Cotidianos



Disclaimer: Se as personagens dessa fic nos pertencessem, nós seríamos duas inglesas cheias da grana que adoram fazer seus fãs e leitores quebrarem a cabeça para desvendar os mistérios e charadas que habitam as nossas mentes muito das excêntricas! E os nomes Susan e McFusty foram inspirados nas personagens de Silverghost. É claro, nenhuma música usada é de nossa autoria.

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Hogwarts! Como isso consegue soar familiar, não é mesmo? Quantas fanfictions vocês, prezados leitores, já tiveram a chance de ler em que este incrível castelo localizado em algum lugar da Escócia foi o cenário das aventuras? Presumo que muitas, não? Pois bem, então, sinta-se feliz em saber que com esta não vai ser muito diferente.

Estamos no ano de 1975 e há apenas algumas semanas do final de Dezembro, o que vai levar vocês, leitores, a concluírem que o inverno já chegou arrasando os estudantes e habitantes deste renomado estabelecimento. É uma manhã normal, céu cinzento, jardins abarrotados com centímetros e centímetros de neve e, no Salão Principal, centenas de estudantes lutam ferozmente contra o mal que insiste em nos assombrar todas as manhãs: jejum matinal...

Mas, afinal, do que nos interessa saber sobre o dia-a-dia da escola e de reles estudantes secundários? Quer dizer, para que perder mais o nosso precioso tempo narrando sobre a comida, sobre as roupas, sobres as maneiras pouco convencionais e a rotina deste local? Todos já estão cansados de saber que Hogwarts entre outras coisas é conhecida por oferecer um ótimo serviço de refeições aos seus alunos. Serviço este realizado brilhantemente pelos elfos domésticos sempre tão dispostos a preparar as mais deliciosas guloseimas e a mimar estudantes espertinhos demais para roubarem à cozinha. Todos já estamos simplesmente fartos da informação de que Hogwarts tem um uniforme composto por peças negras e acinzentadas, apenas decoradas com algumas cores que dependem muito da casa na qual a aluno foi escalado para viver a partir de seu primeiro ano letivo. Então para que continuar batendo na tecla de que todos vestiam o mesmo uniforme, com os mesmos modelos? E é claro que todos já estão saturados da informação de que Dumbledore era um diretor muito do excêntrico. Cheio de pronunciamentos sem sentido antes das refeições e recados com pouco senso, ele, sem sombra de dúvida, continuava diferenciando Hogwarts das demais escolas. Por isso, vamos colocar estas trivialidades de lado e deixar que alguns importantes fatos e nossas estrelas sejam devidamente apresentados.

Bem, primeiramente, sentados na grande mesa localizada no extremo leste do salão estavam aqueles considerados por todos, ou no mínimo por muitos, a Realeza Apocalíptica do colégio e Causadores Oficiais do Caos. Ninguém mais, ninguém menos, meus queridos leitores, que Potter, Black, Lupin e Pettigrew. Nada mais ilustre do que James, Sirius, Remus e Peter. Os inigualáveis Prongs, Padfoot, Moony e Wormtail. Ou, para resumir esta palhaçada toda, simplesmente os Marotos que, como eu ia dizendo, estavam sentados tomando calmamente, ou quase, o café da manhã. Conversando, aparentemente, sobre alguma frivolidade qualquer enquanto serviam-se educadamente, por assim dizer, de torradas e suco de abóbora. Uma cena bem comum, singela e inofensiva aos olhos de muitos, se não estivéssemos tratando de quem estamos.

- Elementar meu caro Wormtail, elementar. – Potter sorriu ironicamente para o amigo, olhando-o pelo conto dos olhos escondidos por trás da armação arredondada de seus óculos.

Ok! Uma cena destas, por mais corriqueira que seja e por mais inocente que possa parecer não pode ser vista com bons olhos e, realmente, não estava sendo. Pelo menos não pelos olhos atentos e verdes de uma ruiva esquentada não muito distante de onde a possível “trama” estava nascendo.
Lily Evans, nosso belo lírio rubro, estreitou mais as pálpebras, coçando pacientemente o queixo enquanto continuava a observar seus companheiros de casa e série.

– Há algo de podre ali! – a ruiva comentou baixinho alguns segundos após uma grande análise. – Tenho certeza! – bateu com os punhos na mesa, alterando-se e assustando Alice, uma amiga, sentada ao seu lado.

- Lily! – a garota não conteve uma exclamação desgostosa, colocando imediatamente a tortinha no prato e recostando a mão sobre o peito, medindo os batimentos. – O que foi? – perguntou meio arfante, com o peito subindo e descendo de maneira descompassada.

- Potter! – respondeu, lívida de ódio e lançando um rápido olhar para a amiga antes de voltar a, furtivamente, observar seu grande desafeto. – Veja! – indiciou com um aceno de cabeça a posição dos suspeitos. – Alice, eles estão definitivamente tramando. É claro...

Piscando um tanto e apenas se contentando em olhar por breves segundos para os garotos, Alice resolveu terminar, ou pelo menos morreria tentando, seu café.

“Pobre menina ingênua” era o que pensava Lily naquele momento. Como a amiga não conseguia perceber a aura de problemas que envolvia aqueles rapazes? “Como?” ela se perguntava. Definitivamente Alice estava cega, definitivamente. Pelo menos era isso que Lily acreditava e eu, esta humilde narradora que vos fala, também.

Promovida à monitora no ano anterior, Lily Evans era o tipo de garota sempre disposta a manter a ordem natural das coisas. Justa com os fracos, indefesos e delinqüentes, pelo menos era como considerava alguns de plantão, esta incansável grifinória de pouco mais de dezesseis anos estava sempre pronta a cumprir com extrema dedicação todos os deveres que lhe eram incumbidos e a ficar de olho em figurinhas carimbadas do colégio. Figurinhas estas que, presumo eu, já devem ter quase completa certeza de quem sejam.

- Alice, francamente... – Lily meneou a cabeça, pegando um pedacinho de pão fresco e cortando-o com as mãos em pedacinhos ainda menores que pudessem ser levados à boca e mastigados sem nenhum grande esforço. – Você é uma ingênua! – comentou, colocando aquele pedacinho de pão na boca e deixando que seus instintos naturais fizessem seu trabalho.

- Merlim! – Alice rodou os olhos, segurando um grande suspiro e tentando voltar sua atenção à tortinha.

- Falo sério! – continuava a cortar o seu pão e a falar com a amiga, não demonstrando nenhum tipo de abalo em relação às atitudes puramente desinteressadas desta. – E esta ingenuidade toda só se deve ao simples fato de...

- Não sou ingênua! – resolveu falar e assim interromper a monitora antes que esta começasse com mais um de seus discursos. – Apenas não quero chegar ao ponto de ver uma conspiração em potencial estampada na face de qualquer um que seja. – Alice resolveu arriscar-se após aquelas palavras, olhando disfarçadamente para a amiga e percebendo o efeito que elas haviam produzido. – Desculpe-me, mas... – mordeu o lábio inferior, mas se manteve firme. – Você deveria relaxar mais!

- Relaxar? – perguntou, com seus olhos verdes ainda refletindo sua perplexidade. – Não é questão de relaxar ou não! – defendeu-se.

- Não é? – questionou, levantando a sobrancelha desconfiada para a ruiva.

- É claro que não! – colocou o pão no seu prato, cruzando os braços e direcionando seus olhos esverdeados aos castanhos da amiga. – É apenas uma questão de que Potter e os outros...

- Potter... – foi a vez de Alice cruzar os braços, soltando mais um suspiro. – Esta é mais uma coisa que eu gostaria de comentar.

- Potter? – perguntou-se confusa, coçando a ponta do nariz com o polegar.

- Exatamente! Foi exatamente isso que ouviu. – disse à ruiva.

- O que tem ele? – Lily logo perguntou, mesmo sabendo que a resposta da outra seria algo que não a agradaria. Algo que não a agradaria nem um pouco, para ser mais exata. Pressentia isso.

- Já pensou em parar, só por alguns instantes, de falar sobre a pessoa dele? – Alice resolveu que diria isso na lata, sem demonstrar piedade alguma para com a amiga.

- O QUE? – a monitora arregalou os olhos, fazendo menção de levantar-se subitamente, mas acabou por desistir no meio do caminho. – O que disse? – indagou um pouco mais baixo, voltando a se sentar e amaldiçoando-se internamente por seu ato anterior ter chamado, de certa maneira, atenção demais para si.

- Já pensou em não falar sobre o Potter? Amigos dele? Atitudes dele? Sobre ele e o que o cerca? – Alice ia falando e atingindo com flechas certeiras um cadáver de Lily Evans já estirado no chão com uma bandeira branca no peito.

- Ok! Ok! Ok! – fez um aceno rápido com a mão, mostrando que já havia entendido.

- E então? – Alice inclinou-se um pouco, chegando mais perto da amiga que encarava desolada as próprias mãos.

- Eu não falo exageradamente sobre o Potter! – foi tudo o que Lily respondeu, fechando as mãos depositadas no colo e assim, deixando bem claro o quão odiosa se sentia com o simples fato do nome Potter ser mencionado.

- Imagina! – Alice rodou os olhos, deixando mais evidente o tom naquela simples exclamação.

- Isso não é verdade! – Lily levantou um tanto a cabeça e lançou um olhar horrível para a amiga que não se deu ao trabalho de responder uma obviedade como aquela. – Ok! Talvez um pouco... – suspirou, fechando os olhos. – Mas tudo isso pelo simples fato do Potter conseguir me enlouquecer. – fechou um pouco mais os punhos. – Eu preciso me aliviar de certa maneira. – desculpou-se.

- Sei... – apenas sorriu, não se dando ao trabalho de comentar. Às vezes Alice sabia realmente como provocar a amiga.

- É sério! – agora havia levantado a cabeça por completo, fazendo alguns dos seus fios escarlates se movimentarem. – Potter consegue me enlouquecer... – parecia muito convicta do que dizia além de um tanto desesperada.

