E o Fim da História



8 – E o fim da História



Rony presenciou a mesma bruxa, que em poucas "páginas" atrás havia aplicado a maldição. Segundo um decreto do rei, todas as rocas de fiar haviam sido destruídas desde aquela cena e Rony até ficou curioso para saber como tudo ia terminar.

Hermione caminhava alegre e radiante pelo castelo, ainda segurando a rosa que Rony lhe dera, o que o fez sentir-se muito bem. De repente, ela pareceu ouvir algum tipo de som vindo de uma das torres. Subiu até o topo, entrando no único aposento da torre e encontrou uma velha cerzindo em uma máquina que ela desconhecia.

Depois de convencer Mione a ajudá-la, a velha conseguiu que a "princesa" espetasse o dedo na roca, fazendo com que ela caísse no chão desacordada. A velha, então, transformou-se na mesma bruxa que lançara a maldição, soltando a mesma risada estridente e irritante.

Rony ficou um pouco preocupado com Mione. Apesar do que Harry falara sobre os mínimos riscos que se corria dentro do livro, ele não se sentia à vontade. Mas como a única solução era aguardar, assim o fez. E acompanhou quando todos do castelo também caíam em um sono profundo, além da bruxa colocar um dragão à porta da torre ("ah! Então o dragão fica ali!" - pensou Rony) para impedir qualquer príncipe de se aproximar.

Então, a cena mudou novamente e Rony se viu em frente à entrada do castelo, com uma espada em punho, prestes a lutar com o dragão.

– Bem... Agora é a minha deixa... – disse ele engolindo em seco e seguindo adiante.

E toda a mágica maravilhosa que envolve quaisquer lutas entre bem e mal nos contos de fadas dominou toda a aparência do momento. Era como se o céu sangrasse e as arvores estivessem gritando por água. O dragão se aproximou e Rony foi dominado como se pela maldição Impérius e se viu fazendo coisas que nem ao menos imaginava conseguir antes.

Por fim, a batalha se encerrou... A bruxa estava morta e o dragão jorrava sangue pelo chão. O ruivo observou aquela cena com nojo e imaginou que partes como aquelas não deveriam ser contadas às crianças. Atravessou o castelo e seguiu para o quarto onde a princesa possivelmente dormia...

Sua respiração era ofegante e seu rosto oscilava entre se aproximar ou recuar, mas seu racional falou mais alto e seu coração gritou de alegria e animação por isso. Seus lábios se entreabriram em meio a um suspiro e tocaram de leve os da moça que dormia de forma profunda e angelical sobre a cama de cortinas transparentes. O gosto de mel invadiu sua boca, e mesmo que quisesse manter aquele beijo por mais tempo, afastou-se um instante para ver se aquilo havia surtido algum efeito.








Por um momento, Rony se sentiu um idiota por beijar uma garota enquanto ela dormia e ao mesmo tempo estava preocupado, porque Hermione não acordava.

Demorou alguns minutos até que finalmente começasse a se mexer. Movimentou primeiro as mãos e depois abriu os olhos lentamente. Rony se aproximou novamente da cama para poder vê-la melhor.

Hermione abriu os olhos, encontrando os de Rony. Sorriu ao vê-lo.

Rony não sabia o que mais ele tinha que fazer. Pensou que com o beijo a estória teria fim, mas foi Mione quem falou primeiro:

– Rony... Que bom que você está bem.

– Mione? Você recuperou a memória?

– Sim, mas eu lembro o que aconteceu quando eu entrei nessa estória. – respondeu ela se levantando da cama – Me sinto uma tonta por ter corrido de você no lago...

Rony se aproximou dela e tocou levemente seu rosto.

– Mione... Toda essa confusão...

– Foi culpa minha – interrompeu ela – Eu não devia ter corrido de você naquele dia...

– Por que você fugiu? – perguntou Rony preocupado – Você... você não gosta de mim?

– Claro que gosto! – exclamou ela segurando a mão dele e corando muito – Eu gosto, mas eu fiquei sem graça... Eu tomei uma poção da coragem para falar com você, mas ela perdeu o efeito bem na hora...

Rony sorriu e abraçou Mione.

– Agora você não vai mais fugir de mim...

Dizendo isso, aproximou seus lábios do dela num beijo quente e terno. Uma luz os envolveu e eles foram sugados por ela. Estavam a caminho de Hogwarts novamente.

Os dois estavam tão concentrados em observar um ao outro que nem ao menos notaram a mudança do cenário ao seu redor. Os sorrisos eram doces e ninguém se arriscava a dizer nada.

– Que bom que estão a salvo! – gritou Gina quebrando o silêncio

Hermione virou-se para abraçar a amiga, enquanto Rony trocava um olhar cúmplice e denunciador com Harry.

– Estava preocupada que meu irmão fizesse tudo errado – brincou a ruiva gargalhando.

– Eu diria que ele se saiu melhor do que o esperado, Gina – respondeu olhando para o menino que começava a corar – Muito melhor!

– Pelo visto vocês se entenderam! – exclamou Harry feliz.

– Não graças as suas interferências... – disse Hermione.

– Ah, Mione... Eu ajudei... – Harry ficou sem jeito. Gina lançou um olhar de censura para o namorado e Hermione falou:

– Ah, é! Você ajudou mesmo! Ficamos presos num livro, passamos por várias estórias por este estar rasgado e eu ainda fiquei presa dentro de um conto infantil e sem memória!

– Ah, Mione... – começou Rony com o livro nas mãos. – Mas nós devíamos agradecer ao Harry, não acha?

Hermione olhou o livro nas mãos de Rony e sorriu.

– Concordo plenamente com você, Rony.

Harry pressentiu o perigo e pegou Gina pela mão.

– Gina, vamos correr depressa antes que eles nos joguem dentro do livro!!!

Os dois saíram correndo, seguidos por Rony e Mione, que tinham suas varinhas na mão.

Apesar de toda a confusão, estavam felizes por finalmente estarem juntos. Harry e Gina também estavam felizes, Harry mais ainda, pelo seu plano maluco ter dado certo e por ter ajudado seus melhores amigos.



FIM!

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