Embarque na plataforma 9½



A família Skorp!on se orgulhava em dizer que eram de puro-sangue, muito bem, obrigado.
Era uma família muito respeitada na comunidade bruxa que escondiam um segredo. Temiam que qualquer um no mundo bruxo o descobrisse.
Antares Orion Skorp!on (Colin Farrell) é casado com Victória Skorp!on.
Ele é gerente de uma filial do banco Gringotes na Romênia; Possui muitas propriedades em diversos países, como por exemplo, um castelo na Irlanda ou uma fazenda em algum lugar da América Latina.
Victória Breinack Skorp!on antes de se casar foi uma grande pianista, que se apresentava em Paris; É uma mulher muito bonita, alta, com um belo corpo, seus longos cabelos pretos davam destaques aos seus lindos olhos verdes. Sua pele era branca como a neve. Fala inglês, espanhol, francês, alemão e português perfeitamente.
O casal tem três filhos, Ferlyke, Dericky e Black.
Ferlyke, a filha mais velha, esta em algum lugar do mundo cumprindo ordens de Você-sabe-quem.
Dericky o filho do meio nasceu pra atormentar a vida de Black; Com apenas quartoze anos esse pequeno garoto incomoda. Na escola ele anda de skate pelos corredores, picha aqui e ali, gazeia as aulas, fala palavrões e tira sarro dos colegas.
Black Vlady Skorp!on, uns dos filhos do casal; Tem apenas dezoito anos e já é dono de uma fortuna enorme de herança; O garoto até que é alto, tem os cabelos lisos e curtos da cor castanho escuro, seus olhos também castanhos escuros, a barba por fazer, lábios carnudos e um sorriso bonito.
Ele estava em seu quarto; Era 1º de setembro e o garoto estava arrumando seu malão para o embarque as onze da manhã. Ao retirar da parede um pôster de seu time quadribol favorito, o Strajerul, ele disse:
-Um dia... eu irei substituir um de vocês- E ao guardar a foto no malão acrescentou- Espero ser o capitão.
-Jogador de futebol? Nem pensar- disse Antares entrado no quarto do filho- Já tivemos essa conversa e você irá seguir meus passos, né filhão?
-Pai...-Começou Black parando de arrumar –Eu não quero ser banqueiro...
-Não me interessa, jogador de quadribol não!- Exclamou ele.
-Mas pai...
-Você não vê? Estou te oferecendo um emprego bom, com um salário ótimo... e você quer ficar se matando pra conseguir nem metade?- Disse Antares.
Antares era desse tipo de pai que gostaria que o filho seguisse seus passos.
-Não exagere pai- Murmurou Black pegando algumas camisetas no guarda-roupa- Todo mundo sabe que jogador de quadribol ganha super bem.
-Não me importa quanto ganha, eu sou seu pai e sei o que é bom pra você...
-O que é bom pra mim? É eu fazer minhas próprias escolhas!
-Não senhor, você tem o condão de escolher as piores coisas- ao dizer isso ele parou e ficou olhando para o garoto.
Black começou a murmurar baixinho, coisa do tipo: “Ah! Fala sério” mas seu pai não ouviu e continuou:
-Você se lembra quando você se acidentou no ano passado jogando esse jogo?
O garoto se lembrava muito bem, foi o último jogo contra a Grifinória e ele foi alvo de um balaço errante bem no peito, o que significou várias semanas de repouso. Além de seu time perder e ficar de fora do campeonato.
-Ah... foi só um arranhãozinho...
-Arranhãozinho? Black você se machucou feio- Antares ficou indignado com isso que ouviu- Esse ano você está proibido de jogar quadribol.
-O quê? Tá doido? Eu respiro quadribol...- Black sabia que exagerou, mas tudo bem.
-Você nem tem consciência dos acidentes que acontece.- Disse Antares andando até a janela.
-Pai, fale o que fale, mas eu vou jogar você queira ou não; Eu já sou de maior, lembra?
-Lembro. E você lembra que vive debaixo do meu teto?-Perguntou Antares cinicamente mirando-o. Black concordou com um aceno de cabeça.
-Pai isso que você está...
-Eu sou seu pai e exijo que você me chame se Senhor.- Ele cruzou os braços
-Eu não vou falar mais nada, não adianta...
Os dois ficaram um pouco em silencio; Black arrumando suas coisas e Antares ajeitando os ponteiros do seu relógio de bolso.
