Bem-vinda a Hogwarts!

Bem-vinda a Hogwarts!



Existem muitas histórias que ficam por contar e esta é uma delas. Passaram-se cinco anos desde que a história de Harry Potter havia sido exposta integralmente ao mundo da feitiçaria e, ainda assim, há muito para ser contado. Há muitos segredos prontos a serem revelados e é aí que, também, vai ser relatada a vida de uma jovem cuja existência tem um propósito, pois tal como Harry também ela sobreviveu.
Era uma manhã de Domingo e na pequena vila de Epsom, Surrey – Inglaterra, os ânimos estavam em alta já que a que a população se tinha juntado a fins de organizar uma festa em honra do aniversário do habitante mais velho que já possuía 110 anos. Epsom de nada tinha de luxuosa, era recatada, simples e era corrida por um conjunto de casas de tons rosa velho e branco muito comum da região. Lâmpadas colorias e balões de papel enfeitavam as ruas, assim como a música que provinha do seu centro, chamando as pessoas para um “pezinho de dança”.
- Nem penses que vais assim para a rua! – Argumentou a loira
- Porquê? – Ripostava a morena
- Porque pareces uma maltrapilha. Porque não te maquilhas um pouco?
- Porque não gosto e, aliás, acho que estou muito bem vestida fica tu a saber.
Numa casa um pouco mais rosa e mais branca do que as restantes existentes em Epsom moravam um casal simpático com as suas duas filhas, os Holmes. Melinda e Jim Holmes tinham-se conhecido nos tempos da Universidade e desde então que estão juntos, à já vinte anos. Com o passar do tempo o casal teve uma filha Holly que tinha agora dezassete anos, era alta, esguia, tinha uns olhos cinzentos e cabelos cor de oiro. Mas ainda com o desejo de ter mais um filho o casal viu-se impedido, pois Melinda obtera uma cicatriz no útero o que não a possibilitou conceber novamente. Insistentes na ideia decidiram adoptar uma criança, foi então que receberam como filha Joanna, que tinha agora os seus quinze anos, olhos castanhos avelã como o seu cabelo ondulado e caído até aos ombros. A criança escolhida era muito peculiar e, ao longo dos anos depois de tantos incidentes e perguntas, finalmente perceberam que a jovem era uma feiticeira.
- Parem vocês as duas imediatamente! – Melinda apesar de ter os seus 43 anos ainda aparentava um ar jovial, com curvas bem traçadas e com cabelos compridos – estou a ficar velha para isto não pode ser. Holly deixa a tua irmã ela está muito bem vestida para a ocasião que é.
- Pois… claro – respondeu Holly com um tom de desprezo não acreditando na opinião da mãe.
Ao ouvir a discussão da sala, Jim encaminhou-se para a mesma onde encontrou a mulher e as filhas. Este, tal como a mulher, estava ‘muito bom para a idade’, moreno e alto não possuía a normal barriga de cerveja o que o fazia atraente para as viúvas e solteironas (às vezes até as casadas) das redondezas.
- Bem… vocês as três quando se juntam não pode ser boa coisa – disse sorrindo – Joanna vamo-nos despachar tens que apanhar o comboio além de que não queremos que sejas expulsa de outra escola afinal, quantas escolas de magia existem?
- Sabes bem que não tive culpa… – a jovem defendia-se apenas. Quando fez onze anos foi para a escola de magia de Durmstrang começar a sua formação numa escola de feitiçaria. Quando estava a terminar o seu quarto ano esta estava na hora errada, no sítio errado e fora acusada de um mau uso e poder excessivo de magia, o que levou à sua expulsão. Uma senhora do orfanato, sendo uma Cepa – Torta (pessoa nascida de feiticeiros mas sem poderes), com alguns contactos e ciente de que os pais Muggles da jovem não poderiam fazer nada em defesa da filha enviou uma carta a Albus Dumbledore – director da Escola de Magia e Feitiçaria de Hogwarts – para que este tivesse compaixão e a aceitasse… Assim foi.
Depois de almoço os Holmes tomaram rumo para a estação de King’s Cross onde Joanna teria de apanhar o comboio para Hogwarts. Os pais da jovem achavam fascinante todo o tipo de coisas que envolvia magia, quando visitaram pela primeira vez a Diagon Al, para comprar os materiais em falta, achavam imensa piada os livros a voar das prateleiras e os animais comuns tal como viam nos filmes. O único empecilho nesta aventura era encontrar a plataforma 9 ½. A jovem apalpava as paredes da estação à sua procura mas só depois quando tocou na parede que dividia a plataforma nove e dez soube que aquela era a correcta pois atravessou-a e deparou-se com um grande comboio vermelho e preto, o Hogwarts Express. Percebendo que os pais e a irmã não conseguiam entrar esta voltou atrás para se despedir e agarrar na sua bagagem e na sua coruja, Colorful, que tinha manchas castanhas e brancas e uns traçados dourados. Depois de feitas as despedidas a jovem entrou por entre as plataformas e despachou a bagagem, entrou finalmente no comboio que iria mudar a sua vida para sempre.
