Os Proclames




CAPÍTULO I





Os Proclames









 AH! Eu não acredito!!! Finalmente aquele bobo tomou coragem!!! –grita Gina pulando no pescoço de sua futura cunhada.

 Nem eu estou acreditando! Olha só o tamanho do diamante que ele me deu! –disse Hermione retribuindo o abraço e exibindo o en
orme anel de brilhantes na sua mão direita.
As duas jovens nem cabiam em si de tanta felicidade. Hermione falou dos preparativos pro casamento, ia ser tudo feito como manda a tradição dos trouxas: com direito à festa, vestido de noiva, bolo de casamento e viagem de Lua-de-Mel.

 Faço questão que você seja a minha madrinha! Você com o Harry! –disse Hermione piscando, fazendo sua amiga corar.

 Não sei se isso vai dar certo... Você conhece o Harry! –respondeu ela olhando para os seus pés.

 Gina, vocês já não são mais crianças... Hogwarts ficou para trás, agora ele é homem feito, tem 23 anos, e vocês já passaram dessa fase!

 Ah... Tudo bem, não sei se isso vai dar certo, mas como é o casamento do meu irmão com a minha melhor amiga e futura ex-colega de quarto, eu aceito! –disse ela fazendo-se de rogada.

Do lado de fora daquele apartamento escondido bem no centro de Londres, podia se ouvir os risos de duas grandes amigas que comemoravam uma data muito feliz.







No Ministério, um certo jovem de cabelos vermelhos também era só sorrisos. Seu pai e seu irmão irritantemente certinho estavam comemorando com ele a novidade tão incrível.

 Finalmente você vai parar de enrolar a moça! –exclamou Percy.

 Não fale bobagens! Eu pelo menos tenho uma noiva! –disse Rony sarcástico.

 Meninos, não briguem! Hoje é dia de comemoração! –falou Arthur abraçando os seus filhos. –Sua mãe já sabe?

 Não! Mione e eu resolvemos contar para ela pessoalmente hoje à noite!

 Então vou mandar uma carta para Molly avisando que teremos visita para o jantar! Ela vai ficar doida quando souber da novidade! –exaltou-se ele dirigindo-se para o seu gabinete.

 Que novidade? –perguntou Harry entrando na sala abarrotado de papéis até o pescoço.

 Sabe quem vai casar? –precipitou-se Percy.

 Quem? –falou um Harry desinteressado procurando um espaço na mesa.

 Errr... é sobre isso que eu queria conversar com você... –disse Rony corando e bagunçando seu cabelo como fazia sempre que tinha algo sério para tratar.

 O RONY FINALMENTE VAI DESENCALHAR A HERMIONE!!! –gritou Percy, saindo da sala muito depressa para espalhar por ai as boas novas.

Tudo se passou tão rápido que Harry não teve como disfarçar seu estado de choque com aquela notícia, a novidade o atingiu em cheio no estômago assim como a pilha de papel que caiu sobre seus pés. Harry se abaixou para catar tudo tentando disfarçar a sua “surpresa”. Rony percebeu o estado do seu amigo, e o ajudou recolhendo a pilha do chão num passe de mágica.

 Eu sei como você se sente... Eu também não me acostumei com a idéia ainda! –disse Rony tentando arrancar um sorriso de Harry com o seu jeito descontraído de ser.

 É... são só sete anos de namoro, não é mesmo? –ele correspondeu a brincadeira. –Meus parabéns, cara... a Hermione é uma ótima mulher... –falou ele, ainda com um nó na garganta. –Só tem um probleminha... Essa pilha de papéis ai em cima é sobre a nossa missão...

 Como assim? Isso tudo ai é sobre uma missão apenas? –perguntou um Rony preocupado erguendo a sobrancelha.

 É a primeira missão importante de nossas carreiras...

 E do que se trata?

 Você nem vai acreditar! Lupin disse que passaria aqui logo para nos dar maiores instruções. Antes, ele quer que a gente leia um monte de planilhas e estatísticas que eles conseguiram do governo trouxa... eles estão precisando de ajuda.

 Trouxas pedindo ajuda? Isso parece muito sério... –falou Rony intrigado.

 É! Eles não fazem isso desde a Segunda Grande Guerra, lembra?