-E não se esqueça esse é o ano de... você sabe o que- Antares falou desse jeito, pois temia que alguém descobrisse o que Black tinha de fazer este ano.
-Como eu poderia esquecer? Eu já nasci pra isso, é voc... o senhor que diz isso.- O garoto parecia esconder a felicidade ao dizer.
-É. Você pode me desobedecer em tudo... menos nisso.
O garoto continuou arrumando suas coisas, seu pai saiu lentamente pouco depois sem mais nada a dizer.
-Problemas?! – Perguntou uma voz à cama.
Era Sangrento, o gato de estimação de Black.
Como quem ronrona, um gato preto adulto que podia ser considerado normal apesar do fato de ter olhos vermelhos e um rabo fino e longo que termina em flecha.
-Não, só o de sempre.- Explicou o garoto.
-Apura ai- Disse Dericky já entrando no quarto. Era incrível; Ele é uma miniatura do Black.
-Você já ouviu falar em “bater na porta antes de entrar”?- perguntou Black cinicamente.
-Ah... eu esqueci- E fez cara de quem não esqueceu nada. Ele olhou para Sangrento e disse- Olha se não é o animal chato e falante. O Sarnento!!!
-É San-gren-to!- exclamou o gato.
Black olhou e exclamou:
-Tem certeza que é ele o “animal chato e falante”?!
Dericky andou pra perto da mala do irmão, olhou pra dentro e disse:
-Você não vai usar o pôster dos Strajerul lá na escola. Garanto.
-Você já fez sua mala?- perguntou Black sem parar de dobrar suas roupas.
-Fazer, eu não fiz. Eu já a comprei assim... Mas eu já a arrumei, se é isso que você quer saber.- respondeu ele.
-Você não tem nada pra fazer?????- perguntou Black sem paciência.
-Adoro te atormentar...- disse Dericky já saindo do quarto. Ele parou na porta e disse- Ah e eu dei uma voltinha na sua moto ontem quando você saiu...- e correu.
-Seu...- Black correu atrás dele.
-Ih... vai começa- murmurou Sangrento indo atrás de seu dono.
No andar debaixo Black corria atrás de seu irmão. Dericky se esquivou e começou a dar voltas na mesa; Black atrás. E Sangrento corria atrás do dono.
-PAREM VOCÊS DOIS- Berrou Antares. Ele e sua esposam estavam tomando café.
-É... parem!!!!- gritou o gato ainda correndo.
-Paiê... o Black quer me bater....- gritou Dericky sem parar de correr.
-Ele pegou minha moto sem eu deixar....- se justificou.
-Ah... mas foi só uma voltinha...
-Não interessa... você vai ver só quando eu te pegar...- ameaçou Black.
Antares de repente se levantou de um salto e entrou na frente do Black, impedindo-o de correr.
-Parem!!! Parece casa de louco aqui- Disse o pai.
-Claro o Black mora aqui...-riu o pestinha também parando de correr.
O único que ficou correndo foi Sangrento.
-Aaaaiii... eu tô ficando tonto.....- disse ele.
- Ô pai, ou o senhor dá um corretivo nesse seu filho ou...- começou Black.
-Ou o quê??- debochou Dericky. Ele tinha medo mas não tinha vergonha.
Antares deve de segurar o Black para ele não pular em cima de Dericky.
-Por que você pegou a moto dele sem pedier?- perguntou Antares a Dericky.
-Porque se eu pedisse ele não ia deixar...
-Mas é claro que não!!!- exclamou Black- Você nem sabe andar.
-Claro! Você não me ensina.
-E por que eu ia te ensinar???
-CHEGA! Dericky já pro seu quarto!- mandou o pai.
Dericky foi, mas antes ele começou a fazer umas caretas para o seu irmão.
Antares deve de acompanhar Black até seu quarto, para garantir a segurança do seu outro filho.
-Você já pode parar de correr Sangrento- disse Victoria a mesa.

Quinze minutos depois, Black, Antares, Victória, Dericky e até Sangrento já estavam dentro do carro voador, um Vectra preto, a caminho da estação. O garoto reparou que seu pai ficou caladão a viagem inteira. Como já estavam atrasados, Antares fez um feitiço poderosíssimo, consegui aparatar o carro e seus passageiros para Londres numa fração de segundos.
