Capitulo 5







Rony saiu com Liz aquela noite. Hermione ficou em casa; a dor de cabeça ainda a incomodava. Estava deitada na cama quando decidiu ler alguma coisa. Olhou a gaveta da mesa de cabeceira de Rony. Duvidava muito que pudesse encontrar um livro ali, mas não custava olhar. Ao invés de um livro, encontrou um álbum de fotos.
Na primeira página pôde ver Liz recém nascida, os cabelos ainda fininhos, porém em um ruivo intenso. Ela estava tão pequena e frágil; Rony tinha batido aquela foto ainda no hospital.
‘Olhou o relógio pela quinta vez. Por mais que estivesse com sono não conseguia dormir. Nenhuma posição parecia ser confortável. Olhou para Rony que dormia serenamente ao seu lado. Fechou os olhos, mas sentiu uma pequena pontada na barriga. Achou aquilo estranho, pois ainda faltavam quatro semanas. Sentiu uma forte contração. Definitivamente, aquilo não era normal.
- Rony...
-Uh?
-Acorda, Rony, o bebê...
- O quê, Mione? Está com vontade de alguma coisa? - perguntou meio sonolento.
-Não. Acho que o bebê vai nascer.
-O quê!? – aquelas palavras o fizeram levantar em um pulo – Mas ainda não é a hora, o curandeiro disse que seria daqui a quatro semanas.
- Algo não está certo, Rony. Ai , está doendo...
- Fique calma. - o nervosismo dele era visível, mas a ajudou a levantar – Vai dar tudo certo, vou te levar para o hospital.’

Aquela tinha sido uma noite difícil. Rony a levou para o hospital; Liz nascera com oito meses em um parto complicado. Ele tinha se mantido ao seu lado durante todo o parto, segurando sua mão. Em alguns momentos chegou a achar que Rony desmaiaria de tão pálido e nervoso que estava. Saber que ele estava ali tinha sido um grande conforto. Os curandeiros tentaram impedi-lo de entrar na sala de parto, mas ele fez um escândalo.
“Acordou e viu a claridade do dia entrando pela janela. A primeira coisa que viu foi Rony sentado em um pequeno sofá ao lado da cama.
-Hei, você já acordou! Achei que dormiria até mais tarde. – ele disse com um sorriso fraco – Você deve estar cansada.
-Onde está nosso bebê, Rony?
- No berçário. Estão cuidando dela. O curandeiro disse que ela não poderá ficar aqui no quarto ainda.
Sentiu as lágrimas descerem pelo seu rosto.
- Eu não sei o que aconteceu, Rony.
-Ela vai ficar bem, Mione.”

Ele estava certo. Apesar de ter passado dois dias sob a luz de um feitiço no berçário, Liz se recuperou muito bem. Lembrava-se perfeitamente daqueles dois dias. Era angustiante ver a filha por um vidro sem poder tocá-la. Rony ficou o tempo todo lá com elas. As enfermeiras tinham lhe dito que ele passava quase a noite toda olhando a pequena pelo vidro.
“- Ela é tão linda. – não conseguia conter as lágrimas ao segurar a filha pela primeira vez - Ela é a sua cara, Rony...
- Eu acho que ela terá muito de você.
- Ela precisa de um nome, Rony. Ficamos tão preocupados esses dias que acabamos esquecendo disso.
- Verdade. O que você sugere?
- Não sei, eu sempre gostei de Elizabeth.
- Elizabeth Weasley. Soa forte assim como ela é. Gostei. E você, Liz? O que achou do nome que a mamãe escolheu para você?”


