vezes que eu quis poder beijá-la e ir mais além como poderia dizer não quando ela estava ali tão entregue a ele.

Por que rejeitar algo que a outra pessoa está tão disposta a lhe dar, e pra que fugir disso se a cada dia o tortura e o perturba mais e mais.

Ele não ia esperar mais, apenas enlaçou possessivamente sua cintura e a levantou para que pudesse sentar-se em seu colo com uma perna de cada lado das suas, visualizava o arfar e os lábios entreabertos lhe convidando a aproximar, os olhos brilhando de ansiedade e o calor que seu corpo tinha. Oh como ele havia esperado, esperado apenas por saber como o corpo dela iria reagir ao seu toque, como seria quando suas mãos serpenteassem por cada parte dele e como seria seu sabor.

Ele a beijou vorazmente como se nada mais a volta deles importassem, sua língua quente e experiente explorava cada canto da boca macia e doce da garota, e suas mãos ansiavam poder trazê-la cada vez mais perto do seu corpo. Ele tocava sua pele quente e deslizava seus dedos frios pelos braços, descendo para a cintura e parando em seu quadril, prensava seu quadril ao dela fazendo com que a mesma arqueasse o corpo na direção do garoto que agora beijava seus lábios vagarosamente, mordiscando e deslizando sua língua sobre eles.

Hermione sentia suas pernas fraquejarem, seu corpo formigar e como se houvessem soltado incontáveis borboletas no estomago, se não estivesse sentada em seu colo, e como isso era bom, era novo e excitante sentir todo o desejo que ele tinha apenas por ela, que pela primeira vez ele estivesse mostrando toda a vontade que tinha em beijá-la e tocá-la. Que de todas as formas que imaginou poder ser acariciada por ele não era nem de longe parecido, era melhor, era perfeito!

Seu coração palpitava como se estivesse pra pular do peito, não conseguia regular a respiração ou contrair os ruídos que saiam de sua boca cada vez que ele mordiscava seus lábios. As mãos trêmulas em volta do pescoço de Draco acariciavam seus cabelos.

Não sabia até onde aquilo iria, e nem ao menos sabia se queria que aquilo acabasse.

Draco deslizou seus dedos frios pelas pernas da morena, subindo vagarosamente sentindo o fino pano da bermuda que ela vestia por baixo do vestido curto, apertou possessivamente o quadril dela e quando adentrou suas mãos por baixo do vestido tocando de leve sua barriga foi interrompido por um barulho:

- Senhor Malfoy posso servir o ... - Winky começou a fala mais se calou ao ver a cena.

Hermione corou totalmente e rapidamente tentou levantar-se e esconder seu rosto no primeiro buraco que achar, mas as mãos de Draco foram mais ágeis e a impediu de sair, segurando-a na mesma posição.

Ele podia sentir o coração da garota palpitar e o sangue fluir em seu rosto vermelho e sua respiração ofegante, envergonhada ela escondeu o rosto no peito dele.

- Perdoe-me Senhor, a porta estava aberta e...

- E isso não lhe da o direito de entrar sem bater. - Esbravejou Draco furioso.

- Não briguei com ele. - Sussurrou Hermione tentando arrumar o vestido para que não mostrasse mais do que estava mostrando. - Ele não tem culpa. Por Favor. - Pediu quase sem voz.

- Sei que mereço um castigo Senhor e não há perdão pelo meu erro. - Implorava o elfo deixando Hermione com o peito doendo por Winky.

- Não.. Por Favor, Draco. - Pediu com o rosto na curva do pescoço, abraçando ainda mais o corpo dele.

- Espero isso não se repita. - Disse Draco contendo a voz rude. - Quer comer agora? - Indagou no ouvido da garota. - Ou podemos começar pela sobremesa. - Provocou fazendo com que ela se arrepiasse.

