_Remus_



Os seis subiram penosamente a estrada escorregadia até o castelo arrastando os malões. Hermione já falava em tricotar uns gorros para elfos antes de dormir. Harry olhou para trás quando chegaram às portas de carvalho da entrada, o Nôitibus já partira e ele chegou a desejar à vista do que o esperava na noite seguinte, que ainda estivesse a bordo.

Ordem da Fênix, página 430/431.


Subimos no Nôitibus para voltar para a sede da Ordem e Tonks logo mudou a cor de seu cabelo do grisalho para o violeta. “Merlin, de onde vem tanta imaginação pra essas cores?”. Mas não é hora de pensar nisso. Nós ficamos sozinhos aqui e ela provavelmente vai querer falar “daquele assunto” de novo, minhas desculpas para me esquivar estão se esgotando e eu sinto que posso acabar concordando com ela de que não sou velho, pobre e perigoso demais a qualquer momento.

Não sei se foi intencional, o fato é que ela quase voou para o outro lado do Nôitibus e eu simplesmente tive que segurá-la! Tudo bem, Remus, você não vai perder a calma só porque tocou naquela pele macia...Pare de olhar para ela! Tonks vai acabar achando que você está interessado...Tarde demais, ela já sabe.

Acho que já se passou uns 4 minutos (ou talvez tenham sido 3250 anos) e nenhum de nós abriu a boca. Será que posso arriscar começar uma conversa?

-O que você vai fazer no fim de semana? “TANTA COISA PRA PERGUNTAR E É ISSO QUE VOCÊ FALA?”

-Er... Ah... Pensei em passar com você... e com Sirius!

-Ah sim. Bem... Eu adoraria passar o final de semana com você... e Sirius.

- É bom saber que temos idéias iguais pro final de semana, Remus. A gente poderia até pedir a Mundungos levar algumas garrafas de fire whiskey pra deixarmos Sirius bêbado...

-Seria engraçado... – O que você está dizendo seu irresponsável? “Ela te acha engraçado” CALADA voz do meu subconsciente xereta! – Nymphadora!

- É TONKS! Não seria de todo mal ter aquela mansão só pra gente, seria?!

-Ok. Olha, tudo bem você ficar na sede no fim de semana, mas deixe Sirius em paz...

- Sirius será o primeiro que vai querer encher a cara... Remus, o que tem de mais a gente ficar apenas... sozinhos? Tem medo que eu te ataque?

-É, provavelmente ele vai beber tudo antes que um de nós consiga terminar a primeira garrafa... - Eu estou mesmo planejando beber fire whiskey com Tonks na casa do Sirius? Devo estar doente. “Está sim, doente de amor”. Você já está me irritando, voz chata.

- Tá vendo? Não tem perigo nenhum! E eu não vou te aga...

O Nôitibus mudou de direção violentamente e ela...ela está caída no meu colo. Merlin, ela encostou o rosto no meu pescoço...É melhor eu fazer alguma coisa ou vou enlouquecer. “Faça mesmo! Leva essa mulher pra casa!” VÊ SE FICA QUIETA VOZ MALDITA!

-Ok, Nymphadora. Pode voltar para sua poltrona. – Eu sei que ela odeia que eu a chame assim, mas isso chama a atenção dela... e essa testa franzida é tão charmosa que eu espero que ela nunca descubra ou eu não vou ter um só minuto de paz na vida...

- É Tonks! E porque sair daqui? Não sei você, mas eu estou bem confortável.

-É sério... não vamos complicar mais as coisas... – Impressão minha ou estou suando frio? “Me recuso a acreditar em como você é tapado...” Calada traste...

- Complicar? Remus... eu sou feia por acaso?

Ai Merlin, e agora? Será que essa maldita banheira velha não vai chegar logo na casa Black?

-Não...você não é nem um pouco feia. É que...eu não acho que vai dar certo...sabe...nós dois.

- Remus, me responde uma coisa... Eu beijo mal? – É só eu me aproximar mais um pouco...

-Mas que tipo de pergun...

Eu ia usar a mesma desculpa de sempre, mas antes que pudesse acabar minha frase ela colou seus lábios quentes e macios na minha boca. Me assustei com o movimento dela e tentei parar aquilo antes que fosse tarde demais, mas ela como sempre, percebeu, e começou a passar os dedos no meu cabelo e isso derrubou minhas defesas. Me entreguei ao beijo com vontade e senti que era exatamente o que ela queria.

