Capítulo Único.



Nigthmare

Isso não pode ser verdade. Simplesmente não pode! Tudo poderia acontecer, todos poderiam morrer, menos ela.A única que eu faria de tudo para proteger, a única que amei.

Marlene McKinnon, meu coração e minha alma pertenciam a ela.

Ela simplesmente me conquistou. Não sei se foi por causa do seu sorriso, ou dos seus cabelos ou dos seus olhos castanhos que sempre gostei de contemplar. Talvez foi por causa de tudo, não sei.

Ela sempre soube como tirar um sorriso dos meus lábios, ela sempre soube desvendar meu silêncio através do meu olhar. De algum jeito, estávamos conectados. Marlene me dava forças para viver quando tudo parecia estar perdido.

Merlin, como eu gostava de brincar com os cachos que às vezes se formavam em seu cabelo. Como eu gostava de ensinar cada estrela da constelação de Cão Maior para ela. E quando eu vi seu corpo mole, jogado pelo chão, ensangüentado, foi como se cores do meu mundo tivesse desaparecido. Minha vida passou a ser preto e branco, sem nada que me motivasse, nada que me desse alegria. O Sol se pôs para sempre, e a lua se tornou minha mais nova amiga. E como se não bastasse, fui acusado de trair meus amigos e viver o resto de minha vida em uma cela minúscula e imunda em Azkaban.

Como é possível uma vida desmoronar assim tão rápido? O que fiz para merecer castigo tão grande? Joguei pedra em Merlin em outra vida? Fui aliado de Morgana ou algo parecido? Ou será que estou sendo castigado pela minha própria família por seguir o caminho do bem?

Não sei, talvez até seja.

Mas viver aqui, preso é tão angustiante quanto vê-la morta. É tão ruim quanto abraçá-la sem vida, sem calor. É tão terrível quanto não poder ouvir sua voz, tão ridículo quanto não poder falar com convicção e certeza que a amo incondicionalmente.

Tem dias que eu sonho com ela. Sonho que estamos em um campo verde, cheio de flores, debaixo de uma árvore. Ficamos à conversar, à rir, à nos beijar. Tudo parece tão real, tão verídico. Mas quando ela está preste a me dizer algo importante, eu acordo e vejo que não passo de um prisioneiro mergulhado em sua própria utopia.

Chega a ser patético, eu sei.

Mas na maioria das vezes, eu tenho pesadelos. Pesadelos que me atormentam, que me fazem querer acordar, viver preso para o resto da minha vida, à nunca mais dormir. E sabem com o que eu sonho neste dias?

Na verdade não é sonho, é a lembrança daquele dia em que a vi morta.

Eu gostaria que tudo isso fosse somente mais um pesadelo desta minha alma atormentada. Mas infelizmente não é. Marlene está morta, e eu gostaria de estar morto em seu lugar, ou morrer também para poder encontrá-la de novo.

Eu gostaria que este enorme pesadelo que é minha vida, acabasse.

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N/A
- Deprimente.
(L)
Frann Lupin.

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Comentários (1)

  • Juh Evans Potter

    Você sabe como fazer uma pessoa chorar, definitivamnete você sabe. E sua N/A foi realmente perfeita era só isso que você, como autora, precisava dizer, eu, porém, como leitora, tenho mais coisas a dizer sobre a fic; ela é, é sim deprimente e, no momento em que está lendo, angustiante, mas é também envolvente e tocante e, mesmo sendo triste, linda e verdadeira por que realmente, na minha humilde opinião, foi assim que Sirius sentiu-se nos treze anos em azkaban, mas como eu estava falando (escrevendo)  sua fic é, uma mistura de coisas, tipos e sentimentos que nos envolve e fascina. Sua fic Frann é simplesmente... PERFEITA

    2012-04-13
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