- Estou com fome. – Afirmou levantando antes que ele pudesse lhe segurar mais ainda em seu colo. – “Controle Hermione, controle sobre seus atos e desejos, não deixe que ele perceba o quanto esta abalada por seu toque”. Pensava ela tentando enganar-se a si mesmo, pois sabia que era inevitável não demonstrar qualquer sinal de abalo com ele perto.

Viu Winky sair e continuou em pé mordiscando os lábios nervosos e deixando Draco com um sorriso debochado nos lábios olhando-a com uma sobrancelha erguida tentando adivinhar qual seria o próximo passo da garota.

Mas pelo olhar, pelo rosto corado e a respiração ofegante cogitou uma fuga, ou uma histeria por parte da mesma por ele ter tocado nela, e até um tapa no rosto. Só não esperava vê-la voltando para si e se jogando em cima do seu corpo e beijando seus lábios ansiosos e adentrando suas mãos pequenas em seu cabelo puxando seu rosto para mais perto do dela.

Essa sinceramente não era a reação que ele esperava, e isso o deixou estático e confuso, aquilo não era uma atitude esperada de Hermione Granger, quando voltou a si e planejava prolongar mais ela saiu rapidamente e disse: - A-a-acho... Que o jantar esta pronto. – Afirmou virando e saindo deixando ele ainda mais confuso.




A noite era totalmente assombroso naquela imensa mansão escura e vazia, o eco do vento soprando forte e entrando pela janela aberta ruía casa a dentro causando arrepios na garota. Não era o frio que fazia seu corpo tremer nem o forte barulho de trovoes da tempestade que caia lá fora, era uma queimação maior, era um medo e anseio muito maior que não sabia como explicar.

Não tentou olhar para o relógio para situar-se há quanto tempo estava acordada, simplesmente levantou-se e foi em direção ao banheiro em busca de algo que pudesse tirar toda aquela queimação e tremedeira do corpo. Jamais em toda sua vida havia se sentido assim, nem nas maiores de suas febres que tivera em todos os tempos causava tanta moleza no corpo.

Estava apenas com um conjunto de seda de camisola verde escura moldando suas curvas, não pensou em calçar algo, apenas ficou em frente ao espelho olhando a expressão em seu rosto, começava a corar pelo suor que caia molhando seu cabelo, jogou água tentando melhorar aquela situação mais só piorava. Sentia algo repuxar seu corpo e queimar fortemente.

“Por Merlin, o que esta acontecendo?” Indagou em pensamentos escorando-se no chão do banheiro perto da enorme banheira. - Draco – Sussurrou Hermione. Ele jamais ouviria chamando-o com todo o barulho da chuva.

A dor começava da barriga e espalhava por todo o corpo causando pontadas com facas em cada pedaço de sua pele, levantou devagar a blusa e viu que aquela pequena marca que até então parecia com um selo começava a aumentar vagarosamente formando um tipo de desenho que não conseguia decifrar.

Era ali, encostando os dedos correu por toda extensão da marca sentindo como pontilhados em seu corpo. Queria se lembra da onde veio aquilo, mais não conseguia, apenas não conseguia segurar as gotas de lagrimas que forçavam cair de seus olhos sem permissão.

“Não tente fugir. É inevitável.” – Alguém sussurrava em seus pensamentos alertando todos os sentidos da morena para poder ver se tinha alguém a sua volta, mas nada. Era impossível, aquilo não poderia estar acontecendo. “Venha minha menina.”

O medo se alastrava aumentando a dor.

Água. – Isso ajudaria, era quente e água ajudaria o calor passar. – Droga. – Nem ao menos conseguia levantar-se. Arrastou-se até ficar em baixo ao chuveiro e ligou sem importar em livrar das peças de roupa, queria apenas que aquilo fosse embora assim como toda essa fala em seus pensamentos.

Novamente tentou apoiar-se na parede para levantar, mais suas pernas não obedeciam. – Draco. – Chamou um pouco mais alto, mas nada, o barulho dos trovões sufocava e tapava sua voz baixa e fraca.

