Quem de nós dois



Bom gente eu coloquei cap. 2 só por colocar mesmo.

Essa song que eu escrevi agora, não tem nada a ver com a anterior, Ok?!

Comentem por favor.



Quem de nós dois (Ana Carolina)


Eu e você

Não é assim tão complicado,

Não difícil perceber

Quem de nós dois

Vai dizer que é impossível

O amor acontecer

Hermione encontra-se em sua poltrona favorita, lento um livro, como tipicamente fazia todos fins de tarde. Mas desta vez era diferente, estava no mesmo parágrafo há horas. Visivelmente estava pensativa. E se prestássemos mais atenção, poderíamos reparar em lágrimas silenciosas que caiam de seus belos e não mais brilhantes olhos.

Percebeu, inconscientemente já sabia, que precisa, necessitava dele. E isso a fazia sofrer.

Já haviam discutido isso milhares de vezes, e era sempre a mesma coisa: Era impossível. Mas por que? Por que eles não poderiam ser felizes juntos? Isso, pra ela, era um mistério.


Se eu disser que já nem sinto nada

Que a estrada sem você é mais segura

Eu sei

Você vai rir da minha cara

Eu já conheço o teu sorriso

Leio o teu olhar

Teu sorriso é só disfarce

Que eu já nem preciso

Um homem alto, forte, seus olhos antes, intensamente brilhantes, também sofria. Ele tentou negar pra ela, mas precisa dela, na verdade ela era seu ar...


[Flashback]


-Então está tudo certo. Amigos?! – Ele estendeu a mão.


-Isso não é um contrato para ser selado, Harry! – Esganiçou a mulher.


-Mas tínhamos combinado. – Disse aborrecido.


-Eu não posso... – Disse com voz fraca. – Eu não consigo.


-Porque não?! – Sorriu nervosamente. – Se eu consigo, você que é bem mais inteligente também conseguirá. – Ela o olhou com incredulidade:


-Se acha que fiquei lisonjeada com seu elogio está enganado. – Disse seca.


-Hermione! – Tentou argumentar. – Você sabe que não dá.


-Por que não? Explique-me novamente. – Perguntou ela. Ele piscou.
“Porque não afinal de contas?” Pensou ele. Ele respirou fundo:


-Porque acho melhor você ficar longe de mim. Sem mim você ficará segura.


-Eu quero que se dane a minha segurança. – Ela gritou. – Você não percebe? Eu não consigo mais fingir que não vejo! Eu te amo! – Gritou ainda mais alto. – Eu te amo... – Começou a chorar. – E sei que você também me ama.


-Não chore. – Disse frio. – Não têm motivos. Se quer saber eu, eu... Eu não te amo. – Isso a fez ofegar e tapar os ouvidos.


-Mentira. Você está mentindo.


-Não estou não. Eu não te amo...


-Cala boca! Cala boca. – Ela grita pra não ouvi-lo.


[Fim do Flashback]


Sinto dizer

Que amo mesmo, tá ruim pra disfarçar...

Entre nós dois

Não cabe mais nenhum segredo

Além do que já combinamos

Harry se sentia sujo. Como pôde fazer isso, com uma mulher tão especial como aquela? Deveria ter sido mais sutil...

Ele a amava, mas que tudo no mundo, para ser sincero consigo mesmo. E por isso não queria vê-la sofrer toda vez que saia pra uma batalha sem saber se voltava. E muito menos queria ver ela em perigo algum. Doía muito nele, acreditem, ficar longe dela.

Mas ele pensava, tinha certeza, que se ela morresse ele sofreria o triplo, do que saber que Hermione estava relativamente bem. Tudo começou em uma noite como a de hoje...


No vão das coisas que a gente disse

Não cabe mais sermos somente amigos

E quando eu falo que eu já nem quero

A frase fica pelo avesso

Meio na contra-mão

E quando finjo que esqueço

Eu não esqueci nada

[flashback]


Numa noite particularmente bela de lua cheia.

Eles estavam conversando animadamente em um bar qualquer de Hogsmead. Era comum todo fim de semana saírem para “por o papo em dia”. Enfim eram amigos de anos, não tinha nada de mais nisso, não é? Talvez esse fora o erro deles: “Amigos, certo, só amigos”.

Era estranho, Harry e Hermione não ficavam muito tempo longe um do outro. Já dava na vista de qualquer um menos deles...

Telefonemas no meio da noite, cartas e mais cartas na semana, encontros aos sábados, só pra conversar, claramente.


-Certo! É a sua vez agora! – Dizia Mione com um copo da bebida mais forte do bar na mão.


-Eu não! Eu bebi três vezes. –Disse Harry fugindo.


-Nem vem Harry! Óbvio que você não bebeu três copos! Eu só bebi dois. Você está é fugindo. Tá com medo é?


-O grande Harry Potter. – Ele disse com numa careta. – Não tem medo de nada!


