Discussões à parte




Capítulo 1 - Discussões à parte

 Nickelback - Someday


Depois daquilo, nada foi a mesma coisa. Seu namoro com Harry estava balançado, por causa de uma certa ruiva intrometida, que atendia por Ginevra Weasley. A garota não dava trégua: ou sempre aparecia de supetão no apartamento de Hermione, ou esta sempre encontrava Gina a uma mínima distância de Harry em almoços e reuniões na casa dos Weasley. Não que ela não gostasse dela, pelo o contrário. Mas já era demais. Dias antes tivera uma discussão horrível com o namorado, e não gostava nem de lembrar.

Flashback

Ela chegou da universidade exausta. Seu almoço aparentemente não ia sair tão cedo, já que Harry a esperava para almoçarem fora. E sabia: ele sempre escolhia os lugares mais caros, e os que mais demoravam para atender. Comeu um pedaço de pão para enganar o estômago, no momento em que o namorado saía do banheiro.

- Oi, amor - ele cumprimentou, beijando-lhe os lábios brevemente - Está pronta?

- Ah, estou... só preciso tirar essa blusa - disse, terminando de mastigar o pão. Trocou de blusa rápido, colocando no lugar daquela colada, uma bata. Harry a esperava na sala, sentado no sofá - Vamos?

- Uhum.

Harry ficou meio aéreo durante todo o caminho. Foram andando, pois o restaurante era próximo à sua casa. Sentaram em uma mesa ao fundo do local, de dois. Um garçom meio mal-humorado lhes trouxe o cardápio, mas Harry deixou o seu em cima da mesa e nem se deu o trabalho de abri-lo.

- Harry? Você não vai escolher nada?

- É que... eu estou meio cansado, Mione. Acho que não vou comer nada - disse, esfregando as mãos, nervoso.

- Então vamos embora! Não vou ficar aqui para comer sozinha, francamente - reclamou a Castanha, levantando-se. Harry a seguiu, sem dizer nada.

Hermione estava insegura, pois sabia que no final de semana eles tinham encontrado Gina sozinha em um bar, sem nenhum namorado, e Harry ficara avoado assim desde aquele dia. Seus olhos marejaram.

- Harry, olha... eu não quero ser chata, mas eu percebi que você ficou desse jeito depois que nós encontramos a Gina naquele bar - falou Hermione, quando chegaram no seu apartamento. Sua fome sumira, não conseguia sentir nada além de raiva, insegurança - Por quê?

- Você sabe que eu não tenho nada com ela, Hermione - ela sentiu o impacto das palavras a perfurarem. Ele estava sendo tão grosso! - E mesmo se tivesse, todos sabem que ela é realmente alguém atraente.

- Então quer dizer que isso justifica se um dia você me trair? - desafiou, estreitando os olhos - Harry, eu só quero que você saiba que eu não vou fazer papel de idiota, ok? Se quer voltar pra ela, volte, mas não se estiver comigo! Eu já cansei de você ficar correndo atrás dela, procurando saber onde ela vai, querendo ir nos lugares que ela freqüenta! Isso machuca, sabia? Mais do que você imagina!

- Eu não tenho NADA com ela! E nada vai justificar se eu trair você, porque eu não vou! - gritou Harry, arremessando um vaso na parede - Larga de ser besta, Hermione, a Gina é passado, eu não gosto mais dela!

- Claro que não, né? E o que explica você ficar indo atrás dela, Harry? Quer tomar conta para ela não fugir ou sumir do mapa? Ou é algum serviço de guarda-costas que o Rony está te pagando? - debochou Hermione, os olhos molhados - EU NÃO SOU IDIOTA, HARRY! EU PERCEBO TUDO O QUE ACONTECE, E SEI QUE MESMO AFASTADOS VOCÊ AINDA GOSTA DELA, SIM!

- NÃO SEJA RIDÍCULA! SE EU GOSTASSE DELA NÃO ESTARIA COM VOCÊ, E SIM COM ELA! - retrucou o Moreno - EU POSSO TÊ-LA EM UM ESTALO DE DEDOS, NÃO PRECISO CORRER ATRÁS! ALIÁS... QUALQUER UMA EU POSSO TER, HERMIONE!

A garota o olhou sem acreditar no que ouvira. Harry quase não percebeu o que falara, apenas bagunçou mais ainda os cabelos com a mão. Só que Hermione não ia deixá-lo achar que podia ter qualquer garota.

- Harry, sabe de uma coisa? Você pode sim, ter quem você quiser. Menos eu. Você não consegue me ter em um “estalo de dedos”. Não sei onde eu estava com a cabeça quando achei que você era diferente dos outros.

- Eu... eu só quis dizer...

- Não, você não quis dizer nada, quis dizer que eu não significo absolutamente...

- NÃO, pelo jeito entendeu tudo errado - justificou Harry nervoso - Eu queria dizer que se eu quisesse alguma outra garota além de você eu já tinha arranjado uma, ok? Mas não... eu quero só você Hermione.

- Harry, por favor, você chega a ser ridículo, sabia? - Hermione não agüentava mais a presença dele ali, só estava piorando a situação - Faz o seguinte, vai embora. Sai daqui, depois a gente conversa com mais calma, ok?

Harry concordou com a cabeça e saiu sem se despedir. Hermione só não terminara o namoro porque estava de cabeça quente, e antes de qualquer coisa precisava pensar muito.


Fim do Flashback

Hermione estava no seu apartamento, livros abertos na escrivaninha, uma luminária apenas no quarto, sua cabeça pendia para trás e suas mãos frouxas seguravam um lápis. Era mais de três da manhã, e na quarta-feira teria uma prova na universidade e, por puro orgulho não tinha lido uma vírgula. Achava que não precisaria estudar, mas depois que Giselle lhe disse que tinha visto um pedaço a prova sem querer nas aulas extras que freqüentava, e que estava dificílima, não perdeu tempo e correu para estudar.

Acordou de repente, com um barulho insuportável de música, um som alto, um tipo de rock pesado. Bufando, esfregou os olhos. Foi até a sacada da sala, abaixou a cabeça e gritou:

- SERÁ QUE DÁ PRA ABAIXAR A COISA DESSE SOM?! - e por incrível que pareça, alguém abaixou.

Respirou aliviada. Agora não adiantava mais estudar. Não ia entrar nada na sua cabeça, o jeito seria esperar até o dia amanhecer e ver o que iria ser feito da sua vida. “Ah, que trágico, não”, pensou, rolando os olhos. Preparava-se para se jogar na cama, quando ouviu a infeliz da sua campainha tocar.

- Aaaaah! Mas será possível?! - saiu da posição que iria jogar-se na sua cama e foi abrir a porta, e sem saber, tinha esquecido de colocar o robe. Mas era tarde demais - Qual é a su...?

- Aquela “coisa”, é um som que você devia aprender a se acostumar, Granger - Malfoy sorriu desdenhoso. Correu os olhos pelo corpo da Castanha, ela vestia um shortinho branco curto de seda, e uma blusinha do conjunto um pouco decotada - Nossa, trajes muito bonitos para dormir, gostei.

Hermione arregalou os olhos. Estava corada, mas não esperou mais um minuto antes de entrar e colocar seu robe por cima, o que não adiantou muito, visto que ela tinha o colocado torto, mas deu uma disfarçada.

- Ah, que pena - resmungou Draco divertido, esboçando um pequeno sorriso no canto da boca - Ok, agora só te digo que precisa aprender a se acostumar com aquela “coisa”, porque é o som que eu ouço todas as noites.

- Malfoy, por favor... dá um tempo! - exclamou Hermione. Pensava que ele estava muuuuito sexy naquela calça larga de moletom preto e aquela camisa regata, apoiado no batente da porta. Abanou a cabeça, livrando-se daqueles pensamentos nada construtivos - Essa noite você não vai ouvir o som porcaria nenhuma, porque eu preciso dormir, pode ouvir amanhã à vontade, estamos combinados?

Ele pareceu ponderar. Fez uma careta de indiferença, e respondeu:

- Pode ser, mas amanhã faço questão que vá ao meu apartamento ouvir um pouco do som - Draco sorria perigosamente.

- Ah... ah, tudo bem - ela sorriu de volta, sentindo um repentino arrepio no momento em que ele tocou seu ombro.

- Então boa noite - fez menção de se aproximar, mas apenas deu um risinho e saiu do apartamento. Hermione fechou a porta, engolindo em seco. Agora que não ia mesmo conseguir dormir.