Diálogos a parte, creio que a palavra agora deva ser passada mais uma vez a mim, esta ilustre narradora, que melhor do que ninguém pode ajudar a clarear as idéias e possíveis confusões instaladas na cabecinha de vocês, queridos leitores, por nossas adoráveis personagens. Lily Evans, a mesma admirável monitora de outrora, além de inteligente, esperta, bonita, altiva e extremamente esforçada era uma garota sem muitos problemas. Sua inteligência dava conta de seus assuntos escolares, sua esperteza ajudava-a a superar acontecimentos cotidianos, sua beleza fazia com que rapazes não fossem lá um problema para ela e todo o seu esforço sempre era devidamente reconhecido. Sim, Lily Evans era uma menina abençoada com uma invejável vida de tranqüilidade. Ou, pelo menos, quase, já que alguns fatos não podem ser simplesmente ignorados.

- Enlouquecer? – Alice não pode conter uma risada malvada. – Sabe que isso soa extremamente comprometedor, não?

- Muito engraçado! – bufou, franzindo o cenho.

Perseguição! Alguém aqui já se sentiu isso na pele? Para a turminha do sim, não vale a pena comentar nada, afinal, vocês já sabem sobre o horror que estou falando. Agora, para a turminha do não, só posso dizer que vocês não fazem idéia da sorte que tem. Sorte esta que, infelizmente, Lily Evans não possuía.

- Precisava ver a sua cara quando soltou este “enlouquecer”! – apertou a barriga com os braços, rindo ainda mais. – Estava impagável!

- Menos, menos... – ainda irritada, Lily balançava a mão tentando aparentar um profundo descaso em relação aos comentários da outra. – Já deu!
Sim, nossa heroína conhece muito bem o que significa ser perseguida e, para o seu completo desespero, esta tal perseguição não era fruto de colegas vingativos, professores sedentos por humilhação alheia ou exemplares paranóicos do sexo frágil. Não, não e não! O problema de Lily era pior, muito pior, quase uma crueldade.

- Ai, Lily... – suspirou Alice, engolindo o riso e tentando se acalmar. – Você deveria confessar logo!

- Hã? – indagou confusa, fechando os olhos e esfregando as pálpebras com os dedos. – Confessar o que?

- Potter! – deu um sorriso simpático para a ruiva, deixando uma covinha nascer na sua bochecha direita. – Você é afim dele, não?

- COMO? – desta vez Lily não se conteve e levantou violentamente da mesa, quase derrubando o copo a sua frente no chão.

Potter, James Potter ou ainda Prongs para os íntimos. Este rapaz, este clássico exemplar do sexo masculino e suas constantes investidas eram os maiores e desumanos problemas que Lily enfrentava dia após dia, mês após mês, ano após ano. E por mais que nossa ruiva se empenhasse em maltratá-lo, por mais que disparates fossem proferidos pela boca da monitora, por mais que “não” fosse a única e absoluta resposta dada cada vez que Potter a chamava para sair, ainda assim, seguindo a risca todas as expectativas, Potter não desistia de chamá-la para um encontro.

- Ah! Vamos Lily! – Alice ignorou por completo o chilique da outra, apanhando o guardanapo e limpando o canto da boca.

- ... – a monitora apenas piscou como resposta, não encontrando palavras que pudessem expressar seus sentimentos.

- Lily? – levantou um tanto a cabeça, percebendo nenhuma reação dela. – Lily? – com o indicador direito, Alice cutucou-a.

- Não me toque... – foi tudo o que a ruiva conseguiu proferir entre os dentes, lançando um olhar maligno para a (ex) amiga.

- Seja lá o que você tenha dito ou feito... – uma voz masculina foi captada pelos ouvidos das duas, fazendo com que Alice se virasse meio surpresa para encarar o rapaz que lhe falava e Lily aliviasse um tanto a carranca. –
Pegou pesado!

- Frank! – exclamou uma Alice um tanto surpresa, levantando-se subitamente e abrindo um sorriso para o garoto a sua frente.

- Olá! – deixou-se ser abraçado pela morena, virando o rosto para encarar a ruiva. – Evans! – cumprimentou-a com um leve aceno de cabeça.

- Lo-Longbottom. – educadamente, ou pelo menos tentando ser, Lily cumprimentou-o de volta. – Como tem passado?

- Ótimo! – Frank estampou um sorriso em sua face, afagando os cabelos de Alice, sua namorada. – Melhor impossível, eu diria. – sentiu que a garota finalmente havia o soltando e por isso dirigiu sua atenção a ela, acariciando as suas bochecha com o polegar e dando uma leve apertada. – E você, Evans? – perguntou, alargando o sorriso e encarando a companheira.

- Ótima! – Lily respondeu com o mesmo tom anterior, cruzando os braços. – Eu acho... – completou com um murmúrio mais para si mesmo do que para o outro.

- Onde estava? – indagou uma Alice sorridente e apaixonada para o namorado. Lily agora tinha certeza de o quão bobinha sua melhor amiga poderia ser. – Senti saudades!

- Saudades? – o rapaz riu-se. – Ora! Mas nos vimos ontem antes de dormir. – balançou horizontalmente a cabeça. – Estava tomando café. – contou.

- Sei... – beliscou a cintura dele, fazendo-o exclamar incomodado.

- É sério! – ele segurou o punho dela, fazendo-a parar.

- Mentiroso! – com a mão livre, Alice deu um tapinha no braço dele e um ruído estalado foi produzido.

- Ora, ora, ora... – suspirou a ruiva, resolvendo entrar na “discussão” daqueles dois. – Ly, já chega! – descruzando os braços, passou uma perna para o corredor do salão e logo depois a outra. – Se sabe o que ele vai responder e tem certeza de que é mentira, por que ainda pergunta?

- Obrigada pelo apoio, Evans! – usando um tom simpático demais para estar
sendo verdadeiro, Frank soltou o punho da namorada e virou-se para a ruiva.

- Disponha. – piscou, seguindo até o casal e depositando a mão no ombro da amiga. – Bem, já interrompendo vocês... – disse, ficando mais séria. – Vamos Alice! Ainda temos que apanhar umas coisas lá em cima e seguir para a primeira aula.

- É... – Alice concordou com a amiga, separando-se meio murcha do namorado. – Tem razão! – fez um biquinho.

- Merlim! Deixa disso... – Lily rodou os olhos, puxando a amiga pelos dois ombros e a empurrando em direção à saída do Salão. – Ainda vão se ver o dia todo! – meneou a cabeça. – E ande direito!

- Tchau! – riu o rapaz, acenando para a namorada e a amiga.

- Tchau! – virando apenas o rosto, mandou um beijo para o namorado e endireitou-se. – Até mais!

- Até! – despediu-se também a monitora, acenando para o rapaz e apertando o passo.

E assim se vai nossa estimada heroína, acompanhada de sua fiel escudeira,
atravessando o portal do Salão principal e seguindo seu caminho até a Torre Norte, refugio dos grifinórios. Pois bem leitores! Parece que a nossa dose de lírios perseguidos acaba por aqui. Porém, não se desesperem pensando em um final eminente para este capítulo. Não, não e não. Ainda temos muito que contar, seja com a nossa ruiva presente ou não...

Assim que as silhuetas da namorada e da monitora sumissem de sua vista, Frank foi logo tomando o seu rumo, caminhando tranqüilamente até onde sabia que seus companheiros deveriam estar. Pobre rapaz! Pobre rapaz inocente que, sem fazer a mínima idéia, tinha seus passos seguidos um a um por uma figura feminina ruiva sentada a alguns metros de onde ele encontrava-se outrora. Figura esta que atendia pelo nome de Sophie McGonagall ou ainda Sophi para os íntimos.

- Quem diria?!– exclamou Sophie, não demonstrando muita animação em suas palavras e ainda acompanhando o rapaz com o olhar. – Digo, parece que estão realmente firme, não? – comentou com alguém ou algo ao seu lado, apoiando o queixo nas mãos e suspirando preguiçosamente.

Meus caros leitores, se bem me lembro, mencionei no terceiro parágrafo deste capítulo que “nossas estrelas seriam devidamente apresentadas” e um pouco mais acima que “ainda temos muito que contar, seja com a nossa ruiva presente ou não”. Bem, é com extrema satisfação e alegria, ou não, que lhes informo que mais uma importantíssima figurinha de nossa trama, embora vocês ainda não saibam, acabou de dar o ar de sua graça. E é por isso mesmo que, vocês querendo ou não, mais uma vez aqui vou eu me intrometer nesta conversa e apresentar-lhes logo quem deve ser apresentado.

A primeira vista podemos dizer que uma montanha de pães, tortinhas, torradas, cookies e alguns doces é tudo o que se pode ver devidamente posicionado ao lado da ruiva lasciva. Algo muito estranho, diga-se de passagem, para qualquer um que passasse e se deparasse com a garota tagarelando com uma pilha de alimentos. Porém, um bom observador, após algum tempo de análise, poderia concluir que além de pães, tortinhas, torradas, cookies e alguns doces, um cocuruto negro encontrava-se por detrás dessa montanha que já havia deixado de ser um café da manhã e se tornado uma indecência.

- Hum! E você se incomoda com isso? – respondeu Susan, mais conhecida como o “alguém” ao lado da ruiva, apanhando um bolinho.

Possuidora de grandes e raros olhos verde cítrico, o cocuruto negro, Susan Potter ou simplesmente Susan era uma típica e saudável menina de quinze anos de idade que dividia seu tempo entre indagações existenciais e seu quinto ano na Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts, assim como qualquer outra adolescente. Gulosa como só ela, como já devem ter percebido, Susan tinha a invejável capacidade de empanturrar-se de guloseimas e nunca ter seus números aumentados. Porém, esta peculiar capacidade de nada servia nos seus dias negros, onde seu humor era extremamente mutável; nem sua potencial beleza ou qualquer outra coisa serviam para levantar sua alto estima. Bem, quem sabe, uma grande barra de chocolate. Quem sabe?

- Me importar? – perplexa com a indagação da outra, Sophi olhou a amiga pelo canto dos olhos. – Ora! E por que deveria? – levantou a cabeça, piscando um tanto e não compreendendo ao certo o que a outra queria lhe dizer.

- Sim! – respondeu Susan com simplicidade, acabando rapidamente com seu bolinho e apanhando um cookie que julgou ter uma ótima aparência. – Pela maneira que comentou sobre isso... – deu com os ombros, apreciando o petisco e provando-o logo depois.