Estávamos praticamente vivendo um paraíso que eu negava pisar já à algum tempo, quando Shunpike veio e disse que tínhamos chegado em nosso destino. “MATE ESSE DESGRAÇADO!” É a primeira vez que concordo com você hoje, voz do subconsciente.

-Ahm... vamos indo então?

Ela parecia irritada, e eu estava extremamente envergonhado, não só porque fomos interrompidos por Shunpike mas também porque não estava acreditando muito no que tínhamos feito. Ela desceu do Nôitibus sem olhar para mim. Entrou no número 12 rapidamente e eu fui atrás dela. Chegamos ao hall e nos despedimos brevemente. Fiquei mirando seus calcanhares desaparecerem na escada quando ela subiu para seu quarto.

-Finalmente vocês chegaram. Achei que não voltariam para cá hoje...Que cara é essa aluado? – Sirius chegou e me pegou sonhando acordado ao pé da escada.

-Nada, nada...

-Aham... – ele não me pareceu muito crédulo – O que aconteceu entre vocês dois na volta? Vocês estavam sozinhos não estavam...?

-Não faça essa cara de maroto, não temos mais idade pra isso...

Não quis admitir para meu amigo que havia beijado a prima dele. Aquilo estava fora de questão, mas alguma coisa dizia que não iria levar muito tempo para ele descobrir. Subi para meu quarto planejando abrir um livro e ler um pouco antes de ir dormir. Pensei ter ouvido a porta do quarto de Tonks ranger um pouco quando passei por ela. “Ela estava ouvindo a sua conversa e deve estar querendo te matar agora!” Pro seu bem, voz, é melhor que isso não seja verdade.

O fim de semana chegou e eu não havia conseguido dormir muito tempo. Levantei bem cedo e coloquei o casaco por causa do frio da manhã. Desci as escadas devagar e quando entrei na cozinha, Tonks já estava lá. Tive um impulso repentino de sair dali e evitar aqueles olhos violeta, mas ela me deteve com uma frase.

-Bom dia, Remus!

-Bom dia, Nymphadora. Tá, eu sei, desculpa. – ela fez aquela testa franzida de novo – Me deixe fazer o café da manhã, por favor, tenho medo das catástrofes que podem acontecer com você aqui.

-Você é um poço de gentileza...

Sorri e fui pegar pão e geléia para fazer torradas. O clima estava tenso porque fazia alguns dias desde nosso beijo e eu me recusava terminantemente a passar mais de 5 minutos perto dela sem a companhia de alguém. Onde diabos Sirius se metera? Ah, finalmente ele resolveu aparecer. Bocejou e se sentou ao lado da prima.

-O que vocês estão fazendo acordados de madrugada?

-Já são 7 da manhã, Sirius.

-Como eu ia dizendo: o que vocês estão fazendo acordados de madrugada? Interrompi alguma coisa?

-Não. E nem poderia, não é mesmo, Remus? – Tonks disse à Sirius e eu senti muito sarcasmo em sua voz, mas tentei não pensar em mim mesmo como culpado disso.

-Nymphadora...

- Olha Remus, tudo bem. Eu um dia vou esquecer...

- Esquecer? Acho que perdi alguma coisa...

- Você quer a sua torrada com... com o que mesmo Sirius? – tive a certeza que ela ouvira nossa conversa e agora devia estar mesmo querendo me matar.

Peguei as torradas e coloquei em cima da mesa. Não posso negar que aquela cara de brava era linda demais para ser ignorada, sorri ligeiramente e entreguei-lhe suas torradas. Sentei-me de frente para ela e fiquei olhando-a comer. Ela retribuiu o olhar e, pelo que me parece, sorriu sem perceber.

- Continuo achando que perdi alguma coisa... Interrompo?

Nenhum de nós respondeu e o café da manhã passou sem muita conversa.

Tonks foi para o ministério entregar alguns relatórios, Sirius e eu fomos tentar limpar um pouco da sala.

-Agora confesse Aluado, o que aconteceu entre você e minha priminha?

-Sirius, você vai continuar com essa história?

-E se eu te disser que sei que vocês se beijaram no Nôitibus?

-Como você soube?! Ela te disse?! – fiquei exasperado com a possibilidade de Tonks ter dito à ele.

-Não. E eu não sabia até você me dizer... – Ele deu dois passos para trás.

-Almofadinhas, corra. Se eu te pegar, você está morto! Como pode ser tão sujo?! – Atirei meu pano encardido nele.

-Pelo menos consegui arrancar a verdade de você, já é um começo. Agora me conte, ela beija bem?

-Sirius!!!