Sentiu algo quente em seu rosto, e quando deteve as mãos no nariz viu algo vermelho escorrendo. – Sangue. – Constatou vendo seu próprio sangue sair pelo seu nariz sem ao menos tê-lo machucado.

Encolheu-se abraçando as pernas em volta do corpo e apoiou a cabeça tentando segurar todo o peso que se formava nela. Não tinha forças para desligar a água que caia, pois cada gota parecia queimar ainda mais.

- Granger. – O ouviu chamando-a. Seu coração bateu mais forte, queria poder dizer que estava ali e precisava de ajuda, mas ainda a voz dele era distante e parecia estar ainda fora do quarto. – Posso entrar? – Indagou.

- D... Draco. – Hermione sussurrou sentido seus olhos pesarem e arderem cada vez que tentava abri-los.

- Vou falar mais uma vez, estou entrando. – Ouviu sua voz mais presente e seus passos fortes aumentarem a cada passo que dava. Era como se ele estivesse vasculhando o quarto a sua procura.

Draco andava pelo quarto e foi até a varanda do quarto para poder ver onde ela estava, pois a porta estava aberta. Ventava forte e resolveu fechar, foi quando viu a luz do banheiro acesa, andou apressado até lá sentindo algo dizer que algo estava errado.

- Mais que diabos esta acontecendo? – Esbravejou vendo-a no canto, correu até lá e desligou o chuveiro. – O que esta fazendo aqui Granger? – Indagou ajoelhando a frente da garota. Sem obter resposta levantou o rosto dela deparando-se com o sangue que escorria pelo seu nariz. – Que merda você esta sangrando. – Disse segurando-a pelos braços e levantando seu corpo sem importa-se em molhar-se ou sujar com o sangue dela.

Aninhou-a perto do seu peito e direcionou rapidamente até a cama depositando o corpo da morena. Vasculhou o armário atrás de toalhas limpas e secas e voltou para perto erguendo seu corpo. – Granger, vamos, abra os olhos. – Pediu enrolando a toalha em seu corpo.

A respiração dela era lenta e fraca, Draco passou um pedaço de pano no rosto limpando o vestígio de sangue e segurou o resto dela firme. – Esta me ouvindo?

- Não me deixa. – Pediu baixo. Ele pegou algumas poções e a fez beber. - Ele me chamou. – Balbucio ela.

- Quem? – Perguntou ficando ainda mais nervoso pelas informações incompletas dela. – Quem lhe chamou Granger?

Vendo que não obteria alguma resposta, conjurou algumas roupas limpas e secas pra ela e deitou-a com cuidado apoiando a cabeça no travesseiro. O corpo dela ainda esta febril e entre uma respiração e outra falava coisas desconectas e confusas.

Havia horas que estava ali naquela mesma posição sentado ao lado dela esperando poder saber o que havia acontecido. Não sentia sono, o que era normal, já que há muito tempo não tinha uma boa noite de sono, deslizou o corpo mais para baixo podendo ficar deitado. Ficou curioso ao ver que ela sempre colocava a mão na barriga pressionando algo, tirou o cobertor de cima e segurou sua mão, a viu remexer e abrir vagarosamente os olhos.

– Draco? – Chamou Hermione ainda baixo.

- Uhm! – Disse sentado sem para de fazer o que estava fazendo.

- O que esta fazendo?

- O que tem aqui? – Perguntou vendo que ela tentava segurar o braço para que ele não prosseguisse. – O que esta me escondendo Granger?

- Não é nada.

- Então se não é não tem o porquê de esconder. – Declarou com uma voz seria.

- Por favor, não.

- Sem chance. – Afirmou levantando devagar a blusa da morena e fitando estático ao ver o tinha em sua pele. Era como a sua, passou os dedos frios e longos traçando a marca e sentiu a textura quente como a sua.