- Hum! – deu com os ombros também a ruiva, olhando para o café da manhã da amiga e apanhando sem permissão uma torrada. – Até parece! – suspirou meio divertida, mordendo a torrada e engolindo-a após alguns segundos. – Você fala como se Frank Longbottom algum dia tivesse sido mais do que um passatempo para mim...

- Sophi! - meneando a cabeça, Susan riu-se do comentário da amiga. – Ok! Ok! Ok! – resolveu ignorar o comentário da ruiva, mesmo não acreditando que Sophi considerava Frank só uma diversão. Quer dizer, eles passaram mais ou menos uns três meses saindo juntos, como poderia ser só uma diversão? Mas, pensando melhor, vindo de Sophi e de seus extintos predatórios, isso podia bem ser uma verdade também. E agora? Estava confusa...

- Falo sério! – replicou a ruiva de olhos castanhos, apanhando mais uma torrada. – Eu não seria tola o suficiente para ter qualquer interesse mais profundo pelo Longbottom. – neste ponto da conversa, pareceu lembrar-se de algo e abriu um sorriso malicioso. – Além do mais... – comentou, rindo divertida logo depois.

- Além do mais? – Susan sentiu sua curiosidade ser aguçada, tanto pela expressão quanto pelas palavras com alguma mensagem obscura ditas pela amiga. – O que? – mandou pra dentro o último pedaço de seu cookie, apanhando o copo de leite ao lado e tomando um grande gole.

- Hã? – levantando a sobrancelha, Sophie virou o rosto para a amiga. – O que? – riu mais uma vez, apanhando uma terceira torrada e mordendo-a com gosto. – Ora, nada! – falou fazendo charme, inclinando um tanto a cabeça em direção ao ombro direito e alargando mais ainda o sorriso.

- Sei... – olhando feio para a amiga e a terceira torrada roubada de seu café, Susan trouxe o seu prato para perto de si. – Segredinhos, pelo o que vejo? – comentou desgostosa.

Se havia uma coisa que Susan, assim como seu irmão mais velho, nosso já tão conhecido e estimado James Potter, simplesmente não suportavam era que, de certa maneira, seu instinto curioso natural fosse minado em qualquer situação. Susan era muito curiosa, curiosa ao extremo para dizer a verdade. E esta curiosidade, sendo uma qualidade ou um defeito, era uma das pouquíssimas características que compartilhava com seu irmão. Sim, os irmãos Potter não eram lá indivíduos muito parecidos, porém, eu, como narradora, posso confirmar que isso de forma alguma havia se tornado um obstáculo para a boa convivência e cumplicidade existente entre eles.

- Ah! Vá Susie... – Sophie fez um sinal qualquer de descaso com os ombros. – Até parece que você não tem seus segredinhos também! – com um sorriso de canto, provocou a amiga.

- Não são segredos... – rodou os olhos, apanhando um novo copo e enchendo-o com suco. – É que eu realmente não tenho lá nada de novo para contar a você! – percebendo a amiga segurar agora um copo limpo, serviu-a também. – Digo, eu não levo uma vida tão animada...

- Vida animada? – desta vez Sophie não conteve um pequena gargalhada. – Ora, não sei aonde vê tanta animação, minha querida. – sinalizou de leve com a cabeça, indicando para a amiga que já havia suco suficiente em seu copo e que estava satisfeita. – Vida animada aqui quem deveria ter é você, já que... – mordeu o lábio inferior, não pensando muito e logo pulando em cima da morena, sussurrando algo em seu ouvido.

Gradativamente, Susan pôde sentir seu rosto mudar do branco tipicamente europeu para um escarlate vivo. Seja lá o que Sophie tenha dito a ela, vocês leitores, podem perceber que causou um profundo constrangimento na nossa mocinha e este constrangimento é mais uma daquelas característica que somente a caçula Potter acabou desenvolvendo. Já que, como sabem, James é um tremendo cara de pau...

- Sophi! – afastou-se rapidamente da amiga, olhando-a meio perplexa com seus olhos cítricos e mordendo o interior da bochecha. – Eu e o Joe, bem... – não terminou a sentença, pois o sorrisinho que se estampou no semblante da amiga era um sinal claro que ela já havia entendido.

- Você e o Jay só são lerdos demais! – arrumou-se no banco, ainda olhando a amiga pelo canto dos olhos e aproveitando-se da distração dela para roubar mais uma torrada. – Se eu tivesse Joe McFusty como meu namorado... – suspirou.

- Se você tivesse Joe McFusty como seu namorado? – Susan falou entre os dentes, colocando as mãos na cintura.

- Talvez eu aproveitasse melhor as minhas oportunidades... – falou a ruiva com simplicidade e clareza, mordendo a torrada a piscando em cumplicidade para a amiga. – E uma vida animada, é claro!
Permanecendo estática por alguns segundos, Susan foi relaxando a expressão facial, o que contribuiu para que um belo sorriso fosse estampado em seus lábios. Pelo que parecia, Sophie jamais tomaria jeito mesmo.

- Ok! Eu já entendi... – aproximando-se mais uma vez dela, Susan colocou a mão sobre o ombro da ruiva. – Já está na hora de Jay e eu termos uma conversa séria. – riu.

- Na hora? – Sophie finalizou aquela torrada, pegando o seu copo e sorvendo o liquido ali contido. – Acredite, eu não estou exagerando em dizer que esta hora já passou há muito tempo. Mas não se sinta mal por isso... – recolocou o copo sobre a mesa. – Eu ando marcando bobeira também!

- Ah! É mesmo? – apertou o ombro da amiga, muito interessada em seu comentário anterior.

- Aham! – suspirou, fazendo-se de coitadinha. – Mas nada de ir se animando com esta informação, só lhe contarei quanto tiver plena certeza do que quero. – com o indicador direito, apertou a ponta do nariz da morena, provocando-a mais uma vez. – Eu juro! – abriu um largo sorriso, dando um pulinho no banco e fazendo menção de assaltar mais uma outra torrada...

- Ok! – Susan, em um movimento rápido, bateu com as mãos na mesa, assustando a amiga que acabou por recolher a mão. Ótimo, assim ela não roubaria mais suas torradas. Esta seria sua vingança pela curiosidade aguçada e não saciada pela amiga. – Só espero que tenha cuidado sobre o que está fazendo e com quem está fazendo.

- Pode deixar... – Sophie rodou os olhos, apoiando o queixo nas mãos e voltando a aquela mesma posição de outrora. – Mas não posso deixar de dizer que ele é quem deveria se cuidar. – piscou algumas vezes, contendo um sorriso malicioso em seu íntimo e encarando agora uma figura um pouco mais distante e interessante que Frank Longbottom.

- Sophi! – não agüentou, caindo na gargalhada, mas deixando a companheira absorta em seus estudos sobre sua próxima vítima.

Deixando um pouco os assuntos e interesses de nossas personagens, vamos fazer deste parágrafo aqui uma espécie de descrição sobre o espaço onde nossas ações e apresentações estão acontecendo. Como disse anteriormente, logo no início do capítulo, sendo mais exata, estamos no grande Salão do Castelo de Hogwarts. Localizado no andar térreo do colégio e tendo sua entrada logo à direita da entrada principal do colégio, este lugar espaçoso era o ponto onde alunos e professores encontravam-se e socializavam-se durante todas as refeições e algumas comemorações. Possuía dois compridos corredores que terminavam próximos a mesas dos professores disposta na horizontal e um fascinante teto encantado para imitar o céu durante belas noites estreladas. Outras quatro mesas, estas muito maiores do que a mesa dos professores e destinadas para o uso dos alunos, estavam posicionadas na vertical do salão, formando os dois corredores anteriormente citados. Destas quatro mesas, podemos dizer que, na verdade, apenas duas delas vão realmente nos interessar: a localizada no extremo leste do salão e a localizada no extremo oeste. A mesa do leste, como já pode ter percebido, era destinada aos alunos representantes da Grifinória. Já a mesa localizada no extremo oeste, área menos iluminada de todo o salão, destinava-se aos alunos da Sonserina.

- Hum! Sabe? – disse o sonserino de cabelos negros e olhos azulados, suspirando incomodado. – Sinto alguém me observar! – comentou, remexendo-se no banco.

- Ai, Reggie! – Narcissa soltou a pena rosada que tinha em mãos e fechou os olhos. – Já chega! Já sabemos disto! Você já nos falou... – bufou irritadíssima.

- Falei é? – perguntou o menino, piscando um tanto e não aparentando importar-se com a irritação da prima. – Não lembro! – deu com os ombros.

- Falou! – disse a loira entre os dentes, apanhando sua pena e recomeçando a escrever no diário. – Ele não falou, Sarah? – inconscientemente, envolveu a melhor amiga na discussão, procurando algum tipo de apoio.

- Hã? Oui? – um tanto quanto perdida, Sarah virou-se para frente, encarando assim Regulus e Narcissa. – Como? – não havia prestado um minuto se quer de atenção nos amigos ou nos assuntos que eles discutiam. –Pardon, eu não ouvi... – desculpo-se.

Queridos leitores, parece que chegamos à nossa última estrela do sexo feminino da história: Sarah Malfoy. Ao contrário de muitas fanfictions por aí que colocam nossos descendentes desta linhagem como vilões, nossa querida Sarah não é nenhuma garota que irá roubar o homem, o macho reprodutor, ou o namorado de outra garota. Não, não e não! Patifarias neste estilo não fazem o feitio desta romântica e sonhadora adolescente. Por isso, sugiro que deixem os preconceitos e free your mind para novas possibilidades.

-Ora! – Narcissa interrompeu sua escrita mais uma vez, olhando um tanto aborrecida para a amiga. Se havia uma coisa que ela simplesmente não suportava era ser ignorada, de qualquer maneira que fosse. – Estava comentando de como Regulus anda repetitivos ultimamente... – resumindo um pouco a história e até a deturpando, de certo modo, a Black colocou a amiga a par da situação. – Você não concorda?

- Concordo? – Sarah passou mão pelos seus cabelos lisos e platinados, colocando uma mecha que caia em seus olhos para trás da orelha. – Não, sei! Não reparei... – piscou um tanto, não respondendo de acordo com as perspectivas da amiga.