Quando finalmente chegaram à estação King’s Cross, Black apanhou seu malão e juntos os quatros caminhavam até a plataforma, Quando chegaram na plataforma nove eles pararam e olharam as suas voltas. A parte complicada era chegar à plataforma nove e meia, que não era visível aos olhos dos trouxas. O que a pessoa tinha que fazer era atravessar uma barreira sólida que separava as plataformas nove e dez. Não machucava, mas tinha que ser feito com cautela. De modo que os trouxas não vissem a pessoa desaparecer.
-Eu primeiro! Eu primeiro...- Disse sangrento andando com passos firmes e desapareceu.
-Vai, vai...- Murmurou Black. O garoto foi o próximo. Ele puxou seu malão, marchou em direção à barreira e sumiu num piscar de olhos.
Uma locomotiva se dispersava sobre as cabeças das pessoas que conversavam enquanto gatos de todas as cores traçavam por entre as pernas delas. Corujas piavam umas para as outras, descontentes, sobrepondo-se à balbúrdia e ao barulho das malas pesadas que eram arrastadas.
-Adoro fazer isso!- Exclamou o gato sobre atravessar a plataforma.- Posso fazer de novo?
Antares, Dericky e Victória apareceram logo atrás; Black pensou que seu pai o acompanharia até uma cabine, mas este o abandonou quando viu Lúcius Malfoy.
-Primo?!-Disse Antares caminhando até ele e estendendo a mão.
Black não viu nem sinal de Draco, e disse pra sua mãe que ele iria levar suas coisa para um vagão e logo voltaria. Quando caminhava várias pessoas o cumprimentavam; O garoto era bem popular no colégio.
-Capitão?- Disse uma voz as suas costas.
O garoto se virou e viu Marcos Flint, seu colega de classe e de time.
-E aí, beleza?- cumprimentou Black
-Comprou a vassoura nova?-Perguntou Marcos.
-Não, mas ganhei uma moto tesão...

Fleur delacour estava parada próxima à barreira que voltava as plataforma nove e dez. Estava segura falando ao celular, e bem vestida. Usava um top rosa bebê escrito Sexy de glitter, uma mini-saia rosa rodadinha, um par de botas brancas de bico fino e várias pulseiras. Ao ombro carregava uma bolsa bege que ela achava muito Fashion. Seus longos cabelos loiros até a cintura ela havia feito mechas rosa e baby liss. Fleur adorava se maquiar e destacava seus lindos olhos azuis com lápis de olho preto.
Fleur foi andando lentamente enquanto falava com sua mãe; A ligação estava péssima e caia freqüentemente. Ela desligou irritada e olhou para sua frente. Seu rosto corou ao ver um rapaz a poucos metros de distancia.
Ali à frente dos vagões havia um trio, Fleur não os viu; Mas quando ergueu a cabeça seus olhos encontraram o do Cedrico Diggory. Ela corou e ficou ligeiramente envergonhada. Quando se deu conta do que estava fazendo, ali parada olhando feito boba pra ele, ela se virou rapidamente para direção contraria. Cedrico viu a atitude da garota.
-Oi prima- Cumprimentou Draco chegando.
-Hello- disse ela.
-O que você esta fazendo?- Perguntou Draco olhando pro celular.
-Tentando falar com minha mãe, mas não dá linha...
-O que houve com a tia? Algum problema?
-Não, ela só não pode vir, mas eu queria ligar pra dizer que eu cheguei bem e tudo mais- Explicou ela olhando disfarçadamente pra trás.
-Ah, então vamos?-convidou Draco.
-Hã? O quê?
-Vamos pra uma cabine?- Retornou a perguntar.
-Ah é, vamos, vamos...
Os dois seguiram quietos; Ao passar pelo grupinho de Cedrico, Fleur lançou um olhar breve e ficou feliz quando viu que ele retribuiu.
Fleur e Draco chegaram à porta do vagão, ele entrou mas a garota parou e olhou em direção do grupo. Ficou espantada ao ver que havia duas garotas junto a ele, e riam felizes.
-Draco, vem cá.- Chamou Fleur.
-Quê?
-Olhe ali.
-Ali aonde?
-Aquele grupinho ali na frente.
-Que grupinho?
-Ali- disse apontando disfarçadamente.
-Ah, o do Cedrico?- Perguntou em voz alta.
-É. Fala baixo- Susurrou
-Tá, tá... o que quê tem?
-Quem são aquelas duas idio... digo, que são aquelas duas garotas?
