Marca Negra



Capítulo Um – Marca Negra


Era uma noite fria, Harry caminhava em um cemitério, embora soubesse quem encontraria ali não sentia o menor medo, pelo contrário, devido aos recentes acontecimentos, Harry sentia era raiva. Viu muita gente ser atacado e morto na sua frente, muitos eram conhecidos. “Ele a atacou”, pensou enquanto caminhava lentamente, “Como ele pode fazer isso? Se ela estiver morta... eu acabo com ele”. Rony e Hermione vinham logo atrás dele, caminhando mais devagar que Harry.

--Harry... alguém vem vindo. – disse Hermione em um tom tão baixo que mal conseguia ouvi-la. Alguém vinha em direção deles, Harry pegou sua varinha, tremendo de raiva, sabendo que quem vinha o encarou. Percebeu que Voldemort também empunhara a varinha, pronto para atacar.

Cada minuto que se passava ali a raiva de Harry aumentava. Sua cicatriz doía muito, era a única coisa que o incomodava naquele momento. Voldemort estava cada vez mais perto. Ouviram barulhos vindo de todos os lados. Vários comensais acabaram de aparatar envolta deles.

--Potter... você veio... achei que não viria aqui. – um comensal ao lado de Harry acabara de falar com ele.

--Você... vai pagar pelo que fez a Dumbledore! – gritou Harry.

--Quem é ele? – perguntou Rony a Hermione.

--Snape. – respondeu a garota imediatamente.

--NÃO SE ATREVA A MATÁ-LO! – Snape estava com a varinha apontada para Harry pronto para atacar, mas Voldemort o impediu a tempo. – Quantas vezes devo repetir Severo? Quem vai matá-lo sou eu.

--Certo milorde. Desculpe-me. – Snape recuou um pouco e foi junto aos outros comensais.

--Pronto Potter aqui estamos. – Voldemort tinha um tom sarcástico, como se zombasse de Harry, que estava cada vez mais nervoso. – Preparado? – Agora sua varinha estava apontada diretamente para o peito do garoto, que não parecia ter medo.

--AVADA KEDAVRA! – um jorro de luz saiu da ponta da varinha de Harry e foi em direção a Nagini, a cobra que acompanhava Voldemort em todos os lugares se contorceu e morreu. – Preparado.

--Idiota, por que fez isso? Por acaso esqueceu que deve lutar comigo? – Voldemort pareceu surpreso, não fazia idéia o porquê Harry havia matado a cobra.

--Não... só estou destruindo uma Horcrux. – Um sorriso veio ao rosto de Harry, era um sorriso estranho, nem Hermione nem Rony conseguiram distinguir a expressão do rosto do garoto.

--C-c-como você sabe sobre as Horcrux? – Voldemort deixou escapar uma expressão de surpresa e medo. – Quem te contou sobre elas? RESPONDA POTTER! – estava muito furioso pelo que Harry acabara de dizer.

--Pense bem... aonde você acha que Dumbledore e eu estávamos na noite em que morto? – perguntou Harry.

--Vocês foram atrás de uma Horcrux? – perguntou Voldemort que agora estava com a varinha baixa.

--É fomos, mas não encontramos a verdadeira, encontramos uma falsa. – Harry pegou o falso medalhão que estava em seu bolso e jogou no chão. Voldemort agachou e pegou o medalhão.

--Esse é falso! – disse ele examinado o medalhão.

--Abra. – disse Harry apontando para o medalhão. Voldemort com muita dificuldade conseguiu abrir, viu que havia um bilhete dentro.

“Ao Lorde das Trevas
Sei que há muito estarei morto quando ler isto, mas saiba que fui eu quem descobriu o seu segredo. Roubei a Horcrux verdadeira e pretendo destruí-la assim que puder. Enfrento a morte na esperança de que, quando você encontrar um adversário à altura, terá se tornado outra vez mortal.
R.A.B."

--Agora me diga quem é R.A.B.? – perguntou a Voldemort

--Potter! Não se atreva a se intrometer aonde não é chamado! – ordenou Voldemort agora com muita raiva. – AVADA KEDAVRA – acabara de lançar o feitiço, mas Harry conseguiu bloqueá-lo.

--Idiota! – Harry agora não conseguia esconder sua raiva. – Agora você vai morrer!

--NÃO! – uma voz muito conhecida de Harry impediu que ele lançasse o feitiço sobre o Lorde das Trevas – Harry ainda não!

--Sirius? – Harry se virou viu que o fantasma do padrinho estava ali.

--Sim. – respondeu Sirius com um pequeno sorriso no rosto. – Ainda não mate ele.

--Mas por quê? – Harry agora estava confuso. Por que Sirius não queria que ele matasse Voldemort agora?

--Ainda falta uma coisa. – disse Sirius caminhando até um tumulo. – Esse é o tumulo daquele que você tanto procura Harry. Esse é o tumulo de R.A.B.

--Então... quem é ele afinal? – Harry já não se controlava mais, queria logo saber quem era ele, onde estaria o medalhão?

--Venha até aqui e veja você mesmo. – disse Sirius apontando para o tumulo.

--SEU IDIOTA! – gritou Voldemort pronto para matar Harry. – Chegou a sua hora.

--AHHHHHHHHHHHHH! – um grito vindo de algum lugar despertou Harry daquele terrível sonho.

--Harry! – Hermione vinha em direção ao garoto preocupada. – Você esta bem?

--Estou – Harry suava frio, tremia muito e sua cicatriz que não doía há dois anos voltou a doer. – Como você chegou aqui?