Continuou olhando a álbum, que só tinha fotos da filha. Algumas que ela nunca tinha visto, tiradas após a separação. Quando eles chegaram, ela resolveu fingir que dormia, já que pelo horário e o silêncio, Liz provavelmente chegara dormindo.
No dia seguinte, os três foram para um almoço na Toca. Nada havia mudado. O mesmo ar acolhedor... Não pôde deixar de sorrir. A casa estava cheia, do jeito que Molly e Arthur gostavam. Os netos correndo de um lado para o outro, os filhos todos reunidos; era sempre assim em pelo menos um dos domingos do mês. Hermione foi muito bem recebida e Liz muito bajulada pelos tios e avós, antes de se juntar aos primos.
Hermione se sentiu mal por não dizer o verdadeiro motivo de sua volta para aquela família que sempre a tratou tão bem e da qual um dia fizera parte. Se sentiu mais mal ainda por ter ficado tanto tempo longe dali. Enquanto ajudava na cozinha, viu pela janela Rony com os irmãos e Harry arrumando a mesa no jardim. Os gêmeos contando piadas e fazendo suas brincadeiras; tudo continuava como sempre.
- Hermione, porque não usa a varinha para cortar isso? – Angelina falou quando a viu cortando alguns legumes sem varinha.
- Eh, eu esqueci minha varinha na casa... em casa. – tentou ser o mais sincera possível. Não podia dizer que deixara de usar sua varinha há quase um ano.
- Eu te ajudo, então. – disse sorrindo e com um movimento da varinha fez a faca começar a cortar, sozinha, os legumes.
Pouco tempo depois, o almoço foi servido e aprovado por todos. Os homens ficaram encarregados da louça e da arrumação da cozinha enquanto as mulheres conversavam. Não conseguiu prestar muita atenção na conversa, então, discretamente, foi andar um pouco.
Caminhou pelo jardim por um tempo e então se afastou um pouco da propriedade. Sentou-se na grama embaixo de uma das árvores. Aquele era seu lugar favorito. Aquela era a árvore deles. Tocou nos duas iniciais desenhados no tronco.
“Estava deitada no colo dele. Sempre que conseguiam, iam até ali. Era quase um costume, que vinha ficando mais e mais raro com o tempo. Ambos andam muito ocupados: ele com o curso de aurores e o trabalho na loja dos gêmeos, e ela com o trabalho no Ministério.
- Faz tempo que não vínhamos aqui.
- Tem razão. As coisas andam meio corridas, não é? – ele suspirou – Queria passar mais tempo com você.
- Eu também, mas o que importa é que estamos aqui agora.
- Esse sempre será nosso refúgio, Mione, sempre será nosso lugar e essa sempre será nossa árvore.
-Então vamos oficializar nossa árvore. – pegou a varinha e com ela escreveu duas letras – Nossas iniciais ficarão aqui para sempre.
- E eu vou te amar para sempre. – disse de joelhos – Você me ama?
- Claro que sim, Rony.
- Então casa comigo?
Por um momento, não soube o que dizer. Não podia acreditar. Podia notar o nervosismo nos olhos dele.
- Caso.
Ele a abraçou forte e a beijou.
- Eu te amo muito, Mione. E isso é para você. – tirou do bolso um anel de prata com um pequeno coração gravado – Ele é simples, mas... Eu queria poder te dar algo melhor e mais valioso...
- Ele é lindo! Eu te amo, Rony.”


Ela não havia mentido para ele naquele dia. O anel era, sem dúvida, lindo e ela o usara durante os anos que se seguiram, sem nunca tirá-lo do dedo. Foi só depois do casamento que ela o guardou. Tinha planos de dá-lo a Liz quando ela completasse a maioridade.
“A Toca estava mais cheia do que o normal. Molly andava de um lado para o outro dando ordens aos filhos ou a quem quer que fosse. Estava olhando pela janela do quarto de Gina o movimento no jardim. As tendas colocadas impediam a visão de algumas partes. Apreciou a movimentação de vários bruxos ao longe.
- Mamãe já devia estar acostumada com casamentos. – Gina comentou enquanto ouvia a mãe mandar Carlinhos para o jardim para ajudar a receber os convidados – Afinal, ela já organizou quatro.
Não pôde deixar de sorrir. A Sra. Weasley, mesmo durante a guerra, fizera o casamento de Gui. Quando a guerra acabou, foi a vez de Carlinhos. Alguns anos depois foi a vez de Gina e, no ano anterior, Fred e Jorge deixaram a matriarca Weasley louca com um casamento duplo. Apenas Percy não casou na Toca.
- Hermione, querida, você ainda não terminou de se arrumar? Merlin, tudo está atrasado! Vick se nega a colocar o vestido e Remo e Ninfadora ainda não chegaram com o Ted.
- Estamos aqui. - Dora disse da porta - Podemos entrar?
- Merlin, que bom que vocês chegaram.
- Desculpem o atraso, – disse enquanto entrava no pequeno quarto junto com um garotinho com cabelos e olhos castanhos, vestido a rigor com cara emburrada – mas foi um pouco difícil convencer o Ted a mudar a cor dos cabelos. Ele queria usá-los roxo.
- Papai não deixou, tia Mione. Disse que eu não poderia levar as alianças assim.
- Oh, – ela abaixou perto dele – durante a festa você poderá usá-los como quiser, ok? – ele deu um enorme sorriso.
- Mãe, a Vick já esta pronta. – ouviram Gui gritar do andar de cima.
- Ótimo! Hermione, querida, termine de se arrumar. Seu pai já está esperando por você lá embaixo. Mas não desça ainda, Rony está na sala também.
- Mamãe, calma. Vai dar tudo certo, sim? – Gina, que até então estava sentada ao lado da mãe de Hermione, se levantou com sua barriga de seis meses – A Hermione já esta praticamente pronta, então vamos deixá-la terminar de se aprontar, mamãe. Você deveria estar indo para o jardim com Rony e o papai. Gui e Fleur também podem ir. Ted e Vick desçam e esperem comportados na sala. Dora, você fica de olho neles, por favor? Eu vou encontrar com o Harry. Vamos, gente!
Sorriu para Gina em agradecimento. Em poucos minutos viu a casa silenciosa. Olhou para a mãe, calçou os sapatos e colocou a tiara.
- Você esta linda, querida.
- Obrigada, mamãe.”