-Não faça essa cara, eu sei que você adorou...ou não?

-Eu...eu não devia ter feito isso. – Me sentei pesadamente no sofá.

Ouvimos a porta da frente bater e Tonks entrou na sala, furiosa.

-Deixei pra entregar os relatórios amanhã. Onde está meu kit para limpar vassouras? Minha Comet está pedindo uma limpeza....

Sirius apontou o kit para ela, que o pegou e saiu em direção ao armário de vassouras.

-É, eu estou ficando experiente em dizer coisas que não posso quando Tonks está ouvindo... – disse mais para mim mesmo do que para Sirius.

Ele subiu para ver se ela estava bem e eu continuei na sala.

Sim. Ela beija estupendamente bem. Era isso que eu gostaria de ter dito à Sirius quando ele me perguntou, mas não tive um pingo sequer de coragem. Sempre faço tudo errado quando se trata de garotas. Garotas... já não tenho idade pra me envolver com garotas... “James diria que você usa essa desculpa desde que tinha 13 anos”. Eu sei. O que é pior: ele teria razão. Não é simples? Chego e digo: eu gosto muito de você, quer ficar comigo? Não, não é. Pelo menos não pra mim.

Tonks não é uma garota qualquer. Mas será que é certo considerar ela uma garota? Atitude de mulher, porte de mulher, beleza de mulher... Diferente de todas as mulheres que já conheci, ela tem o dom de melhorar meu humor e me fazer esquecer, pelo menos por algum tempo, que tenho uma maldição. Uma maldição... talvez se não fosse por isso eu poderia deixar meu amor por ela to... “Amor? AMOR? Você admitiu que a ama? Deve estar doente... só pode...” CALE A BOCA, VOZ CHATA! Eu estou aqui tentando organizar meus pensamentos e você fica me atazanando... “Tudo bem, mas eu acho que você deveria subir lá e ver o que aqueles dois estão falando, porque não se pode confiar em Sirius...”

Subi as escadas silenciosamente e cheguei na melhor parte da conversa deles:

- Corta essa, Tonks! Eu sei de tudo. N/R:*cara, eu AMEI esse “Eu sei de tudo”. Fiko tipo: Sirius, o Onisciente!*

- Tudo o que?

- Remus...

- O que tem ele?

- Isso, o que tem eu, Almofadinhas? – Cruzei os braços e mirei Tonks, que estava sentada no chão.

-Nada, nada, Aluado...

Tonks recolheu seu kit para limpar vassouras e se levantou para colocá-la de volta no armário. Pareceu ter dificuldade para fazer isso sem tirar as outras vassouras do lugar. Sirius me chamou perto da porta e sussurrou:

-Não vou fazer isso duas vezes, então aproveita essa chance ok?

-Mas o que...

Não deu tempo de terminar a pergunta. Sirius me empurrou para dentro do armário e trancou a porta. Tonks e eu estávamos espremidos no meio de muita sujeira e teias de aranha, e não posso negar que, apesar do lugar desfavorável, era muito bom ter uma desculpa para ficar colado ao corpo dela...

-Antes de qualquer coisa, quero que saiba que não foi idéia minha! Sirius só está querendo dar uma de... – Ela corou. Mal podia ver seu rosto pela fresta de luz que entrava por um pedaço roído da porta.

- Uma de que? – Perguntei eu, ou melhor, a voz do meu subconsciente que tomou posse do meu corpo.

- Cupido. – Respondeu ela sorrindo levemente, depois abaixou a cabeça para não me olhar nos olhos.

Senti que a vontade crescia dentro de mim e não haveria razão nenhuma no mundo para me dizer que aquilo era errado. E quer saber de uma coisa? Vou ousar um pouco mais... Coloquei as mãos na cintura de Tonks e senti que ela estremeceu um pouco. O espaço quase nulo que existia entre nós diminuiu ainda mais.

- Está com a sua varinha aí, Nymphadora? – Perguntei do modo mais casual possível, como se estivéssemos num lugar comum.

- Você insiste em me chamar assim... Nunca vi coisa igual! Não está aqui Remus, porque se estivesse, nós provavelmente já estaríamos lá fora seguindo nossas vidas normalmente!

Me assustei com o modo que ela acabou essa frase, pois mostrava claramente que o ressentimento dela ainda não havia passado.

- E não é bom ter as vidas seguindo normalmente? – perguntei.

- Como você define o nosso – ela encostou ainda mais em mim – normalmente?

