Nova Seleção
Ao juntarem-se em volta do Chapéu Seletor, Alvo e Rosa notaram um ar de monotonia e movimentos sem vida no artefato mágico. Ele não parecia ter toda a independência que tinha no dia anterior. Repetiu-se a cena. A professora Cho Chang segurava um longo pergaminho nas mãos, o Salão Principal se calou e ouviu atentamente as palavras da professora McGonagall:
- Lembramos a todos que iremos fazer a nova seleção de todos os alunos do primeiro ano por motivos que não vêm ao caso. Esperamos que os 4 alunos que não foram selecionados ontem sejam bem selecionados e que a casa à qual pertencem os recebam bem. Demos início à nova seleção. Professora Cho Chang.
- Aalfor, Melinda.
Novamente, a garota de cabelos louros, lisos e curtos se encaminhou para o banquinho, o Chapéu foi colocado sobre sua cabeça e este, como se fosse gravada aquela situação, não falou nada a não ser um robótico “Corvinal”. A garota se encaminhou para a mesa amarela como tinha feito na noite passada.
- Será que vai continuar tudo a mesma coisa? – perguntou Alvo a Rosa.
- Não sei, mas se continuasse, não ia ter sentido uma nova seleção para vocês.
Depois da seleção sem mudanças de uns 15 alunos, chegou a vez de Escórpio.
- Malfoy, Escórpio.
Este saiu de trás da multidão de alunos e, no caminho do banquinho, deu um olhar fulminante e furioso para Rosa.
- Acho que agora entendi o que a professora Cho falou. – Falou Rosa, mais para si mesma do que para Alvo.
- Como assim? – perguntou o perplexo Alvo.
- Sonserina – falou roboticamente o Chapéu, ao que o Salão inteiro exclamou esta mudança de casa.
- Já esperava isso – disse Rosa.
- É, realmente o Chapéu mudou a escolha.
- Como a professora Cho falou, acho que na discussão que tivemos, o Escórpio repensou sobre os objetivos dele aqui em Hogwarts. Era isso que ela quis dizer.
- Patil, Edward.
- Grifinória!
- Você é o próximo, Alvo.
- Potter, Alvo.
O Salão Principal calou-se. “Tomara que não aconteça de novo”, pensou Alvo. Sentou-se no banquinho. A professora Cho colocou carinhosamente o chapéu sobre sua cabeça. A partir daí, tudo o que aconteceu em seguida durou uma eternidade. O rosto ansioso dos outros 4 alunos restantes, a atenção de Tiago e de Robbie na mesa da Grifinória, o rosto amargurado, mas mesmo assim atento de Escórpio na mesa da Sonserina, a imparcialidade totalmente ansiosa da professora Cho, o rosto esperançoso e o olhar perfurante no chapéu da diretora Minerva McGonagall. O chapéu demorou a expressar reação. Parecia esquadrinhar cada centímetro de Alvo, sem dar sinais de animação. Permanecia como qualquer chapéu roto acima da cabeça de um garoto magrelo de óculos.
“Deu errado de novo”, pensou Alvo, em parafuso com a ideia de que o chapéu só engasgava com ele. Finalmente, depois de um longo minuto de espera, o chapéu se escancarou e, em um grito só, deu a notícia mais esperada da vida de Alvo:
- Grifinória!
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