Dolores Umbridge



Capítulo XI

Dolores Umbridge

-Francamente Harry, uma atitude inconseqüente!- ralhou Hermione.
-Hermione, a Arken é uma pessoa e não um bloco de pedra.Acontece com qualquer um.-argumentou Rony.
-Mas não com uma cavalheira Jedi.Eles fazem um juramento de dedicação à causa, não podem relacionar-se com ninguém.Arken me contou uma vez que certos cavaleiros já foram expulsos da Ordem Jedi por escolherem casar-se com alguém, a paixão como definem este tipo de amor desvirtua um Jedi do caminho que ele deve seguir.E se o mestre Obi-wan visse?Ela podia ser expulsa!
-Está bem, Mione.Nós entendemos!Mas porque você esperou uma semana para nos contar, cara?
-Eu tinha esperanças de tudo voltar a ser como antes.-explicou Harry sem emoção.
Já fazia uma semana que Arken não aparecia.Mestre Obi-wan continuava suas aulas, porém, raramente comparecia as refeições.Poderia ser uma impressão mas, durante as aulas, Harry notava um olhar desconfiado que o mestre-professor lhe lançava.
Por causa disso não se atreveu a perguntar onde estaria sua aprendiz, sentia muito sua falta com o passar do tempo.O que os garotos desconheciam era que o motivo da ausência de Arken dava-se a uma repentina febre impedindo-a de sair do quarto.Os remédios de Madame Pomfrey mantinham-na fortalecida, contudo, não expulsavam a persistente febre.
-É a primeira vez que minhas poções e ervas medicinais não surtem efeito.
-Será uma azaração, Dumbledore?
-Minhas suspeitas, infelizmente, se confirmando Minerva.Arken está enfrentando uma transformação e seu corpo reage contra.
-Isso só reforça meu pedido para trancar minhas aulas.Com minha Arken assim as condições...
-Eu entendo Obi-wan, além do mais, Fudge foi bastante “direto” ao exigir a vinda desta funcionária do Ministério.