Draco olhou novamente e as reconheceu.
-É a sangue-ruim e a pobretona- respondeu naturalmente
-Cite nomes.
-Hermione Granger e Gina Weasley.
-Ah tá...
Fleur ficou um pouco aliviada; Pensou que fosse uma garota dando em cima dele. Mas se enganou, ela sabia que nem Hermione, nem Gina fariam isso.
Ao entrarem na cabine, Fleur apanhou algo que lembra um caderno pequeno encapado com pelúcia rosa.
-O que é isso?-Perguntou Draco.
Fleur folheando para achar uma folha limpa, disse:
-Um diário, oras.
Draco arrumando sua mala no bagageiro concluiu que:
-Então agora você vai escrever nele?
-Acertou...- disse Fleur já escrevendo.
-E o que você está escrevendo?- perguntou ele se aproximando.
-Não é da sua conta. Assunto de meninas.-respondeu ela protegendo seu diário.
Draco desanimado disse:
-Então eu vou pra lá, né?
Fleur não respondeu, pois estava concentrada escrevendo.
-Ah...- suspirou saindo.
Não passou muito tempo após o garoto sair, e logo apareceram as fiéis amigas de Fleur.
Melanie, Jamie Lyn, Skipper e Kimberly; Estas eram as garotas da turma da Fleur, famosas no colégio inteiro por sempre estarem na moda.
Melanie era alta, com cabelos castanhos lisos e longos preso num rabo-de-cavalo e tinha um visual bem esportivo.
Skipper era loira, olhos verdes, rosto fino e cara de nojenta e esnobe.
Jamie Lyn é bem bonita; Seus cabelos são castanhos claros, olhos azuis e a pele bem cuidada.
Kimberly tem cabelos cumpridos castanhos, olhos também castanhos e um belo corpo.
-Hi amiga- Cumprimentou Melanie.
-Hello!-Berrou Fleur levantando e abrasando todas.
Depois que todas se acomodaram, Fleur disse:
-Meninas vocês não sabem o que aconteceu.
-Você ganhou um carro?-arriscou Jamie
-O novo CD da Britney já foi lançado?- Disse Skipper.
-Não...
-Você mudou de colégio?- Disse Kimberly- Ah não, oops, esqueci, você está aqui.
-Sabem o Cedrico?- Perguntou Fleur
-Aquele gatinho da Lufa-lufa?- Suspirou Melanie
As meninas todas suspiraram.
-É...-disse Fleur
As meninas deram gritinhos de alegria.
-Você ficou com ele?- perguntou Skipper.
-E o Black? – perguntou Kimberly
-Você gosta dele? Ele gosta de você?- Perguntou Melanie.
-E o Black?
-Não...
-Ele te cantou?
-E o Black?
-Calma meninas! -Berrou Fleur, várias pessoas ao lado de fora da cabine olharam.
Melanie fechou a porta.
-Ele só me olhou...-disse finalmente Fleur.
-Só isso?- Disse Skipper
-E o Black?
-Me olhou de um jeito diferente...- Disse Fleur lembrando da cena- Como se estivesse apaixonado por mim...
-E o Black?
-Ah cala a boca Kimberly – Berrou Melanie- Fica ai perguntando: “E o Black? E o Black?”, a pára né?
Todas riram, até Kimberly.
-O Black eu não sei...- Explicou Fleur parando de rir.- O ultimo dia que eu o vi foi no ultimo dia de aula.
-Nossa faz um tempão!- Exclamou Skipper.
-Será que ela esta com outra?- perguntou Kimberly.
-Outras você quer dizer?- Perguntou Fleur.
Na verdade não era segredo pra ninguém que o Black era mulherengo, Fleur sabia disso.
-Não que ele esteja apaixonado por mim...- começou Fleur.
-Mas ele não tá? Ou tava?- perguntou Jamie.
-Que eu saiba não!- respondeu Fleur.
-Mas ele não dizia ano passado... ?
-Não tô falando do Black...
-Ah o Cedrico?
-É..., ele só olhou como se visse: “Olha que bonita”...- Disse Fleur deitando no banco estofado da cabine.
-Mas Fleur você já está com o Black...- Murmurou Kimberly cruzando as pernas.
-Ah... Kimberly nada a ver- protestou Skipper- A Fleur esta ficando com o Black, não namorando...