Lembrava-se perfeitamente daquele dia. Tudo estava corrido. O nervosismo que sentia era enorme, mas tudo passou quando ela o viu.

“O pai a conduzia pelo belo tapete vermelho colocado no jardim. Vários conhecidos a olhavam, mas ela só tinha olhos para ele. Logo à frente, Rony estava lindo e com um sorriso radiante. Ao seu lado, Harry sorria juntamente com Gina, ambos padrinhos da noiva. Gui e Fleur eram os padrinhos do noivo. Viu Ted e Vick chegarem ao altar pouco ante dela e ficarem ao lado de Rony, que foi recebê-la.
O pai entregou –lhe, mas não sem antes depositar um beijo em sua testa. A cerimônia foi linda e assim que sentiu a aliança ser colocada em seu dedo se sentiu especial. Agora era uma Weasley de verdade.
A festa também tinha sido bem animada. Muitos conhecidos compareceram para desejar felicidade aos noivos. Harry fez um lindo discurso, mas Gui foi mais rápido; poucas palavras, mas que não deixaram de ser bonitas. Aquele tinha sido um dia perfeito.”


- Sabia que estaria aqui. – a voz de Rony a fez abrir os olhos rapidamente.
- Aconteceu alguma coisa? – perguntou o mais séria que conseguiu.
- Não, apenas senti sua falta. – ele se sentou ao lado dela – Se lembra do dia em que colocou nossas iniciais aqui?
- Não. – tentou ser o mais convincente possível, mas notou que não havia conseguido quando ele deu um pequeno sorriso. Aquela proximidade a deixava nervosa.
- Eu me lembro bem, foi no dia em que pedi você em casamento.
- Eu vou voltar para a Toca, Liz deve estar aprontado alguma. – disse levantando. Ele foi mais rápido e bloqueou o caminho dela.
- Por que você foge de mim, Mione?
- Eu não estou fugindo, Rony. Eu já ia voltar.
- Não, não ia. Eu sei que você se lembra de cada momento que passamos aqui, assim como eu. Eu sei que você ainda não me esqueceu, seus olhos me dizem isso. – aproximou-se lentamente e a beijou. Por um minuto, tentou impedi-lo, mas deixou-se levar por aquela sensação única que apenas ele conseguia proporcionar. As imagens de Suzan na festa a fizeram empurrá-lo.
- Nunca mais faça isso, Ronald! – dizendo isso, voltou para a Toca o mais rápido que pôde.
Na manhã seguinte, ao acordar, ela se deixou ficar um bom tempo na cama. Vários minutos se passaram antes dela se lembrar de Edna. Quando isso aconteceu, ela se sentou na cama com um pulo.
Edna Carter era a meia irmã de Nicholas, filha do segundo casamento da mãe de Nicholas. Era uma mulher bem simples. Nicholas herdara toda sua grande fortuna do pai. Apesar da simplicidade, Edna conseguia ser bem indigesta quando queria, pelo menos com ela. Com Rony, Edna era um doce de senhora. Tratava-o como um filho ou talvez como um neto. Muito apegada ao irmão, quando soube que Rony o ajudara simplesmente quis conhecê-lo e ambos se deram muito bem. Edna morava no interior e sempre que vinha ver o irmão, via Rony.
Edna nunca fora com sua cara desde o momento que a viu pela primeira vez. O que ela não sabia era se essa implicância ocorria pelo tratamento que Nicholas tinha com ela ou se ela realmente achava que ela não era a mulher certa pra Rony. Com certeza, aqueles dias seriam cansativos. Mas tinha um assunto que precisava de solução imediata: onde Edna dormiria? E o mais importante: por que ela resolveu visitá-los?
Obviamente, não teria como responder a segunda pergunta. Quanto às acomodações, Edna usaria o quarto de hóspede, mas e Rony? Ele poderia usar o sofá do pequeno escritório no andar de baixo.
Enquanto pensava no problema, ouviu um barulho na andar de baixo que indicava que Edna havia chegado. Depois de vestir-se depressa, desceu as escadas e a encontrou sentada na sala de estar tomando um chá.
- Olá. – ela cumprimentou com um sorriso.
- Olá, Hermione. – Edna respondeu sem ao menos sorrir.
- Fique à vontade, vou pedir ao Trup para subir suas coisas. – disse o mais casual possível.
- Oh sim, claro. Eu fico agradecida.
A última vez que viu, Edna foi no funeral de Nicholas. Como adorava o irmão, sua morte a abatera muito, pois não tinha nenhum outro parente. Enquanto Rony resolvia os problemas, ela permitiu que Hermione a confortasse na ocasião. No entanto, ela parecia ter voltado a ser tão indiferente como sempre.