- Viu? – meio bicudo, chamou a atenção da prima. – É tudo implicância sua!

- Não é não! – colocando a mãos na cintura, Narcissa franziu o cenho e encarou cheia de marra o primo.

- Será que dá para parar com isso? – com seu típico tom delicado, porém imperativo, Sarah rodou os olhos e “pediu” logo que o casal de primos cessasse com um daqueles inícios de discussão que freqüentemente viravam batalhas verbais entre os dois e que sempre a envolviam de uma forma ou de outra.

Tendo a mesma cor de cabelo e de olhos de seu irmão mais velho, Lucius Malfoy, Sarah era a típica princesinha do papai, que gostava que tudo fosse do seu jeito. Apesar disso, a sonserina do quinto ano era uma verdadeira amiga para os que ela considerava dignos de seu respeito e de sua atenção. Tendia a ser um tanto rabugenta, mas isso pode ser devidamente ignorado já que, qual é a menina rica, mesmo sendo criada sob fina e nobre educação, que nunca teve os seus acessos de rebeldia?

- Ok! – disse Narcissa baixinho, completamente contrariada e levemente constrangida.

- Foi ela quem começou! – comentou Regulus, em uma tentativa de livrar-se de qualquer acusação que fosse.

- Olha aqui seu...

- Por favor? – Sarah mordeu o lábio inferior, fechando os olhos e pedindo um pouco mais grossa. – SIM? – pressionou. Não sabia explicar o porquê, mas aquilo hoje estava a irritando bem mais que o normal. Talvez tivesse que resolver com mais urgência certos assunto, talvez. – Pardon... – acabou por se desculpar quando viu os amigos encarando-a um tanto admirados. – Pardon... – repetiu, fazendo um movimento qualquer com as mãos e virando o rosto em outra direção, encarando o limbo.

Com uma atitude tão estranha quanto aquela vinda de Sarah, afinal não era lá todo dia que ouviam um pedido de desculpa ser pronunciado pela boca dela, Regulus e Narcissa trocaram alguns olhares e resolveram que uma trégua provisória seria mesmo o melhor que poderiam fazer.

- Sa-Sarah? – arriscou-se Regulus alguns segundos depois, assim que percebeu que Sarah não sairia de seu novo transe se não fosse chamada ao mundo real.

- Oui? – ainda olhando para um ponto qualquer, Sarah respondeu em um suspiro. – O que foi agora? – perguntou, já em seu tom habitual.

- Hum! Sarah... – foi a vez de Narcissa falar, fechando seu diário e estendendo uma das mãos para a amiga. – Tudo bem?

Surpreendeu-se tanto com a ação e pergunta repentina da amiga. Piscando algumas vezes, Sarah encarou tanto Regulus quanto Narcissa pelo conto de seus olhos cinza.

- Es-estou! – finalmente respondeu, após alguns segundos de um silêncio desconfortável. – Por quê? Não apareço bem? – apanhou a mão estendida da amiga e deixou que esta massageasse seus dedos.

- Tem alguma coisa que queria contar pra gente? – Regulus resolveu ir mais direto ao assunto e dispensar rodeios. Não tinha lá muita paciência para trivialidades e quanto antes ele e a prima descobrissem o que a amiga tinha, mais rápido a questão se resolveria.

- Não, não! – meneou a cabeça, dando um sorrisinho sincero para o garoto. – Eu só estou um pouco distraída, só isso.

- Distraída? – perguntou Narcissa, mostrando-se disposta a fazer a amiga falar qualquer coisa que fosse. – Distraída com que? – alisava as costas da mão de Sarah.

- Algumas coisas... – de inicio deu esta resposta um tanto quanto vazia. Mas assim que percebeu pelo olhar de Narcissa que ela não se renderia até que soubesse realmente o que eram estas coisas, Sarah deu-se por vencida. – O Sr. Za... – teve um sobressalto. – Edward veio conversar comigo ontem de tarde. – revelou.

- Edward? – Regulus perguntou-se um tanto confuso, tentando lembrar quem raios era Edward. – Ah! Zabini! Amigo de seu irmão, não é? – sim, Edward Zabini. Agora ele havia recordado.

- Ow! Edward! – os olhos grandes e azuis de Narcissa estavam brilhando medonhamente quando disse estas palavras. – Então já estão assim, não é? – abriu um sorrisinho no canto dos lábios.

- Assim? – Sarah parecia um tanto quanto confusa. – Assim como?

- É! Assim como? – Regulus também perguntou, não compreendendo o sorrisinho e o comentário estranho da prima.

- Ora! Não é obvio, Sarah? – rodou os olhos. – Por que está o chamando assim? – resolveu que não iria expor logo de cara os fatos para a amiga, queria fazê-la compreende-los.

- De Edward? – Sarah continuava sem compreender aonde é que a amiga queria chegar e o que pretendia. – Porque ele me pediu! – resolveu dar corda para a outra e respondeu de uma maneira simples, sem contar nenhuma história sobre o acontecido.

- E você acha normal que um cara mais velho te peça para chamá-lo pelo primeiro nome? – Narcissa continuava.

- Bom, na verdade não muito, mas... – deu com os ombros. – Ele é amigo do meu irmão, afinal.

- Ele é amigo do seu irmão, mas mesmo assim isso não é algo nada usual. – comentou. - Acredite!

- Sei! Mas o que isso tem a ver? – indagou Regulus, ainda absorto na conversa.

- Bem... – Narcissa soltou a mão de Sarah, arrumando-se no banquinho e passando a mão pelos fios dourados e cacheados de seu cabelo longo. – Eu tenho quase certeza de que ele está, simplesmente, caidinho por você! – terminou seu veredicto com um sorriso de orelha a orelha e com uma estranha pose de mulher madura entendida sobre a vida.

- O-o-oque? – Sarah assustou-se com a declaração da outra. – Ci-Cissy! – abriu e fechou a boca algumas vezes antes de conseguir dizer alguma coisa. –
Você está louca?

- Caidinho? – pressionando a barriga com os braços, Regulus havia entrando em uma crise de riso um pouco antes que a prima terminasse sua fala. – Você enlouqueceu? – não estava agüentando aquilo.

- O que foi, Regulus? – sentindo seu sorriso se desmanchar gradativamente e uma expressão irritada tomar conta de sua face, Narcissa virou-se lívida para encarar o primo que estava se contorcendo. – O que há de errado nisto? Acha que ele não pode gostar da Sarah?

- Não, não... – teve que respirar fundo, ainda rindo e tendo dificuldade para responder. – Mas só porque ele permitiu que ela o chamasse pelo primeiro nome não significa nada disto que você está falando...

- É, é... – já um pouco mais calma, Sarah concordou com amigo. – Devo concordar com ele sobre isso, Cissy. – sentiu suas bochechas corarem levemente. – Quero dizer, não sei se Edward realmente gosta de mim, baseando-me em uma evidência como esta...

- Isso porque você é uma boba que não quer enxergar aquilo que está na sua cara. – Narcissa voltou a ignorar Sarah, sem se importar com o primo e a sua gargalhada. – Você ainda vai ver só, Sarah! Um dia você vai namorar com Edward Zabini e eu vou jogar na sua cara que já havia previsto isso. – um sorriso voltou a povoar sua face. – E neste mesmo dia...

- Neste mesmo dia? – Sarah não estava conseguindo acreditar que Narcissa estava falando asneiras como aquelas, mas resolveu não contrariar.

- Neste mesmo dia eu também vou estar ao lado do meu Lucius! Aiai!– fechando os olhos, suspirou apaixonada.

De repente, quando a simples menção do nome Lucius Malfoy foi pronunciada, Regulus que até então gargalhava gostosamente, acabou levando uma espécie de sustou ou qualquer coisa parecia, que o fez engasgar e substituir a crise de riso por uma crise de tosse.

- REGGIE! – olhando preocupada para o amigo, Sarah levantou-se da mesa, dando alguns tapinhas das costas do rapaz. – Reggie! Respira!Respira! – pedia.

- Cof! Cof! Cof!

- Ai Lucius! – Narcissa continuava a suspirar, pensado no irmão mais velho da melhor amiga e em sua aparência um tanto exótica. – Ia ser perfeito! – completamente aérea e avulsa do que acontecia, Narcissa levantou-se da mesa, apanhando sua bolsa e material, e começou a caminhar. – Gente! Acabei de lembrar que tenho alguns assuntos a tratar com a Srta. Liimatainen. – deu alguns tapinhas leves na saia, alisando-a. - Quero ver se umas encomendas minhas já chegaram. Encontro vocês daqui a alguns minutos na aula de poções! – e, sem mais demora, acabou de pronunciar estas palavras e saiu dali.

- Ok! – Sarah apenas deu um sinal de que havia ouvido a amiga e continuou a ajudar o amigo. – Reggie! – já ficando meio desesperada, deu uma tapa mais forte nele, que desengasgou logo em seguida.

- Cof! Cof! – Regulus ainda tossiu algumas vezes. – Obrigado! – agradeceu quando finalmente sentiu o ar penetrar em seus pulmões.

- Não foi nada! – Sarah suspirou mais aliviada, observando o amigo por mais um tempo para se certificar que tudo estava realmente bem. – Vamos? – perguntou alguns segundos depois apanhando sua bolsa.

- Sim, sim... – ainda meio arfante, Regulus também apanhou sua mochila e começou a caminhar devagar. – Que susto! – comentou.

- Nem me diga! – exclamou, pensando um pouco e logo depois sentindo uma dúvida crescendo dentro de si. - Mas, tudo isso foi só pelo comentário lunático da Cissy? – meio que sem querer, acabou por soltar um riso.

- Hã? – olhou meio perdido para Sarah, demorando um pouco para assimilar o que ela lhe dizia. – Não, não. – negou após algum tempo. – Foi só que eu... – de repente, Regulus parou de caminhar ou falar, segurando com força as alças de sua mochila. – Sabe? Sinto alguém me observar! – comentou.

- De novo? – parou também, olhando sabe se lá o porquê para os lados. – Hum! A Srta. Katsuragi está olhando para gente. – comentou meio baixinho, encarando agora também a colega oriental de dormitório e a cumprimentando delicadamente.