-E ele agarra um monte de garotas, mesmo ficando com você- Disse Melanie a Fleur.
-Eu sei...
Toc toc. Alguém bateu no vidro da porta da cabine; As garotas levaram um susto e viraram os pescoços pra ver quem era. Era Black.
Ao verem ele, as meninas disfarçaram e desviaram o olhar, todas ao mesmo tempo.
-Vai lá...- sussurrou Melanie à Fleur.
Fleur foi até a porta e a abriu. Black sorriu e entrou. Ele reparou que as garotas ficaram envergonhadas com a presença dele ali.
- Beleza?- cumprimentou ele.
Apenas Kimberly, Melanie e Skipper responderam um “oi”, Jamie deu um sorrisinho simpático.
-Bom, nós temos que ir, né meninas?- disse Melanie se levantando.
-Temos?- perguntou Kimberly.
-Temos!!!- disse Jamie ao levantar e puxar Kimberly pelo braço- Bye pra vocês dois- disse ela a Black e Fleur.
Assim Kimberly, Jamie, Skipper e Melanie se retiraram deixando os dois a sós.
Fleur sentou-se ao do garoto; Ela mantinha a cabeça baixa, envergonhada.
Black levantou com a mão lentamente o queixo da garota, podendo assim encara-la.
-O que quê foi?- perguntou Black
-Nada...
-Você está com vergonha? Do quê?- tornou a perguntar o garoto.
Fleur suspirou. Ela não sabia o que falar.
-Como foi suas férias?- perguntou ele de repente.
A garota o olhou admirada e sorriu.
-Foi bem dez – respondeu- Minha família e eu fomos pra Paris.
Black disse “ô loco”.
- Comprei um monte de coisas... Vestidos... calças...
Pronto, pensou Black, vai começar a falar de roupas e maquiagens.
-Mas isso eu te conto depois, e você?- perguntou ela- Aonde você passou as suas férias?
Surpreso por ela não dar continuidade ao mundo fashion, Black respondeu:
-A maior parte dela eu passei em casa- disse ele- Mas viajei uns dias para a casa de campo do meu pai.
-Onde que ele fica? Aqui na Inglaterra ou na Romênia?- quis saber Fleur.
-Fica no Brasil, e comi foundi a semana toda.
-Eu gosto de foundi.- Disse Fleur.
-Eu também, adoro.
-E é legal lá?- perguntou Fleur.
-É, é bem legal, só a língua que é meio difícil da falar- explicou ele.- Depois eu passei uns dias na Colômbia, meu pai tinha uns assuntos a tratar por lá e eu também achei difícil àquela língua.
-Espanhol?!- disse a garota.
-Es español- Explicou ele falando em espanhol.
-E você falou muito em espanhol?
-Mais ou menos- respondeu ele- A maioria das coisas eu tirava das musicas que eu ouvia. Arriba.- brincou ele.
Fleur riu.
-Ah... eu adoro te ver rir.- disse Black. Fleur ficou envergonhada novamente e baixou a cabeça. Os dois ouviram barulho da chuva que vinha chegando. Black a beijou...

No corredor, quando a turma da Fleur passava, todos saiam da frente.
-Passa!- Exclamavam elas- Xô!!!
Quando alguém não as via, as garotas empurravam o individuo pro lado; Isso ocorria bastante nos corredores do colégio.
Cedrico desviou ao ver as meninas se aproximando; Quando elas passaram ele disse a Poncho, seu amigo e colega de classe:
-Por quê essas garotas fazem isso?
Poncho, um garoto forte com cabelo pretos bem curto, respondeu:
-Oras, porque elas são amigas da Fleur, e são lideres de torcidas!!!
-Que insignificante...- murmurou Cedrico.
Poncho concordou.

No final da tarde, quando estava quase escurecendo, o expresso finalmente chegou a estação de Hogsmeade e houve uma grande correria para desembarcar; corujas piavam, gatos miavam e o gato Sangrento se entrelaçava no meio das pernas das pessoas procurando pelo Black.
Estava frio demais na minúscula plataforma; a chuva descia em cortinas geladas.
-Se estivesse um pouco mais quente eu não tiraria a saia- Disse Fleur às amigas agora que todos os alunos haviam vestidos os uniformes.
-Alunos do primeiro ano por aqui!- Ao desembarcar do trem, Black ouviu essa voz familiar.
