O Segredo dos Hieróglifos



CAPÍTULO 07: O Segredo dos Hieróglifos (EdD 25)


 


Era uma manhã gelada em Hogwarts. O sol brilhava, mas o vento gelado e as gotinhas de orvalho congeladas denunciavam que dali a dois ou três dias a neve iria começar a cair. O feriado do fim do ano se aproximava, mas, mesmo assim, os profissionais decidiram que a final seria três dias antes do Natal.


Hermione ‘fabricava vitamina D’, deitada tranqüilamente na relva da colina próxima ao capo de treino de Quadribol. Com o horário vago, ela tirava um sossegado cochilo com o uniforme de jogo, esperando o treino pra dali uma hora. O único som que se escutava era o dos passarinhos cantando e o vento nas folhas das arvores. De repente, com um rápido movimento, ela deu um tapa no ar, como se matasse um pernilongo. Mas entre suas mãos não estava um mosquito, mas sim a lâmina de uma espada. Ela abriu os olhos e olhou pra cima, resmungando:


- A sutileza do seu bom dia é comovente, Leah.


Leah sorriu e embainhou a espada, enquanto a aluna se sentava na relva.


- Vigilância Constante. Não era isso que o Olho-Tonto Moody vivia dizendo? – disse, sorrindo – Ele não ia com a minha cara.
Hermione olhou a professora com uma conclusão óbvia na cabeça. Ele jamais iria confiar em alguém que já tivesse servido a Você-Sabe-Quem. Mas Leah pareceu se divertir.


- Eu era a única capaz de tapear aquele olhou esquisito dele. Acho que era por isso... Ele ficava possesso. Ah, sim, será que você pode vir comigo um instante?


- Mas, eu tenho treino...


- Você volta antes. Aliás, é com o Krum que a gente vai se encontrar mesmo...


As duas foram para os vestiários do campo de Quadribol. Na porta do vestiário da sonserina, Krum as esperava, muito animado.


- Olha quem eu achei. – disse Leah, batendo a mão na cabeça de Hermione.


- Temos uma surrprresa parra você - disse Krum.


- Pra mim? – perguntou a jovem, olhando de Krum para Leah.


- É parra você usarr no jogo. Desde o início você se prrontificou a jogarr Quadrribol, mesmo não gostando de jogarr, você fez tudo porr obrrigação... E mesmo assim, fez muito bem. Você nos levou parra a final.


- Ah, não foi nada... – resmungou, corando – Até que é divertido. E passa o tempo.


- Bondade dela, Vítor. – riu Leah, pondo as mãos nos ombros de Hermione – Ela tem se estripado todo jogo, coitada.


- A prrofessorra tem rrazão. Você se machucou nestes jogos porrque querria com todas as forrças vencerr. Esse prrêmio é parra que você se sinta mais confiante... Mesmo porrque... Você sabe bem contrra quem é o jogo...


- “Aaaaarry”... – suspirou Hermione, erguendo as sobrancelhas.


Krum sorriu e abriu a porta. No canto onde ficavam as Firebolts, viam-se quatro vassouras negras e brilhantes, de cerdas quase prateadas. Hermione, como sempre, logo após saber que iria jogar Quadribol tratou de ler tudo sobre, principalmente as revistas especializadas. Então... ela sabia o que era aquilo. Depois do espanto, ela abriu um largo sorriso e pôs as mãos na boca, dando um discreto pulinho de animação:


- São... Ocean Winds! – exclamou, encantada – Elas sequer estão no mercado!!!


- Sim. – afirmou Krum, com um pouquinho de orgulho – Estão em testes pelo time titularr do Chudley Cannons. Eu e a prrofessorra Málaga usamos nossa... influência.... parra conseguí-las.


- Mas não se anime demais. – sorriu Leah – As vassouras são para você, o goleiro e os batedores. Os artilheiros ainda usarão as Firebolts.


- Isso. – confirmou Krum – Querremos verr a Virrgínia Weasley e o Not se enfrrentando... De igual parra igual.


- Hum... – Hermione pensou e depois perguntou – Por acaso existe alguma vaga profissional de artilheiro à vista?


Krum apenas sorriu, e ela já soube qual era a resposta. Ele cruzou os braços e olhou as vassouras.


- Vai serr um grrande jogo. Vocês vão jogarr na neve, sabiam?


- N... Neve? Não sabia não...


- Vai estarr nevando. Isso serrá o divisorr de águas. Os bons darrão conta... Os maus...