- É, pode ser isso! – pensou mais um pouco e acabou dando de ombros.
– Pode ser! – deu com os ombros também. – Porém, creio que seja mais prudente esquecermos isso e irmos direto para a sala de poções, não? – Sarah recomeçou a caminhar.

- Tem razão! – Regulus concordou, andando logo ao lado da amiga. – Poções com a Grifinória, não? – meio que inconscientemente, acabou por fazer um careta ao pronunciar o nome da casa a qual pertenciam os alunos que dividiriam a sala de poções com eles.

- Exatamente! – foi tudo o que Sarah respondeu.

Grifinória e Sonserina! Será que preciso comentar sobre estas duas casas? Concorrentes até a morte em qualquer uma que seja a competição, estas duas casas destes dois diferentes perfis de alunos eram inimigos desde tempos remotos. A rivalidade simplesmente emanava destes alunos quando o assunto era a casa inimiga e dizer que, em sua maioria, grifinórios e sonserinos se odiavam era uma grande verdade. Como um exemplo muito claro disto, posso citar certos grifinórios atacados e um recluso aluno sonserino que atendia por Severus Snape, que não dispensavam uma boa dose de disparates e azarações quando se encontravam, por ventura, pelos corredores ou qualquer outro lugar do castelo. E já que, caímos mais uma vez em um assunto completamente de interesse deles, vamos deixar o suspense de lado deixar que Os Marotos agora realmente brilhem. Já que na minha tentativa anterior, Lily Evans roubou a cena...

- Eu não sei se tenho tanta certeza... – disse Peter meio encolhido e logo enfiando uma torrada inteira na boca. – Digo, na verdade nem sei o que pensar. – falou logo após um suspiro, cuspindo alguns farelos. – Isso é um problema para você, Prongs!

- Puxa! É mesmo, Wormtail? – indagou Sirius em um tom sarcástico, cruzando os braços e sorrindo meio de canto. – Se você não tivesse nos dito, talvez Prongs jamais tivesse percebido! – descarado como sempre, metia o bedelho na conversa.

- Ora! Não o encha, Padfoot! – rindo-se, James resolveu interromper o melhor amigo. – Sim, Wormtail, sim! – passando a mão aberta pelos cabelos rebeldes e os arrepiando mais ainda, se é que isso era possível, James voltou sua atenção para o loiro gordinho, agora vermelho de constrangimento. – Mas, eu estaria mentindo se não lhe dissesse que problemas neste caso seriam simplesmente muito interessantes. – sorriu malicioso.

Peter Pettigrew, dezesseis anos, grifinório e maroto. Em poucas palavras poderíamos definir assim este loiro, baixinho, encorpado e de nariz arrebitado. Porém, como nosso intuito não é dar nenhum tipo de definição básica, vamos dizer que além de um loiro, baixinho, encorpado de nariz arrebita com dezesseis anos, grifinório e maroto, Wormtail, como foi apelidado pelos amigos, era um rapaz muito, muito, muito cheio de sorte.

- Pro-pro-problemas? – Peter franziu o cenho, piscando confuso e ainda encarando o amigo de óculos. – Como assim? Você quer isso? – questionou, ainda não compreendendo as intenções do amigo. – Quero dizer, pensei que gostaria de se entender com a Evans e não arrumar mais problemas com ela.

- Merlim! – exclamou Sirius, não se contendo. – Wormtail, esqueça!
Esqueça! – irritado, fez um sinal qualquer com as mãos.

Sim, sim leitores! Mesmo que vocês não o considerem e não consigam compreender o porquê exato desta informação, eu, como narradora, afirmo para vocês que Wormtail é sim, acima de tudo, um rapaz de muita sorte. Afinal, quantos loiros, baixinhos, encorpados de nariz arrebitado e sem nenhuma espécie de talento eminente têm, como amigos, figurinhas brilhantes quanto James, Sirius e Remus?

- Wormtail... – tentando evitar uma réplica do loiro, Remus finalmente pronunciou-se, meneando a cabeça e suspirando cansado. – Não tente entender, é sério! – aconselhou. – Não vale lá muito a pena...

- Hã? COMO ASSIM? – chocado, James colocou as duas mãos na cintura, elevando um tanto a voz. – Como assim “não vale lá muito a pena”? – bufou, deixando a perplexidade de lado e encarando de uma maneira inquisitória o amigo lupino.

- Por gentileza, não o obrigue a responder... – disse Sirius já calmo, olhando distraidamente para as suas unhas. – E nem me obrigue a comentar! – acrescentou.

- Obrigado, Pads! – Remus agradeceu, suspirando profundamente e fechando o livro que lia outrora. – Mais uma sessão de acusações e injúrias e eu me tornaria um homem louco. – comentou.

Remus Lupin, dezesseis anos, grifinório, monitor e maroto. Porém, somente estas informações não são suficientes para traçar a personalidade de alguém, principalmente quando este alguém em questão acabou por desenvolver duas delas. Uma completamente diferente da outra...

- Sessão? Injurias? Acusações? – a cada pergunta que James fazia, percebia acenos de cabeças positivos vindos como resposta do amigo. – Ora! – esquecendo-se do assunto passado, abriu um sorrisinho estranho, estreitando as pupilas e observando Lupin de uma maneira diferente. – Por que não nos disse simplesmente Camille...? – perguntou, em um tom extremamente malicioso.

- Pensei que gostava da Casanova. – comentou Peter, apanhando um bolinho e mandando-o para dentro. – Já estão saindo há um tempo, não?
- Já, já... – Remus respondeu um tanto desinteressado, apoiando o queixo nas mãos.

- E, se não me engano, parecia bem animado com isso a uns três dias atrás, não? – James perguntou na filha-da-putagem. Sabia exatamente qual seria a resposta do outro, mas simplesmente tinha que perguntar.

- Vá pro inferno, Potter! – foi tudo que Remus dignou-se a responder.

Tranqüilidade, ponderação, responsabilidade, esforço, algumas conquistas e um pouco de baderna. Sem sombra de dúvida esta era o tipo de vida que Remus desejava arduamente e que, durante duas semanas de um mês, ele conseguiu viver satisfatoriamente. Porém, durante duas semanas, um período de catorze dias, Remus Lupin simplesmente deixava de ser Remus Lupin e Lobão, sua outra personalidade gerada de sua licantropia, assumia o controle. Agora a vida era festa, incoerência, canalhice, impulsividades e que se danasse Remus. Lobão logo sabia que iria embora mesmo e Lupin que desse uma limpada no terreno até que ele retornasse no mês seguinte.

- Ow! Moony! – James simplesmente gargalhava. Se havia uma coisa que esta pessoinha petulante adorava fazer era provocar e, naquele dia em especial, Remus estava sendo um bom alvo para isso. – Não estou te reconhecendo...

Remus escondeu o rosto nas mãos, tentando se controlar e não voar em cima do amigo. Se já não bastasse Camille e suas perseguições, a recuperação da lua cheia, algumas provas marcadas e mais alguns assuntos que tinha urgência em querer resolver... Agora mais esta? Definitivamente alguém andava conspirando contra a sua pessoa, definitivamente.

- Hum! Parece que ele não gostou muito, Prongs! – comentou um Sirius entediado.

- E, desde quanto você incomoda-se com isso? – deixando um pouco Remus de lado, James virou-se no banquinho, agora encarando o moreno de olhos claros.

- Não é questão de me incomodar... – respondeu a rapaz, fechando os olhos por alguns breves segundos e os abrindo lentamente logo depois. – É apenas uma questão de sono e tédio!

- Agora que falou sobre sono, acabei me lembrando... – disse Peter, tendo um sobressalto. – Não passou a noite no dormitório, não é? – apesar de ser uma pergunta, as palavras de Peter soaram praticamente como uma afirmação. – Você voltou só hoje de manhãzinha!

- É... – Sirius apoiou os cotovelos na mesa, fechando e abrindo mais uma vez os olhos.

Sirius Black, dezesseis anos, grifinório, deserdado e maroto. Isso é só o mínimo que todos sabem sobre este rapaz tão encantador quanto, por vezes, cachorro (no sentido figurado e literal). Ex-membro de uma das famílias bruxas mais antigas e influentes do Reino Unido, Sirius Black agora se encontrava na condição de agregado-filho da família Potter.

- Padfoot, Padfoot! – dando algumas leves cotoveladas no braço de Sirius sentado ao seu lado, James estampou o mesmo sorriso malicioso em seus lábios. - Safadenho!

- Não enche, Prongs! – afastou rapidamente o braço de perto do amigo,
olhando-o irritado pelo canto dos olhos.

Fogueteiro, talentosíssimo, canalha, baderneiro, sarcástico, curioso, petulante, provocador e cúmplice, Sirius Black era exatamente tudo aquilo que seu fiel parceiro e melhor amigo Prongs podia desejar que alguém fosse. Muito mais que simples amigos, James e Sirius eram praticamente irmãos. E este curioso e admirável laço fraterno entre eles, que de certa maneira também acabava por envolver Remus e Peter, só havia se fortalecido mais com a mudança do Black para a casa dos Potter. Porém, sinto por vocês leitores que não vão poder apreciar esta dupla agindo neste capítulo. Não sei se já perceberam, mas Sirius não é lá um cara muito matinal, então...

- Ah! O que há finalmente com vocês? - cruzando os braços, um James frustrado questionou tanto o lobisomem quanto os outros dois animagos.

- Que? – Peter colocava mais alguns petiscos em seu prato, enquanto respondia a James. – Eu estou bem! – disse com simplicidade.

- É... é claro que esta! – foi tudo o que James disse, vendo que o amigo repetiria pela terceira vez e realmente constatando que ele estava bem. – Mas, quanto a vocês dois? – continuou a olhar firmemente de Remus para Sirius.

- Prongs, não há nada! – respondeu Remus com a voz abafada, ainda com o rosto enterrado em suas mãos. – Só fique em silêncio por alguns segundos, sim? – pediu meio desesperado. – Você falou pelo café todo, nós já ouvimos o seu brilhante plano envolvendo a Evans e como pretende colocá-lo em ação, mas agora... – suspirou. – Fique quieto!

- Estou com sono, já disse! – respondeu Sirius, antes mesmo que Remus terminasse com a sua aclamação pelo silêncio de James. – E entediado! – completou.