O garoto, agora, estava acompanhado por seu primo Draco. Então os dois acompanharam o resto da escola pela plataforma e desceram para uma trilha enlameada, cheia de altos e baixos, onde no mínimo uns cem coches os aguardavam, cada qual, para algumas pessoas puxado por testrálios, para outras, por cavalos invisíveis. Os garotos embarcaram em um coche, fecharam a porta e o veiculo saiu andando, aos troncos e balanços, formando um cortejo. Black via os testrálios.
O coche cheirava levemente a mofo e palha. Quando o coche foi se aproximando de um magnífico portão de ferro forjado, ladeados por colunas de pedras com javalis alados no alto, Black viu dois dementadores encapuzados montando guarda dos lados do portão. O coche ganhou velocidade no longo caminho e inclinado até o castelo.
-E o Dericky?!-perguntou Draco.
-Perdido por ai...Você viu aqueles dois dementadores?- Black perguntou a Draco.
-Vi.
-Eles acham que conseguiram capturar o Lord das Trevas com aquilo?- riu Black. Draco deu um sorrisinho sem graça.
Por fim, o coche parou balançando, os dois desceram e logo subiram as escadas de pedra do castelo, cruzaram a soleira das enormes portas de carvalho e penetravam no saguão cavernoso iluminado com tochas ardentes, onde havia uma magnífica escadaria de mármore para os andares superiores.
A porta que levava ao salão principal, à direita, estava aberta; Black seguiu o grande número de alunos que se deslocava naquela direção, mas apenas vislumbrava o teto encantado, quando uma voz o chamou:
-Skorp!on! Malfoy! Quero falar com vocês dois!
Os garotos se viraram surpresos. O Profº Snape, que ensinava poções e dirigia a casa da Sonserina, os chamava por cima das cabeças dos demais.
Black e Draco, curiosos, continuaram conversando, seguiram Snape, que os levou para longe do calor e da luz e desceu uma estrita escada de pedra que levava às masmorras.
-Entrem!- disse ele, indicando a porta que abrira no corredor frio.
Eles entraram na sala de Snape, trêmulos. As paredes sombrias cobertas de prateleiras com grandes frascos, em que flutuava todo tipo de coisa nojenta. A lareira estava apagada e vazia. Snape fechou a porta e virou-se para encara-los.
-Vou ser bem rápido com vocês- disse ele.
-Boa noite pra você também professor.- Cumprimentou Black.
Snape ignorou. Black supôs que ele estava de mal-humor.
-Cadê o seu irmão? –perguntou Snape ao Black.
-Não sei.
Snape fez cara de desprezo.
-Os pais e familiares de vocês já devem tê-los avisados- continuou ele- Mas eu repetirei.
Black e draco se entreolharam. Do quê ele está falando? Snape continuou:
-Vocês estão proibidos de falar qualquer coisa sobre o alistamento comensal.
Ao ouvir isso Black se lembrou de tudo.
-Ah... só isso?!- exclamou ele.
Draco riu ao dizer:
-Minha boca é um túmulo.
-Então não o viole!- exclamou Snape de repente; Draco parou de rir. Black o achava mal-humorado.- Podem ir.
Os dois garotos saíram da sala e retornaram pelo caminho de vinda, eles não ouviram passos do professor atrás e suporam que ele havia ficado na sala.
Quando chegaram no salão principal havia um mar de chapéus cônicos e pretos; Cada uma das compridas mesas das casas estava lotada de estudantes, os rostos iluminados por milhares de velas que flutuavam no ar, acima das mesas.
O profº Flitwick carregava um chapéu antigo e um banquinho de três pernas para fora da sala.
-Perdemos a seleção- comentou Draco.
Os garotos seguiram, o mais silenciosamente possível para se sentarem à mesa da Sonserina. As pessoas viravam a cabeça para olhá-los passar pelo fundo do salão. Eles arranjaram um lugar à mesa e ali permaneceram.
Poucos lugares a diante, Dericky e seu amigo Jesse, um garoto loiro de cabelos lisos, riam de algo.
O diretor se ergueu para falar e todos no salão se calaram.
O profº Dumbledore, embora muito velho, sempre dava uma impressão de grande energia.
-Sejam bem-vindos!- começou ele- Sejam bem-vindos para mais um ano em Hogwarts! Alunos novos sejam bem-vindos!... Tenho algumas coisas a dizer a todos, e uma delas é muito seria. Acho que é melhor começar por ela...