Hermione deu uma risadinha nervosa, pedindo para não escutar o que aconteceria aos maus...


 


*


 


Lupin se jogou no sofá exausto, passando a mão nos cabelos. Sirius andava pela sala, olhando as paredes carregadas de pergaminhos e outras tranqueiras de Azkaban. Boa parte dos objetos e das inscrições tinham sido decifradas.


- Um Templo Sagrado perdido no meio do deserto do Saara, – murmurou Lupin. – no meio daquele oceano de areia escaldante.


- É... – brandiu Sirius – Ele é mesmo um templo perdido. – em seguida riu, olhando Lupin – Tem tido ajuda de "forças externas"?


- Ah, sim. – respondeu – Carlinhos Weasley e mais uns ministros do Egito... estão nos ajudando, e outros bruxos exploradores também. Eles nos ajudam bastante... Mas está difícil. Eles não estão animados para entrar no templo, caso o achem.


- Mesmo? Não fazem idéia do que tem lá?


- Não. Só sabemos que é muito provável que achemos as espadas do fogo por lá. Quer dizer... No deserto, qual mais estaria?


- Hum... – murmurou Sirius, olhando um painel que há tempos vinha ‘namorando’ horas e horas por dia – Vocês nunca repararam que nesse desenho... Tá nevando?


- Nevando? – murmurou Lupin, indo até Sirius. – Sempre achamos que eram sóis, por causa do Deus Rá, do sol, estar aí no...


Sirius sorriu ao ver que Lupin parou o olhar num desenho de uma espada, onde as bolinhas ficavam ao seu redor.


- Não está... nevando em volta dessa espada? – perguntou Sirius, sorrindo.


- Será? Então... se tiver algo a ver... É provável que não só as espadas do fogo, mas as do gelo... Também estejam lá.


Sirius cruzou os braços, se sentindo o Sherlock Holmes.


- Parece bom, não? Quem iria procurar uma espada de gelo no deserto?


- Nunca! Sirius, detesto admitir. Você é um gênio.


- Eu sei, eu sei... Eu sempre soube. Agora... Quer a ajuda do gênio aqui pra esses mapas aí?


- Ah, claro... – agradeceu Lupin – Estou me atrapalhando muito com eles e esses Atlas que peguei na biblioteca... Podemos saber onde está o templo e qual espada está lá. Mas não o que nos espera lá. Isso é mau.


- Isso é divertido! – Sirius olhou a cara de espanto de Lupin – Ué, não é?


 


*


 


Na colina ao lado do campo de Quadribol, Not parecia muito abatido, com a goles debaixo do braço. Já tinha se recuperado, mas não estava bem ainda. Seu ombro não se mexia bem, ele não tinha firmeza pra segurar a goles. Gina havia reparado nele, e esperou a oportunidade de ficarem a sós. Não demorou muito, ele andava muito sozinho desde o jogo.


Ele reparou que Gina se aproximava e fechou a cara. Tentava lançar a goles como uma bola de basquete, mas o ombro não ajudava.


- Olá. - disse Gina, natural. Not não respondeu. Continuou jogando a goles com dificuldade. – Quer ajuda?


- Não preciso da sua ajuda. – murmurou, mal-educado.


- Até um sonserino devia admitir isso quando chega a esse ponto, sabia? – sorriu Gina, divertida. Not virou-se, engolindo um seco.


- Que você quer? Rir da minha cara? Porque eu não vou poder mais jogar com essa droga de ombro?! Porque você vai estar muito bem, obrigado, na final, enquanto eu vou estar na arquibancada com essa merda toda?


- Não estou achando legal você ficar assim, Not. – disse Gina, séria. Not murchou – Estou triste por isso. Não quero rir da sua desgraça.


- Nenhum dos meus amigos quer saber do time. – resmungou, dando as costas de novo e engolindo um seco mais uma vez – Disseram que fui idiota de prestar atenção no jogo e não desviar do balaço.


- Você deu ouvido pra eles? Que belos amigos, você se machuca e eles somem! São um bando de idiotas.


- Não fale assim deles, sua grifinória amante de trouxas. – virou-se Not, xingando.


- Falo sim. – disse Gina, erguendo a voz, mas mantendo-se no mesmo lugar – Porque eles não vêm te ajudar a melhorar? Seu ombro não está inutilizado. É só voltar a treinar.


Not suspirou.


- Ninguém sabe me ajudar. Querem que eu desista. Mas eu... não quero deixar o time logo agora.