Não era uma marca normal, e sabia disso, era apenas olhar e sentir para saber que era Magia Negra, era isso que estava deixando-a assim, aquilo seja lá o que for fazia Hermione sentir-se fraca, segurou os ombros dela com mais força do que esperava que fizesse o corpo da garota ficar alerta. – Onde você arrumou isso?

- Não sei. – Respondeu com os olhos finalmente abertos.

Draco levantou o corpo da morena deixando-a sentada segurando fortemente seus braços. – Essa marca não foi parar ai do nada. Vamos, pense Granger e me fale como conseguiu isso?

- Eu já disse que não sei. – Afirmou nervosa empurrando os braços dele. Ele levantou da cama e ficou a andar de um lado pro outro.

- Há quanto tempo isso esta ai?

- Alguns dias.

- Alguns dias. – Repetiu parado na porta da varanda. Hermione sentou na beirada da cama apoiando os pés no chão, o fitou estático parecendo perdido em pensamentos e tentando decifrar o que ele estava pensando, queria que ele lhe falasse e não deixasse esse silencio estranho, mas era sempre assim, ele ficava calado e apenas a ignorava como se nada tivesse acontecido.

Hermione não queria que ele fosse embora e muitos menos ficar ali sozinha com medo de que pudesse acontecer tudo de novo. Fitou os pés e disse: – Não me deixa sozinha. – Pediu tão baixo que pensou que ele não tivesse escutado

- Não vou. – Respondeu com as mãos no bolso da calça de moletom que usava, sua camiseta branca ainda estava molhada. Ela levantou devagar ainda firmando as pernas para que não caísse pela fraqueza do corpo ou até mesmo pelo que passava em sua cabeça que a deixava tonta e ainda mais corada.

Hermione andou até ficar frente a frente com ele, viu aqueles olhos azuis recaírem sobre si e mordeu os lábios nervosa detendo as mãos em sua camiseta molhada erguendo-a com cuidado.

Quando tirou por completo pode apenas contemplar a musculatura perfeita do abdômen do loiro a sua frente fazendo seu rosto arder mais pela vergonha. “Oh Merlin, o que ele vai pensar que estou fazendo?”. Pensou vendo o lampejo de excitação passar pelos olhos dele.

- Você tem que ter cuidado com o que faz. – Sussurrou no ouvido da morena trazendo seu corpo mole para perto do dele. Com suas mãos ágeis desceu sensualmente pelos braços, passando pela cintura, quadril e parando abaixo do mesmo para então levantá-la facilmente com as pernas em volta de sua cintura.

- Draco eu... – Começou tentando não pensar nas mãos que passeavam em seu corpo causando arrepios em cada pedacinho da pele.

- Você? – Indagou com um sorriso sorrateiro indo em direção a cama novamente, sem diminuir a distancia entre os dois deitou-a levando seu corpo junto ficando em cima da garota que respirava ofegante. – Posso dizer que a qualquer momento seu coração vai sair daí de dentro. – Disse sorridente beijando o rosto dela e deslizando as mãos pela cintura da garota levantando a blusa. Inspirou o ar quente que saia pela boca dela encostando de leve seus lábios frios no dela. – Não vou fazer nada que você não queira.

- O... E, o... o que você q... quer? – Indagou gaguejando tentando manter coerentes as palavras que saiam de sua boca e deixando de lado o toque de suas mãos na sua pele.

- Eu quero o que você quiser. – Afirmou mordiscando a orelha e o pescoço dela.

“Eu quero tanta coisa.” Pensou consigo mesma. “Eu só não sei se vou agüentar essa tortura.”

Hermione sentiu o corpo do loiro soltar-se um pouco mais no seu, não era pesado, só era perto demais, não conseguia formular uma resposta e muito menos dizer o que queria, e quando ela sentiu os lábios dele provando do seus qualquer pensamento sumiu da sua cabeça.