 Ouvi horrores sobre isso!

 Bem, basicamente, é sobre um ataque de vampiros. Os trouxas não acreditavam que eles ainda existiam até que, misteriosamente trouxas começaram a desaparecer à noite, dentro de suas próprias casas... O Ministério acha que eles já consumiram vilas inteiras! –disse Harry preocupado.

 Não acredito! Isso é impossível... Eles sabem quais as conseqüências para criaturas mágicas que atacam trouxas, sabem também as leis do estatuto que estão em vigência, então, porque fariam uma coisa dessas? –indagou Rony acerca dos fatos.

 Esse é o maior problema... eu acho que tem Comensal da Morte no meio!

 Vol...demort já morreu faz tempo! –disse Rony engasgando, como sempre, com o nome Daquele-que-não-podia-ser-nomeado.

 Remus também acha, não haveria outro motivo senão o retorno dele... Vampiros são escravos de sangue, um laço de servidão que só pode ser quebrado com a morte!

 Bem, acho que isso é tão incrível que pode ser verdade...






Os proclames do casamento correram muito rápido e logo todos estavam sabendo. À noite, na casa dos Weasley tudo era festa. Molly fez um banquete quando os pais da Hermione ligaram dizendo que viriam, mas eles não sabiam qual seria surpresa... Às sete horas, a lareira crepitava com a chama daqueles que chegavam pela rede Flu, enquanto na sala, a todo o momento se ouvia um estalido de gente aparatando.

Carlinhos, já casado com uma romena e com dois filhos pequenos, foi o primeiro a chegar. Molly, como sempre, ficou babando nos seus netos, que tinham um sotaque muito puxado. Enquanto Gina ajudava na cozinha, Hermione colocava a mesa. Os homens da casa esperavam ansiosos pelo jantar, mas o noivo ainda não havia chegado à Toca.






Enquanto isso, no Ministério, Rony e Harry destrinchavam toda aquela papelada. Harry explicava todas aquelas estatísticas de desaparecidos, porque Rony não entendia nada sobre a metodologia dos trouxas. Ele não estava muito concentrado, apenas olhava o relógio, enquanto desejava que Lupin adentrasse aquela porta a qualquer minuto. Ele pensava em Hermione e desejava poder estar lá com ela para contar a novidade à todos, pois se dependesse de seu pai e seu irmão, logo não haveria mais surpresa alguma para contar.

Eram oito e dez da noite quanto alguém bateu à porta e foi entrando sem rodeios. Remus J.Lupin, que agora trabalhava para o Ministério na seção de Regulamentação e Controle das Criaturas Mágicas, parecia mais abatido que o normal. Harry pode perceber o enorme esforço que ele fazia para estar ali. Em três dia, haveria Lua Cheia novamente e ele ficaria ausente por um bom tempo.

 Garotos, sejamos breves... –disse ele em seu tom paternal costumeiro. –Primeiro gostaria de dar os parabéns ao Rony, eu soube da novidade! –disse ela já abraçando o jovem rapaz, que de “garoto” só tinha o tom divertido de semre.

 Obrigado, Remus... Você está convidado para o nosso jantar de noivado!

 Mesmo? E quando vai ser? –perguntou ele surpreso com o convite.

 Para falar a verdade, é agora mesmo... –sorriu Rony dando a entender que estava atrasado.

 Oh, desculpem-me pela demora, mas as coisas estão esquentando lá na minha seção! Sobrou até pro Percy... Temos bruxos de toda a Transilvânia querendo migrar para a Grã-Bretanha atrás dos vampiros... Estamos recebendo inúmeros requerimentos de autorização para a caça de vampiros, mas como eles são protegidos por lei, isso não é permitido.

 E o que isso tem a ver com nós, Aurores? –perguntou Rony sem muito interesse.

 Essa é a questão principal! –disse Lupin empolgado. –Para que possamos vetar a caça predatória de vampiros, precisamos descobrir o porquê deles estarem atacando vilas inteiras de trouxas e até mesmo bruxos. Eles estão proliferando indiscriminadamente, e se não fizermos alguma coisa, logo teremos uma infestação e a única solução será a abertura de temporada de caça aos vampiros!