- Sem graças! – aquietou-se, resmungando baixinho.

James Potter, dezesseis anos, grifinório, capeta por excelência e maroto. Bem, creio que assim podemos começar a... Espera só um minutinho ai! Eu realmente preciso dizer alguma coisa? Digo, folgado e espalhafatoso, assim como ele, uma "apresentação" a James Potter já foi feita por intermédio das apresentações dos outros. Pois sim, até parece que eu, a narradora, no ponto do capítulo em que estamos, vou ficar aqui apresentado aquele que já foi mais do que apresentado. Senhor leitores, me desculpem, mas sobre James Potter já foi dito tudo e mais um pouco...

- Hey! Frank! – não dando nem cinco minutos de sossego tão clamado por Remus, James logo avistou o colega de dormitório um pouco mais adiante e, vendo sua salvação ali, chamou-o.

É... E ele arrumou mais uma vítima. Para a alegria de Sirius, que poderia viver o seu tédio e sonolência em seu canto calado, e para o desespero de Remus, que tinha certeza que ouviria sobre aquele maldito plano ralacionado com a Evans, pelo menos, pela décima vez.

Quando Peter finalmente terminou de comer seu café da manhã, que só perdia para o de Susan, a nossa realeza, enfim, pôde se levantar para partir para a aula que aconteceria daqui a quinze minutos. Levantando-se, os cinco garotos se preparavam para sair do Salão Principal, conversando alto e rindo com muito escândalo, coisa típica e já acostumada pelos outros estudantes e professores, quando uma garota, no seus quinze/dezesseis anos de idade, caminhou em direção a eles, com um sorriso muito provocador e sensual nos lábios.

- Sirius! - chamou, jogando-se em cima do maroto.

- Hum, olá. - falou Sirius, dando um passo para trás, equilibrando-se e olhando para a garota.

Os outros, que estavam um pouco mais à frente, pararam e ficaram observando a cena, esperando o amigo. Provavelmente, eles, assim como eu, a narradora e vocês, os leitores, estão com toda a certeza de que essa é mais uma das famosas fãs que conseguiram algo com ele. E realmente é.

- Ow, querido! - a garota que, pelo uniforme que trajava, estava na Lufa-lufa passava os dedos pelo rosto de Sirius e aproximava cada vez mais o rosto do dele. - Eu adorei a noite de ontem! - esfregou o nariz no dele. - Só para você saber!

- Hum, é mesmo? - perguntou desinteressado, olhando por cima dos ombros dela e vendo as expressões de riso de James e Frank, a de admirado de Peter e a de tédio de Remus. Definitivamente, ele, Sirius Black, não se importava com o que a garota dizia. Na verdade, ele tinha plena certeza que ela havia gostado.

- Sim! - uma repentina alegria se apoderou dela, o que a fez ir com o corpo um pouco para trás, ainda se segurando em Padfoot. - E eu estava pensando que, talvez, se você também tivesse gostado, poderíamos repetir hoje à noite, o que acha? - olhava esperançosa para ele.

Sirius não demorou muito tempo para pensar. Apenas deu com os ombros.

- Certo. Nove horas, no mesmo local. - sorriu malicioso, passando um braço pela cintura dela e dando um leve apertão e um beijo muito provocante depois.

A Lufa-lufa sentiu uma extrema vontade de gritar em delícia, tamanha era a felicidade que sentia. Com muito esforço, conseguiu se controlar e comentou petulante.

- Talvez nos veremos antes das nove. - e, apertando a bochecha dele e fazendo um bico, deu um selinho em Sirius e caminhou para fora do Salão.

Black, com uma expressão de tédio, arrumou as vestes amassadas, fazendo uma careta. Talvez devesse falar para as suas fãs nunca mais se pendurarem sobre ele, a não ser que ele permitisse. Pouparia trabalho e ele estaria sempre apresentável... Devidamente arrumado, começou a caminhar até os amigos que estavam prontos para comentar algo, quando ouviu uma voz estridente chamar por seu nome.

- BLACK!

Com um suspiro cansado, virou-se, erguendo uma sobrancelha. Observou uma outra Lufa-lufa, Jean Malter, do sexto ano, assim como ele. Vale a pena citar, leitores, para vocês entenderem do porquê do grito, que os dois estavam saindo a umas três semanas, tempo longo se pararmos para pensar em um relacionamento amoroso de Sirius Black ou de James Potter.

- Sim? - indagou impaciente e mostrando claramente isso.

- Como ousa? - Jean caminhava indignada até ele, com passos pesados e os punhos fechados. Uma aura de raiva emanava dela.

- Como ousa o quê?

- Não se faça de desentendido! - gritava, chamando a atenção de todos os alunos que ainda se encontravam no Salão. Os professores já haviam saído para as salas de aula.

Todos estavam muito ansiosos para mais uma das muito conhecidas brigas de Hogwarts. Era tradição na escola e todos faziam questão de ver as discussões de Lily Evans e James Potter e as gritarias provocadas pelas fãs dos marotos. Nessa cena, era este último caso que acontecia.

- Ilumine-me. - falou, examinando as unhas.

- Nós estamos juntos, sabia? - agora usava um tom magoado e mordia o
lábio inferior para segurar as lágrimas que ameaçavam cair.

- Hum... - o moreno acenou com a cabeça, fingindo interesse e colocando as mãos nos bolsos laterais da calça.

Jean começou a tremer de raiva devido ao pouco interesse que ele lhe dava. Descontrolou-se.

- ESTAMOS OU NÃO?

Sirius a olhou por um tempo, molhando os lábios antes de responder objetivamente.

- Não.

- O-o q-que? - Malter deu dois passos para trás, levando uma mão até a boca e dando uma fungada. - Po-por que? O que eu fiz de errado?

Suspirando cansado e com uma certa impaciência, o grifinório tirou as mãos do bolso e ficou frente a frente com ela. Segurou o queixo da garota, olhando-a sem expressão alguma.

- Não é você, sou eu. - disse com extremo sarcasmo, segurando-se para não rir do clichê. - Não posso mais viver nessa mentira. - e, soltando o queixo dela, deu as costas para a lufa-lufa e saiu junto de seus amigos pelos corredores, deixando-a lá, sozinha e com lágrimas escorrendo dos olhos.

- SIRIUS! - Jean não acreditava no que havia escutado. Não podia acreditar. Eles ficavam tão bem juntos! - SIRIUS! NÃO, POR FAVOR! O
QUE EU FIZ DE ERRADO? - gritava do lugar em que estava parada. - POR FAVOR, EU VOU MUDAR! PROMETO!

Percebendo que de nada adiantaria a gritaria, olhou desesperada para os lados, vendo todos os olhares sobre ela.

- O QUE ESTÃO OLHANDO? - gritou revoltada, batendo um pé no chão e balançando a cabeça, fazendo com que o cabelo preso num rabo de cavalo perfeito se soltasse um pouco.

Uma batida passou a ser ouvida e Jean começou a dar passos, um para cada lado, cantando logo em seguida.

You and your museum of lovers
(Você e seu museu de amantes)
The precious collection you've housed in your covers
(A coleção preciosa que você guardou em seus cobertores)
My simpleness threatened by my own admission
(Minha simples ameaça de minha própria admissão)
Agora, a garota passou a andar pelo corredor que existia entre a mesa da Grifinória e da Lufa-lufa, dançando em linha reta e mexendo com os braços.
And the bags are much too heavy
(E as malas estão muito pesadas)
In my insecure condition
(Em minha condição insegura)
My pregnant mind is fat full with envy again
(Minha mente gravida é cheia de de inveja novamente)

O refrão começou e Jean girou em volta de si, abrindo os braços e se abraçando logo em seguida.

But I still love to wash in your old bathwater
(Mas eu ainda amo lavar-me em sua banheira velha)
Love to think that you couldn't love another
(Amo pensar que você não poderia amar outra)
I can't help it... you're my kind of man
(Eu não posso impedir isso...você é meu tipo de homem)
Depois desses passos, ela subiu na mesa e caminhou por lá, chutando as tigelas de comida e apontando para os lados.
Wanted and adored by attractive women
(Querido e adorado por mulheres atraentes)
Bountiful selection at your discretion
(Uma seleção abundante a sua descrição)
I know I'm diving into my own destruction
(Eu sei que eu estou mergulhando em minha própria
destruição)

Quando o fim da mesa chegou, ela desceu, indo até a mesa dos professores e se apoiando lá.

So why do we choose the boys that are naughty?
(Então por que nós escolhemos sempre os garotos
safados?)
I don't fit in so why do you want me?
(Eu não me adapto tanto então por que você me quer?)
And I know I can't tame you... but I just keep trying
(Eu não me adapto tanto então por que você me quer?)

Malter virou-se para as mesas das casas, tendo uma visão do Salão inteiro. Passou a mexer o quadril de um lado para o outro e caminhou até a mesa da Corvinal.

'Cause I love to wash in your old bathwater
(Porque que eu amo lavar-me em sua banheira velha)
Love to think that you couldn't love another
(Amo pensar que você não poderia amar outra)
I'm on you list with all your other women
(Eu estou em sua lista com todas suas outras mulheres)
But I still love to wash in your old bathwater
(Mas eu ainda amo lavar-me em sua banheira velha)
You make me feel like I couldn't love another
(Você me faz sentir como eu não pudesse amar outro)
(I can't help it... you're my kind of man)
(Eu não posso impedir isso...você é meu tipo de homem)
Sentou-se no banco e apoiou os cotovelos na mesa, encostando o queixo nas mãos. Estava olhando desconsolada para todos.
Why do the good girls always want the bad boys?
(Por que as boas meninas querem sempre os meninos
malvados?)

Levantou-se do banco, indo para a mesa da Sonserina e ainda cantando.

So I pacify problems with kisses and cuddles
(Então tranqüilizo os problemas com beijos e abraços)
Diligently doubtful through all kinds of trouble
(Cuidadosamente duvidosa pelas dificuldades)
Then I find myself choking on all my contradictions
(Me acho sufocada em todas minhas contradições)

Foi até a mesa da Grifinória e voltou até o corredor que estava em primeiro lugar, antes de começar a cantar.