Amanheceu como se tivesse levado uma surra. Corpo inteiro moído, braços, pernas, costas e a cabeça, todos doendo muito. Mas era hora de acordar e enfrentar o dia que vinha pela frente, não era? Tomou um banho e colocou a primeira roupa que viu no armário; uma saia no estilo colegial preta e uma bata clara com um saltinho moderado. “Ai, eu tô parecendo uma patricinha desse jeito”, pensou, jogando os livros na mochila. Preparou um café rápido, uma fruta e saiu, terminando de comer sua maçã. Chegou na universidade um pouco atrasada, pois não tinha aparatado, simplesmente quis ir à pé.

Giselle já estava sentada na sua carteira, Alex e Alice também. Desapontou-se ao ver que Malfoy estava já sentado na sua frente. Bufou, e sentou-se.

- Bom dia, Mione - cumprimentou Giselle sorrindo. Hermione não retrubuiu - O que aconteceu?

- Nada, eu só não estudei - disse como se fosse algo completamente normal - E eu não sei uma vírgula!

Alice esboçou um sorriso, mas deixou parecer uma brincadeira.

- Que pena, eu te passaria cola se o professor Jim não fosse tão... bravo - comentou ela, ainda com um ar divertido. Sacudiu a cascata de cabelos loiros e virou de costas, para falar com o namorado.

- Ela está assim desde que o tal Malfoy entrou na universidade - disse Giselle - Aliás, ela fica assim quando entra algum garoto novo, né...

- A Alice é muito... sei lá, quer ter todos, mas não quer perder o namorado - concluiu Hermione. Ficou observando Alice conversar com o namorado, que parecia muito mais um amigo que seu namorado.

O professor Jim entrou na sala, carregado de papéis. Jogou tudo na mesa e anunciou que teriam a prova. Com um aceno da varinha, distribuiu-as para os alunos.

-... sem maiores problemas, então, vocês terão duas horas para realizarem esta prova, nem mais, nem menos - dizia o professor, enquanto Hermione passava os olhos pela prova - Podem começar!

Hermione apanhou sua caneta, nomeou a prova e começou a ler. Qual a poção utilizada para doenças causadas por feitiços; qual a poção utilizada para azarações; qual as recomendações antes de realizar um feitiço em algum paciente que esteja doente. “Merlin, eu não sei NADA!”, pensou. Correu os olhos pela sala. Todos escreviam em suas provas. Giselle tinha uma facilidade em responder às questões, que era inacreditável. Até Alice conseguia fazer tudo com rapidez! E Alex? Alex também! E o Malfoy? INCLUSIVE ele! Será que o professor veria se ela desse uma olhadinha só na prova dele?

O professor Jim estava sentado à sua mesa, anotando alguma coisa que ela não estava interessada em saber o que era. Esticou o pescoço para frente, e conseguiu ler alguma coisa como “não realizar nada levianamente”. Tentou ligar isso à alguma coisa que lembrava... Fechou os olhos, concentrando-se. Começou a escrever freneticamente no papel, anotando tudo o que se lembrava. A quarta questão ela fez rapidamente, passando logo para a quinta, que deixou em branco e pulou para a sexta.

- Mais uma hora! - avisou o professor - A primeira parte da prova já deveria estar pronta.

Eram vinte questões. Hermione fizera dez, tinha mais uma hora... o problema era: ela não sabia absolutamente nada da segunda parte da prova. Nada, nem uma linha. As perguntas pareciam estar em grego. As linhas eram compridas demais... ia ser difícil escrever aquilo, ou inventar alguma coisa. E então, por algum acaso, a prova de Malfoy foi ao chão. A segunda parte de sua prova estava ali, quase feita, dando sopa. Ele não tinha visto? Mordeu o lábio inferior. Nunca fizera aquilo antes, sempre sabia as respostas exatas. Olhou para os lados. Malfoy não parecia ter percebido, pois continuava a escrever na primeira parte da prova sem ligar. Abaixou-se, lentamente e apanhou a segunda parte da prova. Era arriscado, não? Mas deveria fazer. Por sorte, ninguém percebeu, muito menos o professor. Qualquer coisa era só largar aquela folha e fingir que não tinha a visto.

E o que parecia impossível aconteceu. Malfoy, na sua frente, remexeu-se, inquieto. Olhou para os lados, para trás e falou:

- Professor, com licença - as garotas todas voltaram suas atenções para ele, suspirando - Minha segunda parte da prova sumiu.

Hermione gelou. Maldita hora que Draco tinha que ter aberto a boca! Virou sua prova de um lado que não tinha copiado as respostas, e largou a prova dele no chão, embaixo da carteira do loiro.

- Como sumiu, sr. Malfoy? - perguntou o professor. Hermione fingiu não ligar, já tinha uma base do que responder nas questões, copiara apenas o básico para formular sua própria resposta - Não é possível, não está com ninguém.

Os alunos se entreolharam, nervosos. Malfoy nada disse, enquanto o professor continuou:

- Por favor, procurem em seus materiais a prova do sr. Malfoy.

Malfoy abaixou-se. Hermione fez o mesmo. Chutou a prova bem na cara de Malfoy, para que ele a visse. Levantou a cabeça, discretamente, olhando para os lados, como se procurasse a prova também.

- Achei, professor! - exclamou ele, quando finalmente reparou na prova - Desculpe, mas eu não a vi debaixo da carteira - antes de se sentar, lançou um olhar significativo à Hermione, que desviou.

Os últimos minutos que tinha para terminar sua prova foram preciosos. Assim que terminou a última questão, respirou aliviada.

- As provas! - o professor fez mais um aceno com a varinha e recolheu todos os papéis - Por hoje, estão liberados. Avisarei a data da próxima prova.

Todos foram saindo da sala, mas Malfoy ficou. Hermione mordeu o lábio, mandou Giselle sair com Alice e Alex que queria perguntar uma coisa para o professor. Estranhou o fato de o Loiro também estar ali, e receosa de que estivesse falando sobre a prova, ficou atrás da porta ouvindo a conversa.

-... embaixo da minha carteira - falava Draco, a voz arrastada - Tenho certeza que não estava, antes de ela abaixar.

- Você tem certeza? - perguntou o professor, seco - Essa é uma acusação séria. Se não for verdade, e a srta. Granger perder pontos por isso, o senhor está enrolado - Hermione sentiu as pernas fraquejarem. NÃO era mentira de Malfoy, ela teria pontos descontados, com certeza.

- Tenho, professor. Eu olhei debaixo da minha carteira, e depois que a Granger abaixou ela misteriosamente apareceu - contou Draco entediado - Sem contar que eu a vi chutando a prova para que eu reparasse e...

- Chega! Já entendi que está a acusando de colar, e vou tomar as providências. Agora se puder, retire-se - Hermione saiu dali correndo, para fora da universidade. Estava ferrada!

Sentou em uma mureta, os pés não alcançando o chão. Abaixou a cabeça, pensando no que deveria fazer. Se assumisse a culpa antes do professor ir chamá-la, talvez ele descontaria menos pontos por ela ter assumido por conta própria. Ou descontaria mais... o professor Jim não considerava boas ações.

Esperou o tempo passar... não queria ir agora para casa, pelo menos se o professor fosse chamá-la hoje. Era melhor se ferrar de uma vez só. Quando pensou que finalmente estava sozinha, depois que os alunos já tinham ido todos embora, ouviu uma voz terrivelmente conhecida.

- Que coisa mais feia - Malfoy sentou ao seu lado, sorrindo pelo canto da boca - A “Granger-sabe-tudo” colando na prova... tsk, tsk, tsk - Hermione fechou os olhos, pedindo a Merlim muita paciência com aquele traste.

- Malfoy, por favor, vê se não enche, ok?

- Favor? Não sei o que é isso, Granger - desdenhou o Loiro - O professor já sabe de tudo.

- Ok, eu ouvi vocês - confessou Hermione. Isso não ia fazer diferença em todas as burradas que fizera durante o dia, então resolveu abrir o jogo - Sinceramente, foi último caso pensar em colar de você.

- Eu sei, e acho isso ótimo. Só mostra que você é orgulhosa demais para achar que não precisava estudar - Hermione o olhou com indignação - Tá olhando o quê?, é verdade!

Ela bufou. Draco continuou sentado, cantarolando baixinho.

- Ele vai falar comigo hoje? - quis saber Hermione.

- Ele quem?

- O professor, idiota.

- Sei lá - respondeu, seco, descendo da mureta - Mas sugiro que vá para casa.

- Desde quando você me dá sugestões, Malfoy?

- E desde quando você cola de mim na prova, Granger? - e, dizendo isso com um sorriso divertido estampado no rosto, Draco foi embora, andando mesmo.

Hermione xingou. Pegou sua bolsa na mureta e também foi embora. “O que tiver que ser, será”, pensou, os olhos marejando. Só faltava o professor zerar sua prova. Chegou em casa cansada, cansada de apenas começar o dia. Entrou no quarto... lembranças voltaram como um rombo no estômago...

