A Carta
James Potter era um menino normal. Tinha cabelos bem escuros e rebeldes, olhos castanhos e um corpo um tanto quanto magro. Ela morava com seus pais em uma casa modesta, com jardim, sala de visitas, sala de jantar, escritório, cinco quartos, uma cozinha, sala de estar, varanda e um grande quintal. Essa casa era mais conhecida como Mansão Potter. Mas o que tornava James diferente da maioria das pessoas era o fato de ele ser um bruxo, ou pelo menos esperava que fosse. Assim como toda a sua família.
Logo que acordou, James desceu para tomar café com seus pais, como fazia todas as manhãs. Ao abrir a porta da cozinha, foi recebido com uma grande surpresa. Ele tinha esquecido completamente. Como poderia ter esquecido do seu 11º aniversário, afinal não era todo dia que um bruxo fazia 11 anos. Aquela era uma data muito especial e ele foi logo perguntando para a sua mãe:
—Mãe, onde está a minha carta?
—Que carta?
—A carta de Hogwarts.— James falou todo excitado.
—Desculpe, mas ainda não chegou nada para você...
—Mas ainda dá tempo de chegar filho. É só você esperar.—disse o senhor Potter tentando tranqüilizar o filho.
O sorriso do rosto do garoto desapareceu completamente. Logo que seus pais perceberam, tentaram anima-lo avisando que o levariam ao Beco Diagonal e o comprariam o que ele quisesse de aniversário. James, muito decepcionado falou que não precisava. Naquele instante o Sr. e a Sra. Potter perceberam que seria melhor não tocar mais no assunto.
Durante o café, ninguém disse uma palavra, James até pensava que o ar estava mais frio, mas não se importou. Ao comer um último pedaço de bolo, ele se levantou da mesa e foi direto para o seu quarto.
A primeira coisa que ele notou ao abrir a porta foi uma grande coruja marrom com olhos cor de âmbar. Naquele instante o sorriso voltou ao rosto do menino, no entanto, logo desapareceu, quando James reconheceu a letra de seu avô na carta. Ele abriu-a relutantemente e leu:
Querido James,
Hoje deve ser um dia muito especial para você, afinal hoje você deve receber a tão esperada carta. Como não vamos mais nos encontrar semanalmente precisamos de um meio de comunicação. Espero que esta coruja dê conta do recado.
Até mais
Seu Avô
Tendo terminado a carta, James se sentiu muito mal. Sentiu que tinha decepcionado a sua família inteira. Ele mal havia acabado de trocar de roupa quando sua mãe bateu na porta:
—James, eu e seu pai estamos indo trabalhar. Você vai ficar bem?
—Sim mãe, vou ficar ótimo. Afinal como o papai disse, ainda dá tempo de chegar a carta, né.
—É—disse a Sra. Potter sem muita confiança.
O garoto estava super acostumado a ficar sozinho em casa, na verdade, ele adorava quando seus pais saiam, pois assim ele podia fazer o que queria desde comer doces até voar de vassoura pala casa, Mas naquele dia a vontade de James era ficar na cama se escondendo do mundo e da vergonha que tinha acabado de trazer para a família.
Na hora do almoço, como sempre, seus pais não tinham voltado do trabalho, então Morden, o elfo doméstico da família chamou-o para almoçar, mas o menino estava tão mal que disse que não desceria. Como o elfo era muito amigo de Potter, levou um pouco de comida para o quarto dele e insistiu tanto, que o garoto não teve outra opção se não comer.
Quando eram umas seis horas da tarde os Potter voltaram do trabalho e notaram que havia algo de estranho com a casa, não tinha papéis de doces espalhados pela sala, nem nenhum móvel quebrado, nada. Os dois se olharam e subiram rapidamente a escada.
Na porta do quarto de James eles bateram com força, mas ninguém respondeu. Bateram de novo e mais uma vez não obtiveram resposta, então tentaram abrir a porta, que estava trancada. A Sra. Potter não pensou duas vezes e:
—ALORROMORA
A porta se abriu naquele mesmo instante e revelou um garoto muito sonolento que acordava assustado. Seus pais logo perceberam que nada de ruim havia acontecido, mas viram que aquela tarde não tinha sido uma das melhores para o filho.
Quando James finalmente foi convencido a descer para jantar ele encontrou seu avô e seus pais lhe avisaram que haveriam mais alguns convidados para jantar. O avô ficou muito feliz de ver o garoto, mas ao ver a cara dele perguntou:
—O que está acontecendo?
—Nada vô, é que eu queria saber se você ainda iria gostar de mim se eu fosse um aborto.
—Mas é claro que sim, mas por que você está me perguntando isso?
—Porque eu ainda não recebi a carta.
—Ah, isso. Mas ainda dá tempo. Sabe, eu recebi a minha carta quando já era umas dez da noite, não se preocupe.
—Sério—disse James um pouco mais feliz.
—Sim.
Após essa conversa, a noite passou muito bem, todos conversando e rindo muito, como era comum na família Potter. Até que os convidados começaram a ir embora, afinal, todos tinham que ir trabalhar na manhã seguinte.
James estava tão cansado que dormiu assim que se deitou na cama, nem notou que havia deixado a janela aberta.
Quando era quase meia-noite, uma coruja das torres entrou no quarto, deixou cair um pequeno envelope aos pés da cama do menino, que permanecia adormecido. A carta continha a seguinte inscrição:
Sr. James Potter
Londres, Godrick’s Hollow, 132
Mansão dos Potter, quarto nº2
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