'Cause I love to wash in your old bathwater
(Porque que eu amo lavar-me em sua banheira velha)
Love to think that you couldn't love another
(Amo pensar que você não poderia amar outra)
Share a toothbrush... you're my kind of man
(Dividir uma escova de dentes...você é meu tipo de homem)
I still love to wash in your old bathwater
(Eu ainda amo lavar-me em sua banheira velha)
Make me feel like I couldn't love another
(Você me faz sentir como eu não pudesse amar outro)
I can't help it... you're my kind of man
(Eu não posso impedir isso...você é meu tipo de homem)
No I can't help myself
(Não eu não posso me impedir)
I can't help myself
(Eu não posso me impedir)
I still love to wash in your old bathwater
(Eu ainda amo lavar-me em sua banheira velha)

Terminou a música, ficando ereta e olhando para a porta do Salão, por onde Sirius e os outros marotos haviam saído. Segurando o choro mais uma vez, saiu correndo de lá.

Um par de olhos verde cítricos acompanhou a garota sair às lágrimas do Salão Principal com um certo tédio. Susan rodou os olhos assim que viu as amigas de Jean saíram correndo atrás dela.

- Idiota... - murmurou, prendendo os cabelos em um coque malfeito.

A grifinória não conseguia entender como todas aquelas garotas ainda pensavam que tinham chances com Sirius, James e até mesmo Remus.
Francamente, estava na cara que nenhuma delas conseguiria encoleirar nenhum dos três, principalmente Sirius. O moreno prezava a sua liberdade acima de tudo e deixava isso bem claro para todas. Só mesmo as cegas que, assim que ficavam uma vez com ele, achavam que estavam com poder absoluto sobre o moreno de olhos azuis. Não, Sirius jamais ficaria com alguém por um tempo bem longo...

- O que disse? - a amiga ruiva perguntou para ela, já em pé e a olhando interessada.

- Ahn? - a morena piscou os olhos, direcionando o olhar para Sophie. - Não, não foi nada. - tremeu a cabeça, erguendo-se e pegando a mochila.

- Huuum... - Sophi levantou um pouco a cabeça e observou atentamente Susan, antes de dar um sorrisinho malicioso. - Ok. Vamos. Eu ainda quero pegar um lugar bem próximo ao de um certo moreno na aula de poções! - completou animada.

Susan não pôde conter uma risada e, tremendo a cabeça, acompanhou a amiga até a porta, pensando em visitar o namorado, que não havia aparecido para o café da manhã, assim que a primeira aula terminasse.

To be continued...

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E agora, no ar...:

I know you like me (I know you like me)
(Eu sei que você gosta de mim (Eu sei que você gosta de mim))
I know you do (I know you do)
(Eu sei que gosta (Eu sei que gosta))
That's why whenever I come around
(? por isso que toda vez que eu me aproximo)
She's all over you
(Ela está dando em cima de você)
And I know you want it (I know you want it)
(E eu sei que você quer isso (eu sei que você quer isso))
It's easy to see (it's easy to see)
(É fácil de ver (é fácil de ver))
And in the back of your mind
(E na sua cabeça)
I know you should be on with me
(Eu sei que você deveria estar comigo)

TALK TO QUEEN!

Cortinas rosas com glitter se abrem, revelando um cenário. O chão é coberto com um tapete pink peludo, as paredes são num tom rosa bebê. No centro do cenário há uma mesa preta e uma poltrona da cor de um rosa choque altamente chamativo, muito confortável pelo que se observa. Ao lado da mesa há um sofá comprido de couro preto. Uma foto gigantesca, tipicamente bruxa, de Lucius Malfoy enfeita a parede. Ele, ou ela, como preferirem, está retirando um óculos de sol com aros rosa, piscando e mandando um beijo logo em seguida. Em cima da mesa se posicionada estrategicamente uma caneca em formato de coroa, uns papéis e uma pena rosa muito comprida. Uma silhueta é observada com dificuldade, devido a falta de iluminação do local. As luzes se ascendem.

Don't cha wish your girlfriend was hot like me?
(Você não gostaria que sua namorada fosse gostosa como eu?)
Don't cha wish your girlfriend was a freak like me?
(Você não gostaria que sua namorada fosse maluca como eu?)
Don't cha?
(Não gostaria?)
Don't cha?
(Não gostaria?)
Don't cha wish your girlfriend was wrong like me?
(Você não gostaria que sua namorada fosse cruel como eu?)
Don't cha wish your girlfriend was fun like me?
(Você não gostaria que sua namorada fosse engraçada como eu?)
Don't cha?
(Não gostaria?)
Don't cha?
(Não gostaria?)

A música pára no momento em que a pessoa sentada na poltrona pink começa a falar

- Boa noite! – um Lucius Malfoy totalmente alegre cumprimenta a todos. Seu sorriso mostra claramente todos os perfeitos dentes que possui. – Sejam bem vindos ao mais novo talkshow do Talk to Queen!

A esse ponto, Lucius, mais conhecido como Queen, levanta-se da poltrona e caminha para frente da mesa. Podemos ver claramente a sua roupa totalmente pra frentéx e super fashion: uma calça de couro negra, um corpete pink que deixa a mostra os lindos e torneados braços dele(a). Uma pluma, também pink, enfeita o pescoço do(a) loiro(a) platinado(a). Botas de couro preto com salto 15 centímetros e pulseiras de prata completam o seu visual. Por entre seus dedos com unhas pintadas de rosa com glitter, está um patinho de borracha amarelo, nomeado de PATCHENHO. PATCHENHO é o mascote e fiel escudeiro de Queen.

- “Ora, mas o que consiste no Talk to Queen?”, você me pergunta e eu respondo: Talk to Queen é um programa onde as personagens, bem como as autoras dessa fanfiction serão entrevistadas. Aqui, - a esse ponto Queen começa a andar pelo palco, gesticulando com os braços. – também haverá um bloco onde os querido leitores farão perguntas, através das reviews, sobre qualquer coisa e eu, Lucius Malfoy, as responderei com muito prazer! – dá um tempinho, piscando sem parar. – As perguntas poderão ser de qualquer tipo: paz mundial, qualquer personagem dessa fic, qualquer fofoca, atualidades... QUALQUER COISA!

O(a) loiro(a) platinado(a) volta para a mesa e senta em sua cadeira, depositando PATCHENHO em cima da mesa.

- Eu terei o imenso prazer em responder a todas as perguntas! Mas... – o(a) nosso(a) apresentador(a) dá uma olhada num pergaminho que está em cima da mesa, enquanto a narradora percebe o quão cansativo é ficar escrevendo o masculino e o feminino de cada palavra relacionada a Queen. Ela, a narradora, decide, então, que a partir de agora só se referirá à Lucius Malfoy no feminino. – Deixemos essa conversa de lado e vamos para a entrevista de hoje! – palmas são ouvidas sabe-se lá de onde.

- Nossa primeira entrevista será com aquelas que tornaram esse programa, bem como a fic, possível. Sem elas, eu e mais nenhuma das nossas queridas personagens teriam ganho um papel e jamais poderiam realizar o sonho de fazer uma peça para a Broadway! Com você, meus queridos: Las Poderosas, as AUTORAS!

E mais uma vez palmas são ouvidas, enquanto duas garotas nos seus 16/17 anos de idade aparecem. A primeira das duas entra com a cabeça empinada e com ar imponente. Seus cabelos castanhos claros cacheados, ao contrário das Divas, não se mexe conforme o vento. Seus olhos castanhos não lançam nenhum olhar de gueixa que paralisa qualquer homem na rua. E com toda a certeza, seus 1,72 metros de altura não a ajudam a ser Miss Universo, uma pena, já que ela tem muitas idéias para salvar o mundo e ter a tão aclamada Peace World.

A segunda garota só é reconhecida pelos óculos da Vogue preto e branco que ela faz questão de destacar mais ainda, já que é a única coisa de extremo valor que ela usa. Seus cabelos pretos e curtos, seu rosto arredondado, seus olhos um tanto puxado e de cor castanho escuro revelam que ela é descende de japonês, embora tenho um nariz arrebitado. Ao contrário da amiga, possuí todas as características para ser modelo. Ok. Não possuí nada! Ou vocês acham que, no momento que uma pessoa vê Queen e sai correndo para se sentar ao lado dela, toda feliz, deixando a amiga perplexa, é um comportamento de miss? ? claro que não!

Ao ver umas das autoras correr em sua direção, sentar no sofá preto e ficar a olhando como se ela fosse a coisa mais preciosa e perfeita do mundo, fato que ela, Lucius, tinha certeza que era, Queen olha meio assustada para a autora japonesa, piscando confusa. A outra autora somente roda os olhos, pigarreando logo em seguida e dando um chute na canela da japonesa.
Queen pisca mais um pouco e treme a cabeça para sair do seu transe.

- Bem, essas são as autoras! - a apresentadora abre um sorriso de “eu tenho trinta e dois dente”. - ? um imenso prazer recebe-las aqui senhoras...

- Senhoritas. - a autora de cabelo cacheado diz por entre os dentes.

- Sim, perdão, senhoritas... - corrige Lucius, achando uma extrema petulância dela.

- Drunkness' Lady, sua fã número um! - responde rápido a garota de cabelos pretos, vulgo a segunda autora, segurando as mãos brancas de Queen, olhando-a com um olhar sonhador. Definitivamente, isso assustava Queen, a primeira autora e a narradora! - Você é tão linda, tão perfeita, tão queen...!!!

- Ora, obrigada, querida. - sorri satisfeita, jogando os fios platinados para trás. - Eu sou uma queen mesmo!
A primeira autora pigarreia mais uma vez, no que as outras duas a olham feio, já que interrompeu o encontro fã-ídolo há muito sonhado por Drunk.

- Yuufu. - simplesmente fala, dando um sorrisinho satisfeito.

- Certo. Drunkness' Lady e Yuufu... - Queen morde o canto da boca, tentando se controlar e não arrumar barraco com Yuufu. Como ela ousava atrapalhar uma fã de Queen?! Quem ela pensava que era? Definitivamente, não era ninguém! E ela, Queen, era tudo! - Vamos começar com a entrevista, sim? - sorri forçadamente.