Liz logo apareceu correndo. Apesar de não ter aula, tinha acordado bem cedo pra tomar café com o pai. Ao ver a “tia” ela parou, porém Edna estendeu os braços e a menina foi até ela par dar um abraço.
- Ela me parece muito magra, ela tem comido direito?
- É claro.
- Ela está linda, apesar disso. A cara do pai com esses lindos olhos azuis.
- Papai diz que eu tenho muito da mamãe. – a pequena disse.
- Nem tanto, mas algumas coisas são inevitáveis. – disse forçando um sorriso.
Hermione estava se contendo para não dar uma resposta mal educada, mas Trup apareceu com uma bandeja com mais chá e alguns biscoitos.
Edna avisou secamente ao elfo que a lareira precisava ser limpa, no entanto, era óbvio que ela tinha algo para falar que não podia ser dito na frente de Liz. Quanto antes ela dissesse o que queria, melhor para todos.
Hermione fez um discreto sinal para o elfo que levou Liz para o andar de cima.
- Então, você está de volta.
- Estou. Você já sabia disso, não é?
- Sim. Entretanto, não foi Rony que me contou. Não vou fingir. Eu nunca achei que você fosse a pessoa certa para Rony. Ele é um grande homem, merecia uma grande mulher. Mas ele pensa diferente.
- Pensa? – estava contendo sua raiva.
- Oh sim. Acho que deve ser pela amizade que vocês cultivavam em Hogwarts. Mas isso não vem ao caso. A questão é que essa situação vai acabar em breve.
Os dedos de Hermione apertaram tanto a asa da xícara que, por um minuto, ela achou que poderia quebrá-la. “Acalme-se”, disse a si mesma.
- Foi Rony que disse isso a você?
- Não sou idiota. Você esteve longe por um ano, não é muito difícil chegar a essa conclusão.
- Estou de volta agora.
- Por seis meses.
Aquilo era quase que um replay da conversa que teve com Suzan. Estava cada vez mais difícil manter a raiva sob controle.
- Então, você e Rony estiveram falando sobre mim?
- Para ser sincera, ele se recusou a responder minhas perguntas.
Uma ponta de felicidade surgiu no peito de Hermione. Será que Rony era mais leal do que estava imaginando?
- É óbvio que, apesar do incrível respeito que tem por mim, Rony não me aceita como confidente. Mas sei que está de volta por seis meses por que li o testamento de meu irmão várias vezes. Afinal, sou uma beneficiária.
Tinha sido ingênua ao não pensar nessa possibilidade.
- Então você conhece a cláusula que Nicholas colocou sobre a herança de Liz?
- Claro que eu conheço as condições, só não consigo imaginar o porquê de ele ter feito isso.
- Aparentemente, Nicholas queria que Rony e eu nos reconciliássemos. – Hermione disse em voz baixa.
- Se ele tivesse me dito, eu lhe diria que isso não iria funcionar. Se ele queria mesmo deixar algo para Liz, bastava incluí-la no testamento e pronto. Esse plano não faz o menor sentido.
O mais irônico era que, dentre todas as pessoas, Edna era a que pensava mais parecido com Hermione.
- Ele devia ter suas razões.
- Claro, meu irmão a adorava. Como a uma filha.
Então Edna tinha ciúmes.
- Edna... Eu nunca... – mas a outra não lhe deu atenção e continuou a falar.
- Meu irmão ficou muito triste quando você foi embora. Ele sempre manteve a esperança de que você voltaria. Rony nunca falou nada sobre o motivo de você ter ido embora. Não que fosse obrigação dele. Você foi embora afastando Liz de todos, privando-a de certas coisas e deixando Rony apenas com as visitinhas que ele fazia a Liz.
- Você não sabe o que está falando.
- Eu não sei? Sei de uma coisa, Hermione, você só voltou para garantir o dinheiro que sua filha vai herdar. Conhecendo você como eu conheço, sei que você vai embora assim que os seis meses acabarem deixando Rony tendo que ver a filha quando der e perdendo grandes momentos da vida dela. Posso apostar que você e Rony nem ao menos estão dormindo juntos.
- Nossos assuntos particulares não dizem respeito a você.
- Errado. Rony não pode mudar as condições do testamento e não é ele que vai decidir se Liz receberá ou não a herança.
- O Sr. Manson...
- Exato. E se eu disser a ele que você e Rony estão simulando uma farsa, Liz não receberá nada.
- Em outras palavras, você veio nos espionar.
- Entenda como quiser.
- Por que está fazendo isso, Edna?
- Faço isso pelo meu irmão. – os olhos dela faiscavam – Eu o amava e detesto ver as pessoas fazendo a vontade dele parecer uma tolice.
Era estranho, mas fazia sentido. Apesar dos defeitos, sua lealdade ao irmão estava acima de tudo.