--Bom... isso não importa agora. Quero que você venha aqui fora. Rápido, você precisa ver isso. – Hermione puxou Harry pelo braço fazendo com que ele quase caísse. Foram até a rua e Harry viu que alguém estava morto. Um homem se encontrava ao lado do corpo, tinha um aspecto de quem acabara de ganhar um beijo de algum dementador. O homem ficou encarando Harry e Hermione por um tempo, quando de repente ele pegou a varinha apontou para o céu e gritou:

--Morsmordre! – Harry ouviu vários gritos de horror ao ver que a marca negra acabara de ser conjurada.

--Harry! – Hermione agora estava agarrada no braço do amigo tremendo de medo.

--Como isso é possível? – Harry estava perplexo com o que estava vendo

--Parado ai mesmo. – Disse um auror que acabara de aparatar ali.

--Olho-Tonto Moody – disse o homem.

--Parado ai! – vários aurores haviam aparatado ali, entre eles estava Tonks.

--É melhor nem tentar Lufus. – disse Tonks ao homem que estava prestes a aparatar.

--Ah é. – Lufus encarou Tonks com um olhar maligno, como se a desafiasse.

--Lufus, pare com isso. – ordenou Moddy. Harry não fazia idéia do que estavam falando, mas sabia que coisa boa não era.

--E quem vai me impedir! O garoto Potter? – todos se viraram para Harry, que estava completamente confuso.

--Harry, saia daqui. – pediu Tonks – você também Hermione, saiam os dois daqui, rápido.

--Certo – responderam os dois ao mesmo tempo. Viraram-se e entraram na casa de Harry.

--Onde ele foi? Chame ele aqui agora, preciso dizer a ele...

--Cale a boca! – interrompeu Moody
--Não me mande calar a boca! – Lufus estava com a varinha apontada para o rosto de Moody.

--ABAIXE ESSA VARINHA! – ordenou Tonks

--Ninfadora, você por acaso sabe o porquê você esta aqui? – perguntou Lufus

--CALE ESSA BOCA LUFUS – Moody agora estava com a varinha apontada para a cabeça de Lufus, que já havia abaixado à varinha. Por um tempo o silencio tomou conta da rua, havia poucas pessoas, Harry e Hermione espiavam tudo pela janela da casa.

--O que esta acontecendo Harry? – perguntou Hermione.

--Não faço a mínima idéia. – disse – Onde esta o Rony?

--Eu não sei. – respondeu Hermione observando com atenção o que acontecia do lado de fora.

--Estranho – começou Harry – mandei uma coruja para ele há dois dias e até agora Edwiges não voltou.

--Harry olhe! – Hermione apontou para um ponto que vinha do céu, era Edwiges, estava toda machucada e ensangüentada.

--Edwiges, o que aconteceu? – Harry foi logo pegando a coruja para ajudá-la de alguma forma.

--Tem uma carta. – disse Hermione apontando para pata da coruja. Harry desamarrou com o maior cuidado para não machucar a coruja, mais do que já estava.

--Não da pra ler. – disse Harry examinando a carta – esta toda molhada.

--Me deixa ver. – Hermione arrancou a carta da mão do amigo. – É mesmo.

--AVADA KEDAVRA! – um enorme lampejo verde invadiu a rua inteira, Harry e Hermione correram para ver o que era. Logo que chegaram viram que quem acabara de morrer era Lufus. Moody estava com a varinha na mão, como se acabasse de lançar um feitiço.

--Foi você? – perguntou Harry à Moddy.

--Não. – respondeu

--Então quem foi? – perguntou Hermione

--Não sabemos – respondeu Tonks. – aquela voz veio de algum lugar, mas eu não, e o feitiço acertou em cheio o peito de Lufus.

--Quem era ele? Esse Lufus. – perguntou Harry

--Ele foi um comensal da morte. Ele não foi preso porque estava morrendo, estava no St. Mungus. Mas de alguma forma ele conseguiu escapar. – respondeu Tonks.

--Mas... o que ele queria me contar? – perguntou Harry.
--Ele não aceitava que Voldemort estava morto. Ele ainda acreditava que ele estava vivo dentro de você.

--Ele é maluco. – zombou Hermione.

--É agora temos de ir. – despediu-se Tonks. – Vamos. – e em um piscar de olhos todos já haviam sumidos.

--Bom, também vou. Tchau – Hermione despediu do amigo com um beijo na bochecha e saiu andando.


***



Já era manhã, foi uma noite difícil para Harry. Dormiu muito pouco, só pensava no que acontecera no dia anterior. Levantou tomou café, logo quando levantou, uma coruja atravessou a janela trazendo um exemplar do Profeta Diário. Logo na primeira página, uma enorme estava uma enorme foto da marca negra.
Harry leu a notícia.

MARCA NEGRA CONJURADA NOVAMENTE
Ontem foi conjurada uma marca negra, o que não se via há dois anos, por um antigo comensal da morte conhecido com Lufus Grandfar, em Hogsmeade. Acredita-se que ele era louco e que não aceitava a morte do Lorde das trevas, mas algumas pessoas ainda acreditam que aquele-que-não-deve-ser-nomeado esta voltando, um palpite meio estranho.
Hogsmeade não foi o único lugar onde a marca foi conjurada, nessa última noite duas marcas foram conjuradas, uma na França e outra em uma casa, onde mora a família Weasley.
Também informamos o desaparecimento dos dois filhos mais novos, da família Weasley. São eles: Ronald Weasley e Ginevra Weasley


-Rony e Gina desapareceram? – pensou Harry.

Harry achava que depois que Voldemort fosse destruído o mundo estaria a salvo de qualquer mau. Mas ele se enganou, Harry sentia que o causador desses problemas era Voldemort. Mas como? Essa era sua maior pergunta.

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