-Então vai! Vira, vira, vira! – Começava a bater na mesa.


-OK! – E virou a caneca. Ela começou a rir. Ele estava meio zonzo.


-Certo. Acho melhor irmos pra casa. Você não parece bem... – Disse ela levantando e indo ajudá-lo a levantar. É claro, que ela não tinha tomado nem meio copo daquela bebida... – Eu te levo em casa. Você não vai conseguir aparatar assim.


__________


-Pronto, está entregue. – Disse na porta dele. – Você se sente melhor?


-Estou... Ai! – Segurou a cabeça. – acho que sim. Entra, vou fazer um chá pra gente.


-Hum... – Ela pensou um pouco. “Que mal há?” – Tá bom, mas não posso demorar muito... – Ele sorriu, eram meia-noite e quinze...


__________


No tapete dele:


-Não acho que ele falou querendo... – Disse Mione o olhando séria.


-É talvez não. Mas agora prestarei mais atenção naquele canalha. – Disse furioso.


-Você nunca gostou dele, não é mesmo? – Ela sorriu.


-Não é isso... – Ela ergueu a sobrancelha. – Não. – Ele suspirou. – Eu não o suporto. Como conseguiu trabalho no ministério?! Filho de um comensal da morte.


-Chega de coisas estressantes. – Ela deu murrinho no braço dele. Ele a olhou estranho. Mas ela não percebeu. – E então, - Ela o cutucou.- Alguma sugestão do que possamos fazer à uma hora da madrugada? – Ele adquiriu um olhar malicioso. – Seu bobo! Para com isso! – Ela corou.


-Isso o que? – Perguntou cínico.


-Me olhar assim! – Ela corou mais.


-Assim como? – Se aproximou dela. Ela abriu a boca e fechou muitas vezes, sem falar nada, estava sentindo o delicioso aroma que ele emitia. – Hein?! – Perguntou em seu ouvido, ela teve um calafrio quando ele beijou seu pescoço.


-Ha...Harry? O que está fazen... – Ele a beijou interrompendo qualquer diálogo ou frase coerente.


[fim do flashback]


E cada vez que eu fujo

Eu me aproximo mais

E te perder de vista assim

É ruim demais

E é por isso

Que atravesso o teu futuro

E faço das lembranças um lugar seguro

-Não, - Disse fechando o livro. Cansada de não entender nada que estava contido lá. - Eu não vou mais atrás dele! Me humilhar, - Disse secando bruscamente seu rosto. - para depois ouvi-lo dizer que não me ama, que nunca me amou. – Ela se esforçou pra não chorar novamente. – Ele não me merece... – Suspirou.


[Flashback]


-Mione. Acorda. – Disse meigamente. – Mione?


-Hum... – Ela não abriu os olhos, estava num sonho tão bom... Tinha sonhado com... Harry. Ela abriu os olhos. – Harry?! O que faz na minha cama?!


Ele sorriu baixinho.

-Bem na verdade, estamos na minha casa, no meu tapete.


-Quê?! – Ela sentou rapidamente. Então como a velocidade da luz, lembrou: Eles conversando, eles (lê-se ele) bebendo, ela o trazendo pra casa, ele a beijando, eles... Ela prendeu a respiração e ficou mais vermelha que o cabelo da Gina.


*****


-Não. Não quero comer nada... – Disse ela. Estava gripada fazia semanas.


-Você tem que se alimentar. – Disse severamente. – Não quero que fique doente, amor! – Ela estava em casa e Harry tinha tirado folga pra cuidar dela.


Ela sorriu.

-Fala de novo?


-De novo. – Ela fez cala feia. – Tô brincando, amor... – Disse dando um beijinho em sua testa. Ela tentou continuar emburrada, mas já era tarde.


*****



-Vem. – Ela o puxava pela mão. – Esta chovendo muito, não quero gripar de novo.


Ele continuava no mesmo lugar, sorrindo dela.


-Harry! Vamos. – Disse o olhando.


-Deixa de ser boba. Aproveita! – Disse puxando ela pra perto, a segurando no alto (ela deu um gritinho) e a rodando.


-Você é uma criança mesmo né?! Nunca vai mudar? – Perguntou sorrindo e ensopada...


-Você quer que eu mude? – Perguntou a olhando penetrante.


Ela colocou a mão no rosto dele e pensando um pouco respondeu:


-Não quero não. – E depois o beijou.


[Fim do flashback]

Não é que eu queira reviver

Nenhum passado

Nem revirar um sentimento revirado

Mas toda vez que eu procuro uma saída

Acabo entrando sem querer na tua vida


-Ela vai ficar melhor sem mim! – “tem certeza?” – Claro que vai... Eu que proporciono perigo a ela. – “Você não acha que ela deve escolher?” – Ela não saberia escolher o certo. – “Afinal, ela é só a mulher mais inteligente que você conhece, não?!” – Me deixa em paz! – Ele visivelmente não estava bem... Estava discutindo com si próprio. – Já disse, o melhor pra ela é ficar longe de mim!

