Avisos de um morto



Dia ensolarado. Sem nenhuma nuvem no ar. As pessoas se bronzeavam na rua dos Alfeneiros. Cada uma de um tipo diferente. Gordo, magro, negro, branco, todos eles trouxas. Porém existe uma pessoa ali que não era trouxa. E sim um bruxo. Ele era alto, olhos azuis, cabelos curtos e de pele branca. Em sua testa, uma quase notável marca em forma de raio. Harry Potter estava lá, com sua bermuda azul e sua camisa regata branca. Ele se localizava longe das outras pessoas. Mais exatamente em um parquinho, que continha duas balanças, um gira-gira e dois escorregadores. E em uma das balanças estava Harry, pensando em qualquer coisa, menos nas pessoas ali presentes.

-Tiozinho, posso brincar nessa balança? Você já está meio grande, não tem idade para brincar nisso.
-Claro, baixinho. Eu só estava... pensando.

Foi aí que Harry percebeu que várias crianças com seus pais estavam lá, brincando e se divertindo. Elas nem pensavam na guerra que teria no mundo bruxo, que poderia atingir o mundo dos trouxas.

-E pensar que não tive essa infância. Só desgraça na minha infância.

“Até eu chegar aos 11 anos. Quando a sala se encheu de cartas de Hogwarts, me enchi de alegria. Apesar de não ter lido no dia, e demorar em conseguir ler a carta. Ao ver Hagrid, fiquei extremamente feliz...”

-Harry, está falando sozinho?

Harry nem percebera quem tinha falado, mas ao ver ficou muito surpreso. Aquelas barbas longas e brancas, cabelos também longos e brancos. Parecia ter diminuído desde a ultima vez de tê-lo visto. Mas sua presença o animou.

-Dumbledore!
-Calma, meu filho. Não fale tão alto. As pessoas podem estranhar. Mas vamos dar uma volta pela praça, para podermos conversar.
-Mas você não tinha morrido?
-Vamos passear por aí. Como ficou Hogwarts depois da noticia de minha morte?

Harry não acreditava no que tinha visto. Ainda estava de boca aberta, sua cabeça indo a mil. Vários pensamentos sobre suas conversas com Dumbledore entraram em sua mente. Imagens e sons.

-É... ficou muito abalado. Agora nem sei quem vai ser o novo diretor ou diretora.
-Não se preocupe com isso. Agora, como vai sua busca pelas horcruxes? Você já descobriu as outras, não?
-Desculpe lhe dizer que não. Mas me conte, como você está aqui, como apareceu?
-Porque está tão apressado? Vim lhe trazer umas mensagens e algumas notícias. Seus parentes lhe enviaram boa sorte. Sirius, Tiago, Lílian, além do seu antigo professor, o Olho-Tonto.
-Ele morreu?
-Não vem ao caso, por enquanto. Eu gostaria que você não envolvesse outras pessoas na busca pela horcrux, nem mesmo a Srta. Granger e o Sr. Weasley, está entendido? Caso aconteça algo com você, eles terão que continuar a sua missão. Ah, e também não se esqueça: não visite Godric Hollows. Quando o tempo chegar, você saberá. Agora volte, antes que alguém se preocupe com o seu desmaio.
-Então isso não é real?
-Claro que não. Uma pessoa não pode voltar da morte. Mas os avisos são reais.
-Você plantou isso na minha mente ou...
-Não. É você que está pensando. Antes que pergunte, eu fiz você desmaiar. Agora volte.

As pessoas não saíam de perto dele. Ele queria levantar e continuar a pensar. Sobre o que Dumbledore disse, sobre a sua infância e adolescência. Sobre sua vida que poderia acabar em alguns meses ou dentro de um ano.

-Gente, deixa o Harry respirar. Ele ainda tem 16 anos, não é um adulto.

Sra. Figg que tinha falado. Ela estava com uma sombrinha rosa. Seus sapatos eram roxos, sua blusa era amarela e sua saia era vermelha. Aquilo confundia a cabeça de qualquer um. Até então que a Petúnia aparece como se estivesse desfilando para todas as pessoas ali em volta.

-Gente, com licença que o Harry tem serviço pra fazer lá em casa. Vamos logo, rapazinho.

Harry ainda se lembrava da primeira mágica que realizara com sucesso: o Wingardium Leviosa. Não se era complicado de se fazer, mas ainda continuava em sua cabeça.

-O que é que eu tenho que fazer? Lavar louças, varrer a casa ou então passar roupa.
-Não aqui na frente de todos. Em casa conversamos.

Então, eles deixaram o parque que estava cheio de gente ainda. Sra Figg ainda olhava estranho para os dois. Seu andar estava lento comparado ao da tia Petúnia. Só naquele momento percebeu que a roupa dela estava curta. Era seu conjunto preferido de ficar em casa. Ao chegar em casa, Harry se lembrou do dia que os Weasleys foram buscá-lo no carro voador.

-Menino, olha aqui. Preciso lhe contar algo. Valter e Duda não estão em casa, então podemos falar em particular. Não importa como, mas Dumbledore me contou. Você não poderá sair daqui aos 17 anos. Acontecerá alguma coisa, ele não me falou o que, que fará você sair mais cedo daqui. Por isso, amanhã de manhã o Valter, o Duda e eu nos mudaremos dessa casa. E nunca mais nos procure. Não queremos problemas seus atrapalhando nossa vida. Entendeu?
-Sim, mas o que realmente ele lhe falou? Algo mais ou só isso.
-Não foi só isso. Ele me disse para...ajudá-lo a combater o você-sabe-quem.

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