A fralda - Capitulo especial.



As vezes nós temos que fazer escolhas cruciais em nossas vidas, você nunca sabe quando a hora da escolha vai chegar, você só sabe que vai precisar responder rápido, e que mais cedo ou mais tarde, ela pode vir a machucar alguém.
Era exatamente uma escolha do tipo que eu precisava fazer; Sofrer ou morrer?
Não, eu não estou brincando! Vamos lá, analisa bem a minha situação: Sua esposa passa a manhã reclamando que não consegue descansar por causa do bebê, o que é normal, por que até onde vão meus conhecimentos gerais eu sei que bebês costumam chorar bastante por qualquer coisa. É verdade! Eles ficam com fome – choram, ficam com sono – choram, alguém (tipo o Rony) sorri para ele fazendo cara de maníaco sem querer – choram, eles querem mostrar que te amam, e adivinha o que eles fazem? – Choram!
Continuando, não é nesse ponto que eu quero chegar. Então, claro, eu como exemplo de bom marido que sou não podia ficar sem oferecer minha ajuda, ainda mais sendo possuidor desses meus incríveis dotes paternos, é claro. E devo confessar que a Gina até que ficou feliz, ela falou alguma coisa sobre eu finalmente estar sendo útil e foi para a varanda tricotar. – E como essa mulher tricota! É sério, eu não vejo nada de divertido em ficar lá sentada fazendo nozinhos...
Até que estava tudo calmo, eu estava com James no colo, e ele fica realmente sorridente quando eu começo a soltar faíscas com a varinha, então é um jeito bem fácil de fazer ele ficar sem chorar. Mas, do nada eu comecei a sentir um cheiro meio estranho no ar e o Monstro não estava por perto – Só dava de concluir uma coisa, era o meu pior pesadelo, meu mais detestável inimigo: Fezes.
Eu tinha duas escolhas:

a) Trocar as fraldas: Eu nunca fiz isso antes, a Gina que é perita no assunto, eu não tenho experiência nenhuma e acho que aquele negócio esverdeado é tóxico. Imagina uma bomba de bosta feita de cocô de mini-James...
b) Pedir para a Gina trocar: Ela está cansada, e eu conheço muito bem a mente maligna por trás de seu lindo rostinho ruivo e angelical tricotador. Ela não ia aceitar de muito bom grado o meu pedido, eu sei disso. E pior: Eu ainda sofreria a punição – eu já disse que essa parte é a pior?

Então o que eu podia fazer?
James esboçou um sorriso desdentado e cheio de baba para mim enquanto eu analisava as minhas escolhas... Como é que ele podia sorrir assim quando o seu próprio pai estava encarando uma situação dessas?
Bom, era meio óbvio não é?

Peguei o meu protótipo de bomba-atômica-de-bruxo e levei até o trocador, essa parte foi fácil por que o próprio nome já falava para quê ele servia! Eles deviam ter feito isso com as outras coisas de bebê também, tipo: dormidor, cocosador, comedor...
Então lá estava ela: A fralda.
Eu olhei para ela e ela olhou para mim, James começou a chorar. Eu teria que agir rápido, antes que a ruiva furiosa resolvesse vir ver o que estava acontecendo. Muito bem. Era como tirar um curativo, doía, mas tinha que ser depressa.
1 – eu tirei o primeiro grampo
2 – eu tirei o outro
3 – desdobrei a fralda

PELAS SAMBA CANÇÕES DE MERLIN! O QUÊ É ISSO?!
Não, eu preciso de ar puro, aaargh, como é mesmo o nome daquele feitiço do cabeça de bolha?

Ebublio” eu falei apontando para mim mesmo com a varinha. Um monte de bolhas estouraram no meu rosto. Han, bem... Eu quase acertei... James me mostrou a língua. Eu sinceramente acho que esse menino é mais esperto do que ele aparenta ser, outro dia desses ele fez uma miniatura perfeita da estátua da liberdade com a papinha de abóbora que a Gina tinha preparado, eu não sou muito esperto, então ele deve ter puxado os genes da mãe... “Tudo bem, eu desisto” e como um bom bruxo criado por trouxas deve fazer, eu apelei para o prático. Prendi o nariz com os dedos da mão esquerda. O negócio verde ainda me encarava, aquilo podia criar vida que eu não me surpreenderia “Evanesco” a obra de arte do meu filho de desintegrou. Bem, até que não havia sido tão difícil assim...

Agora como é que eu faço? Tem que colocar uma fralda nova?

...

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