Os alunos da Grifinória e Sonserina migravam após o almoço para as aulas de Defesa Contra as Artes das Trevas.Harry, Rony e Hermione decidiram perguntar sobre Arken no final da aula, porém, a pessoa que entrou na sala usava um laço e vestes cor-de-rosa, baixinha e gordinha com cara de um sapo velho.
-Boa tarde crianças!Meu nome é Dolores Umbridge e serei a nova professora de vocês.Como sabem, o diretor desta escola assumiu uma postura paranóica nesses últimos tempos e o Ministro da Magia em pessoa me pediu para cuidar e verificar de perto o que é ensinado aqui.
-E o professor Kenobi?- perguntou Dino.
-Meu querido, é uma forma de educação levantar a mão antes de perguntar.E, por favor, diga o seu nome.
Dino, com um ar de impaciência, ergueu a mão.A professora então o consentiu.
-O meu nome é Dino Thomas e eu gostaria de saber o que houve com o professor Kenobi.
-São assuntos confidenciais meu querido.O que posso informar é que Obi-wan foi dispensado do cargo de professor porque não tem licensa para ensinar, e os métodos trazem perigo.Imagine só mandar alunos executarem maldições entre si, que insanidade!
-Mas o professor Kenobi ensinava como nos defender dessas maldições, isto não é insano.-protestou Hermione.
-Eu acredito que fui clara quanto ao uso da educação.
Hermione levantou a mão e antes mesmo que Umbridge voltasse a falar, repetiu novamente o que disse.
-O meu nome é Hermione Granger e mestre Kenobi ensinava sobre como devemos nos defender contra as maldições e outros tantos feitiços.
-Estamos numa escola Srta.Granger e não num campo de batalha!Muito bem, acredito que tenho sido clara.Mais alguma pertinência e serei obrigada a descontar os pontos de suas casas.Guardem as varinhas e abram os livros na primeira página.
Fora a aula mais chata já assistida por Harry na vida.Umbridge apontava os riscos de executar um feitiço sendo menor de idade, do Ministério e sua incrível devoção por Fudge e, por vezes, insinuou que Dumbledore se tratava de um louco que queria alarmar a comunidade bruxa sem necessidade.Durante a noite somente os alunos mais jovens conversavam, os do quinto e sétimos anos estudavam para os N.O.M´s (Níveis Ordinários em Magia) destinado ao quinto ano e N.I.E.M´s (Níveis Incrivelmente Exaustivos em Magia) para o sétimo ano.
Fred e Jorge Wesley, os brincalhões de Hogwarts, eram vistos sentados nas poltronas com livros, cardenetas e pergaminhos.Harry caiu na cama parecendo que achataram e comprimiram o seu cérebro.Logo adormeceu profundamente e se viu num jardim, o mesmo que sonhara outrora.
-Como vai, Harry? Quanto tempo desde a última vez que nos encontramos.-disse uma voz feminina.
Gullveig, a bruxa que aparecia nos sonhos dele estava sentada no balanço adornado de lírios com um vestido branco e os cachos soltos.
-Eu sei que você já sabe quem eu sou.-continuou, sua voz doce e gentil-Eu vejo tudo através deste espelho.
E apontou para um imenso vaso esculpido na pedra.Harry, um tanto receoso, olhou para a água cristalina contida no vaso encarando o seu próprio rosto.Imagens começaram a se formarem; viu Arken, mas não a garota amável que conhecia e sim alguém de sorriso cruel, provocando o sofrimento; a água embassou e rodopiou mostrando Obi-wan lutando com um homem de máscara e este vencia lançando-lhe um golpe de sabre no peito do mestre; comensais da morte lançando maldições e atacando os trouxas e bruxos aliados, como por exemplo, a família Wesley que se escondia, fugindo dos ataques.
Gullveig tocou na água com uma das mãos e ela voltara à forma cristalina.
-O que isso significa?- perguntou Harry assustado.
-Nunca confie em oráculos, o que eles mostram podem ser cenas do passado, presente ou futuro, ou simplesmente medos e desejos.
-Eu vi a Arken diferente, depois Obi-wan sendo assassinado e os comensais atacando pessoas, inclusive a família do meu amigo Rony.
-Ela assumirá essa forma caso o mal triunfe.Por esse motivo o trouxe aqui, preciso de sua ajuda.
-Você é uma bruxa poderosa, pelo menos como a descrevem nos livros.Porque precisa tanto de mim?
-Sou apenas uma pessoa com dons, assim como você e outros tantos bruxos.Consagraram-me poderosa, ou deusa porque não entendiam.
Gullveig olhava tristemente para Harry, sua beleza idêntica a de Arken.
“Eu me casei para salvar a minha família da miséria, séculos atrás.Naquela época, sendo tão jovem, desconhecia os meus dons e todos os que eram diferentes morriam na fogueira.Casei com um homem mais velho, arrogante e violento que cobrara ao pai o meu corpo senão quisesse perder as terras e morrer de fome, não tive escolha.Os meus dias eram infelizes e sem esperanças, então descobri a magia e me fortaleci com ela.Tive três filhos com meu marido, o mais velho recebeu os dons da magia assim como eu, porém, meu marido condenava qualquer tipo de arte ligada ao ocultismo e a considerava artes das trevas e meu filho recusou-se a negar sua natureza.Foi deserdado e banido de nossa casa.
Fenri Lobo jurou voltar e se vingar.Alguns anos se passaram e me apaixonei por um empregado do meu marido.Ele cuidava dos estábulos e todas as noites enquanto meu marido dormia, nos amávamos lá.Eu engravidei.Meu marido pensava que o filho era dele, eu lhe respondi que não.Jamais o vi tão furioso; quis me matar, mas a magia me protegeu de sua fúria.
Nada contei sobre a identidade do pai verdadeiro, quando fui expulsa escondi-me na casa do meu amado e ele continuou a trabalhar nos estábulos.Meses depois tive o meu bebê, um menino e durante o parto previ a morte de meu marido e meus filhos por Fenri Lobo.Pedi ao meu amante que levasse no nosso bebê embora, para longe.”
“Eu não consegui salvá-los.Fenri Lobo voltara mais poderoso com magias trevosas que jamais imaginei existirem, eliminou sua própria família com um feitiço que criara: Avada Kedavra.Iniciou a guerra entre nós dois, nesse tempo o povo da aldeia descobriu meus poderes e por três vezes fui jogada na fogueira, mostrei a todos de como era inútil tentar aniquilar-me.E fugi, pela segunda vez, para um lugar que ninguém me encontrasse nem mesmo meu amado porque meu filho saberia e com isso os mataria também.
Fenri Lobo ensinou sua arte a um aprendiz, Palpatine, que numa noite o eliminou com a magia negra que aprendeu de seu mestre.Eu, mais uma vez, previ meu filho perecer e quando Palpatine veio até mim tive minha última visão: a de uma escolhida capaz de derrotar as sombras que meu filho construíra, transferi todos os meus poderes para o futuro, para o dia em que ela nascesse e somente poderei descansar quando ela derrotar o senhor das sombras”.
-Palpatine a matou?
-Sim e não.Palpine lançou o feitiço que aprendera, o Avada Kedavra.Tirou-me o corpo mas nunca levou minha alma.Sou uma andarilha sem rumo, repousei-me então neste lindo lugar.Esperando pelo dia de derrotar Palpatine e prosseguir para juntos daqueles a quem amo e que se foram.Esperando por Arken.
-Por isso ele está atrás dela?Para matá-la antes que use os seus poderes contra ele?
-Todo poder traz o seu ego maligno.Raiva, ódio e medo, juntos, podem criar um lado negro. Uma energia maligna com vida.Palpatine quer acordar esta energia e dominar Arken através dela trazendo-a para as trevas.
-Voldemort matou os meus pais com Avada Kedavra.
-Na época em que era Tom Riddle, Voldemort conheceu Palpatine e aprendeu todas as artes que usa para dominar o mundo bruxo.
-Arken precisa saber.
-Ela sabe.Eu a trouxe pouco antes de você, desperte e vá ao encontro dela.
Gullveig o beijou na testa e Harry acordou.

Compartilhe!

anúncio

Comentários (0)

Não há comentários. Seja o primeiro!
Você precisa estar logado para comentar. Faça Login.