Encontrosa e desencontros



Esta manhã acordei com Sirius “gentilmente” jogando um copo de água no


meu rosto. Não que fosse muito tarde, mas essa medida era um pouco


drástica demais, portanto deste caloroso modo fui acordado:


- Sirius, seu doido, o que você pensa que está fazendo? - exclamei.


- Bem, eu achava que estava te acordando cara, esqueceu, detenção?


- Bah, não lembrava, vai ser aonde? - perguntei enquanto tentava, secar-


me, sem sucesso.


- Novamente, vamos limpar a sala de troféus, mas pode estar certo que por


Flich, nós seriamos pendurados nas masmorras e ele iria bater na gente com


aquele chicote, esse é o sonho dele, ele sempre se lembra de me falar que,


um dia, Dumbledore irá ceder e deixará aquele aborto da natureza bater na


gente, como se ele fosse conseguir.


Sirius deu uma risada, que mais parecia um latido de um cão que acaba de encontrar a carniça.


- Vamos cara, o Aluado está lá em baixo feito louco porque ele tem que nos


acompanhar até a sala de troféus e “explicar” o que temos que fazer - Sirius


fungou, - como se não soubéssemos! Se aquela sala é limpa é porque não


tem mês que a gente vá lá e mantém aquilo limpo, porque se não fosse a


gente, ninguém faria, essa é a verdade. Nós somos escravizado como elfos


domésticos, então caro Pontas sabe o que eu acho?


- Não - respondi com sinceridade- Não Almofadinhas, não tenho a mínima


idéia do que você acha.


- Eu simplesmente penso que eles gostam que a gente vá para a detenção,


para manter aquilo em ordem! - Sirius parecia estar realmente zangado, mas


com um tom maroto no que falava.


- É uma teoria - respondi - Não deixa de ser verdade.


Levantei da cama, coloquei o uniforme e, juntamente de Almofadinhas


seguimos para o salão comunal onde estava Aluado, e como Sirius disse,


transtornado:


- Onde vocês estavam - exclamou Remo num tom de profundo desespero -


Estão atrasados 15 minutos!


- Calma Aluado, a gente sabe o que tem que fazer, não se estressa cara.


Nós vamos lá e limpamos tudo, você não precisa dizer o que temos que


fazer, já sabemos! Realizamos essa árdua tarefa uma vez por mês, pelo


menos! - exclamei.


- É Aluado, deixa as preocupações para coisas importantes, como por


exemplo a próxima semana...


Sirius não chegou a terminar a frase. Todos entendemos o que ele queria


dizer. Semana que vem era lua cheia e Remo, como foi mordido por um


lobisomem, também é um. Eu e Almofadinhas somos extremamente


inteligentes, bem isso é realidade não é convencimento da minha parte e


muito menos da dele, transformamo-nos em animagos. Nós três, é claro.


Não podíamos esquecer Rabicho. É obvio que ele precisou que nós quase


transformasse-nos por ele, mas conseguiu, depois de três anos de ardo


estudo e dedicação nos transformamos em animagos. Assim poderíamos


acompanhar Remo nas sua transformações, pois lobisomens só são perigosos


para humanos.


Lupin suspirou. Olhou-nos. No seu rosto parecia ter um abatimento e um


medo que a segundos atrás não estavam em sua face. Ele deu-nos um


sorriso triste e falou:


- Está certo, vão eu preciso ler uns relatórios semanais de detenções dos


alunos, mas posso garantir que já sei o que vou ler, pelo menos do da Lílian,


quer dizer terá: “ Potter jogou bomba de bosta em Severo Snape, Sirius


Black azarou o mesmo”, coisas desse tipo.


- Ei - falei- não joguei bomba de bosta no Ranhoso, pelo menos ainda não.


Sirius soltou uma gargalhada e ambos seguimos para sermos escravizados.


Chegamos na sala e encontramos algo inusitado. Alguém que eu fiquei


surpreso e realmente feliz de encontrar, um alguém que pareceu não ter a


mesma reação que eu.


- Potter - exclamou aquela conhecida voz- o que está fazendo aqui?


- Bem, Evans, eu e Sirius viemos cumprir detenção, limpar isto aqui.


- Ah, bem - ela falou parecia menos irritada - se é isso ...


- E você- falou Sirius- o que faz aqui?


- Eu - ela hesitou um momento, parecia nervosa, mas na minha opinião


ainda linda- eu queria falar com o Remo sobre os relatórios.


- Como você vê - disse- ele não está aqui.