Flashback

Harry chegou no apartamento todo sorridente, e lhe beijou como não fazia há tempos.

- Nossa amor, tá com fogo hoje? - brincou ela, fazendo um carinho no rosto do namorado - Foi promovido ou o quê?

- Não, eu só fiquei morrendo de saudades da melhor namorada no mundo - Hermione sentiu aquele misto de sensações quando ele a beijou novamente - Mione, já falei que te amo hoje, né?

- Harry, você é um fofo sabia? - ela disse sorrindo - E sim, você já disse isso umas cinco vezes só hoje.

- Hum... não consigo mais como vou demonstrar isso, amor - Harry concluiu, beijando-a mais uma vez...


Fim do Flashback

E uma lágrima caiu dos seus olhos ao lembrar daquilo... estava se sentindo agustiada por não saber mais o que fazer com aquela situação. Harry não era mais o mesmo que conhecera, estava diferente, desde que Gina voltara a ter contato com ele. O Moreno vivia dizendo para ela não se importar, porque a amava, mas não dava para acreditar muito.

Flashback

Estava em um vestido longo prata-envelhecido frente-única. Era simples, detalhes no busto e uma saia solta. Usava sapatos de salto alto fino e uma maquiagem muito bonita. Formatura, último ano em Hogwarts, dançar com Harry... nem sabia o que iria acontecer, mas estava com ele. É, era seu par, não importava que fosse só aquela noite...

Desceu para o Salão Principal, com as mãos trêmulas, o coração batendo descompassado. Ele estava ali, lindo, em trajes de gala. Simplesmente perfeito. Sorriu ao vê-lo. Harry retribuiu.

- Você está maravilhosa - disse, beijando-a na trave. Sentiu o sangue evaporar das veias - Vamos logo, então?

- Claro - agradeceu por não ter gaguejado. Enlaçou sua mão no braço de Harry e rumaram para o Salão.

[...]

A festa estava animada, depois que já tinham dançado valsa, a banda tocava músicas agitadas. Hermione estava sentada na mesa com Harry, bebendo Firewhisky e rindo à toa.

- Eu lembro quando nos conhecemos - falou Harry, rindo - Foi estranho... eu senti uma coisa estranha.

- Sério? O que, por exemplo? - perguntou, curiosa.

- Sei lá... fui perceber o que era quando eu larguei a Gina - contou Harry, ficando sério. Estavam sentados a uma mínima distância, as mãos se tocando de leve - Você era a pessoa que faltava na minha vida, Mione. Não sei, parece que esse seu jeito me conquistou ou... é estranho. Foram sete anos juntos, só na amizade e...

- Não para mim - Harry a olhou intrigado. Ela respirou fundo, era hora de falar -, na minha visão você sempre foi mais que um simples amigo, que me ajudava quando eu precisava, Harry. Terceiro ano, foi aí que eu vi o quanto você era mais que um amigo.

- Como assim? - perguntou.

- Eu amei você desde quanto eu te vi - disse ela, olhando para baixo. Ele iria rejeitá-la, rir da sua cara?

- E eu demorei muito tempo para te notar - Harry levantou a cabeça de Hermione pelo queixo e a beijou. Foi tão mágico, ela sentiu os lábios macios do Moreno nos seus, uma sensação maravilhosa de segurança, todo o amor reprimido sendo passado naquele beijo que esperava há anos.

Harry a segurava pela cintura, e mesmo sentados, qualquer um que os visse teria vontade imediata de beijar alguém. Hermione nem acreditava, até porque, seus pensamentos tinham sido sugados..., poderia fazer qualquer coisa que não se importaria...


Fim do Flashback

Ela tinha que lembrar justamente daqueles momentos, de quando ela se entregou de vez ao amor de Harry... e hoje mesmo não se arrependendo, pensava que talvez ele não fosse o garoto certo. Preferiu deixar isso para depois, não era hora de pensar em nada. Só queria esquecer, se ausentar do mundo por algumas horas. Então, aproveitando o resto da manhã livre, foi em direção à cama e deitou. Quando achou que estava “livre” de alguns probleminhas, sua campainha tocou.

- Merlim, será que não poderiam me dar descanso um minuto só? - resmungou. Esperou tocarem de novo para finalmente levantar e ir atender. Aparentemente não esperava aquela visita, de tão surpresa que ficara - Gina?!

- Oi, Mione - cumprimentou a Ruiva, entrando no apartamento sem ser convidada - Ah... eu vim aqui porque eu preciso conversar com alguém, sabe... é que eu tô tão confusa, Mione.

Hermione respirou fundo. Fechou a porta lentamente.

- Quer beber alguma coisa, um chá, comer um pão? - ofereceu, tentando adiar a conversa. Sabia que Gina era muito direta, e detestava isso em alguns pontos.

- Não. Eu soube que vocês do segundo ano também tiveram uma prova hoje, e como somos liberados logo que terminamos, vim conversar um pouco - disse a Ruiva. Hermione apontou o sofá. Ela sentou-se confortavelmente, como se só estivesse esperando o convite - Hermione, você sabe o que eu sinto pelo Harry desde o começo da sua... do seu namoro com ele.

Gina fez uma pausa demorada. Olhou para o chão e voltou a falar.

- E... toda essa situação de vocês estarem juntos há dois anos e tudo o mais, está me machucando muito, porque eu o espero desde o primeiro ano, consegui só no sexto mas não durou - Hermione a fitava com as sobrancelhas erguidas, como se pedisse para prosseguir - E eu tenho certa inveja de você, sabe - confessou Gina. Hermione não fez objeção - Não que eu te deseje mal, não, nada disso, mas é que... sei lá, você conviveu anos com ele, o conhece muito melhor que eu, e sabe como agradá-lo.

- Depende, Gina - Hermione se pronunciou, depois de respirar fundo - O Harry mudou muito desde que começamos a namorar, eu nunca imaginei que ele fosse assim... tão diferente. Eu não sei mais do que ele gosta, não sei mais o que o satisfaz, nem o que o agrada - disse ela, mantendo-se firme e fazendo de tudo para não chorar, mesmo sabendo que não o faria - Aliás, eu tenho me surpreendido muito com o Harry, e isso de certa forma tem haver com você, Gina.

- C-comigo? - espantou-se a amiga, o queixo caído - O q-que foi que eu fiz?, eu juro que nunca tentei n...

- Não, mas eu percebo que ele ainda tem uma queda por você. Todas as vezes que se encontram, o Harry fica aéreo, não presta atenção em nada. Gina, eu tenho que admitir que você tem interferido sim, e muito, na nossa vida.

- Mione! - exclamou Gina, indignada - Eu nunca faria nada para separar vocês, mesmo que eu goste muito dele, e isso eu sempre deixei claro, você é a minha amiga e tudo que eu puder fazer pra não te magor, eu faço!

- Ok, ok. Mas é sério, não é culpa sua, eu sei - disse Hermione, tranquilizando-a - É que o Harry ainda fica meio balançado com você, sabe... e isso me mata, porque eu sei que se eu der brecha, ele me trai, sim!

- Não comigo! - retrucou a outra, levantando-se do sofá, irritada - Hermione, se ele viesse pra cima de mim, eu não iria deixá-lo chegar um centímetro perto! Eu o paro, mesmo que eu esteja indo contra a minha vontade, mas enquanto o Harry estiver com você, ele não vai ao menos me triscar um dedo!

- Gina, mas você não entende, caramba? - Hermione também se levantou. Conhecia muito bem Harry até algumas horas - Tudo bem que ele mudou muito, mas eu ainda o conheço ao menos o suficiente para saber que ele seduz qualquer uma que ele quiser, e não importa que seja minha amiga, ou a vadia da esquina!

- Mas EU não permitiria!

- Claro que permite, Gina! O cara que você ama, que morre de vontade de beijar de novo, se ele chegar em você, acha mesmo que vai falar “não, eu estaria traindo a minha amiga”? - explodiu Hermione. Não queria brigar com a amiga, mas naquela situação, nem Gina estava ajudando - EU mesma não faria isso, ok? Eu iria resistir, mas... o Harry uma hora vai conseguir te seduzir, Gina, mesmo que você não permita!

- Você não confia mesmo nas pessoas, não é, Hermione? - perguntou Gina, as lágrimas rolando dos olhos.

- Confio, Gina, mas isso é uma questão de lógica! Até certo ponto nós comandamos nosso corpo, mas a partir desse ponto, ele faz coisas involuntárias! - justificou a Castanha, sentindo-se com a razão - E é justamente desse ponto em diante que não comandamos o nosso desejo, nosso amor, a paixão que sentimos.

