Segredo de Esmeraldas



Disclaimer: Nada disso me pertence, Harry Potter e seus caracteres pertencem a J.K. Rowling.

Segredo de Esmeraldas

Noite. Uma noite fria em pleno verão britânico. Fazia muito tempo que Harry Potter não apreciava o céu. “Mas que é que isso tem haver?” pensou Harry.

A resposta era muito óbvia. Fazia dois meses desde o dia em que Harry olhara para o céu e sentiu que uma coisa estava diferente.Parecia que ele estava vendo dois pontos brilhantes esverdeados. O que seriam? Ninguém sabia. Até ele... ou será que não?

Harry sentira, desde o momento que passara a contemplar o céu, um sentimento que nunca havia sentido no lugar em que estava: amor. Estava se sentindo amado como nunca sentira, não era o mesmo amor que a Sra. Weasley tinha por ele... era amor de mãe por seu filho...

Harry não viu uma pessoa com um capuz entrar no número 4 da Rua dos Alfeneiros. Estava pensando nos pontos verdes... Se sentia familiarizado com eles...

Logo depois o menino ouviu dois toques na porta. Harry pegou sua varinha e foi lentamente para porta.

“Certamente não é um comensal” acalmou-se Harry.

Abriu a porta. Harry ficou parado olhando para a estranha figura em sua frente. Estava esperando uma reação dela, até porque se a pessoa queria falar com ele, ela deveria dar o primeiro passo como dizendo quem era. No entanto ele sabia que a pessoa não o machucaria. Harry estava começando a ficar impaciente.

“Porque essa pessoa entraria na minha casa só pra ficar olhando para mim?”

A pessoa parecia que tinha lido seus pensamentos, pois logo falou:

- Faz muito tempo que não vejo esses seus olhos tão verdes...

Harry ficou aturdido, o que significaria aquilo?

- Quem é você? – perguntou Harry.

A pessoa não respondeu. Harry já ia perguntar de novo quando ela abaixou o capuz. Era uma mulher. Parecia estar com seus 21 anos, era linda e com rosto angelical, com cabelos longos acaju e brilhantes olhos verde esmeralda.

Harry deixou cair sua varinha. Sabia quem era, nunca tinha esquecido seu perfume. Lírios. Nunca esquecera daqueles olhos, verdes como os seus, duas esmeraldas.

Lágrimas. Harry não pôde contê-las. Sabia que ela não era uma comensal, era sua mãe... A pessoa que sempre sonhara estar ali para lhe dar amor. Amor, uma coisa que tanto lhe havia faltado desde 31 de outubro de 1981...

Lily olhava para seu filho através de seus olhos verdes, que emanavam toda magia e amor possível. Harry fazia o mesmo.

E sem esperar, Harry viu sua mãe o abraçar. Harry retribuiu. Ficaram um bom tempo ali até que Lily falou, com lágrimas nos olhos:

- Meu menino, como você cresceu, está quase um homem.... e, é claro, tão parecido com James...

- Mas tenho seus olhos... mãe. – replicou Harry.

Lily riu:

- Eles são a nossa ligação, Harry... são o nosso segredo, são por eles onde você pode me ver, além de seu coração...

Harry sorriu compreendendo. E logo depois diz:

- Será nosso segredo, não contarei a ninguém...

-Sim, eu sei que não. – Lily confirmou – Mas lembre-se Harry, é neles que você irá achar um meio de lembrar de sempre ascender a luz, mesmo nas horas mais sombrias.

Harry assentiu e, logo depois de um tempo, disse:

-Você vai embora, não vai? Não vai voltar.

-Vou Harry, mas talvez não queira dizer que nunca mais nos veremos...– disse Lily com um olhar sábio.

- Nunca se esqueça do quanto eu e seu pai te amamos, meu filho...

Então, Harry reparou que sua mãe se afastava, mas não quebrou o contato visual com ela. Ele sabia de como importante era aquele contato, contato de esmeraldas. Uma luz irradiou de Lily, e Harry percebeu que ela tinha ido.

Naquele momento, Harry Potter acorda de súbito. Tinha dormido contemplando o céu. Ele se lembrava do sonho que teve, com sua mãe... porém seu perfume ainda continuava no ar, como se ela realmente estivesse ali. Mas Harry temia, temia que nunca mais a veria de novo, que tivesse sido somente um sonho...

No entanto, Harry notou uma coisa no chão de seu quarto. Era uma flor, mas não era uma flor qualquer. Era um lírio branco.

Harry sem hesitar, mas ainda temeroso, pegou o lírio. Parecia que o lírio sabia de seu medo pois, do nada, uma voz falou em sua mente:

‘Ora, o último inimigo que há de ser aniquilado é a morte.’

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