Draco a sentiu enlaçar os braços em volta do seu corpo e arquear sua cintura para perto dele toda vez que sentia suas mãos passando pela suas costas e expondo o corpo perfeito da morena.

Ah como ele queria se livrar de todo aquele empecilho de roupas que o impediam de senti-la mais. “Merlin dê-me controle.” Pediu ao senti-la deixar que sua língua adentrasse sua boca e sugasse seus lábios carnudos e macios.

Era só ela que poderia fazê-lo parar, por que se dependesse dele nada o tiraria dali, pois seu autocontrole já havia ido embora há muito tempo. Pressionou seu corpo junto ao dela soltando um gemido abafado que ficou entre seus lábios.

“Perigo” Disse pra si mesma, aquilo estava indo longe, longe e não saberia se daria conta de parar, não queria, mas sabia que não era o momento e teve medo de que se pedisse pra ele parar poderia vê-lo em embora a deixando sozinha. Teria que fazer de um jeito ou outro mesmo correndo perigo de que aquilo acontecesse.

Colocou as mãos em seu peito no intuito de tentar afastá-lo, mas era quase impossível fazer com que seu corpo movesse para longe do dela, quando sentiu as mãos dele em seu pescoço descendo para seu colo segurou-as deixando-o alerta. Draco parou de beijá-la mais não se afastou. – Quer que eu vá embora? – Indagou sem mover.

- NÃO. – Hermione disse um pouco mais rápido e alto do que esperava.

- Quer que eu pare? – Perguntou olhando-a.

Ela apenas assentiu envergonhada por ter começado tudo aquilo e parar sem motivo realmente importante. Viu-o afastar o corpo devagar. – Aonde você vai?

- Vou me deitar aqui ao lado. Ou prefere que durma nessa posição, não me importo. – Declarou rindo e deixando-a mais corada.

Draco jogou o corpo para o lado e deitou olhando para o teto. O quarto estava escuro e Hermione queria muito poder ver a expressão de seu rosto, mais apenas ficou deitada de lado: - O que esta pensando?

- Contando carneirinhos. – Mentiu rindo. “Pra não dizer o quanto seria bom tomar um banho de água gelada para quem sabe diminuir toda excitação do meu corpo.” Era um pecado dormir ao lado dela sem poder fazer nada, era tentação e injusto ter tudo aquilo sem poder avançar. Bufou irritado.

Era incrível como ela dormia rápido, pensou Draco ainda acordado, ela remexia tanto na cama e dizia algumas palavras sem nexo entre uma respiração e outra arrancando um riso baixo do loiro. Não estava muito frio mais ainda sim ela consegui puxar toda coberta pra si deixando-o sem.

Estendeu o braço puxando-a pela cintura e encostando-a contra seu peito, ainda adormecida ela disse: “Bom”. Brincou com seus cachos e desenhou com a ponta dos dedos toda extensão das suas costas até adormecer embriagado pelo doce cheiro da garota em seus braços.




- Será que ela ainda vai demorar muito tempo pra voltar? – Indagou Pansy deitada esperando o namorado terminar de se arrumar.

- Não entendo você, insisti em poder deixá-la só com Draco e agora quer que ela volte. – Riu Harry da cara da morena.

- É irritante não ter ninguém pra conversar, Luna infelizmente tem que ficar puxando saco da Gina, o que me faz sentir dó dela. Ninguém merece ouvir as conversas mesquinhas da ruiva azeda. Acho que Neville não anda pegando ela de jeito.

- Pansy! – Cortou Harry.

- Ah, por favor, amor, ele nem ao menos coloca a mulher no lugar, é por isso que ela vive subindo pelas paredes. – Disse rindo alto.

- Você ainda vai arrumar uma briga com ela, e um pra mim também.

- Por quê?