- Eu me sinto um... um lixo, Hermione - disse Gina, enxugando os olhos - Você me faz sentir como uma vagabunda, que não respeita a melhor amiga!

- NÃO É QUESTÃO DE RESPEITO, GINEVRA! - berrou Hermione, agora também chorando - Você pode me respeitar o quanto for, mas sempre, independente da situação, o amor fala mais alto, e isso ninguém pode negar!

Gina balançou a cabeça negativamente. Deu uma última olhada no rosto da amiga e disse:

- Eu não faria isso com você... nunca - e desaparatou.

Hermione deixou-se cair no sofá. QUANDO teria um pouco de paz? Foi ao banheiro lavar o rosto. Prendeu os cabelos, quando ouviu novamente a campainha soar.

- MAS QUE DIABOS!

Foi até a porta atender, e deu de cara com...

- Malfoy?!

- Oi, Granger - ele sorriu maroto - Vim só te lembrar que hoje tem aquela promessa sua, que deve cumprir.

- Promessa? Que raio de promessa é essa agora? - perguntou, entediada.

- De ouvir um sonzinho comigo hoje - Hermione bufou - Só para aliviar, chamei uns amigos também, e inclusive aquela suas amigas, a tal da Giselle e a Alice. Por eduacação, aquele namorado dela, o Stewart.

- Ok, que horas?

- Depois das dez, a porta está aberta! - sorriu, cínico.

- A Giselle vai? - quis saber, para não se sentir uma idiota no apartamento de Draco Malfoy.

- Claro que sim! - exclamou ele - Nenhuma garota nega um pedido do lindo-gostoso Draco Malfoy para ir à sua casa, certo? Um pouquinho de charme e ela aceitou.

- Eu negaria, se não fosse a minha promessa - ela fez cara de desdém - Agora, dá o fora!

Bateu a porta e não atendeu a terceira campainha.




- Era só o que me faltava! - Giselle estava no apartamento de Hermione, deitada no sofá, falando abobrinha - Você brigar com a Ginevra por causa de um garoto ridículo que...

- Ele não é ridículo, Giselle! - protestou Hermione, terminando de bater leite no liqüidificador. Serviu um copo à amiga, e outro ela virou em um só gole. Encheu outro e sentou no sofá - Mas poxa, a garota vem me falar do seu sentimento pelo MEU namorado?

- Que já foi namorado DELA? - Giselle sentou-se, e bebeu um gole do leite - Ah, Mione... eu entendo vocês duas, eu juro. Mas o Harry, eu não consigo entender! Ou ele gosta de você ou dela! É o mesmo cara de gosta de seduzir todas, mas odeia perder a platéia - filosofou a garota.

- Gi, por favor, não complica as coisas - pediu Hermione - Hoje ainda tem aquela “festinha” na casa do Malfoy...

- E você devia estar muito animada! Sabe, aproveita que está sem o Harry para se divertir um pouco, dançar, fazer novas amizades... não precisa dele pra tudo, né, Mione! - concluiu Giselle.

- Tá, eu sei, mas como eu explico pra ele? “Olha amor, eu tô indo numa festa na casa do Malfoy, e volto depois da meia noite, ok?” - brincou a Castanha, sem achar a menor graça. Giselle, no entanto, caiu na gargalhada.

- Aah, Mione! É só você falar que precisa ir à casa dele, porque prometeu que iria, porque ele desligou o som, porque você queria dormir, porque tinha prova no outro dia e estava nervosa porq...

- CHEEEEGA DE “PORQUÊS”, GISELLE! - gritou Hermione - Nossa que mania de falar “porque”!

- Ok! - exclamou a Morena - Mas é sério, com um pouquinho de conversa você se entende com ele.

Hermione abriu um pacotinho de bolachas e enfiou uma inteira na boca. Mastigou-a, pensando em como dizer a Harry que ia numa “festinha” na casa do Malfoy.

- Sabe, Mione - disse a amiga, terminando de comer sua bolacha -, no seu lugar eu não contaria para ele - Hermione fez uma cara surpresa - Não, é sério! Depois de tudo que ele te falou aquele dia, ainda dar satisfação do que você faz, aonde vai... acho um absurdo isso!

- Não é pelo o que você disse, mas eu estou surpresa porque foi você que disse.

- Ahn?!

- É, você tão quietinha, pensando coisas assim - justificou Hermione. Giselle riu gostosamente - Ah, eu acho também um absurdo. Ele faz questão de saber onde eu vou, mas se eu que pergunto, vem falar que eu não confio, e tudo o mais.

- Então, amiga! Larga de ser besta, a gente vai aproveitar muito hoje à noite, combinado? - Giselle estendeu a mão.

- Combinado! - Hermione apertou a mão da amiga e as duas riram juntas.

Passaram o resto da tarde conversando, falando besteira sobre o namorado das outras amigas, imaginando como seria se tivessem se conhecido em Hogwarts. Giselle tinha estudado em Beauxbatons, e em Durmstrang. Tanto uma quanto a outra, não tinham a agradado, e no sétimo ano, quando estudava em Hogwarts, na Cornival, nenhuma amizade tinha durado. Como era da Cornival, Mione não tinha feito amizade, já que com os N.I.E.M’s e a guerra, tudo ficara mais difícil, e seu grupo Harry-Mione-Rony fora apenas o que lhe restou da escola.

Falando em Hogwarts, nas casas e nos estudantes, elas encontraram algo em comum: odiavam Malfoy.

- E que história é essa que você vai na casa dele? - perguntou Hermione - Já que odeia tanto assim o Malfoy...

- Ah... eu posso odiar ele, e odeio - explicou Giselle sorrindo marota - Mas que é lindo, cheiroso e muito gostoso, ah, isso ele é sim!

Hermione fez sinal de indiferença.

- Pode ser que você também não goste dele - continuou Giselle -, mas falar que ele é feio, aí é uma mentira deslavada!

- Eu nunca disse que ele é feio! - retrucou Mione, nervosa - E também nunca disse que ele é lindo!

- Mione, larga de ser obtusa, garota, você sabe, e muito bem, que sem dúvidas ele é o cara mais bonito da universidade! Pelo o menos, do segundo ano.

Depois desse breve comentário, a sala ficou silenciosa. Só se falaram de novo quando Giselle foi embora, às sete horas, alegando que iria se “arrumar” para a festinha particular. Hermione deixou a amiga ir, para deitar na sua cama. Poderia dormir alguns minutinhos, até uma hora, para depois ir arrumar o cabelo, escolher uma roupa...




A varinha apontada para os cabelos, enquanto garimpava no armário peças de roupas que quase nunca usava. Tinha desde calças jeans largas, até a mais skinny de todas. Desde blusinhas comportadas, até decotes grandes. Desde vestidos abaixo do joelho, até mini-vestidos. Os cachos do cabelo se desmanchavam, à medida que a varinha tocava em um deles, dando lugar a mechas lisas e mais compridas que o normal. Acabou deixando a roupa por último. O cabelo ficou pronto em mais quinze minutos, lisos, quase alcançando a cintura. Insatisfeita, Hermione deu uma leve enrolada nas pontas, para não ficar tão artificial. Deixou a franja que caía na testa lisa, que era melhor do que uma coisa enrolada na testa. Riu com esse pensamento. Prendeu o cabelo em um rabo, escovou os dentes e partiu para as roupas.

- Uma calça skinny preta... combina com uma bata clara - disse, analisando uma combinação que fizera - Não... talvez uma regata roxa? - fez uma careta - Ridículo... Ããã... um mini-vestido com um cinto? - sorriu ao ver o conjunto - É, fica separado - largou em um canto da cama e foi até os vestidos - Esse pretinho básico... - colocou sobre o corpo - não, muito sério, muito comprido. Aquele vinho? Não... tosco demais. Seria o de oncinha? - procurou o vestido de oncinha. Era meio colado - Ah, vou me sentir sufocada, não, não e não; quem sabe... o lilás?, não mesmo. Que tal o vermelho? - pegou um vestido acima do joelho vermelho, tomara-que-caia com alguns detalhes ao londo do vestido - Tsk, tsk. Não combina.

Ficou fuçando nos vestidos até oito e meia, quando foi atrás das saias.

- Esta? - estendeu o braço, vendo a saia jeans preta com brilhantes no cós, bolsos com costura branca e desfiada na barra. Era um pouco abaixo da metade da coxa, não muito curta, nem comprida demais - É, vai ficar separada... e uma blusinha... talvez aquela minha preta estampada com prateado - apanhou um blusa preta, com uma estampa bem diferente, prateada. Era muito bonita, mas não combinaria com o brilho da saia - Será que aquela minha branca solta fica bom?, aah, achei você!

