Intoxicada
Lenta e sinuosamente, a víbora venenosa deslizou por meu antebraço, deixando um rastro gélido de êxtase. Finalmente Ele me chamava, sua “Bella”, como eu sou e sempre serei.
Sussurrante é a voz que sibila vilanias em meu ouvido.
Os dedos pálidos e gelados apertam o meu rosto, e luxurioso é o sorriso que retorce os meus lábios.
A língua, sorrateira e imperiosa, encontra a minha.
Dócil, como só o mestre conhece, eu me entrego totalmente e sinto as ondas de Magia Negra dele reverberando em mim.
Profundamente.
E então encontro a alegria suprema.
A serpente é intoxicada pelo próprio veneno.
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