 E qual o problema? Se eles estão nos atacando, então que sejam eliminados... Cortamos o mal pela raiz! –respondeu Rony rindo, sem perceber a expressão horrorizada de seu ex-professor.

 Ah, sim! Deixamos que façam isso também com os lobisomens! Eles não tem utilidade nenhuma para a sociedade bruxa! –respondeu Lupin num tom ríspido e contrariado.

 Me desculpe! Não foi isso que eu quis dizer... –explicou-se Rony.

 Mas é isso que pode ser interpretado... –replicou Harry. –Você sabe como isso dá margem à discriminação e à corrupção de seres que são vistos como inferiores a nós... Temos que proteger a todos, independente da raça a que pertençam! Imagine se a Mione tivesse ouvido você falar daquele jeito... –falou Harry revoltado, deixando escapar a sua decepção para com o amigo.

 Nossa Harry, não precisava ser tão incisivo... Eu entendi o que vocês queriam dizer, vou fazer o possível para ajudá-lo Lupin! Daremos um jeito... –concluiu Rony.

Lupin saiu ainda meio contrariado, disse que apareceria na Toca lá pelas nove, quando finalmente tivesse terminado de despachar uma papelada muito urgente. Harry e Rony, depois disso, não trocaram uma só palavra, o que fez Ronald Weasley recriminar-se inúmeras vezes pelo que disse.

Harry sabia que não deveria ter sido tão drástico, que tudo aquilo era talvez até irrelevante, mediante ao fato de que todo bruxo puro-sangue pensaria da mesma forma. Mas Harry estava estressado com ele, sentia-se traído, e por isso não pode se conter quando teve uma chance de despejar sobre ele um pouquinho da sua raiva.

Mesmo após longos sete anos de namoro, Harry ainda não havia se conformado com o fato deles estarem juntos, já em Hogwarts ele começou a sentir-se abandonado pelos amigos, que agora viviam pelos cantos. Foi nessa época em que ele começou a namorar Gina, mas a sua paixonite por ela não durou mais que um ano, logo ele estava ocupado demais com a guerra que acontecia no Mundo Mágico e acabou por deixar Gina jogada pelos cantos.

Quando o reinado de Voldemort caiu, e ele foi finalmente banido para um lugar secreto de onde jamais poderia sair, Harry estava com esperanças renovadas, tinha seu emprego de Auror, sua independência e muita disposição para as garotas. Mas ao mesmo tempo em que sempre tinha alguma bonita jovem ao seu lado, ele se sentia cada vez mais sozinho e distante de Hermione... e Rony.

Era incrível como eles se amavam, e quando brigavam, era porque se preocupavam muito um com outro. Mas aquele relacionamento perfeito, cheio de carinho e felicidade plena deixava Harry se sentindo mais desesperançado. Mas agora Harry havia entendido o porquê... Sim, agora que o relacionamento deles seria finalmente consumado e sacramentado, Harry perderia de vez as suas esperanças de conquistar Mione....

 Vamos? –perguntou Rony, já vestindo o seu casaco.

 Aonde? –falou Harry sem pensar, ainda perdido em meio aos seus pensamentos.

 Oras! Pra Toca, Harry! Você ta surdo? –disse o amigo um pouco chateado. –Aposto que você não ouviu uma só palavra do que eu disse...

 Ouvi sim, mas estava muito concentrado nesses papéis...

 Ouviu nada! Nem reparou quando eu peguei tudo e enviei lá pra casa! –falou o amigo, agora emburrado.

Harry reparou que possuía em suas mãos apenas um convite para o baile dos Dias das Bruxas. Ele olhou confuso ao seu redor, tudo estava organizado, a pilha de papéis havia sumido, Rony estava pronto com a varinha em punho para aparatar, e ele ainda sentado na cadeira, pensando no que não devia. Rony era seu amigo, e ele tinha de estar feliz por tudo o que estava lhe acontecendo... mas simplesmente não conseguia!






N/As: Divirtam-se gente, e não se esqueçam de deixar comentários! A vossa opinião é muito importante para nós! Essa fic vai ser bem diferente, afinal é escrita por três garotas, e a gente promete ação e muito suspense do começo ao fim! Ah! Grandes reviravoltas também... o_ô



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