Pegou uma blusinha branca bem solta, um decote não muito vulgar, mas também não era de cobrir o pescoço. Era bem simples, o único detalhe era a costura com linha prateada, que dava um leve brilho, nada exagerado. Experimentou o conjunto - ficara bonito, mas precisava do sapato. Mais uma luta...

- Minha sandália de salto prata - procurou. Era alta, um salto fino, mas ficaria estranha com a saia curta - Nem rola... ah, minha sapatilha! - não era muito bonita, sem contar que era velha. Acabou escolhendo uma sandália parecida com a prateada, só que um pouco mais baixa. O salto ainda era fino, mas tinha ficado bem melhor do que a outra - Jaqueta! - pegou sua jaqueta preta de frio e a levou na mão.

Arrumou maquiagem e documentos em uma bolsinha mínima de festa, e fez uma maquiagem delicada: apenas um contorno preto nos olhos, uma sombra preta misturada com prata, não muito forte e um batom claro. Estava realmente bonita. Soltou os cabelos, e prendeu apenas de um lado, com uma presilha preta bem discreta, que nem aparecia. Passou algumas gotas de um perfume francês [N/A: miooninha xiiike, beeem! hauehaueuauhea* ateh perfume frances ela teem oO’] no pescoço e no punho, e foi até a portaria. Iria subir com Giselle para a festa.

A amiga chegou dez minutos depois, vestida com uma calça clara bem justa, uma blusa preta e um salto alto. E pronto! Estava maravilhosa, ela tinha o poder de vestir algo simples e arrasar.

- Nossa Mione, você ‘tá linda! - elogiou a amiga. Hermione sorriu e disse o mesmo - Vamos, então!

Elas subiram pelo elevador, já que era um prédio trouxa, até o andar abaixo do de Hermione. Já passava das dez e meia, ninguém ouvia nada.

- Será que ainda não começou? - perguntou Giselle.

- Não, é feitiço silenciador, com certeza - afirmou Hermione. Dera um jeito de dar um fora em Harry, dizendo que precisava fazer um trabalho.

Giselle tocou a campainha. Demorou um tempo até que alguém viesse abrir a porta - e era justamente Malfoy. Vestia uma camisa de botões preta, os três primeiros abertos, deixando o peito à mostra, as mangas enroladas até os cotovelos, calça e sapatos escuros e cabelos despojadamente molhados.

- Ah, então a Granger apareceu? - debochou, sorrindo. Mexeu no guarda-chuvinha do seu coquetel - Olá, Giselle - a amiga deu um sorriso amarelo - Bom, entrem, então.

Era a música parecida com a que Hermione ouvira na noite anterior, embora mais alta. Não tinha decoração, apenas a mesa de jantar apinhada de comidas e bebidas que apareciam sozinhas quando acabavam. Também não estava lotado, pareciam ser os amigos mais próximos, e quem ele queria convidar por vontade. Hermione reconheceu alguns garotos da faculdade, mas nenhum amigo, exceto Alex e Alice que apareceram do fundo da sala, já que era bem grande, as roupas amassadas e bochas inchadas.

- Nossa, vocês demoraram! - exclamou Alice, sorrindo de orelha a orelha. Alex as cumprimentou, um tantinho mal-humorado - Ah, ele não queria vir.

Hermione preferiu não falar nada, mas Alice estava vulgar demais com um vestido curtíssimo verde-limão muito decotado, tanto na frente quanto nas costas, um salto 10cm nos pés e cabelos firmemente presos, e provavelmente seria esse o problema de Alex, não a festa. O namorado dela também estava bonito, uma calça preta, camisa do mesmo estilo que a de Malfoy, só que branca, e um tênis casual.

- Vamos comer alguma coisa? - perguntou Alex, quebrando o silêncio, no que as garotas concordaram.

O apartamento não encheu mais, Hermione e Giselle tinham sido umas das últimas a chegarem. Haviam alguns garotos muito bonitos, loiros, morenos, cabelos compridos, curtos, olhos claros... e é claro, o idiota do Malfoy. Ela não podia negar que estava muito... ajeitadinho. Deu uma olhada para o garoto, que obviamente, cortejava uma coitada. Era uma menina da universidade, que Hermione não conhecia, mas era simpática. Tinha olhos verdes, cabelos pretos e um corpo lindo.

- Coitada daquela ali - comentou Hermione, rindo. Apanhou um coquetel - Quem é?

- A morena? - perguntou Giselle. Hermione assentiu - Ah, é a Jenny Lins - disse, franzindo a testa - Não conhece ela?

- Nunca ouvi falar.

- Nossa, ela é super popular - informou Giselle - Bom... no primeiro ano, sim.

- Aaah... é do primeiro?

- Parece que sim, só sei que no primeiro ano ela é muito popular, porque tem um irmão lindo, e as garotas são todas amigas dela por isso - Giselle riu, bebendo seu Firewhisky.

- Como o garoto chama?

- Sei lá... mas é mais novo, uns dois anos.

- Coitada - repetiu Hermione. Bebeu um gole do coquetel e quase capotou. Estava com um gosto muito forte de álcool - Acho que o Malfoy quer nos matar de cirrose.

- É, esse Firewhisky tá forte demais.

Depois das onze e meia, as duas resolveram ir dançar. Jenny Lins saíra de perto de Malfoy, talvez por vergonha, ou porque conhecia a fama do garoto.
[N/A: amoores, acabei de adicionaar a Jenny Lins nos personagens secundários, ok?? a ashlee simpson vai fazer “o papel” dela, ahuehaueua. pra qeem não conhece a ashlee, qe eu acho dificil, tem uma foto akii > http://www.vyhledavace.net/downloads/pozadi/celebrity/6/Ashlee_Simpson.jpg]
Hermione e Giselle ficaram até tarde dançando, sem noção do tempo. Acabaram fazendo amizade com Jenny, que era mais simpática do que aparentava. Conversaram muito, trocaram idéias, e Jenny até conhecia Gina, mas não era sua amiga, e segundo ela, a Ruiva se isolava um pouco das garotas, exceto do grupinho que fazia parte, de apenas três amigas.

- Ela se isola? - espantou-se Giselle, abrindo a boca uns dois metros.

- Isola - continuou Jenny e enfiou um salgadinho na boca - Eu nunca falei com ela, sabe... e olha que todas as meninas vêm conversar comigo por causa do Ted.

- Ted?

- Meu irmão - esclareceu Jenny, sorrindo - É, ele é muito bonito, por isso que eu sou tão popular assim. Ai, eu odeio isso - reclamou, fazendo uma careta.

- Odeia ser popular? - quis saber Hermione, lembrando de Alice - Eu tenho uma amiga que faria tudo pra estar no seu lugar.

- A Alice? - perguntou Giselle, e riu - É verdade, é aquela de verde.

Jenny olhou para onde Giselle apontou, deu um sorrisinho sem graça e voltou a falar com elas.

- Ela é popular - as duas se espantaram - Os garotos vivem falando que ela é... meio vaca, galinha, sabe.

- Sério? - mais uma vez, Giselle abriu a boca de espanto - Caramba, eu nunca imaginei!

- Nem eu - Mione também tinha a boca aberta - Bom, mas já era de se esperar, ela vive se esfregando nos meninos, falando coisas impróprias.

Giselle riu.

- Eu lembro uma vez ano passado que a gente estava falando com o Dan, e a Alice disse que gostava de coisas grandes - Jenny caiu na gargalhada, e acabou cuspindo um pouco da cerveja na roupa. Hermione riu, lembrando do caso - E o Dan disse que ele tinha uma coisa grande... - Giselle falava em pedaços, já que ria que nem uma louca - e... e a Alice... ela... ela falou que... queria pegar... porque... por... porque ela adorava, e ia fa... fazer uma experiência com a “coisa grande” dele!

As três começaram a rir como nunca, Hermione lembrando do dia, e Jenny tentando imaginar a cena.

- O Dan foi embora da escola... depois disso - continuou Hermione - Ele não entendeu que... que a coisa, era... era aquilo... ele ficou tão... as-ssustado!

- Acho que foi com o que ela di... disse - Giselle riu.

- Bom... deixa eu ir embora - avisou Jenny, após mais um pouco de conversa - Antes que o Ted descubra onde eu estou.

- Ele não sabe?! - perguntou Hermione, rindo - Meu namorado também não!

Mais uma vez, Jenny gargalhou.

- Faz parte - concordou - Mas também, já passou da uma hora, né...

- O quê!? - o copo de Giselle foi ao chão. Infelizmente, metade das pessoas viram o acidente. Giselle corou violentamente, e mais ainda quando Malfoy apareceu.

