Realidade



Disclaimer – Harry Potter não me pertence. Se pertencesse, você acha que tanta gente assim teria morrido?

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Capítulo 2 - Realidade

James acordou cedo naquela manhã. Na verdade, quase não dormira. Aquele pesadelo não saía de sua cabeça. Ele tinha medo de que o pesadelo virasse realidade. Muito medo.

Olhou para Lily, que dormia tranqüilamente ao seu lado. Ela tinha tido aquele mau pressentimento... E se eles não estivessem tão seguros?

Não. Ele não podia pensar assim! Dumbledore os estava protegendo, todos os seus amigos também. E, se Voldemort viesse, ele estaria pronto.

Sim, estava tudo bem.

- Está tudo bem. – Ele sussurrou para si. Porém, por mais que afirmasse isso, uma vozinha em sua cabeça não parava de dizer “Até quando?”

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Lily estava na cozinha, preparando o almoço. Enquanto uma panela mexia “sozinha” uma comida, Lily cortava as verduras. Então, sem que percebesse, seus pensamentos se dirigiam para a noite anterior.

James não havia contado qual tinha sido seu pesadelo, mas ela sabia que envolvia Voldemort. E ela estava com aquela angústia... Seria um aviso? Será que eles realmente não estavam seguros? Não! James havia dito que estava tudo bem. Mas... Ele poderia ter mentido, a fim de não preocupá-la e...

- Ai! – Ela deu um gritinho. Estava tão distraída que tinha se cortado com a faca.

Levou o dedo à boca e sentiu o gosto de ferro na língua. Sangue... O sangue dela.

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Um riso de criança foi escutado quando James mordeu de leve a barriga de Harry.

- Ê garotão. – James pôs o filho no colo.

Ficou acariciando a cabeça de Harry enquanto mil e uma coisas passavam por sua cabeça. Tanta coisa havia acontecido...

Olhou para Harry, que agora dormia. Alguém tão pequeno... Com um fardo tão grande... E o que seria dele sem James e sem Lily? Ele sobreviveria.

- Fique vivo, Harry. Por favor.



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Lily estava sentada, lendo um livro. Os pensamentos continuavam a perturbá-la. Por causa disso, ela não conseguia sair da mesma linha.

Olhou para Harry, que dormia no sofá. Seu anjinho... Ela morreria por ele. Faria qualquer coisa para que ele sobrevivesse. Foi até o filho e beijou-lhe a testa.

- Fique bem.

Pela janela, podia-se ver que a noite chegava.

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Os Potter estavam na sala. James e Lily conversavam e Harry dormia no carpete.

- Que tal chamarmos o pessoal amanhã para outra reunião? – Lily disse, tentando parecer calma, mas ela percebia a tensão vinda do marido.

- Lily... Eu te amo. – James falou de repente.

- Como? E-eu também, mas por... – E foi calada por um beijo do marido.

- Leve o Harry pra cima, certo? Ele pegou no sono.

Lily assentiu, com o cenho franzido, e subiu com Harry. James passou a mão pelos cabelos e se levantou. Ficou andando de um lado para o outro, até que parou. Um vento frio o fez se arrepiar. Olhou para a porta a tempo de vê-la voar longe. Escutou o barulho de alguém correndo lá em cima. Só podia ser um pesadelo.

Uma pessoa com um pano negro a cobrir seu rosto adentrou na casa.

- Voldemort... – James sussurrou.

- Se atreve a dizer meu nome, Potter? – Uma voz gélida perfurou os ouvidos de James. Só podia ser um pesadelo.

- Não tenho medo de você. Não tenho porque temer seu nome!

- Ah, mas devia.

Lily apareceu no final da escada.

- Lily, fique aí. – James disse, sério, e se dirigiu à frente da esposa;

- Mas...

- É só um pesadelo. – James sussurrou.

- Pronto para morrer, Potter?

- Em suas mãos? Nunca. Lily pegue o Harry e fuja.

- James...

- Vá!

Lily saiu correndo. É somente um pesadelo.

Somente isso.

Mas, somente quando um lampejo verde saiu da varinha de Voldemort em sua direção, é que James percebeu que não era um pesadelo, e sim a mais terrível e verdadeira realidade.

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N/A: Nada a declarar i.i /sai pra chorar/

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