O diretor pigarreou e prosseguiu:
-Como vocês todos perceberam a nossa escola passou a hospedar novamente alguns dementadores de Azkaban, que vieram cumprir ordens do ministério da magia
Ele fez uma pausa e Black sabia porque os dementadores estavam ali. Dumbledore continuou:
-Eles estão postados em cada entrada da propriedade e, enquanto estiverem conosco, é preciso deixar muito claro que ninguém deve sair da escola sem permissão. Os dementadores não se deixam enganar por truques nem por disfarces. Não faz parte da natureza deles entender suplicas nem desculpas.E o motivo pelo qual eles estão aqui, vocês já devem saber: Lord Voldemort- acrescentou ele brandamente, e Black e Draco se entreolharam sérios.
Dumbledore fez nova pausa; percorreu o salão com um olhar muito sério mas ninguém se mexeu nem emitiu som algum.
-Agora, mudando de assunto, vamos falar de aula- continuou ele Particular-mente da matéria de Defesa Contra as artes das Trevas; Infelizmente o novo professor contratado ainda não chegou... mas deixou avisando que ele virá o mais tarda.
-Olha a cara do Snape!- sibilou Black ao ouvido de Draco. Snape tinha uma expressão de desprezo e deboche, como se estivesse feliz com a noticia do atraso do novo professor. Era fato sabido que Snape queria estar nesse cargo.
-Bem, acho que, de importante, é só o que tenho a dizer. Vamos à festa- convidou o diretor.
As travessas e taças de ouro diante das pessoas se encheram inesperadamente de comida e bebida. Black faminto se serviu de tudo mais apimentado que ele via e começou a comer.
Foi um banquete delicioso; o salão ecoava as conversas, os risos e o tilintar de talheres.
Na mesa da Corvinal, Fleur ensinava às amigas algumas palavras em francês. Mais adiante, na mesma mesa, Cho e sua prima Shampoo riam.
Shampoo Hayashi era uma garota muito bonita, chinesa, seus cabelos lisos eram pretos, mas no momento estavam com várias mechas nas cores roxo, azul e lilás.
Shampoo não era prima de verdade da Cho, as duas eram melhores amigas, por isso inventaram essa mentira piedosa.
Estavam elas conversando, quando Shampoo, sem motivo, olhou distraidamente para a mesa da Sonserina; Ela até deixou seu garfo cair quando avistou Black; Ela ficou olhando admirada para ele; ela o achava tão lindo.
-Cho? Cho?- Chamou ela.
-Quê?- perguntou Cho olhando-a.
-Como é mesmo o nome daquele garoto lá?- ela apontou descaradamente, mas ninguém viu.
-O Draco? Ou o Black?
-O moreno... ?!
-Black. Black Skorp!on. Dezoito anos. Namorado da Fleur. Está no sexto ano e é repetente.- Ela disse isso tudo tão naturalmente que Shampoo exclamou:
-Nossa você sabe tudo sobre ele!!!
-Eu só sou... informada!...- e riu.
Shampoo lançou mais um olhar a Black.
-Por quê? Tá afim dele?- perguntou Cho olhando pra ela de cabeça baixa.
-Não, bem capaz- e desviou o olhar- Só reparei no visual dele...
-Motoqueiro?!- exclamou Cho.
-É...? Não sei...- disse Shampoo
-Eu juro que pessoas como Black Skorp!on e Fleur Delacour são programados geneticamente para se encontrarem- explicou Cho- Como pode caber tanto ego num relacionamento?
-Hã?- perguntou Shampoo sem entender.
-Você não percebeu? O Black é o capitão do time de quadribol, popular e filhinho de papai; A Fleur é uma patricinha anorexica que só tem roupas na cabeça e só fala nos quilos que quer perder...- As duas lançaram um olhar curioso a Fleur lá na ponta da mesa.
-Esnobe?!- perguntou Shampoo.
-Eu que o diga!!- exclamou Cho.
Passando-se mais ou menos meia-hora o jantar chegará ao fim, finalmente, até as sobremesas também desapareceram, e o profº Dumbledore ficou de pé mais uma vez. O salão silenciou.
-E agora, hora de dormir. Andando.- disse ele.
Black e Draco se levantaram junto com o mar de gente a sua volta; Black viu Fleur e as amigas acompanharem o resto da turma da Corvinal.
-Você gostaria de saber onde ficam as outras salas comunais?- perguntou Draco.