- Ah, que lindo, não é - ironizou o Loiro, um sorriso debochado no rosto - Eu convido as pessoas para virem até a minha casa, e me agradecem derramando toda a bebida no chão.

- Malfoy, não seja ridículo - interferiu Hermione - Foi só um pouco de Firewhisky, coquetel, que seja - algumas pessoas fizeram um “uuh”, mas muito brevemente - Você tem uma varinha pra isso, não tem?

- Mione, no caso, a varinha dele está guardada dentro da calça - disse Jenny. As pessoas na sala riram abertamente - Por Deus, Malfoy, seja mais fino e aceite as desculpas da Giselle.

- Ela não diss...

- Cala a boca! - disseram Hermione e Jenny ao mesmo tempo.

- Você é muito mala, sabia? - emendou Jenny, deixando todos rindo na sala - Vamos, Gi.

Jenny e Giselle saíram da sala juntas, deixando Hermione sozinha com Malfoy. Claro, além das pessoas convidadas. A garota mordia o lábio inferior, como em um deboche.

- Eu não devia ter te convidado, Granger - disse ele, por fim - Você e suas amiguinhas.

- Não devia mesmo. Eu só vim porque geralmente não quebro as minhas “promessas” - respondeu ela, grosseiramente - Vê se não faz mais graça, isso é coisa de criança.

- Quem fez graça aqui foi sua amiguinha - retrucou Malfoy, ficando irritado.

- Escuta aqui, seu idiota, ela não fez graça. Você é que quis aparecer, se fazer de gostosão, pra todo mundo te respeitar, mas parece que não adiantou muito - despejou Hermione. Enquanto as pessoas dançavam e se divertiam, os dois discutiam, em voz baixa, mas com raiva o bastante para demonstram o quanto se detestavam - Sua reputação abaixou isso aqui - ela fez um gesto com o indicador e o dedão -, mas amanhã, vai estar assim - e afastou as duas mãos -, e você vai estar com a imagem de ridículo e criança.

- Você não ouse comentar isso com ninguém, Granger - alertou-a Malfoy, apertando seu braço. Hermione riu - Tenho cara de palhaço, agora, é?

- Não, mas continua ficando mais ridículo do que já é - Hermione parou de rir. Soltou seu braço, quase que bruscamente - Malfoy, eu acho melhor você ficar muito quietinho no seu apartamento amanhã, o que me diz? Ao menos na quinta-feira a poeira vai ter abaixado.

- Olha, se preocupando comigo?

- Claro que não, seu ridículo - disse, depositando todo seu desprezo na última palavra - Só não quero confusão pro meu lado, sabe como é essa mídia da universidade - e, dando um risinho irônico, saiu do apartamento, batendo a porta.

Pegou o elevador para o próximo andar. Abriu a porta do apartamento, cansada. Seu relógio marcava quinze para as duas. Os olhos estavam se fechando, quando ouviu a porta de casa fechar. Estava no quarto, mas não sabia que iria receber visitas. Desconfiada, foi até a sala.

- Harry! - assustou-se. Ainda vestia a roupa da festa, maquiada e acabada. O Moreno tinha a cabeça baixa, mas quando a levantou, deixou que seus olhos se arregalassem e o queixo caísse uns dois metros ao ver as roupas da namorada.

- Hermione, que roupa é essa? - ele perguntou logo de cara.

Hermione mordeu o lábio inferior.

- Eu... eu posso explicar tudo, Harry - ela disse. Harry sentou no sofá. Parecia não ter feito muito caso da situação. Aliás, tinha uma expressão muito esquisita, como se estivesse cansado - Harry, aconteceu alguma coisa?

- Não. Eu quero saber onde você estava, Hermione.

Com cautela, para não aborrecê-lo e tentar amenizar a notícia. Harry a recebeu até muito bem, apenas xingou Malfoy de filho da... você-sabe-o-quê, e disse que se ela fizesse aquilo de novo tudo estaria terminado. Mas, para Hermione, sinceramente não sabia se ia terminar ou se já tinha terminado.

- Harry...

- Fala que me ama, Mione - ele pediu, a abraçando como há muito não fazia. Com amor.

- É claro que eu te amo - respondeu Hermione, retribuindo o abraço.

- Você é tudo que eu tenho... não sei o que eu faria sem você - disse Harry, a levando para o quarto - Eu... amo... você - continuou, entre beijos.

Harry foi andando com ela, até cair na cama. A garota apenas sorriu, antes de beijá-lo do jeito que gostava. Em síntese: mais uma noite sem dormir.




Nem acreditou quando ouviu: chuva. Seis horas da manhã, Hermione coberta apenas da cintura para baixo, deitada de barriga para baixo na cama. Harry estava ao seu lado, uma mão a abraçando pela cintura, e a outra debaixo do travesseiro. Retirou a mão dele da sua cintura.

- Harry... - chamou, distribuindo beijinhos no rosto dele. Harry acordou sorrindo - Bom dia, meu amor.

- Você jura que está chovendo? - perguntou, manhoso - Fica aqui comigo - pediu, quando viu Hermione se levantar e ir em direção ao banheiro.

- Eu não posso - ela respodeu.

- Vai, amor... só hoje - Hermione sorriu - Por favor.

- Não dá, eu juro que eu ficava.

- Então fica - pediu de novo se remexendo na cama - Oh, Mione, isso é maldade, amor.

Hermione resolveu não ligar. Abriu a torneira do chuveiro e começou a se ensaboar. Esperava que Harry estivesse dormindo, mas se surpreendeu quando o Moreno entrou no banheiro apenas sem a camisa.

- Não vai mesmo ficar aqui? - perguntou.

- HARRY! - ela gritou, batendo a porta do chuveiro. Harry riu.

- Tenha dó, Mione. Eu vim te perguntar, se não eu já vou indo.

- Espera eu terminar, Harry.

- Ok, ok.

Ficou mais alguns minutos no banheiro para se arrumar, e ao chegar na cozinha, encontrou uma mesa com café-da-manhã pronto.

- Ah, então você resolveu fazer alguma coisa? - ela riu. Harry lhe deu um beijo de bom-dia - Vai, vamos comer.

Terminado o café, Hermione se despediu de Harry e foi a pé para a universidade. Além de ser perto de casa, tinha tempo de sobre. Caminhava calmamente pela rua, quando ouviu uma risada atrás de si, infelizmente conhecida. Ignorou... ou pelo o menos tentou.

- Ora, ora, Granger - Hermione continuou andando, sem ligar para Malfoy - Teve uma boa noite?

- Ótima, para o seu governo - respondeu, seca - Enquanto você dormiu sozinho, eu tive companhia - ela virou-se para encará-lo e deu um sorrisinho malicioso - É, parece que as garotas estão percebendo o quanto você é ridículo, não?

Malfoy fez uma careta. Ela voltou a andar, preocupada demais com seu horário, mesmo que estivesse adiantada. Não gostava de ficar perto de Draco, pois sentia uma leve atração por ele. “É, a Giselle tem razão. Ele é sim, lindo, maravilhoso, mas é um Malfoy... e eu não me misturo com gente desse tipo”, pensou, tirando qualquer outro pensamento impróprio da cabeça. Não tinha do que reclamar: embora às vezes ficasse estranho, Harry era um ótimo namorado, absolutamente carinhoso; o garoto do sonho de qualquer solteira.

Tentou não ligar para as provocações que Malfoy fazia, enquanto ia para a universidade. Viu-se livre dele apenas quando encontrou Alice e Giselle, ambas acabadas. Tiveram tempo de conversar muito antes de o sinal soar estridente em seus ouvidos, e entrarem na sala. Hermione tinha se esquecido completamente de que o professor Jim sabia que ela colara na prova, então, entrou tão tranqüila como sempre.

- Bom dia - disse o professor, no seu costumeiro mal-humor - Devo dizer que me surpreendi com alguns fatos - continuou. Hermione o olhou intrigada -, algumas respostas nas provas, algumas colas - aí que ela se lembrou. O professor demorou seu olhar nela por alguns segundo -, mas também devo dizer que a sala foi relativamente bem - alguns alunos respiraram aliviados - Entretanto, alguns alunos foram péssimos. Tivemos zeros, um e meio, e até meio ponto. Mas no geral, foi uma média de cinco.

Hermione esperava pelo momento em que o professor gritaria: “e a srta. Granger colou a prova inteira do sr. Malfoy, e está expulsa da universidade”. Seu corpo paralisou. Sentiu o sangue sumir das veias, mas tentou não deixar transparecer. Ficou impressionada como a aula correu bem, até rendeu mais do que de costume, o professor explicava uma matéria fácil, e seus pensamentos voaram. Quando o sinal soou mais uma vez, anunciando o intervalo, Jim parou a explicação.