- Ow, com toda a certeza! - Drunk bate as mãos uma na outra, dando pulinhos no sofá. Estava muito animada. - Então, Queen, posso te chamar assim, não? - fez voz de jornalista séria, arrumando-se no sofá e ajeitando o óculos. - Quando percebeu que era uma Queen?

- Ah! - Lucius exclama toda animada, arrumando o cabelo e depois pegando PATCHENHO na mão e o apertando. - Quando eu nasci, mamãe olhou para mim e disse que eu teria futuro. Que seria a mais bela das belas! - seus olhos azuis brilhavam em estado de nostalgia. - Papai disse que eu teria todos os homens aos meus pés e vovô disse que eu não negava a minha herança de sereianos franceses, os mais belos! E foi assim que eu descobri que nasci para brilhar! - joga-se para trás, trazendo PATCHENHO junto de si e rodando a cadeira.

A cada palavra que ouvia, a expressão de Yuufu passava de chocada para desacreditada.

- Quer dizer que todos eles pensaram que você era mulher? - a esse ponto, Yuu começa a rir descontroladamente.

- O-o q-que?! - a alegria de Queen se dissipa, assim como o entusiasmo de Drunkness. - Co-como ousa? - definitivamente, a apresentadora estava indignada.

- É! - Drunkness' Lady balançava a cabeça, concordando com a loira platinada. - Como ousa zoar de Lucius Queen Malfoy?! Você não tem noção do perigo, não é, sua cadela pulguenta?!

Yuufu franzi o cenho e cruza os braços.

- Para começar, essa coisa deveria estar nos entrevistando e não o contrário, bocó! - fala para a amiga. - E se não percebeu, ele mesmo disse que sua mãe disse que ele seria a mais belA das belAs!

- E daí? - retruca a autora japonesa. - Você tem é inveja da Queen!

- Ah, claro! Eu tenho inveja de algo tão pink assim! - roda os olhos.

- É claro que tem! - Lady está totalmente alterada, cravando as unhas no braço do sofá. Ninguém insultava Queen na sua frente.

- Tudo bem, querida... - Queen tenta acalmar Drunkness. - Eu não me importo com pessoas invejosas! - lança um olhar feio para Yuufu, que gira os olhos. - Mas, devo dizer que ela tem razão... Vamos começar as perguntas! - diz mais animada, arrumando-se na cadeira e olhando o pergaminho.

- Ok...! - suspira uma triste Drunk e leva as mãos até o colo, juntando as pernas e colocando-as um pouco inclinada.

- Vamos começar com a básica: como surgiu a idéia de fazer a fic?
Yuufu olha para Drunkness' Lady, que devolve o olhar. A primeira autora percebe que terá que responder.

- Bem, foi no dia em que a “Globo” passou “High School Music”... - começou a narrar, encostando-se no sofá e apoiando a cabeça na mão. - A Drunk entrou no “msn” e veio conversar comigo, dizendo que iria fazer uma fic chamada Hogwarts School Music! Aí eu comecei a dar risada e a imaginar qual música cada personagem cantaria... Passamos o resto do dia falando disso e resolvemos que não seria mais brincadeira. Seria sério! No outro dia, começamos a ver quais personagens teriam, a inventar os outros... É, foi isso! - sorri para a apresentadora.

- E como a fic virou UA? - torna a perguntar.

- Hum... Quando começamos a fazer os personagens, queríamos certas regalias que só uma UA poderia nos dar. Regalias estas, que perceberam já no primeiro capítulo. Mas não se preocupem, garanto que nada fugirá muito do mundo que a JK criou! - Yuu responde mais uma vez.

- Tenho certeza que os leitores não reclamarão da história! Pelo menos não muito... - Queen sorri simpática, vendo a próxima pergunta. - O que esperam da fic e por que a escrevem?

- Bem, - dessa vez foi Drunkness que respondeu. - esperar eu não espero muito coisa além de muitas reviews e um contrato milionário com o Broadway! XD E, quanto ao porquê... Acho que começamos a escrever esta fanfiction para dar uma levantada nas nossas férias escolares, que por curiosidade já acabaram, e porque seria incrivelmente agradável ver vocês, amados personagens, soltando a voz embalados pelas melhores letras e perfeitas melodias!

- Ai, sabe, sempre foi meu sonho cantar para todos! - exclama uma sonhadora Lucius.

- Por isso que você foi a primeira personagem a pensarmos, Queen! - a autora japonesa segura as mãos de Queen entre as suas. - Uma voz como a sua não deveria ficar escondida!

- Também acho! - Lucius joga seus cabelos para os lados mais uma vez. - E obrigada pela chance! Mas vamos para a outra pergunta: quais as suas influências?

Yuufu sinaliza que Drunk deve responder primeiro, o que ela faz.

- Influências? Hum! Diferentemente da maioria dos escritores, coisa que não sou, eu não tenho muitas influências. Mas, as poucas que tenho são: Desireè (O traveco da minha vida! ), meu herói Oscar Wilde (Wildão para os íntimos!XD) e você Queen, já que o seu cabelo platinado sempre brilhoso e seu comportamento invejável sempre fazem eu acrescentar aquela pitadinha de glitter e plumas que alegra a vida das pessoas!

- Ow! - Queen parecia emocionada e com lágrimas nos olhos. - Eu realmente fico grata por isso!

- Quanto a mim, - Yuu começa a dizer, antes que Lucius começasse a chorar e Drunkness a acompanhasse. - aproveito ao máximo tudo o que leio. Não tenho um escritor favorito, apesar de gostar muito de Machado de Assis e do humor de Wilde! Mas fora isso, tenho como influências Desireè, por quem me apaixonei de cara e Reneé Decartes, pois ele era um folgado que acabou ficando famoso por roubar pesquisas dos outros! XD (Pelo menos essa é a história que meu professor de matemática sempre conta).

- Prefiro não comentar essa sua última influência! - Queen declara um tanto chocada. - Vamos para a próxima pergunta logo: qual personagem cada uma mais gosta?

- Oh! Esta pergunta é realmente embaraçosa, já que uma mãe não deve fazer diferença entre os filhos (Mesmo estes filhos sejam roubados de certos escritores ingleses milionários! ;D). - Drunk começa a responder. - Mas, sendo a péssima mãe que sou, não vou poupar palavras e nem deixar de encher a boca para dizer que meu grande orgulho nesta fanfiction é Regulus Black! Sim, Reggie Black é o meu xodozinho nesta fanfiction e este grande amor se deve ao fato dele ser tão, tão, tão... FOFO?!!! Não que isso signifique eu sou indiferente aos outros personagens. Não, longe disto. Eu amo todos vocês! - cruza discretamente os dedos.

- Sim! Devo concordar com você que Reggie é fofo demais! - Yuufu junta as mãos e olha sonhadora para o teto. - Mas Sirius Black é muito melhor que ele, sem dúvida alguma! Ele é mais que perfeito demais! Só que... - coloca as mãos no colo e olha para a apresentadora. - O meu personagem preferido, nessa fic, sem levar em consideração o meu grande amor e a grande paixão que eu tenho por Sirius, é o Joe. Ele é o único personagem realmente bom nessa fic, que não busca confusão e é o mais nobre, sem dúvida alguma! Ele é aquela pessoa que fica na dela, tem um controle máximo sobre si, sabe? E que não guarda rancor, o mais importante!

- Ah, eu sei o que quer dizer! Eu estou no fã-clube dele! - Queen bate de leve na mesa. - Eu estou no fã-clube de todos os homens bonitos de Hoggy!

- Eu imagino que sim, Queen... - Yuufu acena com a cabeça.

- Agora vamos para a nossa última pergunta! - Malfoy fala animada, jogando o pergaminho para o lado e olhando diretamente para Drunkness. - Qual o produto que você usa para tentar imitar este efeito fantástico que tem os meus cabelos?

Yuu olha assustada para as duas e começa a rir, enquanto Drunk passa as mãos pelos fios de cabelos pretos e grossos que tem.

- Eu uso “Dove controle de queda”! Não dá lá um grande brilho e movimento aos meus cabelos, mas permite com que eu não fiquei careca! u.u'

- Rá! Sabia mesmo que não existe nada que deixa nenhum cabelo como o meu! - sorri satisfeita, se achando e fazendo biquinho sexy. - Bem, meu queridos leitores, está na hora de nos despedirmos. Muito obrigada a nossas convidadas e que elas tenham muita criatividade para divertirem a todos! - sorri sincera e simpática para as duas, que devolvem o sorriso.

- Pode deixar!

- Nos esforçaremos ao máximo!

- Tenho certeza que sim! Boa noite a todos, não se esqueçam de fazerem perguntas se quiserem, muito obrigada por tudo e até ao próximo: TALK TO QUEEN!

As cortinas se fecham e as três dão tchau para todos.

I know she loves you (I know she loves you)
(Eu sei que ela te ama (Eu sei que ela te ama))
So I understand (I understand)
(Então eu entendo (Eu entendo))
I probably be just as crazy about you
(Eu provavelmente também seria louca por você)
If you were my own man
(Se você fosse meu homem)
Maybe next lifetime (maybe next lifetime)
(Talvez na próxima vida (talvez na próxima vida))
Possibly (possibly)
(Possivelmente (possivelmente))
Until then, old friend, your secret is safe with me
(Até lá, velho amigo, seu segredo está guardado comigo)
Don't cha wish your girlfriend was hot like me?
(Você não gostaria que sua namorada fosse gostosa como eu?)
Don't cha wish your girlfriend was a freak like me?
(Você não gostaria que sua namorada fosse maluca como eu?)
Don't cha?
(Não gostaria?)
Don't cha?
(Não gostaria?)
Don't cha wish your girlfriend was wrong like me?
(Você não gostaria que sua namorada fosse cruel como eu?)
Don't cha wish your girlfriend was fun like me?
(Você não gostaria que sua namorada fosse engraçada como eu?)
Don't cha?
(Não gostaria?)
Don't cha?
(Não gostaria?)

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N/As: Yey! Primeiro capítulo feito e postado! Espero que tenham gostado e não se esqueçam de comentar, nem que seja para dizer que devemos nos recolher às nossas insignificâncias e pararmos de escrever.
Músicas utilizadas: “Bathwather - No Dout” e “Don't cha? – The Pussycat Dolls”
Até ao próximo capítulo!
Beijos! ;*

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