Dizer que Rony não ficou espantado ao ver suas coisas no quarto principal era mentira.
- Eu não fazia a mínima idéia de que isso poderia acontecer.
- Não alimente esperanças, Rony. Lembre que Edna está aqui.
- Droga, esqueci que ela viria.
- Eu coloquei Edna no quarto de hóspedes e vou deixar bem claro que esse é o único motivo para você estar nesse quarto.
A alegria que ele tinha desde o momento que entrou no quarto se desfez.
- Por que não pensou em me colocar no sofá do escritório ou até mesmo na sala? Seria muito mais fácil controlar meus hormônios.
- Posso lhe garantir que pensei nisso, as Edna está aqui para nos espionar. – ela o informou.
- Ora, não seja ridícula, Hermione.
- É verdade. Ela não acredita que nossa tentativa de reconciliação seja sincera.
- E ela é?
- Não. – admitiu.
- E você não se sente culpada por isso?
- Culpada? Não. O que o testamento diz é que eu teria que voltar para essa casa por seis meses Ele não diz nada sobre dormirmos no mesmo quarto ou até mesmo sobre fazermos amor.
- Mas você sabe que era isso que Nicholas queria.
- Sei disso.
- Ainda não é tarde para isso. – disse com um sorriso maroto.
- Você está enganado, ainda há Suzan.
- Sempre Suzan! Que inferno, Hermione! Não acha que está na hora de me ouvir?
- Não quero falar sobre ela, ok? Você só está aqui porque não quero que Edna conte a Manson que estamos fingindo e Liz perca a herança.
- Está dizendo que dormir na mesma cama que eu não afeta você em nada?
- Quem disse que ficaremos na mesma cama?
Rony riu.
- Só tem uma cama nesse quarto.
- E você não tem que dormir nela.
- E onde acha que irei dormir?
- Você pode conjurar uma cama de armar ou um colchão.
Ele riu de novo.
- Por que você não conjura para mim?
- Por que não quero.
- E se eu não souber conjurar um colchão?
- Você sabe.
- Mas não vou conjurar. Se vou ficar nesse quarto, vamos dormir na mesma cama e assumir as conseqüências.




N/B: Que mulher é essa?
Hermione: Nossos assuntos particulares não dizem respeito a você.
Edna: Errado. Rony não pode mudar as condições do testamento e não é ele que vai decidir se Liz receberá ou não a herança. *risadinha maligna*
Hermione: O Sr. Manson...
Edna: Exato. O Sr. Manson está sob meu controle e se eu disser a ele que você e Rony estão simulando uma farsa, Liz não receberá nada. E eu, é claro, ficarei com toda a herança.
Hermione: Em outras palavras, você veio nos espionar.
Edna: Entenda como quiser.
Hermione: Por que está fazendo isso, Edna?
Edna: Faço isso pelo dinheiro do meu irmão, digo, pelo meu irmão. *faz carinha de inocente* Eu o amava (...).
Edna realmente só quer o dinheiro? Ou ela também está apaixonada pelo Rony? Estaria ela mancomunada com a nossa super vilã, a Suzan? Não percam o próximo episódio de “A herança”. Bjão pra todos! Não culpem a Sany pela demora! A culpa é toda minha! (Lucy)


N/A: Ola a todos aqui esta mais um capitulo
Obrigada a todos os que comentaram, adorei todos os comentarios
Espero que vocês tenham gostado do capitulo, beijos e comentem

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