- Gostaria que a srta. Granger e o sr. Malfoy ficassem, por favor - os alunos se dissiparam. Giselle lhe apertou a mão, tentando passar a força de sua amizade. Alice não fez nada, saiu puxando Alex, que lançou um olhar de profunda piedade à amiga - Bom... ontem o sr. Malfoy veio me comunicar qu...

- Não precisa falar, professor, isso aconteceu mesmo - cortou-o Hermione, querendo se livrar de uma vez daquele fardo - É que... não sei, na hora eu não me lembrei de nada, e deixar a prova em branco seria pior do que colar, sabe...

- Que ótimo que reconhece seu erro, srta - disse o professor, soando falso - Mas eu não estou aqui para zerar sua prova, não. Até porque, suas respostas não foram iguais a de Malfoy, foram baseadas nas dele, e não há provas de que realmente tenha colado, a menos que isso seja verdade.

- Mas é! - interrompeu Malfoy, irritado - Ela mesma diss...

- Sr. Malfoy, calado. Eu entendo, mas quem me garante que você não a obrigou a dizer isso? Quem me garante que n..

- Professor, eu tenho que discordar - disse Hermione, sincera - Não vou deixar o Malfoy levar a culpa de algo que fui eu quem fiz, não foi chantagem, eu colei, sim, e estou admitindo porque sou honesta.

- Bom... - o professor começou - Bom, nesse caso, então... eu queria apenas ajudar.

- Te entendo... mas obrigada, eu prefiro assumir a culpa - Hermione se levantou, mas o Jim fez um sinal para que esperasse.

- Vou tirar um ponto, então, do seu resultado final - disse, seco - E já adianto que terá um trabalho mais para frente que poderá te salvar de eventuais... problemas.

Hermione assentiu. O intervalo já estava terminando, isso sugeria que...

- Ah, quando os alunos voltarem do intervalo, vocês dois irão juntos.

(continuação do capítulo)

Os dois ficaram na sala com o professor até o sinal soar. Quando isso aconteceu, saíram disparados da sala, na esperança de que terminassem o lanche mais cedo, ou então ficassem menos tempo na companhia um do outro. Teriam quinze minutos sozinhos do lado de fora da sala. Hermione perdera o apetite, devido à discussão que tivera com o professor. Não tinha sido como esperara... tinha sido até leve demais, achara que ia levar uma bronca tão grande, que se surpreendeu com a atitude de Jim, que costumava ser rude e até maldoso com os alunos. Claro, com as garotas ele era menos. Devia ser isso, pensou, sentando em um banco. Draco fez o mesmo.

- Então, Granger, surpresa? - perguntou, com desprezo. Levou o silêncio dela como um sim - É, eu também. Achei que eu fosse ter razão.

Hermione riu.

- Você sempre quer ter a razão, Malfoy - ela disse, debochada - E na maioria das vezes nunca tem.

- Maioria das vezes, nada! Eu sempre tive razão, vocês que nunca perceberam - contornou ele, ainda sentado. Pairou um silêncio constrangedor até demais, quando seus olhares se fixaram um no outro. Era um contato tão intenso, e que nem por isso deixava de transparecer um pouco daquela atração ridícula entre eles.

Quem desviou primeiro foi Hermione, sentindo que não era bom ficar àquela mínima distância de um cara que apenas de muito bonito, era quem mais odiava. Ainda sentia o olhar dele sobre si, mas não se deixou abalar. Mirou um poste no meio do pátio, achando-o muito interessante.

Os outros dez minutos que passaram sozinhos foram assim, um silêncio sem igual, apenas o ruído das respirações. Faziam de tudo para resistirem à tentação de olharem mais uma vez nos olhos, porque tinha sido algo tão diferente das outras pessoas, que os faziam ter vontade de desvendar esse mistério do tal contato visual. Mas eram orgulhosos por demais, para assumirem isso.

Quando os quinze minutos terminaram, o professor Jim pôs a cabeça para fora da sala e os chamou. Levantaram tão rápido, e ao mesmo tempo, que colidiram. Hermione bufou, e saiu primeiro do transe. Entrou na sala um pouco vermelha, e Draco em seguida, parecendo o rei da universidade.




- Eu não entendo você, Hermione! Francamente - dizia Giselle ao final das aulas. Estavam saindo da sala, os materias nas mãos -, se você o odeia tanto, por que fica toda atortoada quando vocês se cruzam?

- Porque ele me estressa! - explicou Hermione, sincera. Malfoy tinha o incrível poder de estressá-la - Eu não agüento mais!

- É... estou percebendo - disse Giselle rindo.

- ARRE! Ele não larga do meu pé, e mesmo que esteja mais gostoso do que nunca, AINDA é um Malfoy! - irritou-se Hermione, batendo o pé.

Giselle riu.

- Sabe por que ele fica correndo atrás de você? - Hermione fez sinal negativo com a cabeça - Porque ele conseguiu conquistar todas as garotas da universidade, menos a “Granger”, e ele quer porque quer deixar todas babando por ele, Hermione!

- Sério?

- Sério! Mas eu se fosse você, não caía nessa não - alertou Giselle, com um sorriso no rosto - Vamos, eu quero comer biscoitos na sua casa.

As duas riram, e pegaram o caminho para a casa de Hermione. Mas, no meio do percurso, ouviram um grito, as chamando. Alice vinha sorrindo, toda feliz, ao encontro delas.

- Onde vocês vão? - ela perguntou, alegre.

- Estávamos indo pra minha casa - informou Hermione.

- Opa, então estou lá - e agarrou o braço de cada uma, e as puxou. Andava no meio delas, braços enlaçados, como se fosse a principal do grupo - Onde é seu apê?

- Apê?!

- É!

- É aquele lá... - e apontou, desanimada para o prédio. Alice não era aquelas companhias tão desejáveis, mas seria uma falta de educação dizer “não quero sua companhia”, não seria?

A Loira conversava tão animada, que Hermione acabou achando que ela tinha terminado com Alex, já que provavelmente era seu grande sonho. Sorriu com esse pensamento. Pegaram o elevador, em silêncio. Apenas Alice falava que nem uma matraca.

- CALA A BOCA, ALICE! - berrou Giselle, a certa altura, quando estavam servindo o almoço. A amiga calou-se, e ficou assim até o final do almoço, quando finalmente quis ir embora, dizendo que combinara de sair com Alex. Hermione e Giselle deram graças a Deus, sem, é claro, deixar isso transparecer, e fingindo até desapontamento - Praga! - exclamou Giselle, quando Alice bateu a porta.

- Nossa, Gi... você anda muito nervosa - comentou Hermione, lhe dando uma taça de sorvete - Precisa fazer um tratamento para rugas, eu acho.

- Rugas?! Eu estou... eu tenho rugas?!

Hermione riu gostosamente.

- Não, idiota, é para não ficar com elas. Sabia que stress dá ruga, Gi?

- É, sabia... mas é que eu não me controlo! Ela é muito chata!

- E infelizmente, por enquanto, vamos ter que agüentar - penalizou Hermione, enfiando uma colher com uma generosa quantidade da massa do sorvete na boca.

- Sorvete caseiro? - perguntou Giselle, experimentando uma colher do seu.

- É, eu aprendi com a minha mãe.

- Então é sem açúcar? - brincou a amiga, pois sabia que a mãe e o pai de Hermione eram dentistas.

- Não - respondeu, analisando sua taça -, ela me ensinou quando eu saí de Hogwarts e vim morar sozinha.

- Ha! - exclamou Giselle estalando os dedos - Está gelado!

- JUUUUURA? E você esperava o quê?, que fosse quente? - debochou Hermione, rindo com Giselle - Você é muito... sei lá, estranha.

As duas terminaram suas taças de sorvete num clima de animação, e logo depois ligaram o som e ensaiaram alguns passos de dança (para absolutamente nada), fizeram um bolo delicioso de chocolate com nozes, um milk-shake, e acabaram estudando um pouco para as próximas aulas.

- Sabe o que o professor Jim me falou hoje? - lembrou Hermione subitamente, pensativa - Que teria um trabalho que me ajudaria nos “problemas” de reprovação...

- Sério? - perguntou Giselle, interessada - Talvez ele vá nos mandar fazer um seminário... sei lá, uma vez ele comentou que tinha vontade de fazer um trabalho em grupo, que viajassem para outro país, para fazer um relatório sobre como é o tratamento, e as doenças mais freqüentes desse país, sabe?

- É, eu lembro, ele disse no primeiro dia de aula - disse a garota - Seria bem legal, mas sabe como é, bancar a viagem de quarenta alunos não é fácil. Até porque a Wizards não tá nadando em dinheiro, não é?