Na verdade, ele, Black sabia aonde se localizava todas as outras casas; Mas ele não falava pra ninguém isso, nem mesmo ao seu primo.
-Gostaria- respondeu ele caminhando, com os alunos da Sonserina, para a entrada que levava as masmorras. Os alunos desceram os degraus de pedra mergulhando na escuridão, seus passos ecoando altos â medida que seus pés batiam no chão.
Os corredores que lembravam labirintos estavam deserto à frente. Eles foram se internando cada vez mais fundos por baixo da escola; Passados quinze minutos os alunos que estavam mais à frente pararam junto a um trecho da parede de pedra, liso e úmido.
-Puro-sangue!- algum aluno disse a senha bem alta para que todos pudessem ouvir, e uma porta de pedra escondida na parede deslizou; Todos os alunos entraram.
A sala comunal da Sonserina era um aposento comprido e subterrâneo com paredes de pedra rústica, de cujo teto pendiam correntes com luzes redondas e esverdeadas. Um fogo ardia na lareira encimada por um console de madeira esculpida e ao seu redor viam-se as silhuetas de várias cadeiras de espaldar alto. O corredor à direita levava ao dormitório feminino, o da esquerda pro masculino.

Os alunos da Corvinal, Fleur e sua turma à frente, caminharam para uma das torres oeste do castelo, no sétimo andar. Para revelar seu esconderijo basta puxar um livro numa determinada estante, assim a passagem se abriria.
A sala comunal da Corvinal era bem parecida com o da Grifinória, só que as tapeçarias azuis e bronze com a grande águia bordada pendia nas paredes. Os moveis não eram tão medievais como o resto do castelo, eram mais modernos.
Assim como na sala comunal da Grifinória, as entradas para os dormitórios ficavam no alto de uma escada.
Fleur e as amigas subiram o da direita e logo entraram em seu quarto.
Esse quarto não se parecia com nenhum outro aposento do castelo; Era rosa e lilás, com ursinhos de pelúcias e pufes espalhados pelo quarto. Havia três camas e um beliche. Pendurado no teto tinha um lustre, espirais mágicos decorativos e estrelinhas florescentes. Na cabeceira de cada cama havia portas retratos e na penteadeira delas perfumes e maquiagens; Sem falar que o espelho, sua moldura precisamente, tinha vários adesivos femininos.
-O melhor quarto do mundo!- exclamou Fleur correndo e se jogando na sua cama.
A cama das meninas, cada dia, tinha uma colcha de cor diferente; Hoje a da Fleur era rosa.
Melanie foi a ultima a entrar, quando fechou a porta, deixou a mostra um grande pôster colado na porta, era do filme Cinderela.
-Eu poderia passar o resto da minha vida aqui- exagerou Jamie sentada na sua cama da colcha azul.
-Meninas olhem o que eu fiz- disse Fleur se levantando. Ela foi até sua mochila, que estava pendurado no cabideiro, abriu-a, mexeu e retirou um cartaz grande da cor rosa bebê; As meninas sentaram no carpete e leram:

O nosso quarto
É o nosso mundinho particular onde nós podemos...
 Ficar sonhando por quanto tempo quiser;
 Conversar e rir por horas com as amigas;
 Esconder nossos objetos mais secretos e preciosos;
 Escutar nossas músicas favoritas 15 vezes seguidas;
 Cobrir as paredes com as fotos dos nossos amigos de verão;
 Ficar rodeadas de pôsteres dos nossos artitas favoritos;
 Guardar coleções;
 Queimar incenso sempre que quisermos;
 Deixar quem nós quisermos do lado de fora!!!

-Adorei!- exclamou Skipper.
-É a nossa cara.-Concordou Kimberly.
-Vou colar na parede- disse Fleur se levantando com o cartaz em mãos, Kimberly pegou fita adesiva e a garota o colocou perto da porta.
As cincos garotas ficaram ali admirando o cartaz, até que Fleur berrou:
-Nós somos as meninas superpoderosas...
Melanie fez um feitiço de silencio no quarto, assim o som de lá de dentro não saia; E ligaram o rádio, bem alto, na música Wannabe das Spice girls.

_____________________________Fim_____________________________




Compartilhe!

anúncio

Comentários (0)

Não há comentários. Seja o primeiro!
Você precisa estar logado para comentar. Faça Login.