Eu sorri para ela. Por um breve momento pensei que ela sorrira novamente,


mas vi que estava enganado:


- Potter, educação nunca foi seu forte. - Ela parecia realmente zangada. -


Você só pensa em você mesmo e como vai aparecer para os outros. É um


arrogante, que se supõe superior a todos e pensa que porque meia dúzia de


garotas tolas e fúteis saem com o Sr. Popularidade Potter todas tem que


ceder aos seus “encantos”.


Ela estava realmente braba.


- Hey - disse Sirius - ele ainda nem pediu para sair contigo, geralmente você


faz o escândalo depois do pedido e não antes!


Sirius sorriu. Eu estava um pouco surpreso com a atitude da Evans, mas não


me deixei abater, olhei pra ela com um sorriso maroto e falei:


- Lily...


- Não me chame de Liy - disse aquela voz irritada


- Tá, ta Evans, mas eu queria saber se próximo fim de semana você não


gostaria de ir a Hogsmeade comigo?


Ela me encarou por um momento e disse:


- Bem Potter sabe de uma coisa - disse ela num tom um tanto malicioso e
embaraçado - o dia em que eu sair com você eu faço questão de me


internarem no hospício mais próximo. Será que você não percebe que me


irrita, que sua arrogância, seu comportamento infantil não me fascinam?


Talvez com as outras seja diferente, mas eu não. Eu queria sair com um


alguém maduro, um alguém que não se sinta seguro de si por azarar os


outros, mas por ser o que é! Tudo Potter o que você não é, você me dá


nojo, sua arrogância me irrita, seu jeito de falar, sua mania de despentear os


cabelos pra mostrar para todo mundo que o Sr.Perfeito acabou de descer da


sua vassoura idiota com seu pomo imbecil!



Ela parecia que pularia no meu pescoço. Fiquei um pouco perplexo com o


discurso, um tanto triste, e com raiva. Porque ela fazia isso, me desprezava?


Um silêncio invadiu a sala, e Lílian Evans se retirou com o rosto vermelho de


raiva e me pareceu que também com um pouco de vergonha.


Sirius e eu trabalhamos feito dois elfos domésticos, mais tarde nos


encontramos com Rabicho e Aluado embaixo de uma árvore no jardim. O


primeiro comia como se a vida dele dependesse daquilo e o segundo estava


parado olhando para um livro. Eu e Almofadinhas sentamos e ficamos lá a


comentar sobre os outros. Algumas vezes passavam umas garotas que


mantinham um olhar meloso em cima de mim ou de Sirius.


Almofadinhas sentia-se como se tivesse total controle daquelas garotas e se


exibia muito pra elas, que babavam, na minha opinião pareciam cadelas no


cio atrás do primeiro par de calças. Não vi Lílian Evans pelo resto do dia,


acho que ela estava me evitando, como se eu que tivesse feito a coisa


errada e não ela, porque quem saiu me xingando e ofendendo foi ela e não o


delinqüente aqui. É claro, que se vissem a Evans bufando de raiva no


mesmo recinto que eu diriam que a culpa e do garoto baderneiro que não


parava de perseguir a pobre moça. Fui me deitar tarde, quando cheguei no


dormitório, Sirius Black roncava feito um animal, eu tive a impressão que


era difícil ouvir o meu próprios pensamentos com os roncos que


Almofadinhas realizava. O dia não havia sido tão desastroso, não havia


visto o Ranhoso, o que é uma grande alegria. Ficar sem ver aquele nariz


adunco na minha frente, é só o que se pode ver no rosto dele, era algo


muito bom mas a “idéia” do Remo de jogar bomba de bosta no rosto dele


não era ruim, na realidade, era interessante, não que nunca tivéssemos feito


isso mas jogar me animou um pouco, maltratar do Ranhoso era algo


necessário. Não que eu fosse uma pessoa ordinária que se sobrepõe sobre os


mais fracos, mas veja bem, sempre que pode o imbecil me azara, agora eu


fico proibido de lhe dar o troco na mesma moeda? Ranhoso é um idiota e Lily


protege ele das garras do Potter malvado, quer dizer, ela protege todos de


mim, às vezes tenho a impressão que ela faz isso só pra me aborrecer, mas


sei que é egoísmo da minha parte pensar que ela se mete nas brigas por


minha causa, entretanto é o que , às vezes, me passa na mente. A Lily, ela


vai ver, eu vou mostrá-la que posso ser bom alguém melhor, ela vai ver

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