- Não sabem te ajudar?


- O resto do time está ocupado treinando pra final... Os médicos me passaram remédio, eles fazem uma massagem mágica, mas tá muito devagar. Não vou estar inteiro pra final.


- Eu te ajudo. – Sorriu Gina,


- Como? – Not parou.


- Disse que te ajudo. Me dá a goles. Eu ajudo você a treinar aqui, no chão, a depois voltar a se equilibrar, a jogar pra final. Não me incomodo com isso.


- ... Jura? – espantou-se Not. Gina sorriu, afastando-se, pronta pra jogar a goles pra ele.


- Claro. Vamos, eu treino você. Quero esse ombro bom para a final. Você não vai me deixar na mão, vai?


Not ergueu as sobrancelhas e sorriu, moleque como antes:


- Já era! Pode mandar!


 


*


 


Harry, Rony, Gina, Draco e Hermione foram chamados para uma “sessão” no Clube dos Duelos, e eles já esperavam os professores há um bom tempo.


- Que deu neles? – perguntou Rony – Esses ordinários vão me aprontar o que? Chamar só a gente...


- Calma, Rony, – dizia Harry – lembra que eles estão ocupados com aqueles pergaminhos? Ah, olha eles aí.


Sirius, Lupin, Snape e Leah entravam no clube, carregando alguns pacotes grandes, amarrados com barbante. Pareciam pacotes de roupas. Colocaram-nos em cima da mesa e os alunos puderam ver que era mesmo algum tecido que tinha dentro.


- Dia de mais um "testinho", gente. – sorriu Leah – É hora de saber quem de vocês será Auror Supremo, e quem será Cavaleiro do Apocalipse.


- Cavaleiros do Apocalipse? – exclamou Rony, quase gemendo.


- Calma, Rony. – riu Sirius – Leah e Snape estão conosco, esqueceu? Estão do nosso lado.Não tem porque ter medo. Aliás, é melhor ter um Auror Supremo e um Cavaleiro do Apocalipse do mesmo lado do que em lados opostos, é lógico.


Rony olhou Snape e Leah, e tentou acreditar em Sirius. Aqueles dois não tinham cara confiável.


- Minha mãe era uma Auror Suprema... – comentou Harry, sorrindo – Mas eu adoraria usar o uniforme de Cavaleiro do Apocalipse. Acho que eu me sentiria num filme dos X-men, ou do Matrix...


- Uaaaau... – riu Hermione.


- Do quê? Da onde? – perguntou Rony.


- Nada não, só pensei alto.


- Nestes pacotes estão o destino de cada um de vocês. – disse Sirius, passeando pelo tablado – Em cada pacote tem uma roupa. Vocês irão pegar um deles, e irão até aqueles vestiários que colocamos ali, ó. Irão se vestir... E voltar.


- Assim como o exame dos papéis, – continuou leah - esses tecidos nada tem, estão... ‘crus’. Ao serem tocados, sentirão suas energias, e se transformarão. Não será um mero sorteio. Digamos que seja... como mágica.


- Vamos, pegue qualquer um. – disse Sirius, animando o pessoal.


Os alunos se adiantaram e pegaram, cada um, um pacote, e foram se vestir. Harry girava o pacote, curioso. Rony tinha medo do dele. Hermione o jogava para o alto, muito sossegada. Ao entrarem nos vestiários, Snape suspirou e se sentou numa poltrona. Leah e Sirius continuaram no tablado, ansiosos. Lupin recostou-se na poltrona de Snape.


- Tem problema? – perguntou. Snape só resmungou algo parecido com um ‘tanto faz’.


Os alunos se demoraram. Sirius roia o dedão da mão e batia o pé no tablado.


- Estou nervoso. – Qual será o resultado?


- Tenho meus palpites. – disse Leah, de braços cruzados e bem mais calma que Sirius. Ela o olhou com o canto do olho, achando graça – Você parece um pai ansioso para ver o filho se apresentar no teatrinho do jardim de infância.


- Hã? Ju... Jura? Desculpe então...


- Imagina. – riu, com cara de sofredora – Eu bem sei como é isso.


A porta de Rony se abriu, e ele saiu com a imponente roupa de Auror Supremo, super acanhado.


- Arrasou, Weasley. – disse Leah.


Rony coçou a nuca e virou-se para o vestiário de Harry, que se abria. O amigo saiu arrastando a capa branca de Auror. Sirius sorriu de orelha a orelha.


- Harry! – exclamou Rony.