- Posso entrar? – Após várias tentativas, falhadas, para encontrar um compartimento vazio Joanna encontrou uma apenas com uma jovem de aspecto “hippie” loira e magra, com olhar distante e curioso, que gentilmente respondeu à sua pergunta:
- Claro entra. Sou a Luna Lovegood de Ravenclaw.
- Oh! Joanna de… bem – antes de começar a explicar sentou-se frente à rapariga – não sei de onde sou exactamente. Sou nova aqui e não sei em que casa vou ficar.
- A sério? Pareces muito velha para ser do primeiro ano – disse Luna sorrindo
- Pois… – Joanna retribuiu o sorriso – vou para o quinto ano, fui expulsa da minha antiga escola… bem, uma longa história.
As duas continuaram a conversa ao longo do caminho e não demoraram até ficarem íntimas. Quando chegaram encontraram a Professora McGonagall, que Joanna já conhecia de uma visita formal feita pela mesma, que informou que a rapariga iria seguir com os primeiros anos pois iria ter que ser seleccionada.
Após um caminho de vinte minutos feito a barco a jovem mal queria acreditar no que estava a ver: um enorme castelo agora escuro, pois era tarde, iluminado por pequenos candeeiros espalhados ao seu redor. Depois de a Prof. McGonagall ter explicado a Joanna e aos restantes como se iria processar a selecção entrou para salão seguida dos caloiros e, conforme o combinado, chamou primeiro:
- Joanna Holmes – conforme a chamou a rapariga caminhou ao longo do salão que estava cheio de alunos ansiosos por mais um ano escolar, divididos em quatro mesas (que correspondiam a Gryffindor, Ravenclaw, Hufflepuff e Slytherin) e com os olhos postos nela, pois era de estranhar uma aluna de quinze anos ser seleccionada com os primeiros anos, aguardavam a resposta do chapéu criticador agora posto na jovem.
- Hum… hum… – e a brincar a brincar continuou – ah sim! Eu lembro-me de ti, ou melhor de uma mente igual à tua, Mr. Potter acho que encontrou uma companheira à altura.
Na mesa vermelha, de Gryffindor, todos viraram a cabeça para Harry Potter perguntando-se o ‘como assim? ‘ daquela observação. O rapaz de cabelo preto, cicatriz de trovão e óculos de lua cheia acompanhado pelos amigos Hermione Granger, todos os irmãos Weasley e restantes continuaram com atenção à selecção.
- Ah sim! – Repetiu novamente – tens muitos mistérios à tua volta, tens um sexto sentido para te meter em sarilhos, assim como, uma inteligência que pode dar muito que falar… E depois temos o teu outro lado, um lado oculto, meio sombrio… Slytherin havia de apreciar uma pessoa como tu na equipa. Mas, e também, seguindo a tua linhagem de feiticeiros estou certo de que tens de ir para: GRYFFINDOR!
A rapariga levantou-se com um sorriso que lhe percorria a cara e juntou-se aos colegas que seriam agora a sua segunda família. Não tardou em conhecer todos e, apesar de ter má memória, não se esquecia do nome de nenhum. Ficou intima de Harry Potter, Hermione Granger e Ron Weasley, assim como dos gémeos Weasley e Ginny perdia-se a rir das mais variadas situações. As conversas entre eles foram prolongadas até que o Professor Dumbledore deu um discurso de boas vindas e os concelhos habituais de todos os anos.
- Isto está tão bom – falava Ron com a boca cheia – era capaz de comer até rebentar.
- Engraçado pensava que era isso que estavas a fazer – exprimiu-se Hermione balouçando os seus cabelos graciosamente ondulados – não fazes outra coisa senão comer.
Os restantes sorriram pela discussão que se originou a partir dai.
- Então Joanna porque é que só agora vieste para Hogwarts? – Perguntou Seamus Finnigan bastante curioso.
Vendo que a rapariga não estava confortável com a pergunta Fred e George, os gémeos, intervieram rapidamente:
- Ahhh línguas de perguntador meu caros Seamus agora vai ter com o Lee que ele está a chamar-te – Fred
- Pois é. Desampara-nos com as tuas perguntas impertinentes, vá. - George
Contrariado o rapaz foi para o fundo da mesa e Joanna agradeceu, com um gesto de cabeça e um olhar agradecido aos gémeos.
O banquete passou e estavam agora todos íntimos e a par das novidades das férias, assim, levantaram-se e dirigiram-se ao dormitório. Quando estavam a subir as escadas ouviram um estrondo e correram para ver o que era, ao chegar, depararam-se com um enorme buraco num dos muitos quadro espalhados na escadaria. Depois dos professores terem analisado a situação mandaram os alunos para os respectivos dormitórios.
Na sala comum de Gryffindor:
- Estranho terem provocado uma explosão justamente naquele quadro não é? – Neville Longbottom
- Porque é que eu acho que tudo aqui é assim? Estranho… – Joanna
- Bem… – disseram os gémeos em coro – Bem-vinda a Hogwarts.
Com esta frase os alunos foram dormir, pois amanhã, será o primeiro dia de aulas.

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