- Eu simplesmente não consigo – Era a hora. Tinha que mostrar o que estava sentindo ou nunca faria isso. Encostei o corpo dela na porta do armário – Com você, nada entra na rotina.

Ela sorriu e colocou docemente seus braços em meus ombros. Subi minhas mãos até o meio das costas macias dela. Ela soltou um pequeno suspiro quando eu aproximei minha boca da sua.

Tentou falar alguma coisa mas não conseguiu, ou fui eu que não entendi.Quis adiar um pouco o momento do beijo para fazer o desejo dela aumentar, então encostei meu nariz no de Tonks e mexi a cabeça para os lados, aproveitando a sensação do toque. Ela jogou sua cabeça para trás e parecia exatamente como eu: sem rumo.

Comecei a beijar o pescoço dela com uma vontade que beirava o desespero. Procurei o espaço entre a bainha de sua blusa, acariciando cada vez mais aquela pele alva que estava me enlouquecendo.

Pareceu-me que ela entendeu meus sinais e também começou a beijar meu pescoço com aquela boca linda que só ela tinha. Troquei de lugar com ela, ficando eu encostado na porta. Ela procurou meus lábios de modo urgente, cansada da distância que existia entre os dela e os meus. Tive a sensação de que uma corrente elétrica passava por todo o meu corpo. Quase podia ouvir claramente as batidas do meu coração.

Ela acariciava meu cabelo com uma das mãos e com a outra aprofundava o beijo me puxando de leve pelo pescoço. Quando achei que acabaríamos arrancando as roupas ali mesmo, a porta se abriu e a situação foi muito, mas muito mesmo, constrangedora.

Sirius havia aberto a porta e nos olhava com um ar de riso inconfundível. Eu havia caído de costas no chão e Tonks caiu em cima de mim. Nossas bocas ainda estavam coladas e foi aquilo que fez Sirius alargar ainda mais seu sorriso.

-Não acham melhor fazer isso no quarto?

Tonks desgrudou sua boca da minha e disse:

-Não. Estávamos muito confortáveis dentro daquele armário imundo que você fez o favor de trancar a porta. – ela me olhou por um instante e ergueu novamente a cabeça para falar com Sirius – E se você puder fazer o obséquio de sair daqui, vamos continuar de onde paramos.

Depois disso, ela voltou a me beijar como se Sirius não existisse. Ele soltou uma gargalhada exagerada e saiu em direção à cozinha. Mas eu não achava certo ficarmos ali, no meio do corredor.

-Tonks, você se importa de...

-De ir pro seu quarto? Claro que não! – Ela abriu um sorriso que me fez até esquecer o que ia falar.

-Ahn...não. Quer dizer, isso também, mas eu ia pedir pra você sair de cima de mim....

“Você convidou ela para ir no seu quarto??? Parece que eu não sou mais necessária por hoje....” Pois é, voz irritante, desapareça. Eu assumo daqui...

Ela se levantou com dificuldade e se apoiou na parede. Parecia estar tremendo um pouco, e abriu um sorriso lindo quando eu me levantei e a olhei. Sorri também e isso a fez escorregar um pouco.

- Pensei que você tinha falado pra gente ir pro quarto, Nymphadora. – A frase saiu da minha boca antes que eu pudesse impedí-la, mas minha voz falhou e saiu meio rouca. Ela parecia petrificada.

- Eu... Eu não posso...

- Não? – arregalei os olhos – Er... Desculpe por isso Tonks, é que... – fiquei completamente sem graça por causa da minha ousadia.

- Hey. Você não deixou eu terminar minha frase. – sorri novamente - Eu não posso porque minhas pernas estão fracas. Acho que machuquei o tornozelo.

- Ah, desculpe por isso... Com licença então. – eu sabia que era uma desculpa dela, mas mesmo assim eu a peguei no colo e fui carregando-a até o meu quarto. Merlin! Ela encostou a cabeça no meu peito. Minha respiração falhou, e o coração fez o mesmo quando ela sorriu e beijou meu pescoço.

Chegando no quarto, deitei-a na minha cama que, apesar de modesta, graças a Merlin era confortável e de casal...Remus! Isso é coisa que se pense? “Larga a mão de ser chato! Foi você mesmo que chamou ela pra vir pro seu quarto! Nada mais natural do que...” Você não tinha dito que não ia aparecer mais hoje, voz chata? “Tinha sim, mas esse é um caso especial, você estava prestes a deixar mais uma chance escapar.”

Ela sorriu para mim e me puxou, fazendo-me ficar a poucos centímetros de seu rosto. Ambos estávamos com a respiração ofegante agora, e ela começou a abrir lentamente os botões da minha camisa.