- Rony! – exclamou Harry.


- Somos Aurores! – vibrou Harry, jogando os braços pro alto.


- Aurores Supremos! – completou Rony – Nóis é foda!


Nessa hora Gina saia, vestindo um traje chinês de couro preto e bordas vermelhas. Snape estreitou o olhar, e Leah sorriu.


- Eba! Lupin, sinto informar, mas as horas e horas de treinamento para aperfeiçoar o imbatível gatotsu da Gina vai ser usado pro nosso lado!


- Ela... ficou bem nessa roupa. – consolou-se Lupin.


- Você ficou bem nessa roupa mesmo. – elogiou Harry.


- Bondade sua, Harry. – agradeceu Gina. Rony não gostou.


- É um pouco... colada, não?


- Está ótima, Rony. – resmungou Gina.


Por ultimo vieram Hermione e Draco. Malfoy saiu com cara de descontente, todo de branco.


- O quê? – protestou Rony – Eu vou ter de te aturar?!


- Pro inferno, incompetente. – resmungou Draco.


Nessa hora todos olharam Hermione, vindo atrás de Draco. Sirius abriu a boca.


- Meu pai... De onde eu conheço esse mulherão? Não pode ser aquela nanica de cabelo ‘pluf’ e dente de coelho...


Hermione, que vinha arrumando a luva com dificuldade, ficou da cor do cabelo de um Weasley e resmungou baixinho, desejando ter um buraco para se enfiar dentro.


- Sirius... Por favor...


Leah gargalhou, contente. Snape passou os dedos no queixo, sorrindo.


- Rárárá! De que adianta estar com um número maior de Aurores se do outro lado tem a Gina e a Mione? Vocês não são de nada!
Gina, entre Harry e Rony, cruzou os braços, onipotente.


- É a vida. Três garotos para apanhar de duas meninas. A propósito, vocês já podem fechar a boca, antes que a baba escorra para o chão.


- Mi-one...! – soletrou Harry, balançando a cabeça. – Loucura, loucura, loucura!


- Loucura é o fio da minha espada, quer ver? – murmurou Hermione, passando por ele curvada como o Vitor Krum.


- É do tipo de bruxa que não curte elogios. – disse Rony, no meio de um suspiro.


- Do tipo que se faz de difícil... – completou Draco, ao lado de Rony, com um malicioso sorriso.


- E quem te pediu opinião, loiro ensebado? – resmungou Rony, virando-se para Malfoy.


Leah levantou a mão e a sacudiu no ar.


- Quero um duelo! Quero um duelo!


- Fica pra próxima, Leah. – lamentou Sirius – Eles têm aula agora. Vão logo, pirralhada. Vão tirar esse uniforme e pôr o outro.


- Guardem eles naquele armário. – indicou Lupin – De agora em diante terão mais treinos separados da turma de Aurores. E lembrem-se, nada aconteceu aqui.


Harry e Rony deram um “aaaah” decepcionado.


- Aaaaaaaaah nada, – disse Sirius- vamos, circulando, circulando.


No corredor iam Gina, Rony, Harry e Hermione, com Draco atrás da turma. Harry andava, mas não desgrudava os olhos da amiga sonserina.


- Está me incomodando. – murmurou Hermione, sem jeito.


- Foi mal. – disse Harry. Mas uma curva depois ele voltou a olha-la.


- Eu falei sério! – resmungou.


- Ok, Ok. – disse, virando-se para frente. Rony e Gina balançaram a cabeça, sorrindo.


Continuaram caminhando até que Hermione sentiu um tapinha no traseiro que a fez pular de susto. Era Draco, com cara de sem-vergonha.


- Sabe que para uma sangue-ruim você até que é bem jeitosinha, Grang...


SOC!


Malfoy não terminou. Levou um soco no meio da cara, dado por Hermione. Ele caiu de costas, enquanto Gina, Harry e Rony se debruçavam na muretinha para rir.


- A próxima vez em que você puser essas mãos imundas em mim, Malfoy, eu não serei responsável pelos meus atos! – rosnou, pronta para mais um ‘de direita’.


- Ela não curte elogios, Malfoy. – riu Rony.


- Gosto de elogios sutis e delicados, Rony. – afirmou Hermione, contando até dez. – Não esse tipo de atitude... pré-histórica.


 


*


 


A neve caiu nos dias seguintes, deixando os terrenos de Hogwarts gelados. Muito diferente dos ânimos dos estudantes, excitados com a proximidade da final do campeonato de Quadribol.