Eu procurei

Qualquer desculpa pra não te encarar

Pra não dizer

De novo e sempre a mesma coisa

Falar só por falar


- Ela pensa mesmo que não a amo? Droga! – Estava num posso escuro, sem fundo, que era seu coração. Sua vida não tinha sentindo sem ela.

-Hermione...

Ele precisava ser forte, ela correria muito perigo se estivesse sem ele, quero dizer, com ele...

Que eu já não tô nem ai

Pra essa conversa

Que a história de nós dois

Não me interessa


Como um baque tudo veio nítido a mente de Hermione.

-Ele estava mentindo! – “Ou você quer que seja isso?” – Não! Não, eu sei que ele estava mentindo. Tenho certeza. – “Não ponha sua mão no fogo, nem dê a sua cara a tapa por ninguém, queridinha. Como dizem os ditados”. Ela balançou a cabeça para tirar pensamentos pessimistas dela. – Ele me ama! Eu sei, eu sinto. Não estaria preocupado em manter a distância se não fosse por me amar...

Se eu tento esconder meias verdades

Você conhece o meu sorriso

Lê no meu olhar

Meu sorriso é só disfarce

O que eu já nem preciso


Ela cansou. Realmente ia ver sua felicidade escapar e ficar parada lamentando? Acho que não. Ela era Hermione Granger. E ela conseguia tudo que queria, por que ai ser diferente agora?
Aparatou na casa dele, e só sairia de lá quando ele a ouvisse, Tudo que tinha pra falar, de desaforos a frases apaixonadas.

Ela quase arrombou a porta do quarto do homem e entrou com toda a sua magnitude. Harry assustou-se. Quando a viu, ficou perplexo, mas se recompôs antes que ela percebesse. Ela era insistente...


-Ah! É você! – Disse voltando a ler seu livro. Isso a deixou irritada.


-Não me ignore. – disse em tom baixo. – Vim aqui pra falar com você.


-Sobre o que? – Ainda sem encará-la.


-Sobre o que?! Não banque o imbecil. – Estava estressada. – Sobre nós.


-Não existe ‘nós’ Hermione. – Disse seco.


-Não é?! – Disse com voz de falsete. – Então você fingiu aquele tempo todo que esteve comigo? – Ele a olhou estático.


-Eu não menti. – Sibilou.


-Então o que era aquilo? Um sonho? Mas parecia tão real... – Disse ironicamente.


-Não tem graça. – Disse com um olhar sério.


-Pois eu achei. Não foi assim que você fez? Só quis brincar comigo não é? – Ela estava anormalmente calma, o que o deixava nervoso. Preferia, ela gritando ou xingando. A verdade era que ela estava o provocando. – Ficou mudo?


-Não preciso dar satisfações a você. – E ela parecia ter levado um tapa no rosto.

E cada vez que eu fujo

Eu me aproximo mais

E te perder de vista assim

É ruim demais

E é por isso

Que atravesso o teu futuro

E faço das lembranças um lugar seguro


-Você é um covarde! Só está fingindo! Fingindo porque tem medo do que sente ou pode vir a sentir. – Disse com a voz tremente.


-Só porque você acha isso não quer dizer que eu seja. – Disse venenoso.


-Você não pode não sentir mais nada por mim. – Ela disse se aproximando.


-Não sinto mais. Eu – Ele engoliu a seco. – Não amo mais você.


-É mentira sua. – Disse calmamente e dando mais um passo.


-Não, não é. Entenda, acabou. – Disse sentado na cama.


-Então me prove. – Ela disse acabando com a distância entre eles existente. E envolvendo suas mãos ao redor do pescoço dele.


-Não preciso provar nada. – ele sentiu um arrepio quando ela começou a acariciar seu pescoço. Era um golpe baixo, ela sabia que ele ficava louco quando ela fazia assim.


-Está com medo Potter?! – Ela sussurrou em seu ouvido.


-Já disse que não tenho medo.


-Então me prove! – Disse o olhando nos olhos. – Me beije e diga que não me ama.


-Eu não vou beijá-la, é antitético!


-Oras, Harry. – Ela sorriu provocante. Seus olhos faiscando. – Nunca ouviu falar que o amor é um paradoxo?! – Ela não esperou resposta. O beijou fervorosamente. Ele tentou resistir, mas era perda de tempo, como sentia saudade de sua boca...
Não é que eu queira reviver

Nenhum passado

E revirar um sentimento revirado

Mas toda vez que eu procuro uma saída

Acabo entrando sem querer na tua vida...


Ele não conseguiu dizer que não a amava. Simplesmente aceitou o fato que ela era a sua outra metade, não poderia viver sem ela nunca. E quanto ao perigo, bem, pra quê pensar agora?


*Fim*

^^

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