- Se você brigar com Gina terei que ficar do seu lado tendo que ir contra Rony, e ele não merece mais problemas. Ele não tem culpa por ter uma irmã daquele jeito, então fiquei quietinha.

- Acho que ela tem uma queda pelo Blaise.

- Ela tem um tombo por qualquer Sonserino Pansy. – Declarou Harry estendendo a mão pra ela.

- Só espero que não chegue perto do Draco ou eu mesma mato-a aquela galinha magricela.

- O Malfoy não precisa de ajuda meu amor. – Insistiu abrindo a porta do quarto.

- Claro que não, ele não daria moral pra qualquer outra tendo Hermione.

- Pronto! Assunto resolvido cupido. – Disse beijando e abraçando-a.

Desceram as escadas indo em direção a sala onde estavam todos reunidos.

- Chegou bem na hora Harry. – Falou Sirius em pé ao lado de Snape.

- Snape, já voltou? – Indagou Harry confuso.

- Motivos de força maior Potter.

- Onde esta Hermione? – Perguntou Neville arrancando olhares curiosos de todos.

- Esta bem Longbottom. – Declarou Severo.

- Malfoy e Hermione sumiram, acho que temos o direito de saber onde eles estão. –Disse Gina ironicamente.

- Ninguém sumiu senhoria Wesley, e tenho certeza de que ela irá ficar agradecia por sua preocupação, mas o que me traz aqui não é o Draco ou Granger. – Falou impaciente.

- Informações novas Snape? – Perguntou Pansy.

- Creio que sim, estava conversando com Sirius um pouco antes de todos se reunirem e confesso que tem algo me deixando alerta, creio que poderemos conversar melhor quando Draco estiver de volta, mas afirmo que não poderemos contar mais com as informações dele.

- Por quê? – Rony perguntou sem entender.

- O cerco tem se fechado Senhor Wesley e a qualquer momento Voldemort pode descobrir nosso plano. Veremos uma nova forma de infiltrarmos sem sermos descobertos.

- Certo, acharemos outro jeito então. – Concordou Rony.

- Se não vamos mais contar com a ajuda do Malfoy não vejo o porquê dele continuar conosco. – Disse Gina.

- Pode de explicar melhor Wesley. – Esbravejou Pansy contendo o nervosismo.

- Gina quer dizer que já que Malfoy não irá nos ajudar de maneira alguma, não é preciso ele continuar aqui, já que ele é um comensal, terá que prestar contas com o ministério. – Completou Neville com um sorriso falso.

- O ministério não tem nada haver com isso Longbottom, ele poderá sim continuar nos ajudando muito mais do que você ajuda. – Provocou Pansy novamente.

- Ele tem contas a prestar pelo que causou nesse tempo, e creio que o Ministro não vai deixar isso passar sem um julgamento adequado Pansy querida. – Gina entrou em defesa do namorado.

- Oras sua... – Avançou Pansy pra cima da ruiva. Harry segurou-a rapidamente.

- Pansy chega. E você Gina devia ser pelo menos um pouco mais grata a quem salvou seu namorado.

- Não fez mais que a obrigação dele Harry, como chefe da missão. – Disse Gina levantando-se também. – Mas agora não precisamos mais dele.

- Você pode até não precisar Wesley, mas isso não vem ao caso, deixe seus chiliques pra depois que essa historia não é adequada para o momento, estão todos avisados. – Falou Severo. – Iremos terminar essa conversa quando ele chegar.

- Então não é preciso esperar Snape, estou aqui. – Disse uma voz arrastada encostado na porta do escritório.





Oláaa pessoinhas ! Ai esta o cap, mais ainda não está betado, então perdoem todos os erros O.o hehehe Espero que gostem realmente desse cap assim como estou gostando de escrever, prometo postar mais rapido possivel o cap betado o/ Então é isso. OBRIGADO a todos os comentarios e espero poder saber o que estão achando dos acontecimentos - hihi ... Beeeijokas


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