Na véspera do jogo Harry e Rony subiam conversando animados com Hermione. Nem parecia que iam se enfrentar tão seriamente no dia seguinte.


- Vamos trucidar vocês! – dizia Rony.


- Hum-rum. – concordava Hermione, com um sorriso fechado na boca e muito sarcástica.


- Vamos acabar com vocês!


- Hum-rum.


- Você vai ver!


- Hum-rum.


- Tá duvidando de mim?


- Hum-rum.


Rony empurrou Hermione para o lado, que riu junto de Harry.


- Pare de me zoar! – resmungou Rony, também rindo.


- Amanhã a gente vê no que dá. – suspirou ela.


- Prometo não ser nocauteado. – disse Harry, erguendo a mão direita.


- Oh, isso é bom. – sorriu a amiga.


Os meninos se despediram de Hermione na frente do retrato da mulher gorda, mas antes que ele se fechasse, Harry voltou correndo.


- Ué? – perguntou ela, com as mãos para trás, seguindo Rony com os olhos até ele sumir de vista. Em seguida olhou Harry – Perdeu o quê?


- Ah, não. É que... É que eu queria dizer... Sobre você com aquela roupa de... Cavaleiro do apocalipse...


- Ahm... Quié? – resmungou de má vontade.


- Bom... – Harry pôs a mão no queixo e ficou olhando o chão, como se buscasse as palavras certas. Até que ele chegou a uma conclusão


– É que... você fica muito bonita com ela.


Hermione ficou parada, sem reação, as sobrancelhas erguidas. Sentiu-se meio incomodada.


- Ah. Então... Tá, obrigada...


Harry vibrou discretamente.


- Yes, você não ficou brava com meu elogio. Fiquei com medo de você não gostar dele.


- Brava? De jeito nenhum.


- Bom...Então até o jogo de amanhã - Boa noite.


 


*


 


O campo de Quadribol estava branco de tanta neve, mas parecia mais lotado que nunca. As arquibancadas não paravam de berrar debaixo dos casacos de pele.


Rony e Olívio quase tiveram um ataque ao ver a Sonserina de Ocean Wind, mas Harry pareceu adorar.


- Que ótimo! – vibrou – Agora você não pode pôr a culpa na vassoura, Mione!


- E você não pode usar um balaço como desculpa pra fugir de mim, Potter – sorriu ela, com um tom de desafio.


- RÁ!- exclamou – Mas nem que Voldemort apareça para arrancar meu fígado!


Lino Jordan berrava como se fosse o jogo mais importante de sua vida.


- Griiiifinória e Soooonserina!!!!!!!A final das finais! Cláááássico dos clássicos! E, dessa vez, um confronto histórico, debaixo dessa mansa neve que cai! Eu estaria de ceroulas de tão quente que está esse estádio!


Rony e Draco se cumprimentaram com vontade de quebrar a mão do outro, com um sorriso extremamente desafiador na boca de cada um e um olhar de “Você é um lixo, vamos destroçar você e seu time de merreca”. Gina e os outros artilheiros se posicionaram. Ela sorriu ao ver que na sua frente estava Not, de volta e em forma. Ele tentou com todas as forças fazer cara de emburrado na frente dos outros sonserinos e disfarçar, mas Gina não deixou de sorrir por notar que apesar da cara carrancuda, as pontas das orelhas dele estavam vermelhas. Madame Hooch se posicionou no centro do campo com a goles na mão. Apitou e a lançou para o alto.


- Comeeeeeeeeeeeeeeça a final do Campeonato de Quadribol de Hogwarts!!!!! – anunciou Lino Jordan, num berro.


 


**********



N.A 1: Há um pequeno "romance" entre Gina e Not, na verdade, muita gente acha os dois juntos uma coisa fofa. Eu confesso que também acho. xD A EdD não tem spoilers pós livro 5, LOGO, aquela paixonite que a Gina tinha pelo herói Harry - e que pareceu sumir no livro 5 quando ela se tornou uma garota de mais atitute - sumiu, e agora ela é toda 'girl-power'. Você verão na próxima fic da EdD, a Saara. Como a EdD é, no geral, uma série H², apesar deles não ficarem juntos agora, seria clichê colocar a Gina com o Draco. Quase toda fic H² é assim. Mas eu não quis seguir isso. Então, acho que os D/Gs acabam vendo no not uma forma de matarem as saudades do D/G que não existe nessa série. Bom... eu acho.


 

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