Antes que ela terminasse seu movimento, tinha uma coisa que eu queria saber. Puxei-a e a coloquei sentada ao meu lado. Ela olhou para o chão envergonhada, talvez estivesse achando que não era aquilo que eu queria. Segurei sua mão e procurei a melhor maneira de perguntar.

-Tonks... me mostra como você é?

Ela abriu a boca surpresa, mas não disse nada. Mudou os cabelos para um liso comum, curto, castanho claro, mas incrivelmente bonito.

- Eu sou sem graça demais não é?

Como ela havia abaixado a cabeça, eu a ergui levemente com a mão, maravilhado com o que via. Coloquei uma mecha de seu cabelo atrás da orelha.

-Você é linda.

Passei a mão em sua nuca, provocando-lhe um arrepio. Deitei na cama e a puxei para cima de mim. Ela me olhou e colou seus lábios nos meus.

Troquei de lugar com ela, peguei minha varinha para fechar a porta. Não que eu tivesse medo que Sirius entrasse de repente, ele certamente sabia o que estava acontecendo ali, mas nunca se sabe...

Sorri novamente para ela. Não perdi mais tempo e a beijei, e fui retribuído com muita vontade. Ela continuou seu ritual de abrir minha camisa lentamente, e eu passei a mão por sua pele branca e macia.

Não agüentei esperar ela acabar de tirar os últimos botões e abri a camisa com um só movimento. Coloquei minhas mãos em sua cintura e comecei a subir sua blusa.

Ela mesma se livrou daquela incômoda peça de roupa, e logo tinha dado o mesmo destino à sua calça jeans. Estiquei seus braços pela cama e comecei a beijar seu corpo quente, que estremeceu um pouco ao meu toque e fez Tonks soltar um pequeno gemido de prazer. Aproximei minha boca de sua orelha esquerda e sussurrei:

-Hoje você vai ser minha, só minha.

Aquelas palavras devem ter tido mais sentido pra ela do que pra mim, mas minha intenção era fazer ela saber o quanto eu a desejava e o quanto eu havia esperado por aquele momento.

Soltei seus braços e ela rapidamente me livrou da minha calça. Senti-la agora completamente nua sobre mim, enquanto ela descia pelo meu peito beijando cada parte da minha pele foi ver um pedaço do paraíso, mas o paraíso mesmo só se mostrou real quando ela começou a subir novamente esfregando maliciosamente seu corpo no meu.

Beijou o meu pescoço e eu quis libertá-la logo de suas peças íntimas. Ela me ajudou a abrir o fecho do sutiã, e eu o joguei no chão.

- Hoje e sempre... – ela se juntou ainda mais à mim – Serei sua. – ela deu uma leve mordida na ponta da minha orelha direita – Só sua...

Em toda minha existência, nunca houve um dia tão lindo e tão cheio de emoções como aquele. Foi a consumação de um amor que transcenderia os tempos e que poucos se igualariam. Quando a noite chegou, lenta e preguiçosa, eu me virei para Tonks e olhei em seus olhos:

-Quando acordarmos amanhã, nos vermos na cozinha para o café, e eu começar a te evitar de novo, não se esqueça que eu te amo demais e que eu só faço isso porque meu lado racional às vezes toma conta de mim.

Ela me olhou com a mesma intensidade e respondeu:

- E quando eu te agarrar e dizer que não me importo com as suas desculpas, eu quero que você também entenda o meu lado e procure me desculpar. – ela sorriu e me abraçou ainda mais forte – Eu te amo tanto, que ficar longe de você é a pior tortura do mundo.

-Daria tudo pra te merecer, mas sempre acho que você merece alguém muito melhor do que eu.

- Hoje à tarde você não pensou nisso não é? – fiquei vermelho de vergonha – Você só precisa continuar a fingir que não se importa. E por Merlin, Remus! Não existe ninguém melhor do que você.

Sorri para ela, completamente sem graça.

-Você sempre consegue me fazer acreditar nisso. Se eu te tivesse ao meu lado todos os dias, isso poderia até se tornar verdade.

- Você me tem do seu lado todos os dias... Só não admite isso.

Ela se desgrudou de mim e se inclinou até a cabeceira da cama para pegar a varinha.

-Accio Fire Whiskey.

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N/R: (...)now go my son and rooooock!!! (8)

Ministério da saúde adverte: se vc não seguir logo para o próximo capítulo é capaz de ter um infarto fulminante.

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