- Verdade. Totalmente fora de cogitação - disse Giselle - E também, não tem por que viajar, a gente pode encontrar tudo que precisamos em livros, e tudo o mais.

Hermione assentiu, voltando sua atenção aos papéis, fazendo anotações sobre a matéria. Quando foram ver, já eram mais de sete horas, e Giselle acabou ficando para um jantarzinho simples. Comeram um lanche rápido, e logo a outra foi embora, deixando Hermione finalmente sozinha.

A garota suspirou, lavou a louça com mágica, pois estava muito cansada, e caiu na cama. Estava absolutamente feliz pelo professor não ter lhe zerado a prova, por Harry estar super bem com ela, e porque teria até um trabalho extra. Sorriu, e adormeceu.

Nem notou que Harry chegara ao apartamento (ele tinha uma cópia da chave), e deitara ao seu lado. O Moreno também não quis acordá-la, precisava dormir e esquecer o que tinha acontecido. Sentiu uma pontada de remorso ao ver a namorada dormindo tranqüilamente, parecendo um anjo. Estava com uma roupa casual, os cabelos espalhados pelo travesseiro, uma mão debaixo dele e a outra caída ao lado do corpo. Sorriu. Deitou ao seu lado, quase chorando de tanto arrependimento, mas depois conversaria com ela. Adormeceu abraçado à ela, talvez sendo aquela última noite que ele recera acontecer.


O final de semana chegou até rápido demais na opinião de Hermione. Não queria que esses dois dias chegassem de forma alguma, pois sabia que no domingo teria o tão costumeiro almoço na casa dos Weasley, e ela não podia abrir mão de ir. Claro, adorava a família, mas tinha tanta certeza que depois disso Harry ia ficar balançado, que preferia mil vezes não ir. Aproveitou que o sábado não faria nada, para convencer Harry de ir viajar com ela para a França, onde seus pais estavam.

- Harry, o que acha de irmos para a França? - sugeriu Hermione, ao café-da-manhã - Meus pais me mandaram uma carta.

- França, Hermione?! - ele perguntou, surpreso - Você pirou, né?

- Por quê? - rebateu, mordendo seu pedaço de bolo - Podemos aparatar lá em um minuto. A gente volta amanhã, Harry, é só pra ver meus pais.

Era verdade que os pais da garota tinham lhe mandado uma carta, falando que queriam vê-la, mas não tinham dado indícios que ela deveria voltar só no domingo. “Eles vão gostar que eu durma por lá num hotel”, pensou, enquanto Harry também fazia isso.

O Moreno pensava que viajar para agradá-la não seria tão ruim, ficaria um tempo longe da Inglaterra, poderia respirar outros ares e aproveitar um pouco com Hermione. Mas por outro lado, perderia o almoço na casa dos Weasley... e na realidade, não estava a fim de viajar.

- Mione... eu sinceramente não quero viajar - disse Harry, bebendo seu suco - Mas se você quiser, eu vou com você pra França ver seus pais, sim. Às vezes vai ser até bom eu sair um pouco daqui.

- Não... se você não está a fim, não precisa ir, foi só uma idéia - disse Hermione, e depois disso nenhum dos dois disse mais nada.

Acabaram que não foram para a França; Hermione enviou uma carta avisando que Harry não estava muito bem para ir. Sabia que esse final de semana terminaria mal. O sábado não foi dos melhores. Hermione em casa, sozinha, porque Harry ia sair com Rony, sem fazer nada. Lia revistas de moda, estudava um pouco, pensava na vida, mas nada mais interessante.

Harry não voltou mais para o apartamento. Ela também não o esperava; sabia que de vez em quando o namorado lhe dava os canos, mas nem por isso ficou em depressão. Aproveitou a noite para pensar melhor sobre a idéia de comprar uma televisão, e acabou decidindo que iria fazê-lo. Talvez fosse legal ver um filminho nesses dias tediosos, e sem o aparelho trouxa não podia fazer nada. Preparou um macarrão com molho branco, jantou e ficou lendo um livro no seu quarto. Quando o sono bateu, deitou a cabeça no travesseiro, desligou o abajur e adormeceu.




Aquele domingo ia ser péssimo. Hermione já acordou com um mal-humor gigante, xingando meio mundo. Estava descabelada. Parecia uma juba de leão, mas nem ligou. Tomou seu desejado banho, demoradamente. Precisava estar muito forte para o dia que se iniciava, pois não tinha dúvidas de que seria muito pesado para sua cabecinha. Vestiu qualquer roupa, o que incluia uma saia curta, uma meia-calça, camiseta e uma sapatilha básica. Deixou os cabelos secarem enquanto tomava seu café, esperando por Harry. O garoto sempre passava no apartamento para irem juntos à casa dos Weasley, mas ele parecia ter esquecido.

Sentiu os olhos marejarem. Enxugou-os antes que uma lágrima insistente caísse, passou a mão na bolsa e saiu. No meio do caminho, resolveu que não precisava ir. Deu meia-volta, mas antes que chegasse no apartamento, esbarrou com alguém.

- Ah... desculpe - pediu, sorrindo. Mas era Harry - Harry?

- Eu acabei de sair do seu apartamento e você não estava - disse ele, depois de lhe dar um selinho não correspondido.

- Ah, eu achei que você não ia vir - confessou Hermione. Harry riu - O que foi?

- Nada, é que você é muito insegura.

Hermione meramente sorriu, e aparataram, num canto isolado, diretamente para a Toca. Já estava lotada, mesmo que fossem nove da manhã. Carlinhos, Gui e Rony já tinham chegado, com suas namoradas. Fred e Jorge também, conversavam com a mãe. Hermione e Harry cumprimentaram-nos, estranhando serem os únicos com cores de cabelo que não fossem vermelhos, exceto, é claro, as namoradas. Hermione via a hora que Gina chegasse, linda e maravilhosa, arrancando olhares cobiçosos de Harry.

Mas não foi isso que aconteceu. Foi totalmente diferente do que imaginou.




N/A: aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaarre qe eu chegueei na N/A!

puutz’ cap gigaante neeh?
caaramba, nem eu sabia qe ia ter paciencia pra 16 pgs quasee --‘
eeh... tudo beem, a segunda parte do cap tah bem curtinha, qe eu jah tinha escrito a maior parte antes, intão eu sóh postei esse finalzinho mesmo, qe eu ia parar onde eu colokei continuaçãao neh, mas axei mto pequeno e resolvi AAAUMENTAR ;D axo qe me empolgueei!
bom, MUIITOS poucos comentários pra começo de fiic :(( muitoos leitores SUMIRAM, mas de booa :D os qe comentaram akii vale por MILHÕÕES*

vaamos aos comentários:

Glau :D (primeiira a comentar, te amo muiito love ♥)
Gabih Potter Granger!* (sumiu, mas foi a 2ª a comentar, aamo-te)
NaH Potter Malfoy (terceiira a comentar, valeeu, continua akii pliis)
Teresa (obg por estaar aki tmb, teresa ! beeijos :*)
Melissa (aah, mel, se sabe qe eu te adoroo né? :D)
Lily Black. ♥ ×)~ (sexta a comentar?? desconsideero* aheuahuehuae, zueera, te amo subrinhaa)
JuH FeLtoN (vô te deserdaar se vce não att sua fiic! ahuehuahuea, amo vc♥)
Aя†emis Bla¢k (veio passar um link mas seria interessante se comentasse sempre :x)


táa tudo bem qe foram poucas pessoas :x mas tudo bem, eu supero DESSA VEZ qe eu to muitoo boazinha!

já posso adiantar que o prox cap vai teer... Come Clean da Hilary Duff (tem dois L? nunca sei escrever o nome dessa criatura), e vai chaamar... “Tempestade”, OMG, qe tocante ¬¬

desconsiderem meu momento CRAZY*
mas obg pelos comentários e voltem smp!
LaaH Malfoy agradece, e Lily, não fica triste qe eu trokeei a capa não tá? :D eu prometo qe quando vce fizer uma nova (oolha a cobrança) eu posto ela :D te amo subrinha♥

é isso loves, capa nova, GRAAAÇAS a minha queriida JuH FeLtoN, qe hospedou pra mim dessa vez :D te amo tmb JuH, fics andando juntas DE NVOO ♥

bom, eu fico por aqui, me despeço com um beijo, um abraço e um cheeiro :D (eu li isso numa fic, mas num sei qual foi, e ameei ;D ahuehauehuae)

BEEIJOS :*

ps.: eu ainda amo vceiis... e qualquer erro? façam coro: DEPOIS A LAAH CORRIGE! :D
ps2.: flaah mandou um beeijo pra vceis :* quem leu MdP sabe qem ela eeh!

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